sexta-feira, 30 de maio de 2014

BC PASTORAL "Innocence"






Maio0 2014
 
Bc. Pastoral, híbrido criado em 1.961 a partir de um feliz cruzamento entre a famosíssima matriz Bc. Deesee com C. Mademoiselle Louise Pauwels, é na minha opinião o maior sucesso criado por Rolf Altenburg (Florália).
Este híbrido combina o que há de melhor no gênero Brassavola, ou seja o labelo franjado da Brassavola digbyana, com o tamanho e forma impecável das boas Cattleyas albas. Planta de fácil floração que produz quase sempre duas ou três flores grandes com um perfume cítrico muito agradável, herança da Brassavola digbyana.
Existem diversos clones afamados deste cruzamento, como por exemplo podemos citar os seguintes: "White Orb", "Mônica", "Ave Maria", "Innocence", "Aniel Carnier", "Sandra", "Rosee" e "Pink Pearl". Estes dois últimos são de uma tonalidade lavanda suave muito bonita, enquanto os demais são plantas albas ou semi-albas.
Talvez o único "defeito" deste híbrido é ser planta espaçosa, com rizomas um tanto compridos e folhas altas que consomem bastante espaço em nossos orquidários quase sempre apertados. Para aqueles que dispõem, contudo de um pouco mais de folga é uma planta que não deixar de fazer parte da coleção, sendo sempre a sua floração muito gratificante, compensando este pequeno sacrifício de espaço.
Venho acompanhado, nas exposições, sempre com grande interesse os híbridos desta planta e raramente me decepciono com o que vejo, pelo contrário até, pois tenho visto híbrido que apesar de não serem registrados ou premiados formalmente, as suas qualidades são inquestionáveis e tranqüilamente poderiam ser clonados e vendidos como plantas de alta
qualidade batendo, inclusive, alguns bem mais conceituados. Com exemplo disso, temos o cruzamento com C. Nerto que produziu uma semi-alba espetacular, cuja a difusão está bastante concentrada na cidade de São Carlos - SP e em toda a exposição da cidade é planta de destaque.
A quantidade de seus híbridos registrados vem aumentando continuamente, devido a maior dispersão de seus clones pelo mundo, sendo que grande parte são registrados por produtores japoneses que dão muito valor as suas qualidades. Seu híbrido mais conhecido no Brasil é Bc. Turandot (x C. Bob Betts).
 
A planta da foto foi adquirida no Orquidário Santa Clara, trata-se de um meristema.


fonte: http://www.orkideas.com.br/biblioteca/hibridos_bc_pastoral.html

Curiosidade:
Deixo uma história real a respeito do cultivo desta.
http://orquidarioterradaluz.blogspot.com.br/2008/08/odeio-bc-pastoral-innocense.html

segunda-feira, 26 de maio de 2014

LC (Laeliocattleya) aloha case "Ching Hua"

 
 




 
 
Este híbrido é um cruzamento da Lc. Mini Purple com C. walkeriana, sendo a Lc. Mini Purple  um híbrido primário (Laelia pumila X Cattleya walkeriana) registrado em 1965, cruzamento feito com as formas cerúleas dos progenitores e a Cattleya walkeriana uma espécie brasileira descoberta por Gardner, em 1839, próximo ao rio São Francisco (MG). Seu nome foi dado em homenagem ao seu fiel assistente, Edward Walker, que o acompanhou em sua segunda viagem ao Brasil a serviço do Jardim Botânico do Ceilão, no Sri Lanka.
A LC  aloha case  é uma planta compacta, que forma touceira muito rápido, sua flor é muito grande em relação a seu tamanho e também muito perfumada.
A floração ocorre no fim do outono, após um breve período de dormência, quando um novo broto cresce e de dentro da nova folha, sem espata, o botão emerge.
 
Vegeta em clima de altitude.
Adubação com osmocote e bokashi trimestralmente.
 
