quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Laelia purpurata schultz x Laelia purpurata São Leopoldo Enio Bloon










Floração dezembro 2014.
 
 
A LaeliaPurpurata, é uma orquídea endêmica do sul e sudeste do Brasil  de hábito comportamento epífita, caule do tipo pseudobulbo, folhas oblongas, atinge cerca de sessenta centímetros de altura. Suas flores de coloração branca e púrpura são muito apreciadas.
 Por suas características ornamentais a espécie é largamente cultivada e comercializada, facilmente encontrada nas floriculturas de todo o país. Geralmente floresce no verão. É considerada por muitos a flor nacional do Brasil por excelência, uma vez que o ipê-amarelo é uma árvore.
 
É  conhecida como a flor do Natal e também a flor símbolo do Estado de Santa Catarina.

Desejo à todos os seguidores Boas Festas!

sábado, 20 de dezembro de 2014

Método de Aclimatização de Mudas de Orquídeas em Garrafas PET



Método de Aclimatização de Mudas de Orquídeas em Garrafas PET
 
Depois da germinação como aclimatizar as mudinhas? este tema foi objeto de pesquisa científica, desenvolvida por vários mestres.
Pela qualidade do trabalho e pela facilidade de ser implementada por nós leigos vou transcrever abaixo um trecho, deixando o link para a continuação da leitura. 
 

As plantas de cultivo in vitro necessitam de aclimatização, o que lhes dará maiores chances de adaptar-se às condições de cultivo em campo. A aclimatização consiste basicamente na retirada das mudas do meio de cultivo e transferência para recipientes contendo substrato. O substrato pode influenciar o crescimento das mudas em função de suas características químicas, físicas e biológicas (GONÇALVES, 1995).

Na fase de aclimatização, Deng e Donnelly (1993) destacam que esse processo tem altos custos e demanda longo tempo para a obtenção das mudas. A Embrapa Agroindústria Tropical vem realizando pesquisas na aclimatização de orquídeas para torná-las acessíveis a pequenos produtores e orquidófilos, testando o uso de recipientes descartáveis, como, por exemplo, garrafas de polietileno tereftalato (PET) em telados. Assim, o estudo foi conduzido objetivando a aclimatização de
plântulas de orquídeas obtidas a partir de germinação de sementes em garrafas PET.

As plântulas de orquídeas, Cattleya labiata e Dendrobium phalaenopsi, foram produzidas a partir da semeadura in vitro. As sementes foram inoculadas em meio de cultura JADS (CORREIA et al., 1995) suplementado com 30 g L-1 de sacarose e 1,7 g L-1 de Gelrite® marca Sigma. O pH do meio de cultura é ajustado para 5,8 antes da sua esterilização em autoclave à temperatura de 121 °C, durante 15 minutos. O meio de cultura é distribuído (30 ml)
em frascos com capacidade de 250 ml e vedados com tampa. As culturas foram mantidas em sala de crescimento à temperatura de 27 ± 2 ºC e foto período de 12 horas de radiação ativa fotossintética de 30 mol/m2/s.
As sementes de Cattleya labiata e Dendrobium phalaenopsi germinaram a partir de 30 e 40 dias, respectivamente. O desenvolvimento das plântulas in vitro deu-se durante 12 meses sendo transferidas para meio novo a cada 3 meses. No momento do transplantio, as plântulas apresentavam as características de crescimento citadas na Tabela 1.

Na montagem do método de aclimatização em garrafas PET, são utilizados, como recipientes, garrafas PET com capacidade de 5 L (Figura 1A), cortadas ao meio, formando uma parte superior (tampa) e inferior (base) (Figura 1B). Na tampa, são realizados cortes longitudinais de aproximadamente 4 cm na parte inferior. Na base, deposita-se uma camada de casca de coco seco cortadas em cubos de aproximadamente 2 cm2 (Figura 1C) e uma camada de substrato. Os cubos, conjuntamente com o substrato, formam uma camada de aproximadamente 7 cm (Figura 1D). Em seguida, as plântulas com as raízes lavadas são transplantadas (Figura 1E).

As garrafas PET com as plântulas transplantadas (Figura 1F) são mantidas em telado, com 50% de intensidade luminosa. Nessa condição, cada recipiente recebe pulverizações de água com o auxílio de pulverizador costal e adubação foliar com Peters® 20-20-20 (1 g L-1) três vezes por semana.
 

 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Laelia purpurata semi alba



 
Floração Dezembro 2015
 
 
A Laelia purpurata Lindley & Paxton é uma espécie típica da Mata Atlântica, das regiões Sudeste e Sul do Brasil. Além disso, é a flor símbolo do Estado de Santa Catarina.
Sabe-se que nos idos de 1846, um francês François Devos, coletou alguns espécimes da Ilha de Santa Catarina (hoje Florianópolis). Daí, ela espalhou-se ràpidamente pelas coleções na Europa.
Foi somente em 1938, com a criação das primeiras sociedades orquidófilas (AJAO – Joinville/SC) que nasceu de fato o interesse pelo cultivo das orquídeas, em especial a Laelia purpurata. Tanto que até os dias de hoje ela é a rainha e o motivo principal da mais tradicional exposição de orquídeas de Santa Catarina – a Festa das Flores de Joinville, realizada sempre no mês de novembro, quando inicia a floradas das purpuratas.
As purpuratas apreciam uma umidade relativa do ar elevada, sendo entre as Laelias, uma das mais exigentes neste quesito. Outro fator importante no cultivo diz respeito às estações. A inexistência de frio, como acontece nos estados do Norte e Nordeste, comprometem muito as floradas. As plantas podem até vegetar bem, mas as floradas, quando ocorrem, apresentam poucas flores e de tamanho reduzido.
Toleram grande variação de temperatura em seus habitats, mas o ideal é cultivá-las em locais onde a temperatura varia de 15 a 32 graus centígrados, com intensa luminosidade, sem sol direto, como no cultivo das Cattleyas em geral.
Aqui em Santa Catarina, como no Rio Grande do Sul, as plantas vão bem em telados com sombreamento de 50% a 60%, em áreas bem ventiladas, recebendo a água da chuva. Nossa experiência de cultivo tem nos demonstrado que mesmo sob plástico, plantadas em vasos plásticos, com boa drenagem e irrigação farta as purpuratas crescem e florescem muito bem.
São plantas vigorosas, que praticamente nunca param de crescer, emitindo raízes novas mesmo nos meses de inverno.
O uso do Bokachi (adubo orgânico) mais adubo inorgânico de boa procedência com micro elementos devem ser utilizados, assim como a aplicação de Nitrocalcio a cada 2 ou 3 meses, dependendo do substrato utilizado, para corrigir aquelas folhas traseiras amareladas, muito comuns nestas orquídeas.
Novos substratos estão sendo testados e em breve daremos notícia dos resultados. Os gaúchos já usam há algum tempo a casca de pinus + carvão + saibro especial do Rio Grande, com sucesso.
 
