sábado, 26 de maio de 2012

Oncidium - Chuva de Ouro



Foto e cultivo MGloriaM

O Oncidium da foto esta fixado num tronco de eucalipto, aqueles que usamos na lareira, o seu cultivo é basicamente livre na natureza, sem qualquer adubação, recebe o sereno, águas da chuva e nada mais.
Durante 2 anos foi cultivado ao nível do mar, clima quente e com adubação frequente. No entanto, nunca floriu. Em setembro do ano passado foi trazido para clima de altitude e literalmente largado no pinheiro.
Com isso, afirmo que eles gostam mesmo de clima frio, altitude e livre na natureza.

Uma boa forma de cultivo é ensinada pelo grande orquidófilo Carlos Keller, em seu site:

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Um pouco sobre o gênero Oncidium

Nome Técnico: Oncidium
Nomes Populares : orquídea chuva-de-ouro
Família : Orchidaceae 

Descrição:

Planta herbácea perene de hábito epífita com altura em torno de 35 cm, de pseudobulbos curtos e ovalados e duas folhas estreitas e flexíveis por bulbo.
As flores amarelas são pequenas, de 1,5cm x 2,0 cm, reunidas em grande panícula sobre haste de 90 cm, que surgem no final da primavera nos estados do sul do país e duram cerca de 15 dias, conforme a temperatura da época.

O gênero Oncidium é exclusivo do continente americano, onde pode ser encontrado em toda parte, da Argentina ao México, do litoral brasileiro à Cordilheira dos Andes, em ambientes quentes e frios, secos e úmidos, sobre árvores, sobre pedras, diretamente no solo, em campos abertos e no interior das matas. Enfim, em praticamente todos os ambientes onde podem ocorrer Orquídeas no nosso continente, existe Oncidium.

Cultivo

É impossível estabelecer regras de cultivo que sirvam para todo Oncidium, mas de um modo geral podemos dizer que eles preferem viver em locais com muita luminosidade, e que grande parte deles aceita bem algumas horas de sol por dia.
Podemos também dizer que preferem ficar com suas raízes mais secas a receber água em excesso, embora quase todos eles aceitem um bom índice de umidade do ar, principalmente à noite.


De um modo geral, os Oncidium respondem muito bem a uma boa adubação, aceitando tanto os adubos químicos como os orgânicos.
Quando plantados em placas ou em árvores, podemos utilizar a adubação orgânica na forma de saches.
São plantas fáceis de serem replantadas e podem facilmente ser dividida para a obtenção de novas mudas, mas certamente o efeito visual de uma planta adulta e com várias frentes, apresentando diversas hastes florais simultâneas, é infinitamente melhor que o de uma pequena planta com apenas uma haste floral. Pense nisto antes de querer dividir suas plantas.

Fonte:

terça-feira, 22 de maio de 2012

Cattleya walkeriana (alba "paulino"xflamea "divina")


Foto/cultivo/propriedade MGloriaM
14/05/2012

Adquirida em maio de 2010, tamanho NBS,  lote 35366, do Orquidário Bela Vista (SP), na exposição do Jardim Botânico-RJ.
Ela entouceirou com facilidade, no entanto, somente agora floriu pela primeira vez, apesar da foto ser de celular, acho que dá para observar a forma da flor.
O cultivo desde a aquisição é ao nível do mar, no varandário, mas tão logo a floração acabe ela será readaptada em clima de altitude,
A adubação dela é exclusivamente com osmocote e viagra da AOESP.


domingo, 20 de maio de 2012

Denphal amarelo claro

Floração Maio 2012

O denphal é uma planta muito florífera, este da foto floriu em dezembro e novamente agora em maio.
O cultivo é fácil, se adapta em qualquer lugar de clima quente, adora um solzinho e calorão.
Aprendi que após a florada, se inicia o crecimento dos novos bulbos, neste período rego com mais frequencia.
Indico para os colegas iniciantes, mais cuidado: REGA EM ABUNDÂNCIA NÃO É AFOGAR A PLANTA.


