quinta-feira, 21 de julho de 2011

INVERNO - DICA DE CULTIVO - RIO DE JANEIRO

Em cada estação do ano as orquídeas necessitam de tratamento diferenciado e no inverno algumas entram em dormência, seu ritmo diminuí em relação às outras estações.
A dormência é visível, basta observar que não emitem tantas raízes e brotos como de costume, nesta estação a adubação deve ser reduzida, se possível suspensa para evitar danos as plantas.
Por sua vez, a atenção aumenta na prevenção de cochonilhas, ácaros e outros ataques típicos da estação.

Em visita ao site da OrquidaRio encontrei uma dica maravilhosa do Sr. Ricardo Figueiredo (Presidente da Instituição) para os orquidófilos  da cidade do Rio de Janeiro, que transcrevo abaixo com os devidos créditos:

DICAS DE CULTIVO

Quem nos dá as dicas de cultivo desta vez é o nosso
presidente, Ricardo Figueiredo:

Com a chegada do inverno, a rotina de irrigação e adubação deve ser modificada.
O frio e os dias mais curtos fazem com que o substrato retenha umidade por mais tempo, e quando há o excesso de rega, teremos um facilitador para instalação de fungos e apodrecimento de raízes. Devemos nos lembrar que no inverno o interior do Brasil é seco e chove muito pouco, aqui no estado do Rio de Janeiro, basta atravessar a Serra do Mar, para constatarmos essa situação climática; já aqui na cidade do Rio de Janeiro qualquer entrada de frente fria vem acompanhada de chuva, é neste momento que devemos tomar os seguintes cuidados: orquídeas espécies de interior deverão receber pouca rega e se estiverem ao relento regaremos menos ainda; as híbridas também deverão ter sua irrigação reduzida. Nesta época maioria das plantas estão em fase de floração ou em descanso, veremos poucas plantas desenvolvendo brotação nova e crescimento radicular, a orquídea neste momento necessita de poucos nutrientes, com isso devemos diminuir a adubação. O excesso de adubação numa época de clima seco causará intoxicação com mais facilidade. O principal segredo é observar sua planta comparando com situações em outras épocas.

Tenham um bom cultivo. (Contribuição de Ricardo Figueiredo).
Boletim OrquidaRio Ano 13 - edição nº 2 - Abril/Junho 2011.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

OrquidaRio denuncia coleta predatória de Cattleya guttata.



Nesta semana visitei o site da OrquidaRio e quase por acaso constatei que o Boletim trimestral estava disponível, ao iniciar a leitura deparei com o relato da Senhora Maria do Rosário  a respeito de retirada criminosa de Cattleya guttata do  habitat,  no municipio de Maricá/Rio de Janeiro.

O relato é impressionante valendo uma leitura, reflexão e engajamento na campanha do OrquidaRio, boa leitura:


Vou contar a vocês uma história que ainda não está concluída, mas que já causou um estrago ambiental provavelmente irreversível. E que irá se repetir, se não mudarmos definitivamente a nossa atitude como orquidófilos.

Há algumas semanas alguns sócios da OrquidaRio foram avisados que várias grandes touceiras de Cattleya guttata haviam sido retiradas da restinga de Maricá para serem comercializadas.

Como sabemos que pouco resta da vegetação nativa da restinga do estado e que, particularmente no município de Maricá, a restinga vem sofrendo grande degradação pensamos que o caso deveria ser decifrado.

A informação que tivemos foi de que um mateiro de Maricá retirou várias plantas adultas de C. guttata do ambiente e que elas já estavam sendo distribuídas por alguns orquidários do nosso estado que infelizmente insistem em trabalhar com plantas coletadas do mato.

Constatamos que as plantas já não estavam com o mateiro e nos informaram que o serviço havia sido feito por encomenda. Estivemos em um dos orquidários que supostamente haviam feito o pedido. E lá estavam cerca de 40 plantas de C. guttata, ainda nos pedaços de tronco dos seus hospedeiros naturais. O proprietário comunicou que todas já estavam vendidas e iriam para outro estado.

Como um fato positivo, conseguimos apoio da COMAR (Círculo Orquidófilo de Maricá) e da ASSON (Associação dos Orquidófilos de Niterói) para apresentarmos uma denúncia em conjunto.

A denuncia junto ao INEA foi feita em nome apenas da OrquidaRio e a que fizemos ao IBAMA foi em nome das três associações.