 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Laelia purpurata antenor









1ª Floração Novembro 014
Foto e cultivo MGLORIAM


A Laelia purpurata da foto, apesar de ter sido adquirida adulta do Orquidário Okabe, floriu pela primeira vez este ano, com 8 flores. Sendo duas hastes longas portando 4 flores em cada uma.
observem que em cada buque as flores possuem  coloração distinta. Num deles existe um sopro rosa nad pétalas e sépalas.

Descrição da planta
A orquidea Laelia purpurata Antenor é uma planta com flores albas, labelo lilas escuro com miolo branco com detalhe amarelo claríssimo. Muda 4 anos. Florada na primavera

Plantio:
       1. Em Vaso : O ideal é usar vaso  específico para orquídea, que tenha com vários furos tanto no fundo quanto na lateral. Para melhorar a drenagem, no fundo do vaso coloque um pouco de argila expandida, pedra ou caco de telha .

 Como substrato use a casca de pinus que é um material renovado. Não usar Xaxim, além de proibido por lei esta correndo risco de extinção.Em Supermercados e Garden Center existem substratos prontos específicos para o plantio de orquídeas.

       2. Em Árvore : Para fixar a muda no tronco de uma árvore ,envolva a muda na fibra de coco e amarre com um cordão .Isso protege a muda e mantém a umidade necessária até o orquídea enraizar

Local

Coloque a muda em local arejado livre de corrente de vento  e que receba luz indireta do sol preferencialmente ao amanhecer ou entardecer. Algumas espécies de orquídea não toleram luz solar, queimando as folhas e chegando a matar a muda. Atenção especial é necessária para as mudas plantadas nas árvores. Observe por alguns dias e por períodos alternados se o sol não está sendo excessivo para a planta.Manchas amareladas nas folhas ou ausência de enraizamento, são indícios que a orquídea não está se adaptando. Neste caso outro local deve ser escolhido.

Rega:

O modo mais fácil de matar uma orquídea é molhando-a demais. Umidade em excesso provoca o apodrecimento das raízes e os fungos se proliferam de forma descontrolada. A melhor maneira de checar se  o vaso está úmido,é pressionar com o dedo o substrato. Se ainda estiver úmido, não regue, espere até secar. Regue até que a água comece a escorrer por baixo do vaso. Verifique a umidade á cada 2 dias.

Para as mudas que estão nas árvores a umidade se equilibra naturalmente. Redobrar a atenção apenas nos períodos mais secos do ano. Importante : Para a orquídea é melhor faltar água do que sobrar.

Adubação

  A orquidea como qualquer outra planta precisa de nutrientes para crescer. Mas cuidado , o exagero de adubo é pior do que a falta. Cada tipo de adubo exige dosagens e aplicações diferentes, por isso leia atentamente as instruções contidas nas embalagens dos produtos.  

 Adubação de solo : Pode ser feita ao amanhecer ou entardecer. Dependendo do tipo de fertilizante, você poderá aplicá-lo de duas maneiras :

•     Colocando a quantidade recomendada num canto do vaso :  Desta forma o  adubo irá dissolver-se aos poucos, liberando nutrientes a cada irrigação, neste caso use o osmocote.

•     Diluindo a quantidade recomendada : Aplicando como rega, diretamente no solo.                

 Adubação Foliar : Deverá ser feita somente ao entardecer.Quinze minutos antes da adubação pulverize com água toda a planta. Este procedimento faz com que as células das folhas responsáveis pela absorção dos nutrientes se abrão.  Depois pulverize com adubo nas dosagens recomendadas pelo fabricante , toda a planta , com excessão das flores.  

 Adubos orgânicos : Estes adubos são mais seguros e com riscos muito menores de você matar a planta por excesso de adubação .O mais indicado seria o bokashi. 

sábado, 6 de dezembro de 2014

Produção de Mudas de Cattleya labiata In vitro.



Otimização da Produção de Mudas de Cattleya labiata:
 
Efeito da Sacarose no Crescimento In Vitro e na Aclimatização.

Foto Diva Correia

Entre as Angiospermas, a família Orchidaceae é uma das maiores em número de espécies, com aproximadamente 35.000 (SOUZA; LORENZI, 2005). Podem ser reconhecidos de 750 a 850 gêneros, dos quais cerca de 200 ocorrem no Brasil (SOUZA; LORENZI, 2005). Essas plantas são encontradas em todas as regiões do planeta, inclusive nas boreais, e apreciadas mundialmente pela beleza das suas flores quanto às cores, tamanhos e formas (REGO-OLIVEIRA et al., 2003). Entre as orquídeas, o gênero Cattleya tem sido o mais popular, cultivado e comercializado, evidenciando a sua importância econômica (RAPOSO, 1993; DIGNART et al., 2009); possui cerca de 70 espécies, inúmeras variedades e híbridos (COLOMBO et al., 2005). Entre as espécies, destaca-se a Cattleya labiata, nativa do Nordeste brasileiro e uma das mais apreciadas orquídeas do mundo (Figura 1) (RAPOSO, 1993).
Em função do extrativismo, do aumento das áreas destinadas à agricultura e à construção civil, bem como da falta da aplicação de políticas públicas relacionadas à conservação dos recursos genéticos nos diferentes biomas brasileiros, muitas espécies de orquídeas estão ameaçadas de extinção (BRASIL, 2008; FERREIRA; SUZUKI, 2008). Nesse sentido, enfatiza-se a importância do aumento do conhecimento da biologia dessas espécies com ênfase em métodos eficazes de reprodução e de propagação, visando minimizar as perdas desses materiais, manter a variabilidade genética e favorecer o repovoamento.

As técnicas de cultivo in vitro têm sido largamente utilizadas para a produção de mudas (FARIA et al., 2012) como também para estudos relacionados ao crescimento e desenvolvimento de orquídeas (SUZUKI et al., 2010; SCHNEIDER et al., 2012) e sua conservação ex situ (FERREIRA; SUZUKI, 2008).
Como são plantas herbáceas que apresentam crescimento lento, consequentemente, a produção de mudas é demorada (SUZUKI et al., 2010). Adicionalmente, a formação das flores pode levar de 3 a 10 anos dependendo da espécie, o que prolonga a fase de reprodução (FERREIRA; SUZUKI, 2008; SCHNEIDER et al., 2012). A germinação de sementes de orquídeas na natureza ocorre somente na presença de fungos específicos, e estima-se que apenas aproximadamente 5% das sementes dessas plantas possam germinar em condições naturais (ARDITTI, 1979). Tais motivos

