sábado, 28 de fevereiro de 2015

Cattleya forbesii




Floração Fevereiro 2015
Foto/Cultivo MGloriaM

A Cattleya forbessi é uma espécie epífita (vegeta em árvores) do litoral do Rio de Janeiro até Santa Catarina vegetando em matas ralas de muita iluminação e, geralmente, alagadas.
Ela possui pseudobulbos de 15 a 25 cm, 2 folhas elípticas e coriáceas, na cor verde clara, de 10 a 14 cm por 5 a 8 cm de largura.
A sua floração ocorre no final do inverno, primavera e início do verão, com flores de 5 a 8 cm de largura.
O seu cultivo é bem fácil pois vai bem em qualquer substrato, desde que lhe ofereça uma boa drenagem, podendo ser utilizado o vaso de barro, o caixote ripado de madeira, vasos de plástico, palitos de fibra, toco de madeira (tratado). Adapta-se bem em árvores vivas.
No quesito clima e temperatura  deve ser de moderado a quente, com temperatura nunca abaixo de 15 graus.
Uma das características desta planta é ser muito resistente.
A luminosidade de mediana a intensa, vegeta ao nível do mar, mas floresce bem em altitude.
Um ponto favorável para os iniciantes é ser de fácil cultivo.




terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

BLC NOBILIS Yellow Point "red"





Replante de Orquídeas

Eduardo Nogueira Graça

Segue abaixo alguns procedimentos que utilizo e que talvez possam ser úteis aos demais amigos. Tomei por base Cattleyas, mais creio que o conceito também se aplica aos demais gêneros, talvez com algumas pequenas variações.

1- Quando replantar uma orquídea?
Em geral, você só deve replantar uma orquídea quando uma das seguintes situações ocorrer: a) A planta já está começando a crescer para fora do vaso, b) o substrato já está ficando deteriorado, c) a planta não se adaptou a um tipo de substrato ou você sente que ela
está perdendo o vigor continuamente.
Replantar uma orquídea é sempre será um procedimento que pode causar um desgaste a planta e por isso deve ser evitado. Se a planta está com indo bem em geral ela não precisará de novo replante por uns 3 anos, contados a partir do último replante, pois este é tempo em o xaxim costuma levar para começar a se deteriorar (sob condições normais). Outros substratos podem levar mais ou menos tempo. O tipo de adubação que você utiliza também pode contribuir para encurtar a vida útil do substrato, uma vez que estimula a ação dos microorganismos. É sabido que o uso de por exemplo torta de mamona (um ótimo adubo por sinal) acelera este processo mais que uma adubação química e foliar.
Se você notar que o substrato está ficando deteriorado você deverá fazer o replante, pois do contrário as raízes da planta apodrecerão o que irá comprometer bastante a saúde de sua orquídea. Contudo se o substrato não esta ainda tão ruim é melhor esperar pela época
adequada.
Se você perceber que uma planta esta parecendo desidratada apesar de você regá-la adequadamente, isto pode ser um sintoma que o substrato já apodreceu a muito tempo e as raízes também. Esta não é uma característica de falta de água, mas de apodrecimento das
raízes e portanto a planta não está mais tendo condições de absorver mais a umidade gerada pelas as suas regas.

