terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Aspasia Lunata

foto ilustrativa (Orquidário Faísca)
 
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Floração janeiro 2014

A planta da foto é uma Aspásia lunata. Como não prosperava em vaso fixei num tronco dentro do orquidário. Como a umidade é grande muitos fungos (tipo cogumelo) crescem no tronco. Com o tempo se tornam rígidos como pedra.
O curioso é que mesmo endurecendo não matam as plantas, pelo contrário contornam os bulbos, com isso as plantas literalmente ficam "sentadas", observe a foto.
Este ano para minha surpresa vieram 2 flores, deste cultivo aprendi que fungos e vegetais convivem em perfeita harmonia.
Belo arranjo, não é?

Descrição : Aspasia lunata Lindl., Edwards's Bot. Reg. 22: t. 1907 (1836).
Sinônimos:
  • Aspasia lunata var. superba B. S. Williams, orch.-Grow. Homem., Ed. 7: 116 (1894).
  • Aspasia papilionacea Rchb.f., Gard. Chron. 1876 (2): 100 (1876).
  • Miltonia odorata Rchb.f., Xenia Orchid. 1: 85 (1855).
  • Odontoglossum lunatum (Lindl.) Rchb.f. em W. G. Walpers, Ann. Bot. Syst. 6: 849 (1864).
  • Trophianthus zonatus Scheidw., Allg. Gartenzeitung 12: 218 (1844).

  • Natural/País : Brasil
    Etimologia: O nome do gênero é uma homenagem a Aspásia de Mileto, amante do governante grego Péricles.
    Características: Planta de rápido crescimento e fácil cultivo.
    Clima : Subtropical - Com um mês no mínimo e no máximo oito em que a média térmica é inferior a 20°C.

    Habitat : Epífita – Vive sobre árvores, podendo ser cultivada em vasos.
    Luminosidade: 60% sombreamento
    Fonte: Orquidário Imirim : http://www.orquidarioimirim.com.br/loja/produtos_descricao.asp?lang=pt_br&codigo_produto=225

    floração ano 2013:

    http://orquidariorecreio.blogspot.com.br/2012/03/aspasia-lunata.html

    sábado, 22 de fevereiro de 2014

    BLC (LC. mem. fumi hanajima "Blumen insel" BM/JOGA x BC Raspberry Parfait)






    FLORAÇÃO JANEIRO 2014

    A planta da foto é um daqueles híbridos vendidos em supermercados, o que não a desqualifica, suas flores são grandes em torno de 18 cm e muito perfumada.
    Eu tive sorte, pois a minha veio com a etiqueta e pude identificar que se trata de um dos híbridos do Orquidário Aranda.

    Ela é cultivada em vaso de plástico tendo como substrato apenas brita 2, a adubação osmocote, viagra da AOESP e okashi, em clima de altitude.

    A identificação informa que ela é uma BLC ou seja Brassolaeliocattleya, sendo então o cruzamento de Brassavola x Cattleya x Laelia.

    terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

    Cultivo de Orquideas e Cattleya Hibrida amarela




    Floração janeiro 2014

     
     

    CULTIVO DE ORQUÍDEAS


     
    Orquídeas são todas as plantas que compõem a família Orchidaceae, uma das maiores famílias de plantas existentes. Apresentam muitíssimas e variadas formas, cores e tamanhos e existem em quase todos os continentes, mas é predominante nas áreas tropicais.
    Em sua maioria são epífitas, e isto significa que elas crescem sobre as árvores, usando suas estruturas, como tronco, somente de apoio para buscar luz, não são plantas parasitas, pois se nutrem apenas de material em decomposição que cai das árvores e acumula-se ao emaranhar-se em suas raízes. O restante de espécies de orquídeas, podem ainda ser terrestres, ou mesmo rupículas (de crescimento em cima de pedras).
    As orquídeas são largamente cultivadas no Brasil, e no mundo, e seu comércio movimenta grandes somas de dinheiro todos os anos em um mercado crescente. No Brasil, grandes orquidários no Sudeste já produzem centenas de milhares de plantas por ano, que são exportadas para outros países ou vendidas até em supermercados. Porém, esta movimentação financeira é oriunda do uso ornamental destas plantas, pois entre muitas pesquisas só achou-se utilidade comercial diferente para algumas espécies do gênero, mas mesmo este é limitado pela produção de um composto artificial similar e de custo muito inferior.
    Mesmo para ornamentação, apenas uma pequena parcela das espécies é utilizada, pois a grande maioria apresenta flores pequenas e folhagens pouco atrativas. Por outro lado, das espécies vistosas, os orquidicultores vêm obtendo milhares de diferentes híbridos de grande efeito e apelo comercial.
    O nome orquídea vem do grego όρχις (órkhis) que significa testículo e ειδος (eidos) que significa: aspecto, forma; em referência ao formato dos dois pequenos tubérculos que as espécies do gênero Orchis apresentam. Como este gênero foi o primeiro gênero de orquídeas a ser formalmente descrito, dele derivou o nome de toda a família.
    As espécies de orquídeas são um desafio para os teóricos em Biologia, no que diz respeito ao próprio conceito de espécie, aquela formada por indivíduos capazes de reproduzirem-se produzindo descendentes férteis. A maioria das espécies de orquídeas é capaz de cruzar com as espécies próximas e produzir híbridos férteis. Estes híbridos ainda podem ser cruzados com outras espécies, e produzir novas gerações de híbridos férteis. Mesmo a maioria dos gêneros próximos pode cruzar produzindo descendentes férteis. Há inumeráveis híbridos entre espécies, e milhares mesmo entre gêneros. Há híbridos obtidos através do cruzamento de várias gerações de híbridos de quatro ou mais gêneros distintos. Este fenômeno é um dos trunfos dos orquidicultores, que podem misturar suas espécies e obter uma combinação quase infinita de novas formas e cores, mas híbridos ocorrem também naturalmente sem a intervenção humana. É possível que várias espécies classificadas pelos botânicos sejam, na verdade, híbridos naturais há muito estabelecidos na natureza.
    A família Orchidaceae divide-se em cinco subfamílias (números estimados de gêneros e espécies pelo Phylogeny Group):
    • Apostasioideae Reichenbach
    Plantas com pólen pastoso ou farinoso, que geralmente não formam polínias, com duas ou três anteras férteis linear-lanceoladas, folhas de bases embainhadas, estaminóide alongado e labelo similar às pétalas. São 2 gêneros e 16 espécies do Sudeste Asiático;
    • Cypripedioideae Lindley
    Plantas com pólen pastoso ou farinoso, que geralmente não formam polínias, com duas anteras férteis oblongas ou ovais, folhas de bases embainhadas, estaminóde em formato de escudo e labelo geralmente saquiforme. São 5 gêneros e 170 espécies das regiões temperadas do mundo, poucas na Américatropical;
    • Vanilloideae Szlachetko
    Plantas com pólen pastoso ou farinoso, que geralmente não formam polínias, com uma antera fértil incumbente e folhas sem bases embainhadas. São 15 gêneros e 250 espécies na faixa tropical e subtropical úmida do globo, e leste dos Estados Unidos da América;
    • Orchidoideae Lindley
    Plantas com pólen coeso formando polínias, uma antera fértil ereta ou tombada para trás e folhas enroladas claramente plicadas, raízes frequentemente carnosas. São 208 gêneros e 3630 espécies distribuídas em todo mundo, exceto nos desertos mais secos, no círculo Ártico e na Antártida;
    • Epidendroideae Lindley
    Plantas com pólen coeso formando polínias, com antera incumbente, ou tombada para trás mas então com folhas claramente plicadas e raízes raramente carnosas. Formada por mais de 500 gêneros e cerca de 20.000 espécies distribuídas sobre as mesmas regiões de Orchidoideae, embora existam algumas espécies subterrâneas no deserto australiano.
    A divisão das espécies pelos gêneros é muito irregular. Há grande quantidade de gêneros com apenas uma espécie e alguns com mais de mil. Apesar de muitos destes grandes gêneros estarem passando por processos de revisão e divisão em gêneros menores e mais manejáveis, citamos aqui alguns como estavam até recentemente.
     Bulbophyllum com quase duas mil espécies;
    Lepanthes, Stelis, Epidedrum, Pleurothallis, e Dendrobium com mais de mil;
    Oncidium, Habenaria e Maxillaria com cerca de 700; e
    Masdevallia com mais de 500.
    Entre todas as características distintivas da família Orchidaceae, muito poucas são compartilhadas por todas as espécies devido ao fato destas encontrarem-se em diferentes estágios evolucionários. Entre as características que distinguem esta família as mais importantes são:
    • A presença da coluna, estrutura originada pela fusão de seus órgãos sexuais masculinos e femininos;
    • Grãos de pólen agrupados em estruturas cartilaginosas chamadas polínias;
    • Sementes muito pequenas, quase sem nutrientes, formada por agrupamentos com poucas células, as quais somente germinam na presença de certos fungos;
    • Flores de simetria lateral, não radial, constituídas por seis segmentos, três externos chamados sépalas e três internos, chamados pétalas. Das pétalas, uma bastante diferenciada, chama labelo, normalmente responsável pela atração de agentes polinizadores para a coluna da flor. As flores das orquídeas costumam apresentar-se invertidas de sua posição normal devido à torção do ovário em 180º durante o crescimento dos botões, em um processo chamado ressupinamento;
    • A maioria das espécies epífitas apresenta as raízes cobertas por estrutura esponjosa chamada velame;
    • São plantas de duração indeterminada pois crescem indefinidamente, de modo contínuo ou em surtos anuais, teoricamente por tempo ilimitado. Muito pouco se sabe sobre a idade que uma orquídea pode alcançar porém há registros de sua longevidade tanto pelo exemplar mais antigo em cultivo no Royal Botanic Garden, que tem mais de 200 anos, como por uma planta pertencente à Círculo Americanense de Orquidófilos, já há mais de cem anos em cultivo.
    Apresentam crescimento contínuo ou sazonal, simpodial ou monopodial, agrupado ou espaçado, ascendente ou pendente, aéreo ou subterrâneo, o crescimento das orquídeas dá-se de maneiras muito diversas. Conforme o ambiente predominam certas formas de crescimento. Nas áreas tropicais o crescimento contínuo é mais comum, porém existem espécies de crescimento sazonal. Em áreas sujeitas a secas ou frio intenso o crescimento costuma ser sazonal. As orquídeas monopodiais costumam crescer de maneira contínua. As simpodiais apresentam certa sazonalidade.

