terça-feira, 30 de julho de 2013

Oncidium - diversos


 Oncidium Aloha

 floração fevereiro/2013

Oncidium micro

Todos floridos de uma vez só no mês de maio, são de varioas tamanhos, cores e forma

O gênero Oncidium é exclusivo do Continente Americano, onde pode ser encontrado em toda parte, da Argentina ao México, do litoral brasileiro à Cordilheira dos Andes, em ambientes quentes e frios, secos e úmidos, sobre árvores, sobre pedras, diretamente no solo, em campos abertos e no interior das matas. Enfim, em praticamente todos os ambientes onde podem ocorrer Orquídeas no nosso continente, existe Oncidium.
 
A floração da maior parte dos Oncidium é em geral na forma de belas e longas hastes, quase sempre muito bifurcadas, com dezenas de flores que na média variam de um a sete centímetros, e geralmente com o colorido predominante de amarelo e/ou marrom, embora exista Oncidium branco, rosa, avermelhado, e outras cores.
 
É, entretanto devido aos longos cachos de flores amarelos encontrados no Oncidium flexuosum e no Oncidium varicosum, características estas que normalmente se transmitem para seus híbridos, que os Oncidium são em geral chamados de “Chuva de Ouro”. Suas inflorescências costumam ter boa durabilidade, permanecendo floridos em geral por cerca de um mês.
 
Existe uma série de gêneros próximos dos Oncidium que cruzam normalmente com estes, produzindo belos híbridos. É o caso dos gêneros Odonglossum, Miltônia, Miltonopsis, Cadetia, Brassia, Cochioda, entre muitos outros.
 
Por sua beleza, durabilidade, e em alguns casos por seu perfume bastante agradável, é que as plantas do gênero Oncidium e outros gêneros relacionados têm conquistado cada vez mais admirados e vêm sendo utilizadas cada vez mais inclusive como flores de corte, compondo arranjos justamente com outras Orquídeas ou mesmo com outras flores.
 
Cultivo:
 
É impossível estabelecer regras de cultivo que sirvam para todo Oncidium, mas de um modo geral podemos dizer que eles preferem viver em locais com muita luminosidade, e que grande parte deles aceita bem algumas horas de sol por dia.
 
Podemos também dizer que preferem ficar com suas raízes mais secas a receber água em excesso, embora quase todos eles aceitam um bom índice de umidade do ar, principalmente à noite.
 
Os Oncidium em geral e mesmo seus híbridos intergenéricos preferem ambientes bem ventilados, e quando mantidos em locais de pouca ventilação ou com as plantas muito aglomeradas ficam muito sujeitos ao ataque de fungos e bactérias.
 
Os híbridos mais comuns no mercado tais como Oncidium Sharry Baby, Oncidium Aloha Iwanaga e Oncidium Twinkle, além dos intergenéricos tipo Colmanara Wildcat e outros, são em geral de fácil cultivo se dando muito bem em vasos, placas ou mesmo quando cultivados diretamente sobre árvores.
 
Devemos, entretanto ter um certo cuidado com os híbridos onde a presença de alguns Odontoglossum é muito marcante, como é o caso dos Odontocidium, visto que estas plantas costumam não se dar muito bem em climas mais quentes, e particularmente em locais de baixa altitude, como por exemplo, em cidades do nosso litoral.
 
De um modo geral, os Oncidium respondem muito bem a uma boa adubação, aceitando tanto os adubos químicos como os orgânicos.
Quando plantados em placas ou em árvores, podemos utilizar a adubação orgânica na forma de saches.
 
São plantas fáceis de serem replantadas e podem facilmente ser dividida para a obtenção de novas mudas, mas certamente o efeito visual de uma planta adulta e com várias frentes, apresentando diversas hastes florais simultâneas, é infinitamente melhor que o de uma pequena planta com apenas uma haste floral. Pense nisto antes de querer dividir suas plantas.

sábado, 27 de julho de 2013

Cattleya walkeriana tipo ´vó lurdes`





floração junho/2013
foto, planta e cultivo - MGloriaM

Foram 3 anos esperando a primeira floração era para ser semi alba, mas as walkerianas sempre nos surpreendem em seus cruzamentos, por isso, apresento uma floração tipo, acredito que as próximas flores virão com a forma melhor.