2) Qual a época adequada para se replantar uma orquídea?
Todas as orquídeas, em minha opinião, devem ser replantadas durante o período em que seu sistema radicular está sendo renovado e se expandindo, preferencialmente quando novas raízes estão justamente começando a surgir do pseudobulbo mais novo. Assim estas raízes crescerão rapidamente dentro do novo substrato. Você só deve replantar uma orquídea quando ela está em condições de se restabelecer rapidamente. Portanto nós não devemos mexer com
uma orquídea quando a sua estação de crescimento está terminada, pois ela não terá como formar novas raízes por vários meses. Uma planta que é perturbada nesta situação será forçada a gastar suas reservas de energias por um longo período até poder emitir novas raízes e isto será muito ruim para a saúde da planta. Você pode acabar perdendo a planta.
Como a diversidade de espécies é enorme, durante o ano inteiro haverá alguma planta que está renovando o seu sistema de raízes. Assim eu não diria que há uma estação do ano melhor ou pior para se fazer o replante. O que eu faço é observar a plantar e ver quando as novas raízes estão surgindo e então este é o momento do replante. Em geral, isto ocorre menos no inverno, mas pode ser que você tenha uma planta que goste de renovar suas raízes nesta época. Eu replanto minhas orquídeas (Cattleyas) quando as raízes que estão surgindo no bulbo mais novo estão com menos de um centímetro. Se elas estão maiores que isto e o substrato ainda está bom então eu prefiro deixar para a estação seguinte, pois a probabilidade de se quebrar estas novas raízes é alta. Quando novas raízes estão surgindo do bulbo mais novo, uma onda de atividade se espalha pelas raízes mais velhas e destas começam a brotar muitas ramificações. Por esta razão é preciso tomar também bastante cuidado com estas raízes mais velhas e evitar ao máximo de quebrá-las durante o processo de replante. Assim procedendo creio que o você deu uma boa oportunidade para a sua planta desenvolver um saudável sistema radicular.
3) Qual o melhor substrato?

Esta é uma pergunta cuja a resposta depende do tipo de planta que você está cultivando.
Existem plantas que crescem em galhos de árvores (epífitas), outras que são terrestres e outras que preferem crescer sobre pedras. Portanto dependendo do tipo de orquídea que você está cultivando haverá sempre um substrato mais indicado. É preciso conhecer um pouco sobre as características do habitat natural de suas plantas. As plantas epífitas, em geral, estão adaptadas para viverem grudadas as árvores, como o suprimento de água nestas condições não é contínuo, elas dependem muito da sua capacidade de absorver água
rapidamente, quer seja da chuva como da umidade do ar. Assim, as suas raízes possuem uma cobertura esponjosa que se encharca rapidamente. Do mesmo modo que as raízes se encharcam rapidamente, elas também secam, uma vez que os galhos da árvores, em que elas estão penduradas, também secam rapidamente tão logo a chuva passe. Com isso, as plantas epífitas precisam secar rapidamente e terem um bom arejamento para evitar que suas raízes
apodreçam. Portanto é importante que o substrato seja extremamente poroso, drenando a água rapidamente e propiciando condições de arejamento adequado.
As cattleyas e seus híbridos ( plantas com as quais a maioria dos iniciantes começam suas coleções), que são plantas de características predominantemente epífitas, crescem bem em
diversos substratos que possuem as características citadas acima. Os substratos mais comuns no Brasil são: xaxim, casca de árvores e fibra de coco. O xaxim é sem dúvida o substrato mais utilizado, mais facilmente encontrado e em minha opinião o melhor. Devemos
utilizar o xaxim desfibrado cujas as fibras sejam resistentes e livres de muito pó. Deve evitar a todo custo plantar uma orquídea em pó de xaxim (apesar deste produto ser mais fácil de se encontrar), pois o pó de xaxim além de reter a água por muito tempo é péssimo para a areação das raízes. Algumas pessoas costumam cortar o xaxim em pequenos cubos e plantar suas plantas assim. Particularmente já experimentei tal procedimento com diversas plantas, quando
não me foi possível conseguir xaxim desfibrado, e não gostei muito do desenvolvimento das plantas neste meio. Vale a pena, quando não conseguir xaxim já desfibrado, desfibrar as placas com a mão. O xaxim desfibrado não deixa o meio muito compactado, permitindo que a planta seque rápido e haja uma boa aeração.
Existem contudo algumas cattleyas que dificilmente crescem bem em vasos e necessitam serem plantadas em pedaços de casca de árvores rugosas (peroba por exemplo) e posteriormente ficarem penduradas. São plantas que precisam de uma aeração extremamente boa, a qual não pode ser propiciada pelos vasos. Como exemplos destas plantas temos:
Cattleya walqueriana, C. nobilior e C. aclandiae. Plantar algumas destas plantas em vaso é sempre um risco.
Quanto as orquídeas terrestres, não tenho muita experiência com estas plantas e prefiro não comentar sobre os melhores substratos, mas vale a regra: Observe o substrato nos quais estas plantas se desenvolvem em seus habitates e tente reproduzi-los.
4) Que tipo de vaso devo utilizar?