    As orquídeas não apresentam raízes primárias, que são raízes centrais principais de onde brotam outras raízes secundárias, mas apenas as raízes secundárias as quais brotam diretamente do caule e ocasionalmente de outras raízes. Frequentemente servem de depósitos de nutrientes e água e ajudam as plantas a reterem e acumularem de material nutritivo que se deposita em suas bases. Em alguns casos são também órgãos clorofilados capazes de realizarem fotossíntese durante os períodos em que as plantas perdem as folhas.
    Apesar de geralmente não ser a fonte principal de nutrientes das orquídeas, as raízes geralmente valem-se da associação com um fungo chamado Micorriza que se aloja nas células exteriores do velame de suas raízes e excreta diversos nutrientes então diretamente.
    orquideas
    A grande maioria das orquídeas apresenta folhas com enervação paralela de cruzamentos dificilmente visíveis. Usualmente dispostas em duas carreiras opostas e alternadas em ambos os lados do caule. Muitas espécies apresentam apenas uma folha terminal. O formato, espessura, estrutura, quantidade, cor e tamanho e maneira de crescimento das folhas varia enormemente.
    • A forma das lâminas foliares pode ser circular, elíptica, lanceolada, obovada, linear, espatulada, oblonga, além infindável variedade de outras formas intermediárias destas.
     
     
     Variabilidade das folhas de orquídeas. 

    A ponta das folhas pode ser arredondada, reta, acuminada, fina ou espessa, radial, ou desigual.
    • Suas margens geralmente são suaves, parcialmente curvas, raramente denticuladas
    • A estrutura das folhas pode apresentar pecíolo ou não, com diferente número de enervações longitudinais paralelas, bastante visíveis ou quase imperceptíveis a olho nu
    • A espessura das folhas varia de muito finas e maleáveis ou carnosas, firmes e quebradiças até inteiramente suculentas
    • Geralmente verdes nas mais diversas gradações, suas cores podem ainda variar completamente conforme a face, de vermelho a marrom escuro, tons acinzentados, azulados ou amarelados. Algumas espécies apresentam folhas maculadas, estriadas ou pintalgadas por cores diversas.
    • Geralmente com superfície brilhante, podem ainda apresentar-se foscas ou com aparência farinosa.
    Algumas espécies são desprovidas de clorofila nas folhas. A maioria das espécies conserva suas folhas por alguns anos mas algumas perdem as folhas logo após o período de crescimento e outras apenas em condições ambientais desfavoráveis. Existem ainda alguns gêneros nos quais as folhas são apenas rudimentares, dando a impressão de serem constituídas apenas pelas raízes e flores. Nestes casos as raízes são responsáveis pela fotossíntese.