A Cattleya walkeriana, hoje mundialmente conhecida e apreciada pelos belíssimos híbridos que tem produzido, é encontrada nas regiões mais diferentes do Brasil, seja crescendo sobre pedras, no Estado de Goiás, ou sobre árvores, nos Estados de São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais, sempre próxima às águas de lagos, rios ou pântanos. São plantas de cultivo extremamente fácil, que os orquidófilos do mundo inteiro já dominam. Deve-se destacar que a maioria das plantas que hoje se encontram nas coleções foram produzidas por semente ou meristema (clonagem).
A fácil adaptabilidade dessa espécie se comprova na maneira como é cultivada. No Brasil, que abriga todos os tipos de clima, temos visto a Cattleya walkeriana cultivada em vasos de cerâmica baixos e furados (chamados piracicabanos), em vasos comuns com xaxim desfibrado, em pequenos pedaços de casca de árvore (peroba, aroeira, ipê, etc.), em casca de pinheiro, em placas de xaxim ou, ainda, em muros de pedra. É uma planta que tolera muito bem a luz solar intensa, porém não direta. Gosta de ambientes úmidos e bastante ventilados, detestando substratos encharcados.
Em Rio Claro (175 km ao norte de São Paulo), resistem muito bem às altas temperaturas de verão (38°C), assim como às baixas temperaturas de inverno (10°C), ocasião em que devem ser protegidas do vento frio do sul e ter suas regas diminuídas.
O pico de floração é no mês de Maio, o que lhe faculta os mais variados cognomes: flor de Maria, flor das noivas, flor das mães, flor de inverno, etc. Após o aparecimento das flores, dá-se a brotação pesada, por volta do mês de Agosto, período em que deve-se intensificar as regas e a adubação para a formação do bulbo vegetativo. É importante lembrar que a Cattleya walkeriana pode florescer em broto especial ou em broto com folha comum (Cattleya walkeriana variedade princeps, que floresce em Setembro).
É uma planta extremamente sensível às divisões (separação de mudas). Para poupá-la, deve-se evitar a floração no ano seguinte à divisão. Com este cuidado, ela economiza forças. Quando a planta mostra os botões, deve-se cortá-los utilizando ferramenta esterilizada para evitar contaminações, vírus ou bactérias. Isto pode ser feito usando-se a chama de um isqueiro ou vela por uns trinta segundos na lâmina da ferramenta.
Nesta espécie, são encontradas as formas tipo lilás, alba (branca), coerulea (azulada), semialba (branca com labelo lilás), lilacínea (rosada), flammea (lilás com riscos púrpura), vinicolor (vinho), entre outras.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Ludisia discolor - Orquídea Jóia





 Floração Junho 2013


O gênero Ludisia A. Rich. é representado por uma única planta, dai ser denominado monotípico, distribuido pelo nordeste da Índia, sudeste da Ásia até Indonésia. Sua única espécie é a exótica Ludisia discolor (Ker.-Gawl.) A. Rich, também conhecida pela denominação antiga como Haemaria discolor. Juntamente com os gêneros Anoectochilus e Macodes, são chamadas de orquídeas jóias (em inglês “jewel orchids“),    em razão do formato e cor realmente especial de suas folhas. As folhas da Ludisia discolor possuem um colorido vermelho escuro, quase marrom, com veias douradas que à primeira vista e mesmo para orquidófilos experientes terão alguma dificuldade em reconhecer na planta sem flores, uma orquídea. Fins do inverno e toda a primavera surge sua inflorescência ereta na ponta do rizoma rasteiro e ramificado medindo em torno de 15 cm de altura; crescendo à medida que as pequenas flores branco translúcido e mácula amarela na ponta da coluna, com cerca de  1,3 cm de diâmetro vão abrindo-se. Seu cultivo é extremamente fácil, e bem cuidada sua folhagem é atraente o ano inteiro, dai a razão de permitir seu crescimento e expansão em todo o vaso de tamanho médio a grande, preferencialmente plástico, com substrato comum usados para o plantio das violetas africanas, numa mistura de coco desfibrado, terra vegetal, carvão e pedriscos, para boa aeração e drenagem, evitando sua compactação, ou mesmo em compostos/substratos comerciais para violetas comprados em lojas de jardinagem ou supermercados. Permite fazer mudas pela simples quebra dos brotos laterais, que podem ser colocados em copo com água limpa, mantendo um nível médio de água para facilitar seu enraizamento, nada impedindo seja feito seu plantio direto no substrato. Regas periódicas normais e luminosidade de 50% sob telado de sombreamento. Evitar insolação direta que pode queimar suas folhas. Adubação normal e periódica no substrato. Pode ocorrer variação no padrão das cores e desenho das nervuras douradas nas folhas de plantas  oriundas de sementes ou mesmo com o passar do tempo e envelhecimento do seu rizoma.
 Classificação – Gênero: Ludisia A. Rich.; Espécie única: Ludisia discolor (Ker. -Gawl.) A. Rich., Tribo: Erythrodeae; Subtribo: Goodyerinae; Etimologia: Ludisia – origem desconhecida; Epíteto: discolor, do latim   (Bot.) referindo-se a coloração de suas folhas que diferem de um lado para o outro. Fotos abaixo da planta do cultivo da orquidófila Elza A.V. Ferreira Silva, de Morrinhos/GO.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Potinara love dress