reforçam a importância do uso da semeadura in vitro e da aplicação de diferentes técnicas de cultura de tecidos de plantas tanto sob aspecto da multiplicação rápida quanto preservacionista devido à obtenção de mudas em larga escala e de qualidade fitossanitária (FARIA et al., 2012).
No cultivo in vitro, os meios de cultura utilizados são compostos por macro e micronutrientes, vitaminas e açúcares, suplementados quando necessário, de reguladores de crescimento, aminoácidos e agente solidificante em função da etapa do processo e/ou da espécie estudada. Segundo Suzuki et al. (2010), os meios de cultura de Knudson (1946), Vancin e Went (1949) e Murashige e Skoog (1962) são alguns dos mais utilizados no cultivo in vitro. Meios de cultura desenvolvidos para o cultivo in vitro de plantas lenhosas como Wood Plant Medium (LLOYD; McCOWN, 1980) e JADS (CORREIA et al., 1995) são citados na literatura no cultivo de Cattleya loddigesii (ARAÚJO et al., 2007) e C. labiata (CORREIA et al., 2011a; CORREIA et al., 2011b), respectivamente. Alguns estudos indicam que a redução das concentrações dos macronutrientes (REGO-OLIVEIRA et al., 2003; SORACE et al., 2008; PIVETA et al., 2010) favorece o crescimento vegetativo.
Entretanto, as condições de cultivo e o tempo de cultivo podem resultar em alterações morfológicas e fisiológicas sendo responsáveis por grande parte das perdas durante a aclimatização (DIGNART et al., 2009). É justamente na etapa da aclimatização que se viabiliza a metodologia de produção in vitro de plantas, pois é nela que se obtém o número de plantas aptas ao plantio, ou seja, maior sobrevivência de mudas com qualidade. Sendo assim, são necessários pesquisa e desenvolvimento para métodos de aclimatização de plantas.
Nesse sentido, especialmente no cultivo in vitro de orquídeas, alguns estudos ressaltam a importância da avaliação de diferentes concentrações dos carboidratos visando à melhoria do crescimento e desenvolvimento da parte aérea e radicular das culturas (MOREIRA et al., 2007; SORACE et al., 2008; PIVETTA et al., 2010; ARAÚJO et al., 2011). O carboidrato adicionado ao meio de cultivo fornece energia metabólica e estruturas carbônicas para a síntese de compostos orgânicos necessários ao crescimento das células (CALDAS et al., 1998) e também propicia a atividade heterotrófica das plantas enquanto em cultivo in vitro. A redução da concentração da sacarose àquela usual (30 g L-1
),
na fase de enraizamento in vitro, tem apresentado melhoria do sistema radicular e favorecido a sobrevivência das mudas obtidas durante a aclimatização (MOREIRA et al., 2007; ARAÚJO et al., 2011; NASCIMENTO et al., 2011). Essa redução da fonte de açúcar nas etapas finais de cultivo in vitro também pode beneficiar a atividade autotrófica quando as mudas ainda estiverem in vitro, contribuindo para melhor aclimatização delas sob condições de casa de vegetação ou telados (ARAÚJO et al., 2011; NASCIMENTO et al., 2011).
O cultivo de orquídeas in vitro tem sido uma linha de pesquisa da floricultura na Embrapa Agroindústria Tropical. Nove orquídeas tropicais estão sendo cultivadas no Laboratório de Cultura de Tecidos de Plantas, objetivando definições de protocolos de propagação in vitro e a aclimatização de mudas obtidas da germinação de sementes e da micropropagação.
Entre as espécies e híbridos em estudos, cinco pertencem ao gênero Cattleya. Para a espécie Cattleya labiata, as metodologias de crescimento de plântulas in vitro estão sendo otimizadas verificando-se o efeito da redução da sacarose e o seu resultado na aclimatação dessas mudas (ARAÚJO et al., 2011; CORREIA et al., 2011b; NASCIMENTO et al., 2011).
A seguir, são descritas as etapas de obtenção das plântulas in vitro de C. labiata e sua aclimatização em telado:



Etapa 1: Desinfestação da cápsula, inoculação das sementes, germinação de sementes e obtenção de plântulas in vitro


São utilizadas cápsulas de C. labiata totalmente fechadas com tempo médio requerido entre a polinização e a coleta em torno de 10 meses (FARIA et al., 2010). A cápsula é lavada com detergente comum e enxaguada em água corrente. Em câmara de fluxo laminar, a desinfestação da cápsula
ocorre em solução de hipoclorito de sódio (NaOCl) contendo 2% de cloro ativo com acréscimo de três gotas de Tween 20 para cada 100 mL da solução desinfestante, durante 30 minutos, em agitação constante. Em seguida, a cápsula é transferida para recipiente com água destilada autoclavada, onde aquela é lavada, repetindo, sucessivamente, por duas vezes. Em seguida, transfere-se a cápsula para uma placa de Petri previamente autoclavada
e, com auxílio de um bisturi, corta-se a cápsula longitudinalmente ao meio. Com uma espátula, retira-se uma pequena quantidade de sementes e, em seguida, elas são pulverizadas em recipientes (capacidade de 250 mL) contendo 30 mL de meio de cultura JADS (CORREIA et al., 1995) com as soluções salinas reduzidas à metade. O meio é suplementado com 30 g L-1 de sacarose e 1,7 g L-1 de Gelrite® marca Sigma. O pH do meio de cultura é ajustado para 5,8 antes da sua esterilização em autoclave à temperatura de 121 °C, durante 15 minutos.
As culturas são mantidas em sala de crescimento à temperatura de 27 ± 2 ºC e fotoperíodo de 12 horas com radiação ativa fotossintética de 30 μmol m-2 s-1 fornecida por lâmpadas fluorescentes de 40 W.

Continuação do trabalho click aqui:
http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/951937/1/CATTLEYALABIATA.pdf

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Cattleya Labiata alba







Floração Novembro 2014
Foto - cultivo e propriedade MGloriaM 


Origem do Nome:

No Século 19 havia uma verdadeira corrida entre os comerciantes de flores e plantas europeus em busca das novidades do novo mundo com sua flora exótica e de colorido exuberante. Evidentemente as orquídeas eram o centro das atenções. Em 1821 John Lindley descreveu as Cattleyas labiatas, nomeando-as cattleya em homenagem a William Cattley, rico comerciante e colecionador de plantas e labiata ( lábio grande ) devido ao tamanho de seu labelo. Após intenso sucesso, as cattleyas ficaram meio esquecidas até 1889 quando foram redescobertas, ressurgindo o interesse comercial por essas plantas de belíssimas flores.

A Cattleya labiata é uma espécie que floresce ao final do verão e princípio do outono, o perfume exalado por suas flores na parte da manhã é tão característico que podemos chamar de "perfume das Cattleyas" pois esta é uma característica transmitida aos híbridos produzidos com sua participação.  Espécie considerada 'Rainha do Nordeste Brasileiro', para muitos 'Rainha das Orquídeas Brasileiras', pela floração abundante, de grande duração, de perfume inconfundível.
 