Agora dependerá da eficiência destes órgãos públicos em apurar a denuncia a tempo a fim de que os fatos possam ser comprovados.

Esta história, séria por si só, deve nos fazer refletir porque estes “roubos de orquídeas do mato” ainda acontecem em 2011, em vários pontos do país. Sabemos que não se trata de um fato isolado e que, em vários estados brasileiros, ouvimos casos em que mateiros vêm perpetuando esta prática e que alguns orquidários inescrupulosos se prestam a comercializar as plantas coletadas. Por que, digo que estes orquidários são inescrupulosos? Porque seus proprietários sabem que estão obtendo orquídeas que foram coletadas ilegalmente e não se incomodam com a desonestidade do ato, nem com as conseqüências pela conservação das populações nativas. Mas por que os orquidários ainda se interessam em comercializar essas plantas “do mato”, quando sabem que hoje a qualidade das orquídeas reproduzidas em laboratório é muito superior ao que ainda resta nos ambientes naturais?

Além de quererem lucro rápido e pouco trabalho, a outra parte da resposta é porque aqueles orquidários sabem que existem orquidófilos que ainda continuam desejando as plantas “do mato”!

Podemos dizer que estes orquidófilos também são inescrupulosos? Sim – ou então profundamente ingênuos e/ou desinformados. Mesmo os que moram em locais privilegiados onde a natureza ainda é exuberante, deve estar conscientes que hoje isto é uma exceção.

Ambientes ainda ricos em orquídeas, quando não fazem parte de áreas de conservação (muitas vezes com fiscalização deficiente), estão quase invariavelmente sob pressão imobiliária. Os fragmentos de diferentes ambientes que, em 2011, ainda estão em bom estado de conservação, são muito raros. Alguns deles ainda resistem como sendo excelentes bancos de sementes, para que as várias espécies de orquídeas brasileiras, e inúmeras outros organismos, continuem sua batalha pela sobrevivência. Destruir, de alguma maneira, estes fragmentos preservados atualmente é um crime contra o planeta e contra as nossas queridas orquídeas. Quando todos nós, o mateiro em Maricá, o comerciante inescrupuloso e o comprador descompromissado entendermos isto, poderemos todos nos orgulhar da nossa atuação como cidadãos. Até que este dia chegue deveremos, como orquidófilos, manter uma ética estrita em relação à compra de plantas e devemos denunciar qualquer prática ilegal ou suspeita.

Maria do Rosário de Almeida Braga (Comissão de Conservação).






A OrquidaRio - Orquidófilos Associados é uma associação sem fins econômicos com sede na cidade do Rio de Janeiro, capital do Estado do Rio de Janeiro, tendo sido fundada em 1986.
A publicação foi autorizada pela diretoria da OrquidaRio, na pessoa da Sra. Nilce Carlos em 15/07/2011.

terça-feira, 5 de julho de 2011

EXPOSIÇÃO DE INVERNO - RJ


Exposição “Orquídeas no Museu, Exposição de Inverno”





OrquidaRio Orquidófilos Associados estará organizando e realizando, de 8 a 10 de julho, a sua primeira exposição no Museu da República.

O endereço é Rua do Catete, nº 153, com entrada pelo portão em frente a estação Catete do Metrô. 

Os portões estarão abertos para o público das 8h às 18h. 

Orquidários Convidados:

Binot, Florália, Itaipava Garden, OrchidCastle e Orquidário Itaipava.

Programação:

06/07 – Montagem das barracas.
07/07 - Montagem da exposição das 8h às 12h e julgamento a partir das 12h.
08/07 – Visitação e vendas das 8h às 18h. Oficinas de Cultivo: 12h e 14h.
09/07 – Visitação e vendas das 8h às 18h. Oficinas de Cultivo: 10h, 12h e 15h. Programação cultural (danças, música, poesia e oficinas de pintura) a partir das 13h.
10/07 – Visitação e vendas das 8h às 18h. Oficinas de Cultivo: 10h, 12h, 14h e 16h. Encerramento às 18h.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Cattleya walkeriana cambará e Cattleya Walkeriana "gloria"

 C.w. cambará
 C.w. "gloria"

Floração em  30/05/2011
Em 2010  a floração foi exuberante, como fiz 2 cortes, este ano  apenas uma única flor em cada vaso.
Mesmo assim são lindas e muito perfumadas.