Floração Junho 2013.
 
Cultivar orquídeas é mais fácil do que se pensa
1. Na grande maioria, as orquídeas brasileiras são epífitas, isto é, crescem presas às árvores, sem, contudo, roubar delas quaisquer nutrientes. As raízes são usadas apenas para fixar a planta no caule das árvores.
2. Ao escolher o que vai cultivar, dê preferência a espécies adaptadas a sua região. Como as orquídeas florescem apenas uma ou duas vezes por ano, é interessante possuir várias espécies diferentes (cujo ciclo de floração costuma ser também diferente). Isso aumenta as chances de ter sempre alguma planta florida.
3. Não colete ou adquira plantas oriundas das matas, pois as orquídeas já foram bastante dilapidadas pelos mateiros e colecionadores gananciosos. Procure adquiri-las de empresas produtoras de mudas ou de orquidófilos que tenham plantas disponíveis.
4. Irrigação: Mantenha o vaso úmido, jamais encharcado. É mais fácil matar uma orquídea por excesso do que por falta d’água. Não colocar pratinho com água debaixo do vaso, pois as raízes poderão apodrecer. Molhe abundantemente duas ou três vezes por semana, deixando a água escorrer totalmente. Nos outros dias, basta vaporizar as folhas de manhã cedo ou no final da tarde, quando a planta não estiver sob o sol.
5. Luminosidade: Instale suas plantas em locais onde elas possam ser banhadas pelo sol no horário da manhã (até as 9 horas) ou no final da tarde (depois das 16 horas). Se a planta não tomar sol, ela não vai florescer. As orquídeas podem ser fixadas também no tronco de árvores, desde que estas não tenham uma sombra muito densa, como as mangueiras. O problema é que, quando florescerem, elas não poderão ser levadas para dentro de casa. Aliás, é recomendável manter os vasos, o máximo possível, na mesma posição e local.
6. Ventilação: As orquídeas necessitam de locais arejados. Evitar, porém, a ventilação muito forte.
7. Adubação: Utilize um desses adubos foliares (líquidos) que se encontram na seção de jardinagem de todos os supermercados. Adicionar algumas gotas à água com que será feita a vaporização, no caso de usar pequenos pulverizadores. Procure molhar sobretudo a parte inferior das folhas de sua orquídea, pois é aí que se encontram os estômatos, que absorvem água e nutrientes.
8. Pragas e doenças: Se as plantas forem cultivadas de uma forma adequada, elas estarão mais resistentes a pragas e doenças. Se não houver excesso de umidade, por exemplo, dificilmente os fungos irão atacar. De qualquer modo, previna-se. Um dos grandes inimigos de nossas orquídeas são as cochonilhas. Esses pequenos organismos sugam a seiva da planta e podem matá-la se não forem combatidos. Quem possui poucas plantas pode catá-los, um a um, antes que se propaguem. No caso de uma coleção maior, haverá necessidade de apelar para os defensivos. Dê preferência às fórmulas naturais, pois os produtos químicos industrializados costumam ser tão prejudiciais às plantas quanto a quem as cultiva. É recomendável consultar uma pessoa que tenha experiência com produtos naturais.
9. Anote o nome da espécie de sua orquídea numa plaqueta. Também é interessante atribuir-lhe um código (numérico ou alfanumérico, como queira), para facilitar a identificação no caso de uma coleção de médio ou grande porte. Um desafio que os orquidófilos enfrentam é memorizar o nome de suas plantas, quase todos em Latim ou latinizados – raramente as orquídeas têm nomes populares. Mas isto termina se tornando um excelente exercício de memória. Desenvolva igualmente o hábito de anotar a data da floração de cada planta. Se ela não voltar a florescer na mesma época, no ano seguinte, isto pode ser um sinal de alerta: talvez ela esteja com algum problema. Examine, então, as condições de irrigação, luminosidade, ventilação.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Odontoglossum Masdevalia