Habitat  
                                    
A labiata ou lirio roxo como muitos a chamam no interior do Nordeste, procede em maior número de habitats dos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Ceará e Sergipe.
 
Ela é planta epífita ou por vezes rupícula, que vegeta sobre  árvores ou sobre rochas e em paredões nas serras, em locais nos quais a umidade provem, como já dito antes, de um mais intenso regime de chuvas (brejos) e da neblina que se forma, noturna e matinal, locais quase sempre protegidos do sol intenso.  Na natureza, vegeta a uma altitude entre 500 e 1000 metros. É, sem dúvida alguma, a mais bela e uma das mais apreciadas orquídeas brasileiras, por ser cultivada fácil e soberbamente, de norte a sul do País. Nenhuma outra Cattleya o faz em tal plenitude!

Planta    
  
Planta extremamente resistente, como boa nordestina que é, com pseudobulbos de 15 a20 centímetrosde altura, comprimidos e sulcados, apresentando uma única folha oblongo-elíptica, raramente duas. Inflorescências compostas de 3 a 5 flores, sempre muito bem dispostas e que surgem de uma espata dupla de mesmo tamanho e vigorosa.

Flor
Flor com 18/20 até 25 centímetros de diâmetro, um tamanho  excepcional, pétalas e sépalas  de colorido típico lilás, em diversas tonalidades. As sépalas são lanceoladas, a maior parte das vezes planas e as pétalas mais largas, ovóides e graciosamente onduladas.

Época de Floração
Em geral, no Norte e Nordeste brasileiro: Dezembro/Janeiro à Março e no Sudeste e Sul em Fevereiro/Março, mas as fortes variações climáticas recem ocorridas, tornam essas previsões pouco precisas.
Cultura    

Considerada como uma planta de facílima cultura e, por isso, muito recomendada para orquidófilos principiantes.  
...........................
Referência Bibliográfica:
Texto baseado em Wikipédia, a enciclopédia livre, em artigo de Angelo Lo Ré publicado na Revista OrquidaRio, em artigos publicados nos Anais do II Encontro de Orquidófilos e Orquidólogos, de autoria do Dr. Luiz de Araújo Pereira e Lou Christian Menezes, e no Livro de João Paulo Fontes sobre a Cattleya labiata Lindl. Colaboração de meus amigos e companheiros do NOCB – Núcleo Orquidófilo Castello Branco, Guy Cliquet do Amaral e Carlos Alberto Seixas, Diretor Técnico do NOCB e colaboração técnica do Dr. Leonardo Pessoa Felix, da UFPa.
 
 
 
 

DICA DE LEITURA:

Otimização da Produção de Mudas de Cattleya labiata: Efeito da Sacarose no Crescimento In Vitro e na Aclimatização.

 

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Hadrolaelia sincorana (ex Laelia sincorana)





floração novembro/2014
 
Laelia Sincorana é uma orquídea endêmica das partes mais altas da Serra do Sincorá entre 1.000 /1.200m  de altitude. Essa espécie ocorre geralmente associada as Vellozias Gigantes da Serra do Sincorá.. Essa espécie é admirada por todos os orquidófilos do Brasil.

 Espécie descoberta há poucos anos. Planta baixa, com pseudobulbos redondos de dois cm de altura com uma só folha de cinco cm de comprimento em forma de concha. Flores de oito cm de diâmetro muito semelhantes às da Laelia pumila. Pétalas e sépalas róseo-púrpura-brilhante. Labelo estreito quase rigoroso com estrias púrpuras. Existem variedades albas, semi-albas, concolores, caeruleas e outras. Seu hábitat, a 1.200 metros de altitude, é na Bahia. É de difícil cultura. Floresce entre setembro e novembro.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Dendrobiun loddigessii




 
 
Foto e cultivo MGloriaM
Floração Novembro de 2014
Cultivo em altitude.

CULTIVO DE ALGUMAS ESPÉCIES DE DENDROBIUM


Observações pessoais de Siegfried Preiskorn e tradução resumida de um artigo de Jan den Held e Tinus Strick, publicado na revista Journal für den Ochideenfreund, vol. 2, 2º trimestre de 2004
 1- Introdução geral
Os Dendrobium são um gênero de orquídeas com muitas espécies originárias de uma extensa região, desde o sul da China, Índia, até a Malásia, Indonésia, Filipinas, Nova Guiné, diversas ilhas do Pacífico e a Austrália.
Só pelo imenso território de onde este gênero vem, dá para perceber que há uma extensa gama de condições ecológicas diferentes para as espécies de Dendrobium que conhecemos.
Os autores do artigo abaixo descrito tentaram agrupar os Dendrobium mais freqüentemente cultivados para nós, colecionadores, termos mais sucesso na sua cultura.
 2- Introdução dos autores
De um modo geral, pode-se dividir os Dendrobium em 3 grupos de condições de cultivo:
Grupo 1: Temperaturas frescas/temperadas, geralmente com um período de repouso vegetativo definido.
Grupo 2: Clima quente, sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
Grupo 3: Temperaturas frescas/temperadas, sempre com um alto teor de umidade sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
Para estas descrições gerais serão abordados os seguintes temas:
- Clima no seu local de origem
- Temperaturas e luminosidade
- Água e ventilação
- Tipo de vaso, substrato e adubação.
3- Condições gerais de cultivo
Os autores dividiram os Dendrobium em grupos, de acordo com a sua origem: 
origem: 
Tabela 1
Regiões de origem das espécies de Dendrobium
Letra
Região
N
Parte norte do sudoeste asiático: Índia, Sri Lanka, Nepal, Burma, Tailandia, Laos, Cambodja, sul da China 
Z
Parte sul do sudoeste asiático: Malásia, Indonésia (Java, Borneo, Sumatra, Bali)
P
Filipinas
G
Nova Guiné e ilhas do Pacífico
A
Austrália
A existência de um período de estiagem na região de origem é de extrema importância.
Tabela 2: Tempos chuvosos e de estiagem nas regiões da tabela 1.  
mês
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
N
0
0
0
0
///
///
///
///
///
///
0
0
N, sul da China 
o
o
///
///
///
///
///
///
///
///
///
o
P
0
0
0
0
///
///
///
///
///
///
///
///
Z
///
///
o
o
///
o
o
o
o
///
///
///
G
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///
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///
///
///
A, norte 
///
///
///
///
///
///
o
o
o
o
///
///
A, sul 
o
o
///
///
///
///
///
///
///
o
o
o
Legenda: O: Estiagem – o: Leve estiagem –  ///: Período de chuvas
 
Desta tabela chegamos à conclusão que só o norte do Sudoeste Asiático e as Filipinas possuem uma efetiva estiagem. Em outras regiões esta não é tão evidente. Na Nova Guiné chega-se a dizer que há um período mais chuvoso e outro menos chuvoso.
4- Resumo por grupos
4.1- Grupo 1 – Fresco a temperado, com fase de repouso definida.
Clima: As plantas deste grupo vem de regiões com uma estação chuvosa e uma de estiagem. Na época de chuvas a temperaturas médias oscilam por volta de 25°C, ao nível do mar e nas montanhas us 20°C. O início da estiagem é mais fresco (23°C e 15°C, respectivamente) subindo na metade deste período para 25°C a 28°C. Com a queda da folhagem das árvores, as plantas acabam ficando a pleno sol. Freqüentemente formam-se neblinas noturnas, subindo a umidade a uns 60%. Na época se chuvas sobe a 70 – 80%. Algumas regiões como as montanhosas das Filipinas, parte sul do sudoeste da Ásia e Austrália não são tão quentes como a região N
Temperatura e luminosidade: Na tabela abaixo estão as temperaturas de crescimento das plantas. 
 