Os vasos podem ser confeccionados a partir de diversos materiais, como por exemplo, barro, plástico, cimento, xaxim, cascas de árvores, casca de coco, etc. Normalmente os mais utilizados e facilmente encontrados são os de barro e os de plástico. As vantagens do vaso de plástico são as seguintes: preço, peso, aspecto e facilidade de limpar. Já os de barro possuem uma melhor aeração e consequentemente retêm água por menos tempo. Os vasos de barro são os preferidos pelo orquidófilos, uma vez que a grande maioria cultiva suas plantas sob um ripado, telado, sob a sombra de árvores e portanto não têm como controlar a água das chuvas durante a estação chuvosa. Como os vasos de barro secam muito mais rápido que os de plástico, esta qualidade torna-se muito importante para evitar que o excesso de umidade e pobre aeração prejudique as raízes das orquídeas, notadamente as epífitas, que são mais sensíveis à umidade.
Muitos orquidários comerciais que possuem estufas cobertas, e portanto podem controlar a água das chuvas, preferem utilizar os vasos de plásticos, principalmente pelo custo, facilidade de manuseio e aspecto dos vasos mesmo depois de anos de cultivo.
O formato dos vasos varia muito. Existem formatos que são mais apropriados para uma espécie do que para outra, contudo, como regra, todos devem possuir uma boa capacidade de drenagem, propiciando um rápido escoamento da água e terem furos largos o suficiente para evitar entupimentos.
Para Cattleyas tenho utilizado vasos com um furo central e mais três furos, formando uma espécie de triângulo, justamente na quina formada pelo fundo do vaso e as paredes laterais.
Os furos possuem um diâmetro de cerca de 1,5 a 2 cm. Este tipo de vaso evita que fique água estagnada no fundo mesmo quando em posição um pouco inclinada.
Os vasos de barro usados devem ser evitados por dois motivos. O primeiro é que podem vir a transmitir doenças ou vírus para uma outra planta que venha a ser planta em vaso que já tenha sido ocupado previamente por uma planta diferente. Isto pode ser evitado através de uma correta esterilização do vaso. Mas a razão principal, para utilizarmos um vaso novo, é que um vaso novo "respira" muito melhor que um usado, que já está com seus poros entupidos. Esta capacidade propicia uma melhor aeração e o substrato seca mais rápido. Com um pouco de observação você verificará que as orquídeas plantadas em vasos novos desenvolvem um sistema radicular muito melhor do que aquelas plantadas em vasos usados. Uma boa planta merece um vaso novo, já as outras fica a seu critério.

6)Como faço para replantar uma orquídea?