    As inflorescências, de acordo com a espécie, podem ter de uma a algumas centenas de flores, e podem ser apicais, laterais ou basais, racemosas ou paniculadas, formando ramos, corimbos ou umbelas, com flores simultâneas ou abrindo em sucessão, ao longo da inflorescência ou brotando sempre no mesmo local.

    Dentre todas as famílias de plantas possivelmente as orquídeas é a família que apresenta maior espectro de variação floral. Geralmente apresentam flores hermafroditas mas, além destas, em alguns gêneros podem apresentar flores exclusivamente masculinas ou femininas.
    As flores normalmente apresentam simetria bilateral, com seis tépalas divididas em duas camadas, três externas chamadas sépalas e três internas denominadas pétalas. Tanto as sépalas como as pétalas são grandemente variáveis em formato e tamanho e podem ocasionalmente apresentar-se parcialmente ou inteiramente soldadas. A pétala inferior das orquídeas a que chamam labelo, sempre é diferenciada, ou expandida, podendo ser bastante simples e parecida com as outras pétalas ou apresentar calos, lamelas ou verrugas, formatos e tamanhos muito variados até bastante intrincados com cores diversas e contrastantes.

    Os órgãos reprodutivos (androceu e gineceu) encontram-se reduzidos e fundidos em uma estrutura central chamada coluna, ginostêmio ou androstilo. O número de estames varia entre as subfamílias: Apostasioideae possui três; Cypripedioideae dois, com o estame central modificado; as demais apresentam apenas o estame central funcional, com os dois outros atrofiados ou ausentes. Também a observação das características da coluna ocupa posição importante na identificação das orquídeas.
    Os grãos de pólen quase sempre encontram-se aglutinados em massas cerosas chamadas polínias, mas podem encontrar-se também agrupados em massa pastosa, ou rarissimamente soltos. As polínias ficam penduradas em uma haste chamada caudículo ou estipe, conforme sua estrutura, presas por um disco viscoso chamado viscídio, coladas por um líquido espesso secretado pelo rostelo. A maioria das espécies epífitas apresenta uma pequena capa recobrindo as polínias, denominada antera. O estigma é normalmente uma cavidade na coluna, onde as polínias são inseridas pelo agente polinizador. O ovário é ínfero, tricarpelar e possui até cerca de um milhão de óvulos.

    Praticamente todas as orquídeas apresentam frutos capsulares. Eles claramente diferem em tamanhos, formas e cores. As epífitas apresentam frutos muito mais espessos com paredes carnosas, espécies terrestres apresentam frutos mais finos com paredes mais delicadas. Geralmente são triangulares, mais ou menos arredondados, com números de lamelas que variam de três a nove. Alguns são lisos outros rugosos ou mesmo cheios de tricomas, verrugas ou protuberâncias em sua superfície. Os frutos desenvolvem-se com o engrossamento do ovário na base da flor, o qual geralmente é dividido em três câmaras. Quando maduro o fruto seca e abre-se em três ou seis partes ao longo do comprimento, embora não inteiramente, mantendo-se sempre preso à inflorescência. Boa parte das sementes logo cai, depositando-se entre as raízes da planta mãe, as sementes são também amplamente dispersas com o vento por longas distâncias.