Para algumas espécies, uma temperatura mais baixa na 1ª parte da estiagem está ligada ao período de repouso, essencial para a formação de botões florais; já para outras uma estiagem já é suficiente. Aqui ainda há muita controvérsia. Na dúvida, pode-se optar por uma 1ª fase fresca para o repouso. Algumas espécies (D. nobile, D. aphyllum (pierardii), D. primulinum e eventuais outras) reagem bem a este choque frio. Neste período não devem receber água.
Na fase de crescimento os Dendrobium necessitam bastante luminosidade ou muita luz, para florir. Entende-se por muita luminosidade algo por volta de 20 000 a 35 000 Lux. Isto corresponde à sombra de uma árvore onde apareçam “manchas” de luz solar no solo ou o sol pleno até umas 2 horas depois de nascer. Muita luz corresponde de 35 000 a 50 000 Lux ou um sombreamento de 50 a 0%. Estes valores são relativos; dependem da ventilação, proximidade de paredes de casas, dentro ou fora das cidades, umidade ambiente local e outros mais. Aqui vale a experiência de cada orquidófilo. Um leve vento ou movimentação do ar diminuem o risco de queimar as folhas e favorecem a sua rápida secagem. Espécies como o D. chrysotoxum, D. kingianum, D. nobile, D. speciosum, D. vitoriae-reginae, quando cultivados fora de estufa, são os que melhores resultados mostram. Entretanto, neste caso, recomenda-se plantar em vasos. Sabe-se que espécies australianas necessitam muita luz mas também crescem bem em temperaturas mais baixas. Recomenda-se colocá-las em um lugar claro.
Água e luz: O ideal é, que na fase de crescimento, as plantas recebam bastante água todos os dias mas, que no final da tarde, elas estejam novamente bem secas. As raízes, antes de receber uma nova porção de água, devem estar completamente enxutas. Em caso de dúvidas, é melhor esperar mais um dia. A ventilação e a umidade do ar tem uma enorme influência sobre as regas. A vantagem de manter as plantas fora da estufa é mantê-las mais próximas das suas condições naturais.
Quanto à fase de repouso vegetativo, fazemos distinção entre as espécies com uma nítida fase de repouso (designadas com R) e as que pedem uma pequena fase de repouso (r). Quando se inicia a fase de repouso vegetativo? Observe os pseudobulbos: se eles estiverem desenvolvidos começa a fase de repouso. Isto pode variar por espécie ou mesmo dentro da espécie. Geralmente ela se dá entre o fim do verão e o outono. Molhamos as plantas da região N os primeiros 3 meses do seu repouso, de modo que elas sequem bem em 1 semana. Isto pode ser a cada 2 ou 3 semanas, dependendo da circulação do ar e da umidade ambiente. Também pode-se restringir as regas à uma pulverização. A maioria das plantas nesta fase não tolera raízes molhadas, principalmente em dias frios. Em pleno inverno elas não recebem nenhuma água mas lhes proporcionamos uma boa umidade relativa. Em dias ensolarados pulveriza-se levemente as plantas para que elas não sequem muito.  Os pseudobulbos podem murchar um pouco. Plantas de pequeno período de repouso como as do sul da China, Austrália, e das montanhas do sudoeste da Ásia (Z), das Filipinas, Nova Guiné e também algumas espécies da região N, devem ser molhadas ou pulverizadas de modo que elas não sequem totalmente (exceto por alguns dias).
Quando se reconhece o reinício da fase de crescimento? Geralmente com o aparecimento de novos brotos. Quando isto sucede deve dar à planta uma atmosfera úmida como, por exemplo, colocar o vaso sobre uma cama de seixos molhados ou pulverizá-la um pouco. Quando se nota o início de crescimento das raízes pode-se iniciar cuidadosamente a rega, somente o suficiente para umedecer o substrato, sem encharcá-lo. Quando as raízes estiverem bem desenvolvidas dar bastante água. Certas espécies com o D. betullatum e D. infundibulum só iniciam a formação de raízes quando os brotos novos alcançam de 5 a 10 cm. Por esta razão só regar estas espécies quando os brotos tiverem um bom comprimento e já houver formação de raízes.
Umidade do ar: Deve ser de 70 a 80% na fase de crescimento deste grupo e no inverno a 50 – 60%. Muitas espécies não aceitam, na fase de crescimento, umidades de 50 a 60%.
Circulação de ar: Importante para os Dendrobium. (No caso de estufa) coloque as plantas próximas do ventilador na potência máxima.
Vasos, substrato e adubos: Para os Dendrobium é muito importante que, na fase de crescimento, o substrato seque o mais rápido possível. Além de uma boa circulação de ar recomenda-se usar vasos pequenos. Como referência, para o D. nobile, calculam-se 3 cm de diâmetro para cada haste de planta com folhas. Uma planta com 3 hastes sem e 2 com folhas, deve ser plantada em vasos de 6 cm de diâmetro. A estabilidade destes vasos pequenos pode ser melhorada colocando- os em vasos maiores vazios. Para uma secagem rápida deve se escolher um substrato grosseiro e de rápida drenagem. Exemplos, cascas de árvores com um pequeno acréscimo de material que retenha umidade. Muitos cultivadores usam vasos de barro. Também pode-se usar placas de xaxim ou cascas ou ainda cultivá-los em caixas. A umidade relativa deve ser alta e pode ser necessário mergulhar as plantas ou pulverizá-las freqüentemente. Espécies que se cultivam penduradas (D. pierardii) não devem ser plantadas sobre placas. Deve-se trocar os vasos o menos possível. Se for necessária poupar as raízes o máximo possível. Eliminar todo o substrato velho. Só se aduba durante a fase de crescimento, depois disto pode-se molhar bastante.
 Grupo 2: Clima quente, sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
Distribuição e clima: A maioria dos Dendrobium de climas mais quentes vem da Nova Guiné, Filipinas, norte da Austrália e norte do sudoeste da Ásia. O clima das Filipinas e do norte da Austrália se caracteriza por ter uma estiagem enquanto que em outras regiões há umidade e chuva o ano todo.
Assim, na Nova Guiné, estiagens prolongadas raras e quando ocorrem, levam à mortalidade de muitas orquídeas. Isto não quer dizer que as espécies deste grupo não tolerem nenhum período seco. A maioria cresce como epífitas em árvores altas ou são rupestres sobre rochas úmidas onde, uma parte do dia ou mesmo em alguns dias, estão submetidas à seca. Durante todo o ano a temperatura média está acima de 25°C.      
Temperatura e luz: A tabela abaixo indica as temperaturas mais adequadas para este grupo 
Temperatura, em °CPeríodo de crescimentoPeríodo de repouso
 DiaNoiteDiaNoite
Clima quente25 – 3518 – 2018 – 2518 – 20
 