floração junho 2013

Estas são orquídeas das grandes altitudes dos trópicos do Novo Mundo, florescem em locais onde a temperatura é amena durante o ano inteiro. Os Odontoglossos são conhecidos pelos seus vistosos cachos de flores. A cultura é similar para os híbridos de gêneros aliados, tais como Odontonia, Odontioda, Vuylstekeara e Wilsonara, entre outros.

Apreciam bastante luminosidade e temperaturas baixas. Se as temperaturas dos dias de verão forem altas, podem reduzir-se os níveis de luz para arrefecer a área de cultivo. Apesar de não serem na generalidade boas plantas de interior, principalmente se a casa for quente, podem vingar numa janela virada a este, ou numa janela a sul com sombra; na maioria dos climas. A exposição a oeste é geralmente demasiado quente.
Podem ser tolerados pequenos períodos de temperaturas diurnas mais elevadas, principalmente se a umidade e circulação do ar estiverem a níveis ótimos.
A frequência de rega deve ser alta, e o substrato deve ter uma drenagem perfeita. O substrato deve apenas começar a secar antes da rega, o que pode significar regas a cada dois a sete dias, consoante a meteorologia, tamanho e material do vaso e tipo de substrato. Folhas que nascem enrugadas são um sintoma de água ou umidade insuficientes. Tal como outras orquídeas de zonas de precipitação elevada, os odontoglossos são particularmente sensíveis à falta de qualidade da água, que levará ao enfraquecimento das raízes e provocará queimaduras nas pontas das folhas.
A umidade deverá situar-se idealmente entre os 40% e os 80%, aliada a uma boa circulação do ar. A refrigeração através da evaporação numa estufa aumenta a umidade e refresca o ar, sendo por isso altamente recomendada para estas orquídeas na maior parte dos climas. O uso de nebulizadores, assim como umedecer o chão com água, ajudarão a manter a temperatura fresca e a umidade alta. No interior, colocar as plantas em tabuleiros com cascalho umedecido, colocando os vasos acima do nível da água.
O fertilizante deve ser aplicado regularmente em doses diluídas enquanto a planta está em crescimento ativo. Pode ser usada uma fórmula 20-20-20, duas vezes por mês. Se o tempo se mantiver enevoado, uma aplicação mensal será suficiente.
O novo envasamento deve ser feito quando os novos rebentos estão a meio da maturação, o que acontece geralmente na primavera ou outono. Estas plantas gostam de estar apertadas nos vasos, devendo por isso escolher-se um vaso que permita apenas espaço para o crescimento de um ano ou dois. O uso de vasos pequenos também obrigará às regas frequentes que estas plantas apreciam, pois o substrato secará mais rapidamente e de forma mais homogênea se houver concentração de raízes. É necessário utilizar um substrato fino com drenagem excelente; como o substrato se mantém sempre úmido, o reenvasamento anual ou bianual é normal. Espalhar as raízes sobre um cone de substrato e distribuí-lo à volta das raízes, adicionando mais substrato. Calcar com firmeza à volta das raízes. Manter a unidade elevada e o substrato seco até à formação de raízes novas.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Cattleya Vitória Reginae (C.labiata x C.guttata.)







Floração Junho 2013.
Adquirida no Orquidário 4 Estações em 2009
A planta da foto é uma Cattleya vitória reginae é um cruzamento primário entre a Cattleya labiata e a Cattleya guttata, que por sinal são duas belas espécies.
Posso afirmar que ela se adaptou melhor em clima de altitude do que ao nível do mar, gosta de muita luz, umidade e boa adubação.
Curiosidade: Ela  levou 4 anos para florir pela primeira vez, mais não fez feio, suas flores são médias, cerosas e perfumadas.
 