    Quase todas as orquídeas apresentam sementes minúsculas e leves, constituídas por um pequeno aglomerado de células de cobertura abrigando um embrião. Cada planta produz de centenas de milhares de sementes em cada uma de suas cápsulas. Ao contrário da maioria das plantas, as quais produzem um endosperma capaz de alimentar o desenvolvimento do embrião em seus primeiros estágios, as orquídeas utilizam-se de um processo simbiótico o fungo Micorriza que excreta os nutrientes utilizados pela jovem orquídea a partir da decomposição pelo fungo do material encontrado próximo à semente. Tão logo o embrião é capaz de realizar a fotossíntese, este processo torna-se responsável pela alimentação da planta e a Micorriza não é mais necessária, no entanto, algumas espécies de orquídeas saprófitas nunca serão capazes de realizar a fotossíntese plenamente e permanecem dependentes do fungo por toda a vida.

    A maioria das flores de outras plantas utiliza-se de ofertas de alimento aos agentes polinizadores para atraí-los. As orquídeas, sendo plantas tão econômicas, que vivem de recursos tão esparsos, desenvolveram outras técnicas de atração que raramente incluem estes prêmios em forma de alimento. As formas mais comuns são o mimetismo a alguma forma que interesse aos insetos, cores, perfumes ou cera. Adaptaram-se também em sua forma de modo a forçar os agentes polinizadores a carregarem o pólen ao visitarem as flores, porém de maneira tão completa que somente o agente polinizador correto ajusta-se ao mecanismo da flor, outros visitantes não carregam o pólen. Isto ocorre devido ao fato de todo o polén estar condensado em somente um polinário e este ser removida completo de uma vez, ou seja, a chance de polinização da flor é única. Da mesma forma o labelo de suas flores apresenta grande variedade de estruturas que objetivam colocar o agente polinizador na posição correta para que as polínias aderidas a ele alojem-se na posição exata no estigma da flor.

    Por serem plantas geralmente epífitas, o material disponível para sua nutrição é limitado e a água disponível somente a partir das chuvas ou umidade presente no ar, assim as orquídeas aprenderam a tirar o maior proveito possível dos poucos recursos disponíveis. Adaptaram-se para o armazenamento de água em caules espessados, quase suculentos, chamados pseudobulbos, ou em raízes altamente porosas revestidas de uma camada esponjosa capaz de absorver umidade do ar, conhecida como velame, ou em folhas bastante espessas, ou ainda, quando terrestres, em pequenos tubérculos radiculares. Pela mesma razão, geralmente são plantas que apresentam longo período de repouso com baixo metabolismo, e rápido crescimento ou floração somente durante a estação em que os recursos são mais abundantes. Muitas perdem as folhas para evitar a desidratação nos períodos mais secos ou durante o período de repouso.

    Pela sua estrutura reprodutiva, as orquídeas obrigatoriamente necessitam do auxílio de agentes externos para o transporte de pólen ao órgão feminino de suas flores, uma vez que a massa polínica é pesada demais para ser levada pelo vento, e a parte receptiva do órgão feminino não é exposta o suficiente para recebê-la. Assim, as orquídeas selecionaram as estratégias mais fascinantes para promover a polinização. As flores podem possuir cores e aromas que atraem a atenção de polinizadores diversos, como abelhas, borboletas, mariposas diurnas e noturnas, besouros e beija-flores. Sua forma e tamanho também correspondem ao tipo de polinizador.

    Algumas espécies auto polinizam-se com facilidade em um processo chamado cleistogamia. Enfim, há incontáveis exemplos de estratégias de polinização entre as orquídeas, descrevê-los todos transformaria esta página em um livro. Outros mecanismos de polinização são discutidos nos diversos artigos sobre as espécies de orquídeas.

    Cultivo
    Exposição de Orquídeas no Jardim Botânico de São Paulo, Brasil, em novembro de 2003.
    Aspecto de uma coleção particular de orquídeas cultivada orquidário coberto apenas por tela, em São Paulo, Brasil.
    Como são tantas espécies diferentes de ambientes diferentes, é impossível apresentar os cuidados básicos de cultivo para todas elas. Assim, o primeiro passo para cultivar uma orquídea com sucesso é a identificação correta da espécie. Consultar orquidófilos mais experientes pode ser útil caso surja uma planta desconhecida que se queira cultivar. Desta forma pode-se decidir com precisão a iluminação, o regime de regas, o substrato, e outros fatores necessários para o êxito no cultivo. O erro mais comum é plantar orquídeas na terra.