Origem do Exemplar:
Ela foi adquirida em 2009 no Orquidário 4 Estações, na época NBS.
 
Floração em 2011:

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Cattleya walkerianas/alba fagnani x Cattleya walkeriana puanani ?






floração maio de 2014
 
 Olhando a foto sabemos que se trata de uma Cattleya walkeriana tipo .
A sua forma não é das melhores, mas como foi a primeira floração espero que melhore.
Agora, por que postei como sendo Cattleya walkerianas/alba fagnani x Cattleya walkeriana puanani? explico:

Em 2009 adquiri de um orquidário profissional um seddling tamanho "3" da  Cattleya walkerianas/alba fagnani x Cattleya walkeriana puanani,pois a adulta é muito cara, cultivei  ela durante estes 5 anos avida pela floração semi alba. No entanto, floriu tipo.
Acredito que possa ter havido, na retirada dos potes, a inclusão de uma tipo no coletivo da semi alba e por ironia veio parar no meu orquidário.

Enviei uma mensagem ao orquidário a respeito do assunto por enquanto vou esperar a resposta.

sábado, 17 de maio de 2014

Cattleya mesquitae 'cataguases vinicius'








Cattleya × mesquitae L.C.Menezes é um híbrido natural de orquídea que foi descrito no boletim CAOB no. 26 de 1996 pela engenheira florestal, botânica e ecologista, Dra. Lou C. Menezes, que fez uma homenagem ao Sr. Raimundo Mesquita, orquidófilo carioca. O aparecimento deste novo híbrido primário, segundo a autora, foi há mais ou menos 20 anos, em uma exposição de orquídeas na cidade de Jataí (GO). Este dado foi obtido num relato do orquidófilo mineiro deUberaba, Sr. Oswaldo Franchini.

Localização:
Sua localização abrange os estados de Goiás e Mato Grosso, tendo sido encontrada em 21 municípios goianos e 5 municípios matogrossenses, numa área de cerca de 48.000 quilômetros quadrados. Tem-se notícias de plantas semelhantes observadas na Bolívia pelo médico e orquidófilo Dr. José Stefanello. Foi encontrada também em formarupícola na região de Encarnación, no mesmo país.
Cattleya × mesquitae vegeta numa altitude que varia entre 600 e 800 metros ao nível do mar. As plantas são sempre encontradas no lado do sol nascente, nunca no lado poente.

Floração:
 A floração acontece entre Setembro e meados de Novembro. É interessante notar que a Cattleya walkeriana floresce no local entre Abril e Junho e a Cattleya nobilior, de Julho até metade de Setembro.
Cerca de 70% das hastes florais partem do rizoma, e somente 30% surgem no ápice dos pseudobulbos, entre as folhas, como a Cattleya walkeriana var. princeps.

Coloração das Flores:
Cattleya × mesquitae possui as mesmas variedades das Cattleya nobilior e Cattleya walkeriana. Acredita-se que o melhor estudo existente dos agrupamentos cromáticos é de Astor Viana Junior e Pedro Lage Viana, publicado recentemente no livro "Cattleya walkeriana Gardner - Aspectos botânicos e estudo cromáticos", onde consta: alba, albescens, suave, pérola, semialba, amoena, caerulea, caerulense, lilás tipo, rosada, rubra, concolor, lilacina e vinicolor.
Quando ao colorido do labelo, classifica-se em: estriado, venoso, orlato, cheio e flameas.
Hoje, esta planta já pode ser observada em diversas coleções com flores, formas e coloridos excepcionais, não ficando atrás de outras Cattleyas.

Cattleya × mesquitae
Cattleya × mesquitae

Cattleya × mesquitae
Classificação científica
Reino:Plantae
Divisão:Magnoliophyta
Classe:Liliopsida
Ordem:Asparagales
Família:Orchidaceae
Subfamília:Epidendroideae
Tribo:Epidendreae
Género:Cattleya
Lindl.
Espécie:C. × mesquitae
Nome binomial
Cattleya × mesquitae
L.C.Menezes 1996

MEU CULTIVO:

A planta está fixada num pedaço de peroba, a qual foi inclinada dentro de um vaso de barro com brita 0 e brita 2, tendo como fonte de umidade um pedaço pequeno de xaxim velho.
Ela fica no lado nascente do orquidario.
A adução é trimestral com bokashi e osmocote.
Regas apenas com água de chuva e sereno.

Informação:
Tempo de espera pela primeira floração após o corte: 4 anos.


Fonte de pesquisa:http://pt.wikipedia.org/wiki/Cattleya_mesquitae


domingo, 11 de maio de 2014

Cattleya walkeriana tipo dona nega x Luís Castro self








Primeira floração após 5 anos de espera. Valeu a esperar, pois, sua forma é perfeita e deve melhorar a partir das florações seguintes.
O exemplar foi adquirido em 2009, tamanho "3", do Orquidario da Serra.

Cultivo:
Vaso de barro com brita zero e cascas de pinus. A adubação é trimestral com bokashi e osmocote.
Ela vegeta em clima de altitude.

FELIZDIA DAS MÃES !!




quarta-feira, 7 de maio de 2014

Coelogyne ovalis




Foto e cultivo MGloriaM

Coelogyne ovalis é uma espécie de orquídea (Orchidaceae) do Sudeste Asiático. Alguns taxonomistas consideram esta apenas uma variação menor da Coelogyne fimbriata.

Cœlogyne é um gênero de plantas com aproximadamente 202 espécies que pertence à família das orquídeas, ou Orchidaceae. São facilmente reconhecidas por sua robustez e abundantes flores, intrigantes e delicadas, frequentemente de cor creme, mas também brancasverdes ou alaranjadas, muitas das quais perfumadas durante o dia e que geralmente duram semanas.
Originárias de ampla área do Sudeste Asiático, e Sudoeste do Pacífico, a variedade deste gênero é muito grande. Háespécies grandes e pequenas, algumas têm pseudobulbos espaçados em vários centímetros, outras os têm amontoados, sempre com uma ou duas folhas. Suas flores crescem tanto do ápice dos pseudobulbos como de um broto novo e podem ser pendentes ou em inflorescências eretas. Em todas as estações há espécies floridas, porém a maioria floresce durante a primavera.
Algumas espécies são amplamente cultivadas em todo o mundo; entretanto, como a maioria delas cresce rapidamente, logo se transformam em um problema para colecionadores de orquídeas com espaço insuficiente. De modo geral os cultivadores escolhem umas poucas espécies para ter em suas coleções, mas elas estão sempre presentes.
Existem registros da antiga utilização dos pseudobulbos de algumas espécies para fins medicinais na China, entretanto modernamente sua utilidade é exclusivamente ornamental.
As espécies de Coelogyne são originárias de ampla área do Sul e Sudeste Asiáticos, estendendo-se desde o HimalaiaÍndia e Sri Lanka, ocorrendo em todos os países continentais entre estes e a Península da Malásia, e também em quase todas as ilhas do Sudoeste do Pacífico, chegando até as Ilhas FijiNova Caledôniae Ilhas de Reunião.
Apresentam dois pontos principais de dispersão, a cadeia de montanhas do Himalaia e duas ilhas do sudeste do Pacífico, especificamente Bornéu e Sumatra . Pelo fato de estarem dispersas por tantas ilhas o número de espécies endêmicas, que só ocorrem em um local específico, é muito elevado, ultrapassando 70% das espécies.
Cerca de 30% das espécies são bem conhecidas e comuns em cultivo, outros 30% são espécies conhecidas mas raras em cultivo, 30% são espécies muito raras tanto na natureza como em cultivo; e os 10% restantes são espécies conhecidas somente pela sua publicação original, as quais nunca foram registradas novamente, permanecendo como espécies duvidosas ainda por serem esclarecidas, plantas aberrantes, extintas, ou possíveis sinônimos das espécies conhecidas.
Bornéu é o local onde é registrada a ocorrência de mais espécies, 65, a grande maioria endêmica. O Himalaia registra 43 espécies, seguido por Sumatra com 40, Tailândia e Indochina com 34 e a Península da Malásia com 24.
Desde as florestas tropicais quentes do litoral até às florestas chuvosas das montanhas frias do Himalaia, do nível do maraté três mil metros de altitude. Há espécies de clima frio, intermediário ou quente, seco ou úmido, sombrio ou luminoso. De modo geral são epífitas, ocasionalmente rupícolas ou terrestres em locais mais frios e abertos.
A diversidade das espécies aumenta com a altitude, através de seus quatro principais habitats:
  • Florestas perenes litorâneas úmidas até 1500m de altitude, onde a chuva e a temperatura são mais uniformes ao longo do ano e esta raramente baixa de 21°C. Nesta área geralmente são epífitas e com folhas largas pois a luminosidade é baixa. Não são comummente encontradas próximas ao solo, a menos que estejam em escarpas ou áreas muito íngremes. A popular Coelogyne mayeriana habita este tipo de floresta.
  • Florestas tropicais de monções, também até 1500 m de altitude. As espécies desta área estão mais acostumadas a certasazonalidade, enfrentando clima seco durante parte do ano e, conforme a altitude, frio moderado também. Algumas das espécies encontradas aqui estão entre as mais comuns em cultivo, tais como Coelogyne cristataCoelogyne flaccida eCoelogyne nitida.