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Cultivo - entrevistado: Carlos Keller

Publico na íntegra, a entrevista concedida pelo orquidófilo Carlos Keller e publicada no Blog Orquideas no Apê do orquidófilo Sergio Oyama Junior - agradeço a gentileza do autor em disponibilizar a matéria.

 http://orquideasnoape.blogspot.com.br/2012/04/entrevista-com-carlos-keller.html

23 de abril de 2012

Entrevista com Carlos Keller 

Cattleya percivaliana 'Carla Porto'
Cattleya percivaliana 'Carla Porto'

Duas características sempre me chamaram a atenção em relação ao entrevistado de hoje. Primeiro, o vasto conhecimento que ele possui sobre orquídeas e orquidofilia. Foi através de seus artigos, mensagens e tutoriais que aprendi a maior parte das coisas que hoje sei sobre o assunto. A segunda característica, não menos importante, é justamente esta generosidade em ajudar e compartilhar sua experiência com todos. Sempre fui muito bem amparado quando lhe solicitei ajuda e costumo ouvir o mesmo de várias pessoas que o conhecem. Foi com este espírito que Carlos Keller, paisagista e orquidófilo do Rio de Janeiro, concordou em conceder esta entrevista especial ao blog.

O.A. Como está composta a sua coleção? Quantos exemplares você possui?

C.K. A minha coleção possui cerca de mil plantas e está composta tanto por híbridos quanto por espécies. O enfoque principal está nas cattleyas e nos híbridos de cattleya, mas tenho também algumas orquídeas chamadas de “botânicas”. Outra espécie que gosto muito é a Laelia purpurata. A escolha do plantel está focada na qualidade. Tenho um pouco de tudo, mas só entram no orquidário plantas boas, clássicas, ou de beleza ímpar. A seleção é rigorosa e para isso eu costumo comprar apenas orquídeas quando estão floridas, para ter certeza do que estou levando para casa, salvo é claro, quando compro meristemas de fornecedores de confiança.

Tenho umas poucas orquídeas mais comuns, que geralmente têm origem em presentes de amigos. Essas estão na coleção por valor sentimental e não me desfaço delas por nada. Aqui o fator limitante é o clima, que no Rio é quente e com pouca amplitude térmica entre o dia e a noite, o que não é bom para as orquídeas. Tenho quase todas as cattleyas nas suas principais variedades, mas algumas, como as Cattleya trianaei, por exemplo, não estão se desenvolvendo como eu gostaria. Sentem calor à noite. Curiosamente, algumas orquídeas notadamente de clima frio, como a Cattleya percivaliana e o Zygopetalum, estão se dando bem por aqui. Não sei explicar o motivo, mas procuro ir sempre movendo o vaso desse tipo de orquídea para lá e para cá dentro do orquidário, até encontrar um micro-clima em algum canto que satisfaça as necessidades da planta.

Blc. Waianae Leopard 'Melody Point'
Blc. Waianae Leopard 'Melody Point'

Quanto aos híbridos, tenho a maioria dos meristemões clássicos importados e que foram premiados pela AOS. O principal motivo disso é que estou juntando material para fazer um site e quero postar no site para consulta os principais híbridos à venda no mercado brasileiro e internacional. Nesse caso, só podem entrar ali os híbridos registrados. Quanto às cattleyas espécie, procuro ter na coleção também as antigas, as clássicas, pois essas têm um passado muito interessante para ser contado, o mesmo se dando com as Laelia purpurata. Preciso ter a planta na coleção, para poder fotografá-la no momento em que estiver florida.

O.A. Em linhas gerais, como é feito o cultivo?

C.K. A chave para o bom cultivo das orquídeas está na rega. A maioria das espécies de orquídea tem as raízes ao ar livre e não enterradas na terra como as demais plantas, então essas raízes têm que secar entre as regas, senão elas apodrecem. Todo o resto do cultivo, como o substrato, o vaso, as instalações, etc., estão pendurados nessa premissa. Se a umidade está correta tudo vai bem. Orquídea gosta de umidade no ar e não no pé. Prefiro como construção os orquidários técnicos, com estufas agrícolas cobertas. Plástico leitoso no teto e sombrite ou aluminette logo abaixo, telas essas que tanto podem ser abertas ou fechadas, dependendo da época do ano. O orquidário deve ter pelo menos 4 metros de altura para um bom arejamento e se possível deve ser fechado dos lados com uma tela bem leve e clara. O orquidário coberto propicia um melhor controle das regas, pois não é afetado pelos períodos chuvosos.