Supondo que a sua orquídea está precisando ser replantada por alguns dos motivos já expostos anteriormente e que a época é adequada. A primeira coisa a fazer é escolher um vaso de tamanho adequado e que possua boa drenagem. Escolha um vaso que seja capaz de permitir que a orquídea cresça por cerca de 2 a 3 anos, ocasião em que já estará precisando de um novo replante devido a deterioração do substrato. Evite vasos grandes em relação ao
tamanho da planta, pois como já foi mencionado é muito importante que o vaso seque rápido evitando que as raízes fiquem úmidas por um longo período, o que poderá causar o seu apodrecimento.
Em seguida retire a planta do vaso original. Normalmente quando não há muitas raízes coladas nas laterais do vaso este é processo bastante fácil. Com a ajuda de um lápis ou vareta de bambu force a drenagem do vaso para cima, a partir dos furos do fundo. Uma das vantagens de se utilizar vasos com vários furos no fundo é que este processo torna-se bem mais fácil. Se a planta estiver muito agarrada as laterais do vaso, pode ser necessário que você tenha que cortar algumas raízes. Para isto, utilize de faca previamente esterilizada e corte algumas das raízes que estão segurando a planta passando a faca rente as bordas do vaso.
Uma vez que a planta está fora do vaso, retire o que puder do substrato antigo evitando quebrar as raízes que estão vivas. Você não precisa retirar todo o substrato antigo se isso for causar um dano grande as raízes. Somente a maioria do substrato precisa ser removida. Tome muito cuidado nesta operação, principalmente para não danificar as novas raízes que estão surgindo do pseudobulbo mais novo. Elas são muito sensíveis e se danificam facilmente, o que impedirá o desenvolvimento posteriormente. Estas raízes serão muito importantes para a perfeita adaptação da planta no novo substrato, portanto todo cuidado com elas é pouco.
As raízes mais velhas e que ainda estão vivas devem, se possível, ser deixadas intactas. Caso elas estejam muito grandes e irão dificultar o posicionamento da planta no novo vaso elas podem ser podadas, deixando-as com uns 5 cm. As raízes mais velhas possuem a capacidade de se ramificarem, coisa que não acontece com as raízes novas enquanto elas estão com poucos centímetros. Por isso a preocupação em evitar danificar as raízes novas que
estão surgindo do psedobulbo mais novo.
Quanto as raízes velhas e que estão mortas é conveniente cortar todas, pois elas irão acelerar o processo de decomposição do novo substrato. Caso haja uma grande quantidade de raízes mortas e muito poucas raízes vivas, você pode deixar algumas com o objetivo de conseguir uma maior estabilização da planta no novo vaso.
Aproveite a ocasião para dividir a planta, se quiser, e fazer uma limpeza nela, removendo restos de floração anterior e retirando as partes secas coladas ao pseudobulbo (não junto ao rizoma), as quais são esconderijos perfeitos para as cochonilhas e outras pragas. Mesmo que você não queira dividir a planta esta é uma boa ocasião para remover os psedobulbos mais velhos e que já deixaram de contribuir para o desenvolvimento por não possuírem raízes vivas e folhas. Para uma planta com uma única frente deixe 4 ou 5 pseudobulbos, mais que isto irá forçá-lo a utilizar um vaso excessivamente grande, o que não é bom, e menos que isto irá
enfraquecer muito a planta. Pseudobulbos que estão mortos devem ser removidos.
Uma vez que a planta já foi limpa e o substrato velho removido é hora de plantá-la no novo vaso. Para isto deve-se inicialmente colocar algum material de drenagem no fundo do vaso novo, com intuito de facilitar o escoamento das águas e evitar que os furos fiquem entupidos com o tempo. Como material de drenagem você pode utilizar de cacos de telhas limpos, pedras, isopor e carvão. Particularmente gosto de utilizar carvão devido a seu baixo peso e as raízes gostam muito de se fixarem nele. Dizem também que ele aumenta a vida útil do substrato.
Para plantar a parte da frente de uma divisão ou uma planta intacta, segure ela de forma que o pseudobulbo mais velho fique encostado na parede do vaso e a parte frontal da planta dirigida
para o centro, deixando um espaço suficiente para o desenvolvimento de novos pseudobulbos para os próximos 2 ou 3 anos. O rizoma deve ser posicionado a uma altura uma pouco abaixo
(1 cm ou menos) do nível da borda do vaso. Com a outra mão, coloque algum substrato ao redor das raízes tomando cuidado para não quebrá-las. Vá então adicionando mais substrato sempre pelas laterais, de forma a ir acomodando as raízes e firmando a planta. Coloque uma quantidade de substrato que seja suficiente para dar um bom equilíbrio e firmeza para a planta.
A planta deve ficar firme no vaso e não balançando com facilidade. Alguns livro recomendam
deixar o substrato bem compactado, mas sou contra tal procedimento. Gosto de deixar firme o suficiente para o equilíbrio da planta, mas nunca compactado, pois acredito que um substrato
muito compactado não permite uma boa aeração das raízes e dificulta a penetração destas.
Se a sua planta possuía poucas raízes e não ficou firme no novo vaso e esta balançando com facilidade, então você precisa dar um suporte a ela de forma a não deixá-la balançar com o vento, pois se ela balançar, as novas raízes ficarão em atrito com o substrato e serão danificadas impedindo o seu pleno desenvolvimento. Para isto utilize de algumas estacas de bambu fincadas no substrato e amarre alguns pseudobulbos a elas.
É importante observar que o substrato não deve encobrir as gemas existentes na base dos pseudobulbos e o nível deve ir até encostar ao rizoma, não ficando nem abaixo e nem acima. A planta deve ficar assentada na horizontal evitando inclinações para cima ou para baixo.
Plantas recém envasadas devem ficar em um local em que recebam um pouco menos de luz que o habitual e a folhagem umedecida mais freqüentemente, mas evite regar o vaso. O substrato deve somente ser levemente umedecido até que as novas raízes estejam com 4 ou 5 cm. Este procedimento leva somente umas poucas semanas e você será bem recompensado evitando regar o vaso, mas mantendo o meio levemente umedecido, bem como as folhas. Se o substrato ficasse muito úmido neste primeiros dias isto poderia levar ao apodrecimento das raízes mais velhas. Quando, após estas poucas semanas de tratamento especial, você notar que a planta já está restabelecida volte ela ao seu lugar original e aos procedimentos normais.
Vale a pena lembrar a importância de somente utilizar ferramentas devidamente esterilizadas neste processo, visando evitar a transmissão de vírus de uma planta para outra, bem como outras doenças.
 