Água e ventilação: Em princípio vale o mesmo que já foi descrito para o grupo 1. Uma grande diferença está na água que permanece nas axilas das folhas novas, que pode levar rapidamente a sua podridão. Se possível não as molhe e melhore a ventilação. A maioria destas espécies não possui um período de repouso definido. (nota do tradutor: os autores querem deixar claro que, em épocas de menor luminosidade e temperatura mais baixas como no inverno europeu, devido à redução do metabolismo da planta, aumenta em muito a sensibilidade ao excesso de água, principalmente sobre as folhas e no substrato. Nós, no sudoeste do Brasil, talvez também tenhamos que levar isto em conta, mesmo que em menor escala!). Uma forma de contornar o problema é reduzir as regas a um mínimo, apenas para garantir o seu desenvolvimento, também mais lento e para evitar que os seus pseudobulbos enruguem demais. Em geral pode ser necessário proporcionar à planta um pequeno período de repouso. Na tabela de espécies que se seguem, muitas, marcadas com *, exigem uma alta umidade o ano todo.
Vasos, substrato e adubos: Vale o mesmo que para o grupo 1.
Grupo 3: Temperaturas frescas/temperadas, sempre com um alto teor de umidade sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
Distribuição e clima:  As espécies deste pequeno grupo provem de regiões montanhosas da Indonésia, Malásia, das Filipinas, e Nova Guiné. Só há uma curta ou quase nenhuma estiagem e as plantas desta região crescem sobre uma camada de musgo vivo, sobre as árvores das montanhas. Por esta razão são muito sensíveis à seca.
 
Temperatura e luz: A tabela abaixo indica as temperaturas mais adequadas para este grupo 
 
Temperatura, em °CPeríodo de crescimentoPeríodo de repouso
 DiaNoiteDiaNoite
Clima fresco16 – 2010 – 1510 – 2010 – 13
Clima + temperado22 – 2715 – 1813 – 2013 – 15
 