A Cattleya walkeriana foi descoberta por Gardner, em 1839, próximo ao rio São Francisco (MG). Seu nome foi dado em homenagem ao seu fiel assistente, Edward Walker, que o acompanhou em sua segunda viagem ao Brasil a serviço do Jardim Botânico do Ceilão, no Sri Lanka.

 Ela é  mundialmente conhecida e apreciada pelos belíssimos híbridos que tem produzido, é encontrada nas regiões mais diferentes do Brasil, seja crescendo sobre pedras, no Estado de Goiás, ou sobre árvores, nos Estados de São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais, sempre próxima às águas de lagos, rios ou pântanos..

Deve-se destacar que a maioria das plantas que hoje se encontram nas coleções foram produzidas por semente ou meristema (clonagem) e por serem plantas de cultivo extremamente fácil, os orquidófilos do mundo inteiro já dominam.

A fácil adaptação dessa espécie se comprova na maneira como é cultivada. No Brasil, que abriga todos os tipos de clima, temos visto a Cattleya walkeriana cultivada em vasos de cerâmica baixos e furados (chamados piracicabanos), em vasos comuns com xaxim desfibrado, em pequenos pedaços de casca de árvore (peroba, aroeira, ipê, etc.), em casca de pinheiro, em placas de xaxim ou, ainda, em muros de pedra. É uma planta que tolera muito bem a luz solar intensa, porém não direta. Gosta de ambientes úmidos e bastante ventilados, detestando substratos encharcados.

O pico de floração é no mês de Maio, o que lhe faculta os mais variados cognomes: flor de Maria, flor das noivas, flor das mães, flor de inverno, etc. Após o aparecimento das flores, dá-se a brotação pesada, por volta do mês de Agosto, período em que deve-se intensificar as regas e a adubação para a formação do bulbo vegetativo. É importante lembrar que a Cattleya walkeriana pode florescer em broto especial ou em broto com folha comum (Cattleya walkeriana variedade princeps, que floresce em Setembro).

É uma planta extremamente sensível às divisões (separação de mudas). Para poupá-la, deve-se evitar a floração no ano seguinte à divisão. Com este cuidado, ela economiza forças. Quando a planta mostra os botões, deve-se cortá-los utilizando ferramenta esterilizada para evitar contaminações, vírus ou bactérias. Isto pode ser feito usando-se a chama de um isqueiro ou vela por uns trinta segundos na lâmina da ferramenta.

Nesta espécie, são encontradas as formas tipo lilás, alba (branca), coerulea (azulada), semialba (branca com labelo lilás), lilacínea (rosada), flammea (lilás com riscos púrpura), vinicolor (vinho), entre outras.

Meu cultivo:

Ela está sendo cultivada ao nível do mar, adaptada a sol direto no final do outono e inverno, na primavera e verão muita luz e sol indireto.
O substrato que uso é bastante diversificado, neste exemplar  usei resto de fibra de xaxim, brita como dreno e vaso de barro e na outra, tronco de árvore fixada em placa de peroba e depois numa telha.
As regas são realizadas todas as vezes que o substrato seca e diariamente antes do nascer do sol recebem borrifos de água, como se fôssem gotas de orvalho.
Quanto a adubação uso química (osmocote) e orgânica (fish fértil).


Textos capturados em 02.06.2011:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cattleya_walkeriana

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cattleya_walkeriana_no_habitat_rupicola_1.jpg

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Cattleya Portia Coeruela - Floração 2011

No início do blog postei a respeito da Cattleya Portia, tendo colocado a foto da florada de 2010 no avatar e pelo visto ela gostou de ser capa.
Nesta florada de 2011 caprichou,  com se vê na foto, duas hastes cada uma com 4 flores, logo: 8 flores. Não resisti e substituí a foto do avatar. Merecida troca.
Para os que pensam que é muito, esta planta pode portar até 12 flores por haste, no entanto, observei que quanto mais flores menor é o tamanho delas, mas o perfume, este cada vez mais acentuado.