Um pouco sobre as duas espécies:
 
Cattleya Guttata
 
Origem - Dispersa por toda região litorânea do sudeste brasileiro, vegetam em pedras ou mesmo em areia de restingas, desde o nível do mar até altitudes elevadas da Serra do Mar, em árvores mais altas e que permitam a entrada de maior luminosidade.
Hábito da planta - É planta de grande porte com pseudobulbos longos e cilíndricos de 70 a 1,30 cm, esverdeados e encimados por duas até três folhas coriáceas e elíptas com 15 a 30 cm de comprimento. Apesar de ocorrer em árvores de encostas, a região litorânea é seu habitat típico. Crescem até enraizadas na areia, em pedras e dunas, a pequenos arbustos e a outros tipos de vegetações de restinga, quase expostas ao sol e a ação do vento constante e forte nessas áreas.
Floração - Florescem a partir do mês de Março, estendendo-se até Maio nos estados sulinos brasileiros. As flores de 8 cm de diâmetro (um pouco menores que as da Tigrina ou Leopoldii), de espatas simples e geralmente secas, em hastes de mais ou menos 20 cm de altura, sempre em cachos, de 3 até 15 flores. As que vegetam em dunas e restingas o número de flores chegam até 20 ou mais. A duração das flores é de 10 dias. Elas possuem muitas substâncias e coloridos do amarelo-esverdeado até verde-amarronzado e com pintas (algumas sem) marrom-avermelhadas sobrepostas. Existem formas (colorações) albina, rósea, lilacina, verde-esbranquiçada, áurea, avermelhada, cobreada, chocolate, amarelada e alaranjada. O labelo é trilobado e mais estreito do que da Tigrina, com suas porções laterais branco-rosadas que cobrem a coluna, e sua área frontal é ápice rugosas com tonalidade rosa-escura.

Cattleya labiata

A Cattleya labiata é uma espécie que floresce ao final do verão e princípio do outono, o perfume exalado por suas flores na parte da manhã é tão característico que podemos chamar de "perfume das Cattleyas" pois esta é uma característica transmitida aos híbridos produzidos com sua participação.  Espécie considerada 'Rainha do Nordeste Brasileiro', para muitos 'Rainha das Orquídeas Brasileiras', pela floração abundante, de grande duração, de perfume inconfundível.
Habitat  A labiata ou lírio roxo como muitos a chamam no interior do Nordeste, procede em maior número de habitats dos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Ceará e Sergipe.
 Ela é planta epífita ou por vezes rupícola, que vegeta sobre  árvores ou sobre rochas e em paredões nas serras, em locais nos quais a umidade provem, como já dito antes, de um mais intenso regime de chuvas (brejos) e da neblina que se forma, noturna e matinal, locais quase sempre protegidos do sol intenso.  Na natureza, vegeta a uma altitude entre 500 e 1000 metros. É, sem dúvida alguma, a mais bela e uma das mais apreciadas orquídeas brasileiras, por ser cultivada fácil e soberbamente, de norte a sul do País. Nenhuma outra Cattleya o faz em tal plenitude!

Planta    
Planta extremamente resistente, como boa nordestina que é, com pseudobulbos de 15 a20 centímetrosde altura, comprimidos e sulcados, apresentando uma única folha oblongo-elíptica, raramente duas. Inflorescências compostas de 3 a 5 flores, sempre muito bem dispostas e que surgem de uma espata dupla de mesmo tamanho e vigorosa.
 
Floração:
Flor com 18/20 até 25 centímetros de diâmetro, um tamanho  excepcional, pétalas e sépalas  de colorido típico lilás, em diversas tonalidades. As sépalas são lanceoladas, a maior parte das vezes planas e as pétalas mais largas, ovóides e graciosamente onduladas. O labelo apresenta variações que iremos destacar, as mais comuns, mais adiante.
A floração, em geral, no Norte e Nordeste brasileiro: Dezembro/Janeiro à Março e no Sudeste e Sul em Fevereiro/Março, mas as fortes variações climáticas recém ocorridas, tornam essas previsões pouco precisas.
Cultura    
Considerada como uma planta de facílima cultura e, por isso, muito recomendada para orquidófilos principiantes.  
 

sábado, 13 de julho de 2013

SOPHRONITIS WITTIGIANA




 
Floração Junho 2013.

 
A planta da foto é uma Sophronitis wittigiana, uma belezura de mini, fácil de cultivar, apenas exigente quanto ao clima, que deve ser de altitude, ao nível do mar não obtive sucesso.
 
Este é um gênero pequeno, com pequenas plantas, mas de beleza e colorido gigantesco. Possui cerca de 7 espécies, distribuídas pelo Brasil, Bolívia e Paraguai. Caracteriza-se por possuir pseudobulbos cilíndricos, próximos uns dos outros, formando grandes touceiras e contendo normalmente uma única folha apical, com inflorescências curtas e partindo do ápice dos pseudobulbos, podendo ser multiflorais ou uniflorais, dependendo da espécie. Possui labelo livre da coluna, porém circundando-a, e todas as espécies contêm oito políneas. Este gênero está intimamente ligado às CATTLEYA, LAELIA, EPIDENDRUM e BRASSAVOLA, com os quais produz diversos híbridos, sempre doando para estes sua cor vermelha.
Estas espécies desenvolvem-se em florestas úmidas em regiões com altitudes que variam de 500 a 1000 metros. São plantas de difícil cultivo, porém podem ser cultivadas com sucesso em pequenos vasos de barro, com xaxim e sempre com excelente drenagem. Pode-se também cultiva-las sobre um pedaço de madeira, colocado em um vaso com sphagnum à sua volta. Desta forma, a planta ficará com seu sistema radicular bem aéreo e terá a umidade ambiente de que necessita. O melhor é o vaso de xaxim. Não é bom o uso de cachepô.
Principais espécies: Soph. cernua, Soph. coccinea, Soph. grandiflora, Soph. wittigiana, Soph. Mantiqueira.
 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Colmanara wild cat





florida desde fim de maio até agora
 
Orquídea Colmanara
A Orquídea Colmanara é uma Herbácea perene, epífita, característica de clima subtropical. As flores despontam principalmente no verão, nascem na parte terminal de uma longa haste, são muito vistosas, amareladas com manchas marrons, que lembram a pele de alguns felinos.
Nome Popular: Colmanara
Nome Científico: Colmanara Wildcat
Divisão: Angiospermae
Família: Orchidaceae
Origem: Híbrida

Como Cuidar/Cultivar a sua Orquídea Colmanara?
Deve ser cultivada à meia sombra, as regas podem ser diárias ou a cada dois dias, aprecia uma variação de temperatura entre o dia e a noite.

Agora compare a floração de 2012 e outras dicas de cultivo:
http://orquidariorecreio.blogspot.com.br/2012/08/colmanara-wild-cat.html

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Cattleya percivaliana "Farah Diba" x "nega chocolate"



Floração Junho 2013
Foto e cultivo MGloriaM
 

Cattleya percivaliana


Esta espécie é nativa da Venezuela na região do estado de Trujjillo (Venezuela), crescendo predominantemente em altitude de 1400 à 2000 metros do nível do mar sob rochas e vegetação (árvore) à beira de cursos d'águas na região conhecida como depressão Carora. O habitat da C. percivaliana é pequeno se comparado com as demais Cattleyas existentes na Venezuela, como a Cattleya Gaskelliana ou Cattleya Lueddemanniana. Vale ressaltar que é a flor nacional da Venezuela.
Naturalmente, a Cattleya percivaliana fica exposta a neblina noturna e a umidade provinda dos riachos próximos aos rochedos e vegetação em que se fixa. Além disso, esta espécie é exposta a iluminação solar e  fortes ventos de modo que garanti o resfriamento natural de suas folhas. Quando encontradas na forma rupícola (sob rocha) apresenta grande concentração de samambaias e musgos nos rochedos de modo que a umidade se mostra sempre presente ao longo do ano. Portanto, essa espécie não passa por períodos longos de seca não suportam muito o estresse hídrico.
A C. percivaliana é considerada a menor das unifoliadas e na natureza geralmente não ultrapassam 12cm de diâmetro (flores), porém em função das constantes seleções sofridas nos orquidários atualmente é possível encontrar flores entre 15cm à 18cm. O padrão dessa espécie é de portar entre 2 à 4 flores por haste tendo a parte vegetativa (planta) similar das Cattleyas Labiatas apesar de ser menor. Segundo Waldyr Fochi a floração ocorre entre fevereiro e junho sendo que no Brasil o pico da floração dessa espécie ocorre em março. As folhas são alongadas, semi-rígidas. As espatas são simples e a planta quando adulta não ultrapassa os 25cm de altura. Essa espécie tem um perfume inconfundível que para mim lembra o cheiro daqueles insetos popularmente chamados de "maria fedida", mas que nada tira seu encanto, pois dependendo da distância tornar por vez um perfume levemente adocicado.  (fonte: http://orquideasbueno.blogspot.com.br/2012/07/cattleya-percivaliana.html).

Cultivo:

Devem ser cultivadas com bastante luz indireta, sendo recomendado o sombrite de 50%. A umidade relativa do ar deve ficar entre 60% e 80%. Preferem altitudes entre 800m e 1.200 m. Por isso estão acostumadas a uma variação de cerca de 8°C entre a temperatura do dia e a da noite. Pode ser cultivada em vasos de barro ou de plástico, indo bem em suportes de peroba ou placas de fibras. Na falta do xaxim, atualmente proibido, a Cattleya percivaliana aceita, satisfatoriamente, a mistura de 1/3 de casca de pinus bem picada, 1//3 de carvão vegetal em pedaços pequenos e 1/3 de cascalhinho de brita, com inclusão de fibra de coco. O vaso deve ter boa drenagem, que pode ser de cacos de telha, pedra britada, etc. O substrato deve ser trocado, no máximo, a cada 3 anos. A adubação pode ser química ou orgânica.
A rega deve ser no máximo de 3 vezes por semana, seguindo-se a regra de permitir que o substrato quase seque antes de nova rega.
Pragas e doenças :

Como as demais Cattleyas, é sujeita ao ataque de cochonilhas, que se alojam no dorso das folhas e em torno da espata floral, bem como nas bainhas que recobrem o pseudobulbo. O combate pode ser feito com óleo de Neem e citronela, mediante pulverizações periódicas ou por aplicação direta com uma escova macia ou cotonete.

Floração:

 No habitat e no hemisfério norte floresce pelo natal (daí o seu nome popular). No Brasil, o pico de floração é em março, época em que florescem as demais labiatas. Não apresenta muitas variações de cor, como as outras integrantes do grupo dividindo-se em dois conjuntos: lilases, como Albert´s e Summit e semi-albas, que variam muito nas cores da garganta do labelo, como evidenciam os clones Farah Diba, Jewel e Chocolate.

fonte: Capturado no site: http://www.orquidario.org/plantames/mar07/mar07page.htm


Meu Cultivo:

Clima de altitude, luminosidade em torno de 50%, adubação trimestral com Okashi, viagra da AOESP.

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Um pouco de história:
Farah Pahlavi (nascida a 14 de Outubro de 1938 em Teerão, Irão) foi a última imperatriz do Irão (conhecida como Farah Diba) foi a terceira esposa de Mohammad Reza Pahlavi e a última (e única moderna) Shahbanu (Imperatriz) da Pérsia.
Foi coroada Rainha pelo casamento com o Xá em 1959, e em 1967 foi a primeira Imperatriz do Irão a ser coroada nos tempos modernos. O fim da monarquia em 1979 fez com que fosse a última Imperatriz.
Nasceu em Teerão, única filha de Sohrab Diba e Farideh Diba. Seu pai era um militar cuja família era originária do Azerbajão Iraniano. Ele faleceu quando ela ainda era criança. Sua mãe supervisionou sua educação: Farah estudou na escola francesa de Terã e na École Spéciale d'Architecture, em Paris, onde foi aluna de Albert Besson.
 Enquanto estudante, foi apresentada ao Xá Mohammed Reza Pahlavi pelo então genro do mesmo, Ardeshir Zahedi.
Após algum tempo, o Xá a pediu em casamento, e os dois contraíram núpcias em 21 de dezembro de 1959. Com o Xá, Farah deu à luz quatro filhos:
·           Reza Cyrus Pahlavi (30 de outubro de 1960)
·           Farahnaz Pahlavi (12 de março de 1963)
·           Ali Reza Pahlavi (28 de abril de 1966)
·           Leila Pahlavi (27 de março de 1970 - 10 de junho de 2001)
Após a revolução iraniana de 1979, ela acompanhou o marido no exílio, até que ele morresse, em 27 de julho de 1980. Farah atualmente reside em Connecticut, EUA e em Paris, França.
Farah Pahlavi recentemente lançou um livro sobre seu casamento com o Xá, cujo título em inglês é An Enduring Love: My Life with the Shah- A Memoir.