Floração Dezembro 2015
A Laelia purpurata Lindley & Paxton é uma espécie típica da Mata Atlântica, das regiões Sudeste e Sul do Brasil. Além disso, é a flor símbolo do Estado de Santa Catarina.
Sabe-se que nos idos de 1846, um francês François Devos, coletou alguns espécimes da Ilha de Santa Catarina (hoje Florianópolis). Daí, ela espalhou-se ràpidamente pelas coleções na Europa.
Foi somente em 1938, com a criação das primeiras sociedades orquidófilas (AJAO – Joinville/SC) que nasceu de fato o interesse pelo cultivo das orquídeas, em especial a Laelia purpurata. Tanto que até os dias de hoje ela é a rainha e o motivo principal da mais tradicional exposição de orquídeas de Santa Catarina – a Festa das Flores de Joinville, realizada sempre no mês de novembro, quando inicia a floradas das purpuratas.
As purpuratas apreciam uma umidade relativa do ar elevada, sendo entre as Laelias, uma das mais exigentes neste quesito. Outro fator importante no cultivo diz respeito às estações. A inexistência de frio, como acontece nos estados do Norte e Nordeste, comprometem muito as floradas. As plantas podem até vegetar bem, mas as floradas, quando ocorrem, apresentam poucas flores e de tamanho reduzido.
Toleram grande variação de temperatura em seus habitats, mas o ideal é cultivá-las em locais onde a temperatura varia de 15 a 32 graus centígrados, com intensa luminosidade, sem sol direto, como no cultivo das Cattleyas em geral.
Aqui em Santa Catarina, como no Rio Grande do Sul, as plantas vão bem em telados com sombreamento de 50% a 60%, em áreas bem ventiladas, recebendo a água da chuva. Nossa experiência de cultivo tem nos demonstrado que mesmo sob plástico, plantadas em vasos plásticos, com boa drenagem e irrigação farta as purpuratas crescem e florescem muito bem.
São plantas vigorosas, que praticamente nunca param de crescer, emitindo raízes novas mesmo nos meses de inverno.
O uso do Bokachi (adubo orgânico) mais adubo inorgânico de boa procedência com micro elementos devem ser utilizados, assim como a aplicação de Nitrocalcio a cada 2 ou 3 meses, dependendo do substrato utilizado, para corrigir aquelas folhas traseiras amareladas, muito comuns nestas orquídeas.
Novos substratos estão sendo testados e em breve daremos notícia dos resultados. Os gaúchos já usam há algum tempo a casca de pinus + carvão + saibro especial do Rio Grande, com sucesso.
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