  • Florestas tropicais de altitude, entre 900 e 1800 metros, principalmente em três das grandes ilhas do Pacífico, BornéuSumatra e Java., onde o clima é similar ao das florestas perenes, porém diminui a temperatura com a altitude. A espécie mais comum aqui é a Coelogyne tomentosa, mas é uma das áreas com maior número de espécies.
  • Florestas tropicais de altitude, entre 1500 e 2900m, com temperaturas ainda mais frias, encontram-se espécies vivendo epífitas ou sobre as rochas e amontoados de folhas secas entre a densa camada de arbustos e ervas que cobrem o solo destas matas. Nesta área poucas espécies existem, vale notar aCoelogyne mooreana.
  • DESCRIÇÃO:
  • Sempre crescendo de modo simpodial, tanto cespitoso como escandente ou pendente, com rizomas que podem chegar a mais de 15 cm de comprimento, as Cœlogyneces (plural de Cœlogyne) são plantas invariavelmente robustas. São consideradas grandes entre as orquídeas, como a Coelogyne rumphii e a Coelogyne trinervis, que podem atingir até 70 centímetros de altura, ou pequenas, como a Coelogyne ovalis e Coelogyne miniata, que não passam de 20 centímetros, porém, quando bem cultivadas, sempre crescem profusamente, tornando-se touceiras de tamanho considerável.
  • As principais características que diferenciam as Cœlogyneces dos outros gêneros de sua subtribo estão principalmente no labelo e coluna de suas flores. O labelo é sempre livre, nunca em formato de saco; sempre com três lobos mais ou menos evidentes, os laterais eretos ao lado da coluna; apresenta calosidades simples ou complicadas, com verrugaspapilas oupêlos e pode conter diversas lamelas paralelas que se estendem por sob a coluna, a qual é sempre é alada ou espatulada.
    Muitas das espécies emitem forte perfume e são polinizadas por abelhasvespas e besouros.
    ….
    TAXONOMIA:
    Coelogyne Lindl., Coll. Bot.: t. 33 (1824), está subordinado à subtribo Coelogyninaetribo Arethuseae da subfamíliaEpidendroideae de Orchidaceae. A espécie tipo é a Coelogyne cristata Lindl..
    Etimologia: O nome do gênero vem do grego Kailus, que significa oco, e gyne que significa fêmea, referindo-se à grande cavidade estigmática existente na coluna de suas flores.
    Sinônimos: Hologyne Pfitzerespécie tipo Hologyne miniata (BlumePfitzer; e Ptychogyne Pfitzerespécie tipo Ptychogyne flexuosa (RolfePfitzer.
    No decorrer de suas expedições pelo sudeste asiático o explorador dinamarquês Nathaniel Wallicch enviou do Nepal trêsespécimes de plantas então desconhecidas da ciência ao botânico inglês John Lindley. Em 1821 Lindley afirma estar em posse de três espécies de orquídeas diferentes de qualquer outro gênero então conhecido; distintas pela sua peculiar cavidade estigmática, posicionamento da antera, formato da coluna e modo de crescimento, concluindo então tratar-se de um gênero novo ao qual chamou Coelogyne. Eram estas espécies a Coelogyne cristataCoelogyne punctulata e Coelogyne nitida. Logo depois acrescenta mais duas, a Coelogyne fimbriata, e a Coelogyne speciosa.
    Desde sua criação, principalmende devido à descoberta e inclusão de novas espécies, o gênero foi reorganizado inúmeras vezes. Em 1840, mais de trinta espécies já eram conhecidas de Lindley de modo que dividiu o gênero em três subgêneros e cinco seções.
    Em 1907 eram tantas as espécies que Kraenzlin e Pfitzer fizeram uma revisão nos nomes existentes e dividiram Coelogyne em duas séries, subdivididas em cinco subséries e catorze seções. Além disso, removeram grande número de espécies atribuíndo-as a outros treze gêneros.
    Depois desta revisão Coelogyne foi estudada novamente diversas vezes com diferentes propostas de divisão infragenérica por Friedhelm Reinhold Butzin (1972),Gunnar Seidenfaden (1975), Udai Chandra Pradhan (1979), Atulananda Das e Sudhanshu Kumar Jain (1980), Eduard Ferdinand de Vogel (1993) e depois De Vogel novamente com Barbara Gravendeel (1999).
    Esta última revisão admite 23 seções, mantendo 12 das originalmente criadas por Pfitzer e Kraenzlin. É o tratamento aceite hoje em dia, enquanto espera-se para breve uma nova proposta de circunscrição genérica resultante de análises filogenéticas.