    Apesar de algumas espécies desenvolverem-se bem neste tipo de substrato, mais de setenta por cento das espécies são epífitas e não se adaptam à umidade excessiva proporcionada pela terra, morrendo em poucos meses. Existem muitos substratos adequados a estas plantas no mercado. Outro erro comum é a colocação de prato sob os vasos, resultando também em umidade excessiva. De modo geral não se devem colocar pratos nos vasos mas sim regá-las com maior frequência deixando então que o substrato seque completamente e suas raízes possam respirar.
    Uma coisa é certa, as orquídeas de maneira geral não são plantas delicadas e frágeis como alguns acreditam. Pelo contrário, estas plantas (principalmente as providas de pseudobulbo) são extremamente resistentes, e podem sobreviver durante dias fora de um substrato. Sua capacidade de sobrevivência lhes permite que tenham tempo para adaptar sua fisiologia a novas condições após o replantio. Os híbridos, por sua vez, são de maneira geral extremamente resistentes, e podem prosperar mesmo em condições adversas de cultivo, crescendo mais rápido que as espécies ditas "naturais".

    Produção
    O método mais simples de reprodução, muito utilizado por colecionadores e comerciantes em pequena escala, é a divisão do rizoma. Toma-se uma planta adulta com pelo menos 6 pseudobulbos formados, de preferência logo após o término da floração, e, com uma faca afiada e esterilizada, corta-se o rizoma, de maneira a separar a planta em duas mudas com 3 pseudobulbos cada.
    Em casos de plantas maiores, deve-se sempre manter as mudas com o mínimo de 3 ou 4 pseudobulbos para permitir seu rebrotamento. O plantio deve ser feito no substrato adequado à espécie. A muda deve ficar fixa de alguma forma para que as novas raízes possam brotar e se fixar no substrato. Só quando as raízes estiverem restabelecidas as plantas voltarão a crescer.
    Fruto aberto mostrando as
    sementes de Cattleya walkeriana, espécie nativa do Brasil central.
    Mas as orquídeas podem ser produzidas em larga escala. Graças à quantidade de sementes produzidas em cada fruto, e à possibilidade de reprodução de meristemas in vitro.
    As sementes são diminutas, e um único fruto pode gerar milhares de novas plantas, cada uma com uma característica diferente da outra. Mas as sementes são muito pequenas, e não conseguem germinar por recursos próprios. Elas precisam das condições de acidez e da disponibilidade de nutrientes que o fungo micorriza de uma planta adulta fornece. Assim, o modo mais simples (e menos eficiente) de reprodução por sementes é simplesmente espalhá-las sobre e ao redor das raízes de orquídeas adultas, assegurando-se de que tenham umidade constante.

    Um jeito mais eficiente consiste no preparo de um substrato de musgo Sphagnum. Este deve ser esterilizado e deixado em repouso em um recipiente fechado para manter sua umidade. Deve-se também adicionar pedaços saudáveis de raízes de uma orquídea adulta, de preferência da espécie que deseja-se reproduzir, para que o fungo possa se reproduzir no próprio Sphagnum. Após alguns dias de descanso, semeia-se as sementes, e conserva-se o sistema em um recipiente transparente. As sementes germinam em algumas semanas, e crescem muito devagar, de modo que uma planta só floresce pela primeira vez com entre 5 e 10 anos de idade.
    Outro método caseiro de se obter mudas de orquídeas a partir de sementes é através de um processo que utiliza um tomate livre de agrotóxicos, um saco plástico, uma placa de fibra de coco, água, raízes da planta e sementes da cápsula. Descasca-se o tomate, macere-o, misture algumas raízes da orquídea a ser reproduzida e as sementes que estão na cápsula macere-as junto com o tomate e em seguida espalhe sobre a placa de fibra de coco que já deverá estar umedecida com a água. Em seguida coloque a placa dentro do saco plástico e o encha de ar amare-o bem e dependure-o em um local seco, fresco e a meia sombra e espere de cinco a sete meses e as primeiras plântulas já estarão germinadas.