DICA: abaixo o link para maiores informações quanto ao meu cultivo.

http://orquidariorecreio.blogspot.com/2010/10/cattleya-portia.html

quinta-feira, 9 de junho de 2011

EXPO ORQUÍDEAS - FONSECA - Niterói - RJ



Horto do Fonseca sedia 2ª Mostra de Orquídeas

Nos próximos dias 11 e 12 de junho, o Jardim Botânico de Niterói (o popular Horto do Fonseca), na Alameda São Boaventura, abrirá suas portas para sediar sua 2ª Exposição de Orquídeas, organizada pela própria diretoria do local, em parceria com o Programa Florescer e com o Orquidário Maricaense. Na mostra, visitantes e admiradores da natureza terão a oportunidade de conhecer uma grande variedade de Orquídeas.

A expectativa da organização do evento é de atrair um público superior a 5 mil visitantes, que terão a oportunidade de ver mais de 400 orquídeas floridas em exposição. Além de observar, quem comparecer ao evento terá a oportunidade de adquirir tanto orquídeas floridas como mudas em diversos estágios de crescimento de espécies e híbridos a partir de R$ 5,00.

Insumos como adubos, etiquetas e material para o plantio e o cultivo de suas orquídeas também serão comercializados no local.

"Esperamos receber para este evento a população de Niterói e de outros municípios. É uma exposição belíssima que vale a pena conferir. Quem já faz caminhada aqui, vai ter um cenário mais atrativo", disse o diretor do Horto de Niterói, Leonardo Reis.

"Queremos proporcionar a cada visitante a experiência mágica de encontrar em um único ambiente uma grande variedade de orquídeas floridas, dispostas de forma a proporcionar momentos encantadores e de reflexão sobre a grandiosidade da natureza" contemporiza Danielle Costa, acrescentando que esta data foi escolhida pela organização do evento por comemorar um dia muito importate: O dia dos Namorados!

A 2ª Exposição de Orquídeas do Horto do Fonseca, será realizada das 9h às 17h. A entrada será gratuita, e o Horto possui ampla área de estacionamento gratuito acessível a todos os visitantes.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Laeliocattleya aloha case "Ching Hua"



Floração, 01 de Junho de 2011.

A planta da foto foi fixada em 2009, no tronco de um ficus doméstico (aquelas árvores  rendondinhas que enfeitam varandas, jardins e passeios públicos), porém não se adaptou, fixei-a em um pedaço de xaxim velho e apoiei num cachepô de madeira, ela simplesmente adorou e, agora depois de 2 anos de espera ela floresce pela primeira vez.
 Informações Técnicas:

Este híbrido é um cruzamento da Lc. Mini Purple com C. walkeriana, sendo a Lc. Mini Purple  um híbrido primário (Laelia pumila X Cattleya walkeriana) registrado em 1965, cruzamento feito com as formas cerúleas dos progenitores e a Cattleya walkeriana uma espécie brasileira descoberta por Gardner, em 1839, próximo ao rio São Francisco (MG). Seu nome foi dado em homenagem ao seu fiel assistente, Edward Walker, que o acompanhou em sua segunda viagem ao Brasil a serviço do Jardim Botânico do Ceilão, no Sri Lanka.
A LC  aloha case  é uma planta compacta, que forma touceira muito rápido, sua flor é muito grande em relação a seu tamanho e também muito perfumada.
A floração ocorre no fim do outono, após um breve período de dormência, quando um novo broto cresce e de dentro da nova folha, sem espata, o botão emerge.

Origem do Exemplar:
Ela foi adquirida em 2009 no Orquidário 4 Estações, na época NBS.

Meu cultivo:

Como mencionei acima, ela vegeta sob um pedaçinho velho de xaxim, que fica dentro de um cachepô com bolas de argila.
Ela é regada 2 vezes por semana e borrifo água diariamente, pois adora umidade.
A adubação é quinzenal com fish fértil endure e ainda se beneficia dos detritos (folhas secas e em decomposição)que caem de uma árvore próxima.
Para evitar pragas e doenças  aplico quinzenalmente óleo de neem e 4 vezes ao ano Dithany.
A luminosidade que recebe poderia ser identificada como meia sombra, recebendo a luz solar de forma indireta, filtrada pelas folhas do ficus que se localiza acima dela.

Dica:

Uma plantinha muito boa de cultivar, classifico como de fácil cultivo.
Em lugares de inverno rigoroso ela apresenta um período longo de dormência, mesmo assim de adapta com facilidade, desde que observadas as demais exigências: luminosidade, umidade e adubação.

obs.: A pastinha branca na ponta da folha (queimada por sol) é uma pasta que faço com água e dithany (fungicida de contato) para proteger de fungos.