    Divisão infragenérica e Espécies

    Coelogyne é um gênero heterogêneo cuja divisão infragenérica é complexa. O banco de dados do Royal Botanical Garden, Kew aceita 195 espécies em 2008, mas há 210 outros nomes relegados a sinonímia. Coelogyne já abrigou espécies da maioria dos gêneros de sua subtribo, os quais dele foram desmembrados ao longo dos anos. Além disso novas espécies ainda têm sido descritas mesmo em 2008.
    Filôgenia
    Pholidota chinensis:
    Pholidota é um dos gêneros que futuramente pode ser unificado comCoelogyne.
    O gênero Coelogyne, bem como diversos outros gêneros desta subtribo, totalizando 45 espécies, em 2000, passaram por uma análise molecular preliminar, ou seja seu DNA foi estudado, produzindo resultados muito interessantes. O gênero sofrerá uma nova revisão, pela Dra. Barbara Gravendeel. Com base neste estudo, constatou-se a existência de dois grupos distintos de espécies, e duas alternativas possíveis:
    • A primeira seria a ampliação do gênero para conter diversos outros gêneros afins em um total aproximado de 530 espécies pois incluiria até mesmo 265 espécies de Dendrochilum. Esta solução foi aparentemente descartada.
    • A segunda alternativa é a divisão do gênero em dois, um deles, mantendo o nome Coelogyne, abrangeria cerca de 160 espécies, algumas nossas conhecidas, tais como C. lentiginosa, C. fimbriata, C. flaccida, C. speciosa e C. lawrenceana, e englobaria também o gênero Pholidota. Uma maneira fácil de reconhecer estas espécies de Coelogyne, se bem que não é uma regra infalível, é o fato de serem bifoliadas. O outro grupo é parente mais próximo de Dendrochilum eChelonistele e constitui-se pelas espécies geralmente unifoliadas, com flores que abrem simultâneamente e inclui as famosas Coelogyne pandurata e Coelogyne tomentosa, mais conhecida pelo seu sinônimo C. massangeana.
     

    Cultivo

    Coelogyne trinervis:
    Uma espécie de clima quente que aprecia bastante luminosidade. É muito fácil de cultivar e sempre floresce abundantemente.
    Coelogyne miniata:
    Uma espécie pequena de crescimento desordenado. É uma das poucas espécies com flores avermelhadas.
    Coelogyne speciosa:
    Planta pequena de flores grandes que no entanto somente nos impressiona quando vista de perto pois tem curtas inflorescências que escondem as flores verdes sob as folhas. Florescem em sequência durante vários meses.
    Coelogyne, em certa medida, é um gênero injustiçado pela maioria dos orquidófilos. Paradoxalmente, um dos motivos que ocasionam essa injustiça é exatamente uma de suas qualidades; normalmente são plantas fáceis de cultivar e que em pouco tempo formam grandes touceiras. Os colecionadores consideram as plantas grandes demais pois poderiam ter diversas espécies no local ocupado por uma única Coelogyne. Além disso, excetuadas algumas espécies, geralmente as flores não são grandes e suas cores são discretas.
    Alguns colecionadores iniciantes, seduzidos pela beleza de uma Coelogyne cristata plenamente florida, escolhem começar sua coleção por esta espécie mas depois de alguns anos sem nunca conseguir fazê-la florir novamente, concluem que são plantas que não vale a pena ter. Na verdade é muito fácil fazer as Coelogyne florescerem; como para a maioria das plantas, basta reproduzir as condições climáticas próprias de seu habitat original, principalmente no que se refere às regas e temperatura. Assim é muito importante verificar a origem de cada espécie para saber qual é o cultivo indicado.
    Por serem tantas as espécies, sempre existe alguma que se adapte perfeitamente às condições de cultivo de cada um. Existem espécies de clima quente, moderado e frio. Quase todas gostam de muita luz.
    Espécies de clima quente (Coelogyne parishiiCoelogyne tomentosaCoelogyne fimbriata Coelogyne flaccida) não apresentam dificuldades de cultivo na maior parte do Brasil, As Coelogyne de clima quente adaptam-se perfeitamente ao calor e podem ser cultivadas da mesma maneira que são cultivadas a grande maioria das espécies brasileiras. Geralmente são plantas grandes, portanto aconselha-se que sejam plantadas em um vaso ou cachepot de madeira que deixe muito espaço livre para a planta crescer intocada por alguns anos. Devem ser regadas de maneira mais ou menos uniforme ao longo do ano. A melhor temperatura para estas espécies varia entre 15 e 35°C.
    Espécies de clima intermediário, (Coelogyne cristataCoelogyne lawrenceanaCoelogyne nitida) são originárias doHimalaia e montanhas de Bornéu. A maioria das espécie provém de áreas de clima intermediário. Na natureza, geralmente o fim de sua floração coincide com a chegada das monções, famosas chuvas torrenciais praticamente diárias que ocorrem na primavera e parte do verão no sudeste asiático. Assim, após o fim da floração durante cerca de três a quatro meses são necessárias regas abundantes. A partir de então, as chuvas começam a escassear, assim as regas devem ser paulatinamente reduzidas até que serem quase suprimidas no fim do outono ou começo do inverno.
    Mesmo durante o verão estas espécies, sendo plantas de maior altitude, não enfrentam temperaturas demasiado quentes, no entanto, durante o inverno, a temperatura diminui muito. Quando o cultivo é feito em locais quentes, durante o inverno aventilação é importante para evitar excesso de temperatura nas horas de sol, ou a floração será prejudicada. Além disso, nanatureza, a variação diária de temperatura que estas plantas estão sujeitas é maior que a enfrentada pelas espécies de clima quente.
    Na natureza, o local predileto destas plantas é o alto das árvores, onde tomam sol moderado no verão e mais sol no inverno. É importante que a exposição à luz seja grande no período em que começam a aparecer os brotos.
    adubação deve ser intensificada desde o momento em que aparecem as primeiras raízes nos brotos novos até o momento em que termina o período de crescimento dos novos pseudobulbos. Então coloca-se a planta em repouso, diminui-se a adubação no final do outono e para-se no inverno, da mesma maneira com as regas.
    É importante saber que a grande maioria das Coelogyne detesta ser replantada, sendo que algumas podem recusar-se a florescer por um ou dois anos após o replante. Elas suportam muito bem substratos que já começaram a se decompor e estão bastante ácidos. Dê preferência a substratos que conservem bastante umidade, mas por outro lado permitam grande arejamento nas raízes e lembre-se de proporcionar ótima drenagem. Este é um dos motivos pelos quais as Coelogyne gostam de substrato antigo, com o tempo ficam mais porosos e permitem a entrada de mais ar, além de deixarem a água escorrer rapidamente, Além disso sua acidez não as incomoda. Chachepots de madeira são uma boa solução para aumentar a ventilação nas raízes.
    Híbridos
    Coelogyne Bufordiensis:
    É um dos híbridos mais populares no Brasil, invariavelmente vendido comoCoelogyne pandurata.
    Coelogyne Unchained Melody:
    Outro híbrido comum no Brasil, também erroneamente conhecido como Coelogyne Intermedia.
    Apesar de híbridos naturais serem razoavelmente comuns dentre as espécies de orquídeas pertencentes a um mesmo gênero e que convivem em um mesmo local, não há registros oficiais de hibridos naturais de Coelogyne.
    Existem evidências que a Coelogyne Unchained Melody, um híbrido artificial registrado apenas em 1995, tenha sido coletado inúmeras vezes na natureza pois esta planta era enviada regularmente da Índia para a Inglaterra durante o século XIX, em uma época que a produção de híbridos artificiais de orquídeas estava dando os primeiros passos na Inglaterra. Ambos os pais desta espécie, Coelogyne cristata e Coelogyne flaccida são muito comuns e convivem no mesmo local na Índia, entretanto sua coleta nunca foi registrada oficialmente e a origem destas plantas híbridas permanece incerta.
    Este híbrido é muito cultivado no Brasil, onde é erroneamente conhecido como Coelogyne Intermedia. A origem deste erro remonta às mesmas remessas de plantas para a Inglaterra, pois eram enviadas identificadas com esse nome. Sabe-se hoje queCoelogyne Intermedia é uma planta diferente, resultante do cruzamento da Coelogyne cristata com a Coelogyne tomentosa, um híbrido impossível de ocorrer naturalmente pois estas espécies não são geograficamente encontradas próximas o suficiente para serem fertilizadas por agentes polinizadores naturais.
    O primeiro híbrido artifical deste gênero ocorreu somente em 1906. Quando comparados a outras orquídeas, são poucos oshíbridos artificiais deste gênero registrados na Royal Horticultural Society, cerca de quarenta, mas mesmo assim alguns são comummente cultivados no Brasil:
    • Coelogyne Brymeriana (C. asperata × C. dayana)
    • Coelogyne Unchained Melody (C. cristata × C. flaccida)
    • Coelogyne Burfordiensis (C. pandurata × C. asperata).
    • Coelogyne Mem. W. Micholitz (C. mooreana × C. lawrenceana)
    • Coelogyne Linda Buckley (C. mooreana × C. cristata)
    • Coelogyne South Carolina (C. pandurata × C. Burfordiense)

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Coelogyne