    A reprodução por meristema, ou clonagem, é mais eficiente, e consiste na retirada da ponta das raízes ou miolo de um broto. Colocada em meio de cultura, e sob a influência de hormônios vegetais, o meristema transforma-se numa massa de tecido indiferenciado, capaz de dar origem a novas plântulas. As plântulas são destacadas e cultivadas em tubos de ensaio independentes, e em pouco mais de um ano, estão prontas para o cultivo em local definitivo. As mudas produzidas são, logicamente clones perfeitos da planta original, sendo este método o mais aplicado para a reprodução em massa de uma determinada variedade. Este sistema é utilizado também para semeadura simples, quando o meristema é substituído pelas sementes e produz resultados muito eficientes.
     Orquídeas mais populares

    Trudelia cristata
    Espécie de crescimento monopodial anteriormente classificada no gênero Vanda.
    A seguir apresentamos uma pequena lista dos gêneros mais cultivados entre as orquídeas.A lista vem organizada conforme seu local de origem, não o de cultivo. Há de se lembrar que ao clima de cada região, certas espécies de orquídea se adaptam melhor do que outras, de forma que a lista seguinte contém gêneros que podem prosperar em uma região mas não em outra. A popularidade dos diversos gêneros varia muito de país para país, tanto pela diferença das espécies disponíveis em cada região como pelos custos envolvidos em seu cultivo. É natural que nos países frios a preferência seja por plantas que toleram mais frio ou por plantas de climas quentes mas que sejam menores e portanto ocupem menos espaço em uma estufa que tem que ser mantida aquecida a elevado custo durante o inverno. Por outro lado, nos países de clima quente a dificuldade em manter plantas de clima frio é maior que o inverso já que os equipamentos que diminuem a temperatura costumam roubar umidade do ambiente, umidade quase sempre muito necessária às plantas.
    • Europa: Orchis, Ophrys, Cypripedium.
    • Ásia e Oceania: Cymbidium, Dendrobium, Phalaenopsis, Paphiopedilum, Vanda, Bulbophyllum, Coelogyne, Dendrochilum, Eria.
    • África: Angraecum, Aerangis, Disa.
    • América: Cattleya, Laelia, Oncidium, Epidendrum, Brassia, Catasetum, Sophronitis, Miltonia, Pleurothallis, Masdevallia, Lycaste, Maxillaria, Phragmipedium, Encyclia, Odontoglossum, Brassavola.

    Híbridos



    Brassolaeliocattleya Turambeat
    Híbrido entre os gêneros Brassavola, Laelia e Cattleya.
    A produção de híbridos artificiais de orquídeas vem ocorrendo há mais de um século. Estima-se que sejam hoje mais de cem mil híbridos. A Royal Horticultural Society é responsável pelo registro oficial de híbridos, no entanto, a produção doméstica e por pequenos produtores locais é bastante grande e só pequena parte destes híbridos caseiros é registrada, de modo que o número total de híbridos já produzidos pelo homem permanecerá sempre apenas uma suposição.
    De acordo com as regras do Código Internacional de Nomenclatura de Plantas Cultivadas, os híbridos de espécies de um mesmo gênero são sempre classificados com nomes pertencentes ao mesmo gênero, por exemplo o híbrido entre duas Cattleya ainda é uma Cattleya. Quando são dois os gêneros utilizados, cunha-se um nome utilizando-se os nomes originais, por exemplo o híbrido entre uma Laelia e uma Cattleya é uma Laeliocattleya. Quando são três ou mais os gêneros envolvidos, o produtor pode criar um nome novo para o gênero resultante, desde que nenhum tenha sido registrado anteriormente.

    Os híbridos naturais de orquídeas são comuns também, no entanto, apesar de serem em sua grande maioria plantas férteis, apenas pequena parcela deles é capaz de reproduzir-se naturalmente. Isto decorre do fato que espécies tão especializadas como as orquídeas necessitam de um polinizador em particular para cada uma. Os híbridos naturais geralmente são plantas que não se ajustam aos agentes polinizadores existentes exatamente por serem mesclas de espécies estabelecidas a milhares de anos e com polinizadores diferentes. Seus tamanhos cores e medidas são diferentes do necessário para obter sucesso reprodutivo natural.


    Fonte: Wikipédia e http://www.sindicatoruralmc.com.br/plantarecolher/cultivo-orquideas.html
    

    terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

    Cattleya gaskelliana rainha dos belgas (auto FCC)





    Primeira floração - janeiro 2014.