Algumas das espécies deste grupo, como o D. cuthbersonii, necessitam muita luminosidade porém condições frescas. Neste caso, quando a temperatura passar dos 22°C, deve-se colocar estas plantas na sombra.
Água e ventilação: Os Dendrobium deste grupo crescem durante o ano todo. Exigem uma umidade constante e elevada de 75% ou mais e necessitam um substrato úmido porém não encharcado. Além disto necessitam muito ar fresco. Um ventilador de alta potência pode resolver este problema. O D. vitoriae-reginae pode, na época quente do ano, ao ser mantido ao ar livre.
Vasos, substrato e adubos: Estas espécies sempre devem estar úmidas porém sem excesso de água. Elas devem estar em um vaso com cascas não muito grossas (0,6 a 1,2 cm), misturadas com um pouco de sphagnum. No caso do D. cuthbersonii houve sucesso com um cm de uma camada superficial de sphagnum vivo. Para que o sphagnum não cresça demais, cobrindo a planta, ele é aparado uma vez por ano. Uma outra possibilidade é plantar sobre uma casca ou uma placa de xaxim e colocar um pouco de sphagnum pos debaixo. Um bloco destes deve ser pulverizado o ano todo.        
5-Resumo por espécie:
Nas tabelas abaixo estão resumidas as condições ideais por espécie de cada grupo:
Legenda das tabelas abaixo
TemperaturaKFresca            (10°C)*
TTemperada     (13°C)* (Clima mais temperado)
WQuente          ( 18°C)*  (Clima quente)                                                                    * Os números entre parênteses são as médias das temperaturas mínimas no inverno e à noite. Na coluna ‘Observações’ aparece novamente a temperatura mínima no inverno que, neste caso, significa a temperatura mais baixa que pode ocorrer de vez em quando.
Repouso vegetativo e umidade relativaRepouso vegetativo e umidade relativa (continuação)RRepouso vegetativo definido (Pouca água nos primeiros 3 meses, e nenhuma água nos últimos 2 meses)
rRepouso vegetativo definido porém curto (Pouca água, deixar secar bem entre as regas, mas não deixar secar completamente)
OSem repouso vegetativo (dar pouca água durante o período de crescimento e não adubar)
*Umidade alta durante todo o ano (75% ou mais)
 Luz++Muita luz (Se cultivada fora de estufa, a pleno sol)
+Bastante luz (Algumas horas da manhã e da tarde a pleno sol. No meio do dia sombreamento parcial)
 OrigemNParte norte do sudoeste asiático (Índia, Indochina, China)
ZParte sul do sudoeste asiático (Malásia, Indonésia)
PFilipinas
GNova Guiné
AAustrália
Obs. do tradutor: Nas tabelas seguintes foram suprimidas algumas informações do original que somente são relevantes para regiões onde o inverno exige uma estufa ou os dados do original se referem ao hemisfério norte.
Grupo 1: Temperaturas frescas/temperadas, geralmente com um período de repouso vegetativo definido.
EspécieTempReps.LuzObservaçõesOrigem
acinaciformeKTR+Mínima de inverno 2°C, repouso frescoN
aduncumKTR+Mínima de inverno 7°C, repouso frescoN
aemulumKTR++Mínima de inverno 7°C, repouso fresco, não deixar muito tempo seca. Bastante ventilaçãoA
aggregatum   Ver lindleyi 
amoenumTR+Mínima de inverno 5°C, repouso fresco, não deixar muito tempo seca.N
aphroditeKTr+Não expor ao sol forte, não deixar muito tempo seca.N
 aphyllum (pierardii) KT R +Pendurada; Na fase de crescimento conservar em lugar quente, no final colocar em lugar mais fresco. O período de repouso dura até que os botões estejam bem desenvolvidos e iniciar as regas quando as hastes já tiverem alguns centímetros N
bellatulumKTR++Mínima de inverno 2°C, repouso frescoN
bensoniaeKTR+Pendurada; Mínima de inverno 2°C, repouso frescoN
brymerianumKTR+Mínima de inverno 2°C, repouso frescoN
Cacatua (tetragonum, var.giganteum)KTr+Pendurada, bastante ventilação, mínima de inverno 10°CA
 capillipes T R ++Bastante ventilação, mínima de inverno 10°C, repouso fresco. Não deixar secar completamente nesta fase. Planta complicada. N
christyanum (margaritaceum)KTR++Evitar sol direto, repouso fresco, mínima de inverno 2°CN
chrysotoxumKTR+Repouso fresco com muita luz; Não deixar os bulbos enrugarem muito nesta fase.N
crepidatumKTR++Pendurada, bastante ventilação, mínima de inverno 2°CN
chrystallinumKTr+Pendurada, mínima de inverno 2°CN
 cucumerinum K r +Mínima de inverno 2°C, exige uma boa ventilação, não deixar, por um tempo prolongado, gotas sobre a planta na fase de repouso. Prender a planta sobre uma casca, com as folhas para baixo e não mexer muito. A
EspécieTempReps.LuzObservaçõesOrigem
delacouriiKTR++Ventilação intensa, repouso frescoN
densiflorumKTR+Necessita um tempo de repouso maior; freqüentemente começa a crescer tarde mas depois o faz rapidamenteN
devonianumKTR+Pendurada, repouso fresco, muito atacado por ácaros, mínima de inverno 2°CN
dichaeoidesKTr+PenduradaG
dixanthumKTR++Pendurada, ventilação intensaN
draconisK(T)R++Ventilação intensaN
eriiflorumKTR+Mínima de inverno 5°CN
exileKTR++Ventilação intensaN
fairfaxii (teretifolium var fairfaxii)Kr+Pendurada, ventilação intensa, mínima de inverno 2°CA
falconeriKTR++Mínima de inverno 2°C, repouso frescoN
falcorostrumKr++Mínima de inverno 2°C, ventilação intensaA
farmeriKTr+Necessita um tempo de repouso maior até a floração. Mínima de inverno 6°CN
fimbriatumKTr++Mínima de inverno 6°CN
formosumKR++Mínima de inverno 6°CN
hasseltiiTr+Não deixar as plantas secarem totalmente na fase de repousoZ
hercoglossumTr+ N
heterocarpum (aureum)KTR++ NZP
infundibulumKTR++ N
jenkinsiiKR++Fase de repouso fresca, com muita luzN
 kingianum KT R ++Ventilação intensa; No outono (e inverno), colocar em um local claro, seco e coberto. Pouca ou nenhuma água. Mínima de inverno 2°C A
lawesiiTr+Mínima de inverno 10°C; não deixar as plantas secarem totalmente na fase de repouso 
lichenastrumKTr++ A
lindley (aggregatum)KTR++Fase de repouso fresca, com muita luz; Reiniciar as regas quando as hastes florais tiverem 3 cm.N
linguifrmeKTr++Fase de repouso frescaA
loddigesiiKTr+Fase de repouso fresca, com muita umidadeN
 longicornu KT r+/++Ventilação intensa; rebrotamento tardio, muita luz no inverno; repouso de inverno fresco. Mínima de inverno 2°C N
malvicolorKTr+Não deixar as plantas secarem totalmente na fase de repousoZ
moniliformeKTr++Mínima de inverno 2°CChina, Japão, Koreia
moschatumKTR++Pendurada; mínima de inverno 6°CN
nobileKTR++Ao ar livre, em pleno sol; mínima de inverno 6°CN
parishiiKT(W)R+Ventilação intensa; Fase de repouso frescaN
pendulum (crassinode)TR++Pendurada; Ventilação intensaN
pierardii   Ver aphyllum 
polysemaT(W)r+ G
primulinumKTR++Pendurada; mínima de inverno 2°CN
EspécieTempReps.LuzObservaçõesOrigem
pugioniformeKTr+Ventilação intensa; mínima de inverno 2°CA
pulchellumKTR++Ventilação intensaN
scabrilingueKTR++Repouso frescoN
schoeninumKTr++Umidade alta no invernoA
senileTr++Ventilação intensa; repouso fresco, com muita luz no inverno; Mínima de inverno 5°CN
setifoliumKTr++ Z
speciosumvar. speciosum
var. grandiflorum
var. hillii
 KT r ++Ventilação intensa; repouso fresco, com muita luz; mínima de inverno 2°C; reiniciar as regas quando os brotos novos tiverem 10 cm. A
striolatumKTr++Mínima de inverno 2°CA
teretifolium, v. tb. fairfaxiiKTr+Pendurada; ventilação intensa; mínima de inverno 2°CA
tetragonumKTr+Pendurada; cuidado com podridão de raízes ao usar cascas que se encharcam facilmenteA
thyrsiflorumKTR++Ventilação intensa;N
toressaeKTr+ A
transparensKTr++PenduradaN