Fonte:http://www.orkideas.com.br/dicas/replante.html

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Cattleya labiata semi alba jorge kawasaki x Cattleya labiata gask (lote 588 Orq. Okabi)





 
Floração Janeiro 2015
 
Sinônimos:
Cattleya lemoniana Lindley
Epidendrum labiatum Reichenbach f.
Cattleya labiata vera Veitch
Cattleya labiata var. autumnalis Linden
Cattleya warocqueana Linden ex Kerchove
Cattleya labiata var. warocqueana Rolfe
Cattleya labiata var. genuina Stein

Referência bibliográfica:
Cattleya labiata Lindley, A Rainha do Nordeste. João Paulo de Souza Fontes, Ed. Europa.
Cattleya labiata Lindley - Orquídeas Brasileiras. L. C. Menezes, Ed. Ibama.
Cattleya labiata Lindley,Variações Morfológicas em Labelos. Luiz de Araujo Pereira.
É, ao lado de Laelia purpurata, uma das grandes preferências dos cultivadores brasileiros.
 
Origem
Nordeste brasileiro, com principal ocorrência nos estados de Ceará e Pernambuco, mas, também, em Alagoas e Paraíba.
Hábito vegetativo e forma de crescimento
Vegeta nos brejos de altitude, a partir de 300 m acima do nível do mar, como epífita e rupícola. Simpodial. Em geral unifoliada
Período de floração
De novembro até abril, com maior ocorrência em março.
Luz
Muito abundante, com, pelo menos, 70% de luminosidade no ambiente de cultivo.
Clima
Os brejos de altitude do Nordeste, onde a planta vegeta, têm queda acentuada de temperatura à noite e bastante neblina ao alvorecer, com fortes precipitações de chuva, em geral nos finais de tarde de verão.
Umidade relativa do ar e
rega
Elevada. Rega abundante no período de crescimento de broto novo. Precisa secar entre duas regas.
Substrato e plantio
Deve ser plantada ou replantada durante ou após a floração, quando começa a formar novos bulbos e a soltar raízes novas. Deve dar-se preferência de replante quando as raízes novas tenham no máximo 2 cm, para evitar danos.
Podem ser divididas em conjuntos de 3 ou quatro bulbos para não interromper a floração do ano seguinte.
Os substratos preferidos são fibra de xaxim, coxim ou fibra de coco. Pode ser cultivada em brita fina com um pouco de musgo.
Prefere vasos de barro.
Fertilização
Abundante no período de crescimento, que se estende de julho/agosto em diante. É, contudo, benéfico fertilizar durante todo o ano.
Flores
Pelo menos duas por bulbo, apicais, grandes e muito perfumadas.
Híbridos
Desde sua introdução em floricultura, nos idos de 1820, no século 19, tem participado de praticamente todos os híbridos de Cattleya de flores grandes. A Sander List indica mais de 12.000 híbridos criados a partir de C. labiata.
Pragas e doenças
Muito sujeita e sensível a cochonilhas, pulgões, sofrendo ataques de outras pragas como tripes, tentecoris, larvas, além de lagartas e gafanhotos. Sofre, também, de bacterioses e fungoses, além de viroses.
Por isto é difícil de cultivar em estufa, já que é muito exigente de cuidados, enquanto que na natureza é muito resistente, desenvolvendo grandes touceiras".
 
OrquidaRio.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

BC pastoral aniel carnier






floração 24/02/2015
Foto e propriedade MGloriaM

BC pastoral aniel carnier  é um cruzamento da C.Mlle Louise Pauwels x Bc.Déese), este híbrido originalmente resgistrado por Rolf Altenburg em 1961. Esta variedade Aniel Carnier (homenagem ao grande amigo de  Rio Claro) possui pétalas e sépalas brancas com labelo púrpuro com amarelo na fauce. Acho este híbrido é belíssimo.
 
Por isso, aplaudo os comentários do conceituado orquidófilo Eduardo Nogueira Graça quando  descreve sua opinião a respeito dele e do resultando de outros híbridos resultado do cruzamento da BC pastoral ;
 
Bc. Pastoral, híbrido criado em 1.961 a partir de um feliz cruzamento entre a famosíssima matriz Bc. Deesee com C. Mademoiselle Louise Pauwels, é na minha opinião o maior sucesso criado por Rolf Altenburg (Florália). Este híbrido combina o que há de melhor no gênero Brassavola, ou seja o labelo franjado da Brassavola digbyana, com o tamanho e forma impecável das boas Cattleyas albas. Planta de fácil floração que produz quase sempre duas ou três flores grandes com um perfume cítrico muito agradável, herança da Brassavola digbyana.
Existem diversos clones afamados deste cruzamento, como por exemplo podemos citar os seguintes: "White Orb", "Mônica", "Ave Maria", "Innocence", "Aniel Carnier", "Sandra", "Rosee" e "Pink Pearl". Estes dois últimos são de uma tonalidade lavanda suave muito bonita, enquanto os demais são plantas albas ou semi-albas.
Talvez o único "defeito" deste híbrido é ser planta espaçosa, com rizomas um tanto compridos e folhas altas que consomem bastante espaço em nossos orquidários quase sempre apertados. Para aqueles que dispõem, contudo de um pouco mais de folga é uma planta que não deixar de fazer parte da coleção, sendo sempre a sua floração muito gratificante, compensando este pequeno sacrifício de espaço.
Venho acompanhado, nas exposições, sempre com grande interesse os híbridos desta planta e raramente me decepciono com o que vejo, pelo contrário até, pois tenho visto híbrido que apesar de não serem registrados ou premiados formalmente, as suas qualidades são inquestionáveis e tranqüilamente poderiam ser clonados e vendidos como plantas de alta qualidade batendo, inclusive, alguns bem mais conceituados. Com exemplo disso, temos o cruzamento com C. Nerto que produziu uma semi-alba espetacular, cuja a difusão está bastante concentrada na cidade de São Carlos - SP e em toda a exposição da cidade é planta de destaque. A quantidade de seus híbridos registrados vem aumentando continuamente, devido a maior dispersão de seus clones pelo mundo, sendo que grande parte são registrados por produtores japoneses que dão muito valor as suas qualidades. Seu híbrido mais conhecido no Brasil é Bc. Turandot (x C. Bob Betts)