    O nome "gaskelliana"foi uma homenagem a Holbrook Gaskell, rico orquidófilo de uma cidade próxima a Liverpool, na Inglaterra.
    Ela é uma planta monofoliada, do norte da Venezuela, grande e rústica. Seus pseudobulbos parecem clavas e suas folhas lembram as de plantas suculentas.
    A floração ocorre no final da primavera e início do verão podendo florir com haste portando até 7 flores medindo de 12 a 15 cm, são extremamente variáveis na cor.
    O labelo em forma de trompete, possui marcas de cor laranja, a durabilidade da flor pode chegar a 10 dias.

    CULTIVO:

    Substrato e vaso de boa drenagem e aeração, optei por caixeta de madeira com brita e casca de madeira.
    Planta de altitude entre 800 e 1500 m acima do mar, com temperatura variando entre 15 a 30 graus.
    As condições de seu habitat em muito assemelha com o da Cattleya warneri no Espírito Santo.
    A luminosidade deve ser média, deve ser regada apenas quando o substrato estiver seco.

    Em meu cultivo sigo praticamente todas as informações acima. 

    A adubação é feita com osmocote, viagra da AOESP e okashi.

    Fonte: Rocha, José René - ABC do Orquidófilo de uma, várias ou muitas orquídeas/ prof. René Rocha - São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 2008. 



    quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

    Miltassia royal








    Floração janeiro/ fevereiro 2014.

    A miltássia é o cruzamento da Miltonia com a Brassia.

    Miltonia de  clima frio são originários dos Andes na Colômbia, Panamá e Equador. As de clima quente, são as Miltonias originárias de Minas Gerais no Brasil e são próximas dos Oncidiuns.

    Luz: Deve ser relativamente sombreada. Luz direta queimam as finas folhas em curto período de tempo. Entretanto os do clima quente ( 2.000 velas) preferem mais luz que os do clima frio (1.200 velas).

    Temperatura: é crítico para os do clima frio. A menos que a temperatura seja mantida abaixo de 27ºC  elas não florescem. A temperatura mínima é de 10ºC a 13ºC.  As de clima quente requerem temperatura mínima de até 16ºC e acima de 32ºC  com a umidade de 70% a 75%.

    Umidade: deve ser de pelo menos 70% porque elas requerem água em abundância. Menos umidade as plantas ficam estressadas e podem adoecer.

    Rega: Deve ser abundante e o substrato deve drenar perfeitamente. No seu habitat nativo as plantas drenam diariamente e por causa disto, elas são intolerantes ao acumulo de sais. Quando não recebem água ou umidade suficiente as folhas tendem a desenvolver-se plissadas como acordeom.

    Adubação: Adubar a cada 2 semanas com a metade da concentração indicada pelo fabricante. Pode reduzir a frequência 4 semanas durante o inverno. A formulação 10-30-20 é benéfica para o início da primavera para estimular a floração.

    Replantio: deve ser feita após o final da floração e quando novos brotos começarem a surgir. Miltoniopsis devem ser replantada todos os anos elas não toleram substratos velhos. As Miltonias tendem a ser mais tolerantes, entretanto é melhor replantá-las.

    Brassia é um género botânico pertencente à família das orquídeas (Orchidaceæ) e à subtribo Oncidiinae. Foi descrito pelo botânico inglês Robert Brown em Hortus Kewensis; The second edition 5: 215, em 1813, usando a Brassia maculata, que fora recentemente coletada na Jamaica, como espécie tipo. A maioria das espécies produz flores de perfume agradável, especialmente durante as horas quentes do dia.
    O nome deste gênero é uma homenagem a William Brass, cujo nome latinizado é Gulielmus Brassus, um inglês, ilustrador de botânica do século XIX.
    Desde a criação do gênero, cerca de oitenta plantas foram classificadas como Brassia. Em 1972 Norris Williams dividiu o gênero em dois removendo a secção da Brassia glumacea para o gênero Ada que é um gênero de transição entre Aspasia e Brassia. Espécies com flores quase sempre muito parecidas com a do último gênero, dele se diferenciam por apresentarem inúmeras folhas dísticas, mais inflorescências por pseudobulbo, e também por apresentarem grandes brácteas florais infladas, ausentes nos outros.
    As Brassia são parentes próximas também de Miltonia das quais se diferenciam principalmente pelo fato de na maioria das espécies as pétalas e sépalas de suas flores serem longamente acuminadas ou mesmo caudadas.