unicum (arachnites)KTR++Manter em lugar quente no verão, no inverno frescoN
wardianumKTR++Mínima de inverno 2°CN
williamsoniiKTr++Mínima de inverno 6°CN
Grupo 2: Clima quente, sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
EspécieTempReps.LuzObservaçõesOrigem
Anosmum (superbum)(T)Wr+Pendurada; mínimo de inverno 2°CP,G,Z,N
 antennatum W 0 +Com um tempo de repouso de algumas semanas, pode-se favorecer a produção de flores; Mínimo de inverno 6°C G
atroviolaeumTWr+ G
biggibum(T)WR++Ventilação intensa; durante o inverno por 2 a 3 meses completamente seca; quando os brotos tiverem de 5 a 8 cm voltar a regar; mínimo de inverno 13°CA,G
canaliculatumWR++Durante o inverno por 3 a 4 meses bem seca; necessita muita luz para florir; as raízes necessitam muito ar, por isto colocar em placa; mínimo de inverno 15°CA,G
cruentumTWr+Mínima de inverno 15°CN
 crumenatum T(W) 0 ++Floresce depois de frio intenso (colocar algumas horas em água fria ou uma noite na geladeira); mínima de inverno 13°C a 15°C N, Z, P
deareiW0*++Mínima de inverno 15°CP
discolorWr++Ventilação intensa. Mínima de inverno 15°CA, G
distichumTWr+PenduradaP
epidendropsisTWr+Ventilação intensaZ,P, Japão
eximiumTWR*+Brotos novos apodrecem facilmente pela presença de água nas folhas; por esta razão, não pulverizarG
formosum, var. grandiflorumWR++Mínima de inverno 16°CN
gouldiiW0*++ G
insigneW0*++Floresce no inverno depois de brusca queda de temperatura de uns 5°CG
EspécieTempReps.LuzObservaçõesOrigem
johannisWR++Ventilação intensa; repouso seco prolongado. Mínima de inverno 15°CA,G
johnsoniaeWr*++ G
lamellatum(T)Wr+Período de repouso curto de 1 a 2 mesesN,Z,P
lasiantheraW0*+ G
leonisWO*+Mínima de inverno 15°CN,Z,P
leporinumW0*+ G
linealew0*++ G
lowiiT0*++ Z
macrophyllumW0*++ G
mirbellianumW0*++Eventualmente um curto repouso durante o invernoG,A
miyakei(T)W0*+ P
mutabileWr+ Z
pachyglossumTWr+ N
pachyphyllumTWr++ N,Z
pedunculatum    var. speciosumvar. pedunculatum W R ++Tempo de repouso prolongado (6 a 9 meses); nesse tempo conservar sob muita luz e completamente seca. A
phalaenopsisW0++Ventilação intensaA
planibulbeWr++Floresce depois de curto resfriamento de 5°CZ,P
rigidumWr++Ventilação intensaA,G
sanguinolentumWr++Curto e leve repouso no invernoZ,P
secundumKTW0*++ N,Z,P
smilliae(T)W0/r*++Mínima de inverno 15°CG,A
spectabileWr++Ventilação intensa. Mínima de inverno 13°CG
spuriumWr+Ventilação intensa; floresce depois de um brusco resfriamento de 5°C; Mínima de inverno 15°CZ,P,G
stratiodesW0++Mínima de inverno 15°CG
streblocerasW0++ Z
taurinumWR*++Mínima de inverno 15°CP
Grupo 3: Temperaturas frescas/temperadas, sempre com um alto teor de umidade sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
EspécieTempReps.LuzObservaçõesOrigem
aberransTr*+ G
amethystoglossumKTr*+Mínima de inverno 6°C; repouso fresco 4 a 6 mesesP
bullenianumK0*+Só deixar secar pouco entre as regas.P
cuthbersoniiK0*+Cresce melhor sobre sphagnum vivo; ventilação muito intensa.G
papilioKTr*+Floresce o ano todo; Não deixar a planta  secar totalmente, mesmo na fase de repousoP
rhodostictumTr*+Mínima de inverno 10°CG
sanderaeTr*+ P
uniflorumTr*+ P,Z
 victoriae-reginae KT r* +Umidade elevada e muito ar fresco; fase de crescimento na sombra ao ar livre; na fase de repouso regar menos e não deixar esfriar muito à noite (mínimo de 8°C); No final do inverno fornecer muita luz durante 3 semanas, para estimular a florada. P
6- Considerações finais dos autores do artigo
Um artigo como este, sempre está sujeito a críticas. Um orquidófilo pode estar tendo sucesso com um método de cultivo como o acima descrito, já o outro, não.
Pode-se mencionar pelo menos duas razões para isto:
1-     Cada orquidófilo tem as suas condições próprias de cultivo; sem mencionar que nem todos cultivam orquídeas na mesma cidade ou região.
2-     Nem todas as plantas da mesma espécie são iguais; Podem ser de regiões diferentes, de altitudes diferentes ou de climas diferentes. Com isto uma determinada espécie pode ter exigências diferentes conforme a sua origem.
Então este artigo foi inútil? Naturalmente não, se levarmos em conta estes 2 fatores.
Se o orquidófilo está tendo sucesso com a sua forma de cultivo atual não deve mudá-la, uma vez que, as suas plantas já se adaptaram ao seu modo de cultivo.
Pode-se, sim, fazer experiências com plantas com as quais não se está tendo sucesso esperado. Para este caso use as vantagens das informações deste artigo proporcionou. 
Bibliografia dos autores do original:
BAKER, M. L. & C.O BAKER (1996). – Orchid Species Culture-Dendrobium. – Timber Press, Portl­and, Oregon.
BECHTEL, H., P. CRIBB & E. LAUNERT (1992). – The manual of cultivated orchid species.
Bos, E.S. (2000). – Dendrobium nobile, hoe krijg ik die in bloei? – Orohideeên 1/2000, 8-10.
HAWKES, A.D. (1965). – Encyclopaedia of cultiva­ted orchids.
KENNER, G. (1998). (vertaald en bewerkt door ES. Bos). – Het kweken van Australische Den­drobiums. in: Orchideeën 6/1998, 116—118.
Orchideeën, Tijdsehrift Ned. Orch.Vereniging
SCHELPE, S. & J. STEWART (1990). – Dendrobiums, an introduction to the species in cultivation.
SCHUITEMAN, A. & E.F. de VOGEL (2001). – Orchids of New Guinea.
CD-ROM, Nationaal herbarium Nederland.
Internet
Jay’s Internet Orchid Species Encyclopedia, – www.orchidspecies.com
Phil’s Orchid Page, – www.geocities.com/orchidsnzculture
Andy’s Orchids, – www.andysorchids.com
Autores
Jan den HELD / De Wolzaklaan 6 / NL-7211 AR Eefde / Tinus STRIK / F. Boolstrat 5 / NL-7944 VZ Meppel
Observações do tradutor
Os autores, nas suas conclusões finais, foram bem claros: se um de nós está tendo sucesso com o seu modo de cultivo, deve continuar desta maneira. Lembrem-se do ditado bem conhecido de todos nós: “Em time que está vencendo não se deve mexer”.
Já se a cultura não está tendo o resultado esperado, um artigo como este pode ser de grande ajuda!
Informações sobre as condições do local de origem da planta que queremos cultivar são certamente o primeiro passo. Se esta espécie não se encontra em uma das listas deste artigo teremos que procurar em outra referência ou tentar cultivá-la como outras plantas da mesma região.
Para os orquidófilos que tem espécies de várias regiões fica naturalmente difícil satisfazer as exigências de todas as plantas. Em alguns casos, uma divisão da estufa de cultivo em várias zonas pode ser uma maneira, mas, certamente, não a mais fácil.
Já quem cultiva as plantas ao ar livre terá que procurar áreas onde o microclima seja melhor para esta ou aquela espécie. Aqueles que querem cultivar as plantas de clima quente (grupo 2) talvez tenham que estar mais atentos ao período frio da nossa região. O mesmo pode suceder ao contrário ao cultivar plantas de climas frios (grupo 3). Em dias muito quentes do nosso verão estas plantas poderão sofrer mais. Em alguns casos os autores sugerem intensificar as regas ou melhorar o sombreamento.
Alguns orquidófilos da Alemanha com quem conversei em agosto de 2006, informaram que tiveram um mês de julho totalmente atípico, com temperaturas de até 38°C, por várias semanas e, apesar de todos os cuidados, tiveram perdas em espécies de clima fresco. Algo parecido sucedeu no verão de 2003. Tenho inclusive fotos dos estragos!
Siegfried – 3.10.2006
 
Materia  captura na internet em 13/11/2014 http://sborquidea.wordpress.com/2010/02/11/cultivo-de-algumas-especies-de-dendrobium-2/