Carlos Keller
Carlos Keller

No meu caso, podemos dizer: “casa de ferreiro, espeto de pau”. O meu orquidário é muito velho e ruim. É baixo demais e está apertado para a coleção. Ainda não fiz melhoramentos ali, pois estou eternamente à procura de uma área mais alta, nas montanhas que circundam a cidade, para mudar para lá o meu orquidário. Nessa região o clima é bem mais favorável, para não dizer excelente, mas vocês sabem que as montanhas do Rio estão tomadas por favelas, o que torna os terrenos disponíveis, ou muito caros se forem seguros, ou muito perigosos.

O substrato que sempre usei depois que o xaxim foi proibido é o musgo do Chile, também chamado de sphagnum do Chile. Esse é um ótimo substrato para as orquídeas, desde que nunca entre em contato com matéria orgânica, senão ele se decompõe rapidamente e leva junto as raízes. Devido ao calor da minha área (Guaratiba, no sul da cidade), fui obrigado a descobrir o orquidário para melhorar a ventilação, retirando o teto de plástico e mantendo só o sombrite. Por conta disso, tive que mudar o substrato para algo de secagem super rápida e estou usando no momento cubos de casca de peroba (aprox: 3 x 3 cm ou 4 x 4 cm), tanto dentro de vasos de barro, quanto dentro de cachepots de madeira. As raízes estão se adaptando muito bem a esse substrato e não apodrecem como fariam se estivessem no musgo debaixo de chuva. Esse substrato de rápida secagem também é imune aos funcionários que pensam que orquídea é igual a samambaia e molham demais quando não estamos olhando.

Algumas orquídeas, no entanto, geralmente as “botânicas” como as catasetíneas, por exemplo, quando fora da dormência gostam de ter certa umidade constante nas raízes e para isso eu as mantenho no sphagnum, o qual apesar da umidade interna é muito arejado. Para esse tipo de orquídea mantenho parte do orquidário coberto com plástico como era originalmente. No mais, adubo semanalmente com Peters e a cada mês aplico Superthrive e micronutrientes. Tanto o adubo, quanto os complementos, variam ao longo do ano de acordo com as necessidades de cada planta na época.

O.A. Além de adubos e defensivos, existem aditivos capazes de melhorar a floração?

C.K. Como eu já disse acima, uso o Superthrive, que é uma mistura não detalhada pelo fabricante de vitamina B e hormônios. Uso também o Cal-Mag da Peters, micronutrientes da Vallagro (Brexil) e nos replantes ou dependendo da necessidade, uso o hormônio enraizador AIB, que é o ácido indobutílico. Gosto muito do adubo “Viagra” da AOSP, uma espécie de Bokashi, mas esse eu uso apenas nas poucas orquídeas terrestres que tenho. Nos cubos de peroba ele não se fixa e para o sphagnum ele é a morte, pois é matéria orgânica concentrada. O adubo orgânico que uso nos vasos com cubos de peroba é o Vitan, que é foliar e também possui micronutrientes. Na verdade ele é um adubo organomineral.

O.A. No que o iniciante deve focar, ao começar a sua coleção?

C.K. O iniciante deve antes de tudo estudar. Ele deve ler tudo o que puder sobre as orquídeas, deve fazer buscas na internet e deve visitar o maior número possível de orquidófilos. Só assim ele não fará erros estruturais básicos, difíceis depois de consertar. Ele deve também procurar se inteirar sobre todas as orquídeas que estão à venda no mercado, para poder então dentre todas, fazer a seleção do que vale a pena ser adquirido, evitando as compras de impulso e as compras redundantes. Não estou falando aqui de plantas caras, pois o orquidário de cada um é o reflexo do seu bolso. Não se deve valorizar a orquídea por ser cara e sim pelo seu bom cultivo. Os meristemas possuem no geral a mesma faixa de preço e um meristema belo custa o mesmo que um sem graça. O que vale é a escolha. Uma orquídea sem carisma ocupa o mesmo espaço e recebe a mesma água e adubo que uma espetacular, embora os preços se equiparem. Estou me dirigindo àqueles que desejam ser colecionadores amadores de orquídea. Os que desejam fazer cruzamentos e melhoramentos, esses só terão sucesso depois de muita prática e experiência. Isso não é algo que se aprende da noite para o dia.

O.A. Existe alguma orquídea que você ainda não tenha e que ainda gostaria de adquirir?

C.K. Eu ainda não estou produzindo orquídeas a ponto de poder pagar com as vendas as minhas aquisições. Isso vai demorar a acontecer, pois as minhas instalações são pequenas. As compras são pagas com parte do meu salário, o que não é fácil de se dispor hoje em dia. Por conta disso, ficaram para trás algumas orquídeas mais caras, as quais dentre elas estão uma boa Cattleya walkeriana caerulea e uma boa Cattleya labiata caerulea. Eu tenho alguns bons exemplares das citadas acima, mas uma espetacular de cada ainda está me faltando. Carlos.

O.A. Não tenho palavras para agradecer por tão rica e detalhada entrevista. Com certeza, será uma referência importante para todos aqueles que se dedicam a esta atividade tão cativante. O Carlos permitiu que divulgássemos seu e-mail para contato, uma informação que já me foi bastante útil no passado: carlosgkeller@terra.com.br. Carlos Keller, muito obrigado por tudo

sábado, 12 de maio de 2012

Vandas - Hibridas - cultivo na Região Serrana






As mudinhas da foto fazem parte de uma experiencia que iniciei em setembro de 2011.

Sempre ouvi e li que as vandas são orquídeas de clima quente e que não suportam baixas temperaturas pois entram em dormência.
Em setembro de 2011, iniciei um novo tipo de cultivo, com clima de altitude e temperaturas consideradas baixas para as vandas.
Mesmo assim, resolvi fixar 2 mudinhas que estavam em dormência em seu habitat ao nível do mar e clima quente.
No início elas me pareceram sofridas, na realidade estavam em fase de adaptação. Aos poucos, suas novas raízes, grossas e saudáveis, começaram a nascer e as folhas antigas, um pouco queimadas do frio, deram lugar a novas folhas verdes e fortes, como se observa na foto.
Como relatei,  trata-se de uma experiência, por serem pequenas acredito ter grandes chances de que se adaptem e no futuro venham a florescer.
Por enquanto, posso afirmar que elas já passaram a primavera, o verão e agora vão iniciar o outono.
A adubação é zero, recebem apenas o que a natureza lhes oferece.
Por enquanto, vou observando e postando para voces. 

sábado, 5 de maio de 2012

Arundina bambusifolia - orquídea bambu




foto, cultivo e propriedade MGloriaM
26.04.12

As touceiras da foto estão plantadas diretamente no jardim sem qualquer cuidado especial, com floração constante.

Nome Científico: Arundina bambusifolia
Nome Popular: Orquídea-bambú, arundina, orquídea-de-bambu, orquídea-de-jardim
Origem: Ásia Tropical, Burma, atual União Mianmar ou antiga Birmânia, país do sudeste asiático
Família: Orchidaceae
Ciclo de Vida: Perene

Dica de Cultivo: Pode ser cultivada à meia-sombra ou a sol pleno, mas sempre em solo rico em matéria orgânica. Quando plantada em vaso, a mistura recomendada é: 1 parte de terra comum de jardim, 1 parte de terra vegetal e 2 partes de composto orgânico

As regas devem ser regulares, sem encharcamento, e sempre que o substrato secar na superfície.

Cultivada em condições adequadas, floresce o ano inteiro, mas seu período de florescimento vai da primavera ao início do outono.

Sua floração é mais intensa em regiões de clima tropical e equatorial. Não tolera geadas.

Para fazer novas mudas da arundina, pode-se usar o processo da divisão das touceiras, mantendo de 2 a 3 ramos em cada nova muda.

Observação: as minhas são cultivadas em altitude, com temperaturas mínimas no outono e inverno beirando 6ºC.