segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Cattleya Hawaiian Wedding Song





Este exemplar foi adquirido no Orquidário Binot é uma Cattleya Hawaiian Wedding Song, muito perfumada, primeira floração em 15 de fevereiro de 2011.

Este híbrido é um cruzamento entre Cattleya Angel Bells e Cattleya Claesiana, um híbrido pouco complexo.
As espécies (todas albas) que tomam parte na sua genealogia são: Cattleya loddigesii (43.75%), Cattleya intermedia (25%), Cattleya Dolosa (6.25%), Cattleya gaskelliana (7.81%), Cattleya mossiae (7.81%) e Cattleya trianaei (9.38%).
O híbrido foi criado e registrado em 1982, pelo orquidófilo japonês, morador de Waianae no Havaí, Sr. Kodama. Este orquidófilo é especialista em híbridos simples, mas sempre muito delicados.
O clone ‘Virgin’ (que não é o meu) recebeu um HCC de 77 pontos quando foi julgado em uma exposição em Beaumont, Texas, em 6 de junho de 1992.


Cultivo:
Vaso de plástico pequeno, brita 0 (zero) acrescida de casca de pinus, luminosidade 50%, boa umidade e nada de pés molhados a noite.

Fonte de pesquisa:
http://orquidea.base33.net/blogues/7-blogues/11-so-orquideas

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Cattleya dowiana var. aurea





Floração em 19 de fevereiro de 2011.
Origem: Orquidário Binot, Petrópolis - RJ - Brasil.
Aquisição: 05.02.2011

Esta raridade ganhei de presente, mais um desafio de cultivo e grande responsabilidade, principalmente por se tratar de espécie em extinção na natureza. 
Por isso ao longo dos próximos 12 meses vou aprender com ela suas manias e exigências, para quem sabe  receber em troca uma bela florada no verão de 2012.
Inicialmente já sei que ela gosta de muita luz, calor, alta umidade e detesta que suas raízes fiquem molhadas.

A Cattleya dowiana é nativa da Costa Rica, é unifoliada e apresenta pseudobulbos com 12 cm de comprimento por 04 cm de diâmetro, costuma apresentar de 2 a 6 flores que são emitidas no ápice do pseudobulbo nos meses de março a maio, a flor apresenta pétalas e sépalas amarelas com raios vermelhos (discretos) e labelo vermelho com raias amarelas, sem os dois "olhos" característica da C. aurea (Colômbia).
Há muitas variedades descritas na literatura, mas todas já desaparecidas.
Podemos afirmar que é uma planta que já foi muito usada em cruzamentos, para se ter uma idéia, em 1946 já havia sido descrito seu uso em aproximadamente 400 cruzamentos pela lista de orquídeas híbridas do Sander.
Pelo que observei nas pesquisas, já deve está extinta no seu habitat natural, que era em uma área restrita a leste da montanha central na Costa Rica (lado Atlântico do País), próximo aos rios Reventoson, Pacuare, Chirripo, etc. a uma altitude de 1400 metros acima do nível do mar, em árvores altas e frequentemente exposta à luz solar direta, sendo a região muito úmida (75 a 85% de umidade relativa do ar) a temperatura varia de 24°C de maio a novembro e até 17°C  de dezembro a abril ( estações do ano e clima na América Central). "Clima Equatorial".
A Costa Rica deve ter o mesmo clima da Amazônia, muito quente, verão a maior parte do ano; e um período pequeno de inverno. (são só duas estações durante o ano). Mas no habitat natural da Cattleya Dowiana, é montanha e por isso as temperaturas são mais baixas.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

LAELIA CRÍSPA


Laelia crispa aurea - floração fevereiro/2011




Laelia crispa – muito se assemelha com a laelia purpurata e a lobata, seu nome está intimamente ligado ao seu labelo encrespado.

 Habitat:. Brasil Laelia crispa é encontrada na Serra do Mar também conhecida como Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro. Cresce no alto das árvores . 
O habitat principal é a floresta tropical acima de 400 metros de altitude, onde cresce em árvores, penhasco rochoso ou em escarpas voltadas para o oceano.  

Floração: em janeiro, de 4 a 9 flores por haste medindo em torno de 8 cm, na cor branca, com matiz rosa e lilás em sua parte interna e com veios lilás mais escuro e garganta amarelo ouro.

Cultivo: Regas intensas no seu período de crescimento e conservar seca no inverno.
Planta exigente: muita umidade ambiental, não gosta de raiz molhada, muita ventilação e muita luz, nada de sol direto. Melhor cultivada em lugar que não faça muito frio.

Substrato:
Vaso de barro com dreno de brita 2 e fibras.

Origem: adquirida no Orquidário Binot - RJ.


Detalhe da planta: muito perfumada.


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Cattleya intermédia



Esse exemplar colocou espata em junho de 2010, em dezembro resolvi replantar pois, por ter sido um dos primeiros de meu cultivo estava com os bulbos e raízes do lado de fora do vaso.
Pelo visto foi um tratamento de choque, que resultou no crescimento de 1 botão e somente agora floriu. Não aconselho este tratamento.
Cultivo: vaso de barro, casca de pinus, carvão, dreno de brita "2" e um pouco de esfagno na borda do vaso (aumenta a umidade).

Adubação: Fertilizado quinzenalmente com fish fértil e trimestralmente com osmocote manutenção, quando lembro, uma vez por mês borrifo com 1 gota de superthrive diluido em 4 litros de água.
Luminosidade: recebe muita luz sem sol direto, apenas alguns raios no fim da tarde. No inverno sol direto na parte da tarde.
Regas: Duas vezes por semana  e borrifos nas folhas diariamente pela manhã.

obs.: Não é um exemplar espetacular, mas se tratando do primeiro da minha lista, possui um "Q" especial.

Cattleya Intermédia
é uma espécie nativa dos estados do sul do Brasil - principalmente Rio Grande do Sul e Santa Catarina - mas também ocorre no litoral do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Foi levada pela primeira vez para o Reino Unido em 1824, para o Jardim Botânico de Glasgow, na Escócia, pelo capitão Graham, do Royal Packet Service, a pedido de Harrison, morador do Rio de Janeiro. Foi registrada com o nome de Cattleya intermedia pois a sua flor tem um tamanho intermediário entre as Cattleyas.
A sua variabilidade de colorido e de forma é muito grande, existindo flores totalmente albas até rubras, de cor escura, passando por cores suaves, caeruleas (azul-celeste) e roxo-violetas.
No sul do Rio Grande do Sul esta espécie cresce principalmente na corticeira do banhado (Erithrina cristagalli), em banhados (pântanos cobertos de vegetação) ao longo da Lagoa dos Patos e até a reserva ecológica do Banhado do Taim, a pouco mais de 100 quilômetros da fronteira com o Uruguai. Ocorre também em figueiras, no chão arenoso, à beira da praia das lagoas, em rochas graníticas e em butiazeiros
 A floração da Cattleya intermédia ocorre entre junho a outubro, mas quando bem cultivada pode florir em meados do verão, possui flores de tamanho médio entre 10 e 13 cm de acordo com a variedade e pode apresentar uma floração entre 2 a 9 flores por haste sendo que alguns exemplares depois de adultos podem chegar a floresce com até 13 ou mais flores.

Fixação da orquídea na árvore:

Para fixar a muda na árvore, acomodar em um tronco ou ramo, agregando musgo sobre as raízes e amarrando a muda com cordão de algodão.
As raízes se prenderão ao ramo em pouco tempo.



 Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cattleya_intermedia
http://carlabettoni.blogspot.com/2008/06/cattleya-intermdia.html
http://www.fazfacil.com.br/jardim/orquidea_cattleya_intermedia.html

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Florescimento in vitro

 Oeceoclades maculata "a orquidea 2009"



(imagens cedidas e autorizadas pelo Professor Donizetti - Mestre em Germinação).

Informação: Estas mudinhas foram germinadas pelo Prof. Donizetti, a partir de cápsulas se sementes ofertadas por participantes do Forum A Orquídea, cujo projeto iniciado em 2009, têm como objetivo o replante de cada espécie em seu habitat natural. 
Imagine se fosse possível o florescimento de C.  walkerianas in vitro filhas de pais com cores “interessantes”, poderíamos selecionar já in vitro as melhores plantas e continuar o processo de multiplicação ainda in vitro.
Mas infelizmente o florescimento in vitro não é comum, muito pelo contrário, em condições normais de crescimento in vitro não florescem. Em alguns casos pode-se induzir determinada planta ao florescimento, mas isso envolve condições especiais de cultivo: balanço hormonal, luz, meio, etc.
Imagine também a redução do tempo para a obtenção das sementes de determinada planta. Já existem alguns trabalhos com florescimento in vitro demonstrando uma redução tanto no tempo para que a planta frutifique (fase juvenil), quanto para o amadurecimento do fruto (fase reprodutiva). Ex: Um Dendrobium leva cerca de 3 anos para atingir a idade adulta em vaso, ou seja, somente depois de 3 anos irá florescer, essa mesma planta in vitro pode florescer com até 5 meses de idade, veja só a “economia” de tempo.
Percebe-se que o florescimento in vitro é uma excelente ferramenta para os programas de melhoramento e estudo da genética.


FIGURA 1 - Comparação entre a produção de sementes vasos e in vitro. Verde claro corresponde a germinação da semente, verde escuro a fase juvenil e o rosa é a fase reprodutiva. Em aproximadamente 6 anos de cultivo em vasos conseguimos apenas duas colheitas de sementes e in vitro são 6 colheitas consecutivas.
FONTE: HEE ET AL.,  2007
  

Comparação do florescimento in vitro e em vaso, Frutificação in vitro e sementes
Fonte: Hee, et al., 2009
Outra aplicação do florescimento in vitro é a comercialização de um produto diferenciado, no Brasil existem algumas espécies de orquídeas que já foram comercializadas floridas in vitro, dentre elas a Psygmorchis pusilla. Psygmorchis pusilla Psygmorchis pusilla Psygmorchis pusilla


Citações:
Kim Hor HEE, Hock Hin YEOH, Chiang Shiong LOH In vitro flowering and in vitro pollination: methods that will benefit the orchid industry Proceedings of NIOC 2009, Nagoya , Japan

I. Kostenyuk, B.J. Oh, I.S. So Induction of early flowering in  Cymbidium niveo-marginatum-Mak in vitro Plant Cell Reports (1999) 19 : 1–5

Kim Hor Hee, Chiang Shiong Loh, Hock Hin Yeoh.  Early in vitro flowering and seed production in culture in Dendrobium Chao Praya Smile (Orchidaceae) Plant Cell Rep (2007) 26:2055–2062



Matéria elaborada com exclusividade para o blog pelo Mestre Donizetti - donitom@yahoo.com.br

DICA:
Não resta dúvida que esta florzinha aí de cima é uma gracinha, principalmente por que a planta é um baby. Para os que se anmaram com a germinação vale a pena visitar as seguintes páginas: