sábado, 1 de setembro de 2012

Substratos para cultivo de orquídeas - Trabalho Científico

Pedra Brita
 Carvão
 
Esfagno
 
Turfa
 
Casca de Pinus
 
Fibra de Coco
 
 
 
 
A dúvida sobre qual o melhor substrato para o cultivo das orquídeas é um questionamento frequente em nosso cultivo.
Eu particularmente gosto da brita e casca de pinus, mas não descarto o esfagno para algumas plantas, e nem o carvão.
Por também sentir muitas dúvidas fui em busca de novidades sobre o assunto, tendo encontrado um trabalho acadêmico realizado no ano de 2010,  sobre substratos para cultivo, que considero de excelente qualidade.

Inicialmente agradeço aos autores Rafael Piovesan e Carolina Amaral Tavares por terem autorizado a publicação.
 
Rafael Piovesan (rfpiovesan@hotmail.com
Carolina Amaral Tavares da Silva Engenheira Agrônoma, M.Sc., Doutoranda em Agronomia/PGA (Produção Vegetal) UEM - Universidade Estadual de Maringá - karoltavares@yahoo.com.br
 
Avaliação de substratos para o cultivo de orquídeas
Resumo: Substratos são compostos orgânicos de origem vegetal que visam suprir as necessidades vitais da planta, tendo também função de suporte para a mesma.
Este trabalho teve como objetivo verificar o desenvolvimento de orquídeas em substratos (turfa e pedra, esfagno e carvão, acícula de pinus e o xaxim) no desenvolvimento do sistema radicular da orquídea Laelia tenebrosa.
O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e cinco repetições. Durante o período que as plantas foram observadas nenhuma delas apresentou alguma restrição quanto aos substratos testados, e ao termino do experimento concluiu-se que qualquer um dos substratos em estudos pode substituir o xaxim.
 
Introdução
 
A família Orchidaceae é uma das mais importantes do reino vegetal, compreendendo cerca de 35.000 anos. A espécie de orquídea Laelia tenebrosa (Rolfe) Rolfe é composta por três sépalas e pétalas (porém uma diferenciada, constituindo o labelo) e uma coluna, que aloja os elementos reprodutores (Campos, 2002).
De maneira geral as orquídeas compartilham caracteristicas exclusivas marcantes. São plantas herbáceas perenes, terrestres, rupicolas ou epifitas, rizomatosas ou caulescentes,freqüentemente com pseudobulbos, as vezes trepadeiras. Folhas alternas, raramente opostas ou verticiladas, simples, inteiras, elipticas, ovadas ou lineares, mais ou menos suculentas ou coriáceas, em pequeno número, as vezes ausentes. Flores isoladas ou inflorescências em panículas, racemos ou espigas. Flores hermafroditas, raramente unissexuais, zigomorfas. Perigônio corolino, composto por seis tépalas, as três externas pouco diferenciadas entre si, sendo que das três internas, duas são iguais e a outra, mediana, chamado labelo, é mais desenvolvida e diferente; o labelo pode ser lobado, frenjado, com esporao ou parcialmente soldado a coluna (Vidal e Vidal, 2000).
O fato de as orquídeas serem perenes, ou seja, permanentes, não requerem uma renovação muito grande e rápida para garantir sua existência em nosso planeta. Quando cultivada pelo homem, o qual consegue, através da utilização de métodos assimbióticos e,assim, criar uma atmosfera quase perfeita para o desenvolvimento das plantas, cada semente possui grandes chances de germinar (Renda e Gutfreund,1991).
Em sua maioria, orquídeas não toleram quantidades excessivas de nutrientes e água em demasia, mas geralmente gostam da presença de substrato rico e úmido. Por este motivo, os vasos jamais devem ficar sobre pratinhos que retém água, sob pena de intoxicar as raízes e matar a planta.
O substrato mais conhecido e utilizado com maior freqüência no cultivo de orquídeas sempre foi o xaxim (DICKSONIA sellowiana) devido sua capacidade de promover um excelente meio de sobrevivência para as orquídeas, pois proporciona para o sistema radicular, a aeração perfeita e uma concentração ideal de nutrientes, que ficam agregados por mais tempo nele (Neves, 2008).
Devido o xaxim estar na lista de espécies de plantas em perigo de extinção, autoridades ambientais brasileiras estão adotando medidas para inibir a utilização dos derivados do mesmo. No Brasil, desde janeiro de 2003, colocou-se em prática uma lei que proíbe a comercialização de qualquer produto feito de xaxim. Outros países também estão seguindo este caminho e, daqui a um tempo, os tão comuns vasos e placas desse material tendem a rarear no mercado. Como o xaxim é o substrato mais usado para orquídeas, cultivadores de todo o Brasil estão testando alternativas para substituí-lo (Neves, 2008).
Existem certos pré-requisitos para um substrato substituir com eficiência o xaxim, como reter bem os nutrientes depois de cada adubação para liberá-lo aos poucos; ser facilmente encontrado no mercado; não possuir substâncias que sejam tóxicas para a planta; sustentar a planta com firmeza; permitir boa aeração para raízes; reter água na quantidade ideal, sem encharcar, manter o pH equilibrado; durar de 2 a 3 anos, pelo menos (Neves, 2008).
Como é difícil encontrar uma opção que reúna todas estas características, a solução é unir um substrato que retenha muita umidade com outro que retenha pouca umidade. Assim, é mais fácil produzir um equilíbrio para a planta. Alguns substratos podem ser hoje utilizados como opção para substituir o xaxim, porém ainda não há muitos estudos que comprovem a qualidade dos mesmos para o melhor desenvolvimento de orquídeas.
O carvão comum, igual ao de churrasqueira, sempre deve ser novo, pois os que já foram usados prejudicam a planta. Apresenta como vantagens sua ótima utilização em clima úmido. Já em locais de clima seco, deve ser acompanhado de outro substrato que retenha umidade e como desvantagens, necessita de adubações mais freqüentes. É muito leve, não segura a planta e, em razão de sua porosidade, tende a acumular sais minerais. Por isso,
precisa de regas freqüentes com água pura. O carvão vegetal muitas vezes é fabricado a partir do corte de árvores de matas naturais, o que incentiva a devastação de florestas. Por último, o manuseio do carvão suja as mãos. (Neves, 2008)
Segundo Neves (2008), a casca de Pinus é a casca da árvore da espécie Pinus elliotti, como vantagens é fácil de ser encontrado e retém adubo e desvantagens, possui excesso de tanino e se decompõe muito rápido. Também quebra com facilidade e não fixa bem a planta no vaso, necessitando para isso de um tutor.
A pedra brita, também utilizada em construções, é facilmente encontrada e ajuda no enraizamento das plantas, porém retém sais dos adubos e queimam as pontas das raízes de algumas espécies. Por esse fato, o recomendado é que seja utilizada em conjunto com outro substrato, o que garante um melhor desenvolvimento radicular das espécies.
O esfagno é um musgo retirado da beira dos rios, usado para cultivar mudas de orquídeas a partir de sementes. Apesar de ser encontrado em lojas especializadas, sua coleta é proibida pelo IBAMA e ainda não há cultivadores desse tipo de substrato no Brasil (Neves,2008)
A turfa é um material de origem vegetal, parcialmente decomposto, encontrado em camadas, geralmente em regiões pantanosas e também sobre montanhas (turfa de altitude). É formada principalmente por Sphagnum (esfagno, grupo de musgos) e Hypnum, mas também de juncos, árvores, etc. Sob condições geológicas adequadas, transformam-se em carvão,através de emanações de metano vindo das profundezas da e preservação em ambiente anóxico.
Dentro do exposto, o presente trabalho objetivou avaliar substratos para o cultivo de orquídeas.
Material e Métodos
O experimento foi conduzido em casa de vegetação, no orquidário de propriedade de Dona Eliza Schimdt, localizado na Linha Pérola Independente na cidade de Maripá - PR, no período de maio a outubro de 2008. Coordenadas geográficas são 53º44’00.24” Oeste e 24º30’27.41”Sul e 322 metros de altitude.
As orquídeas utilizadas foram da espécie Laelia tenebrosa, cultivadas sobre bancadas em vasos plásticos. As plantas foram selecionadas contendo tamanhos semelhantes, as raízes foram cortadas com aproximadamente 2 cm de comprimento, com tesoura esterilizada e acondicionadas nos vasos com o substrato.
O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos foram compostos pelos substratos, turfa e pedra, esfagno e carvão, acícula de pinus e o xaxim.
Os substratos foram selecionados e lavados com água corrente, para retirada de impurezas presentes nos mesmos. Após a lavagem os substratos foram depositados nos vasos para servirem de suporte e fonte de sobrevivência para as orquídeas.
As análises estatísticas foram realizadas através do programa estatístico Sisvar. A comparação entre as médias dos tratamentos foi realizada com a aplicação do teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
 
Resultados e Discussão
Os dados referentes às avaliações dos substratos para o cultivo de orquídeas, indicando que não houve diferença estatística ao nível de 5% de significância entre os tratamentos analisados.
As orquídeas cultivadas apresentaram sistema radicular vigoroso e abundante, indicando que o esfágno, turfas, casca de pinus, carvão e pedra brita, proporciona boa aeração às raízes de Laelia tenebrosa. Segundo Demattê e Demattê (1996), os substratos que não possuem uma boa aeração tendem a limitar o desenvolvimento radicular.
Assis et al. (2008) realizaram um estudo envolvendo cultivo de orquídeas com substrato a base de coco, e verificaram que em relação à parte aérea, o crescimento das mudas cultivadas nos substratos de coco em pó e na mistura de coco desfibrado + coco em pó foi semelhante ao das cultivadas em xaxim indicando o potencial desses substratos em substituição ao xaxim.
É importante salientar, que não foram observados sintomas de ataque de doenças, pragas e deficiências nutricionais até a data das avaliações, demonstrando que os substratos utilizados foram eficientes em nutrir e estabelecer as plantas nas condições testadas. Além disso, houve 100% de sobrevivência dessas orquídeas, independente do substrato utilizado.
 
Conclusão
 
Os substratos avaliados em substituição do xaxim, não causaram alterações no desenvolvimento radicular das orquídeas, assim todos podem ser utilizados para produção de orquídeas.
 
 
 
Referências
ASSIS, A. M.; FARIA, R. T.; UNEMOTO, L. K.; COLOMBO, L. A. Cultivo de Oncidium baueri Lindley (Orchidaceae) em substratos a base de coco. Ciência e agrotecnologia, Lavras, v.32, n.3, p. 981-985, 2008.
CAMPOS, D.M. Orquídeas: Micropropagação e quimioterapia de meristemas. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 2002.
DEMATTÊ, J.B.; DEMATTÊ, M.E.S.P. Estudos hídricos com substratos vegetais para o cultivo de orquídeas epífitas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 31, n. 11, p. 803-808, 1996.
NEVES, J. P. Muito além do xaxim. Disponível em <http://www.aorquidea.com.br/arq19.html> Acesso em 14 out. 2008.
RENDA, P.; GUTFREUND, S. Revista Coisas de Jardim Especial, São Paulo: Canaã,1991.
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Taxonomia Vegetal. Viçosa: UFV, 2000.
 
Para leitura do texto original click aqui:

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Colmanara wild cat






Colmanara Wildcat
floração julho/2012
foto, cultivo e propriedade MGLORIAM
 
Primeiras floradas no novo orquidário. que venham muitas. Para saber mais click no link abaixo: 
 
http://orquidariorecreio.blogspot.com.br/search/label/Colmanara%20Wildcat

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Phaphilopedium leenen





 foto e cultivo MGM
Floração julho/agosto-2012

As fotos não são das melhores, mas não podia deixar de postar a florada deste ano que viram com 2 flores em cada haste, num total de 6 sapatinhos lindos.
A planta vegeta ao nível do mar, com temperatura variando entre 19º a 41º, durante o ano.
Para saber mais click no link abaixo:

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Construção do ORQUIDARIO

A construção do orquidario começou com a escolha do local. Procurei observar a posição do sol no inverno, na primavera e no verão; a ventilação; a umidade e a incidência dos ventos do quadrante sul .
 O local foi escolhido (foto 1, 2 e 3).
foto 1
foto 2
foto 3

A vegetação da área foi totalmente preservada, com o manejo da grama e da árvore de boldo que foram replantadas no jardim. 
A  escada de pedra existente serve de  acesso para o orquidário.
foto 4

As colunas foram feitas de massaranduba. Para a  fixação foram colocados tubos de PVC com 100 mm de diâmetros  que foram enterrados com 40 cm  de profundidade e dentro deles colocados os saibros com concreto.
Para o piso foi utilizada areia e por  cima brita 2, que foi escolhida por reter mais umidade.
Não foi feito dreno, pois foi mantido o declive original do terreno.
foto 5
foto 6
foto 7
foto 8
foto 9
foto 10
foto 11
foto 12
foto 13
foto 14

A estrutura foi fixada com parafusos e porcas, para que a medida que a madeira for secando a estrutura poderá ser ajusta.
Para a cobertura, foram feitas duas estruturas de madeira, com altura entre elas de 30 cm, sob a superior foi fixada a tela se sombreamento, mais resistente que o sombrite convencional. Por baixo do sombrite, na segunda estrutura colocamos o plástico agricola de 150 micras.

foto 15

Todo o orquidário foi fechado com a mesma tela de sombreamento, não possuindo emendas. 
foto 16

foto 17
foto 18

foto 19

foto 20
Altura: -+ 4,00m
Área total: 12m2
Capacidade para 200 plantas.

Bom, espero que as fotos sejam úteis e sirvam de exemplo para construção de orquidários.

Se voce precisar copiar as fotos fique a vontade, mas se for para republicar solicito que seja indicado a propriedade e autoria de MGloriaM, bem como um link para o blog.

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Revista Arquitetura & Construção - out/95 e out/98, traz as seguintes dicas de construção para um orquidário:
O cultivo de orquídeas exige um ambiente adequado. Para quem está iniciando, os viveiros são mais recomendados. Para sua construção, o primeiro passo é a escolha do lugar, procurando um canto ensolarado e protegido de ventos. O ideal é que a fachada principal esteja voltada para a face Norte (no hemisfério Sul), o que garante melhor luminosidade e proteção do vento sul. A cobertura também deve inclinar-se nesse sentido, para facilitar o escoamento da chuva. A estrutura é feita geralmente de concreto ou madeira tratada. Sobre quatro pilares assentam-se as vigas no sentido Norte-Sul, e, sobre elas, os caibros, no sentido Leste-Oeste. É também possível usar um ripado, onde as ripas deverão ser colocadas no sentido Norte-Sul, para impedir a incidência direta do sol. Há diversas opções para a montagem da cobertura e das laterais, desde o ripado até a tela de nylon. O importante é manter um nível de sombreamento de 50 a 70%, que pode ser conseguido com o uso de tela plástica tipo Sombrite. Este espaço deverá abrigar orquídeas que precisam de diferentes quantidades de luz. Portanto, plantas que gostam de muito sol ficarão suspensas junto ao teto, fazendo sombra sobre as bancadas planejadas para abrigar as plantas mais sensíveis. Peças de madeira devem receber duas demãos de verniz com filtro solar. Para evitar a proliferação de pragas, devem ser limpas e envernizadas periodicamente. Uma vez por mês, as pedras do solo devem ser desinfetadas com uma solução de sopa de cloro e água .

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Uma das primeiras dúvidas que surge quando decidimos iniciar uma coleção de orquídeas diz respeito ao ambiente propício ao seu cultivo. Se você não dispõe de espaço externo, com alguns cuidados pode cultivar suas orquídeas dentro de casa ou até no apartamento, é só construir prateleiras junto a janelas bem iluminadas, protegidas no lado de fora por uma tela, para que os vasos recebam sol filtrado.
Mas se você possui espaço disponível no quintal, um orquidário é sem duvida a melhor opção para suas orquídeas. Apesar de parecer difícil, ou caro, é possível construir um orquidário eficiente a um custo relativamente baixo. Preparamos algumas dicas de construção e funcionamento do orquidário, que irão facilitar sua empreitada.
Primeiro passo: Escolha o local.
Um dos aspectos mais importantes para o sucesso de seu orquidário, independentemente do tamanho ou de suas características, é a iluminação. Para garantir uma iluminação adequada é importante escolher um local que receba o sol da manhã.
Segundo passo: Determine o tamanho
Ao contrário do que possa parecer, nem sempre construir o maior orquidário possível é o ideal. Para a saúde de suas plantas, o local deve ser mantido sempre limpo e livre de insetos e pragas, portanto, quanto maior, mais trabalho você terá. Tenha em mente que considerando-se um espaço médio de aproximadamente 4×5 metros é possível montar um orquidário com capacidade para acomodar até 200 orquídeas. Imagine o tamanho aproximado que sua coleção terá e atenha-se a ele.
Terceiro passo: Escolha a cobertura.
Num clima como o nosso, uma boa solução é construir a cobertura com ripados de madeira, bambu ou telhas, de modo que os raios solares sejam filtrados, proporcionando luz na medida certa. No mercado há ainda o sombrite, uma tela especial para proteger as plantas do sol excessivo. Esse material chega a filtrar 70% dos raios solares, criando uma atmosfera ideal para a maioria das orquídeas, já que deixa os ambientes bem ventilados e protegidos tanto do sol como de insetos e outros animais, além de ser mais barato que a madeira.
Quarto passo: Construa um espaço com condições diversificadas.
Lembre-se, nem todas as orquídeas são iguais e, portanto, necessitam de condições diferentes. Para que todas encontrem as condições perfeitas para seu desenvolvimento, construa seu orquidário com a possibilidade de explorar diferentes espaços. Os exemplares maiores, que necessitam de bastante aeração junto às raízes, podem ficar pendurados, para isso pense em caibros mais resistente. Uma bancada ou prateleira central é um bom lugar para as mudas recém plantadas ou em fase de crescimento. Na parte de baixo, apoiadas em blocos, podem ficar as espécies que gostam de mais sombra, como os cimbídios.




sexta-feira, 27 de julho de 2012

Cymbidium "bina"







Planta e foto propriedade de MGloriaM
Floração 23/07/2012

Planta cultivada embaixo de uma pitangueira, em vaso plástico com substrato de pinus, adubada com osmocote trimestralmente e NPK 10-10-10 quinzenalmente.

Originários da Ásia e da Austrália, os Cymbidium espécie são raramente vistos por aqui. Os híbridos, entretanto, aparecem em grande quantidade, e podemos encontrar uma grande variedade de cores e tons. Temos Cymbidium amarelo, vermelho, rosa, verde, branco, laranja etc., em tons claros e escuros, concolores ou com o labelo constratando, enfim, cores para satisfazer a todos os gostos.
As hastes são em geral eretas, com muitas flores e possuem normalmente grande durabilidade. È comum às flores de Cymbidium durarem mais de um mês, chegando em alguns casos a quase dois meses. Mesmo quando cortadas e utilizadas em arranjos, as flores chegam a durar mais de um mês, sem nenhum cuidado especial.
Sua época de floração é também um grande atrativo, já que gostam de frio e possuem o auge da floração entre outono e o Inverno, período em que diminui bastante a quantidade de Orquídeas floridas.
Como se não bastassem os atrativo, já enumerados, os Cymbidium são ainda Orquídeas que podem ser cultivadas tanto em vasos quanto em jardins.
Cultivo:
Como já dissemos antes, os Cymbidium podem ser cultivados em vasos ou no jardim. Por possuírem um sistema radicular bastante desenvolvido, quando mantidos em vaso devem ser replantados a cada dois anos, antes que as raízes comecem a definhar por falta de espaço.
O substrato ideal deve ser leve, bem arejado e rico em material orgânico. Pode ser composto por misturas de fibras de coco, casca de pinus tratada, areia grossa ou pedrisco e adubo orgânico. É comum ver Cymbidium sendo cultivado apenas em pedra britada ou então em bolinhas de argila expandida. Nestes casos, a adubação deve ser bem rica e freqüente.
Para uma boa floração, é necessário que a planta desenvolva anteriormente pseudobulbos fortes e saudáveis. Para isso, devemos eliminar parte dos brotos das plantas, permitindo que cada pseudobulbo dianteiro desenvolva apenas um ou dois brotos.
A rega deve ser abundante no período de crescimento da planta, e reduzida durante a floração. As plantas devem ser cultivadas em locais bem iluminados, podendo inclusive receber sol direto em boa parte do dia. Entretanto, as hastes florais dos Cymbidium costumam sofrer com o calor excessivo ou se estiverem expostas ao sol forte e direto, sendo, portanto, recomendável que a planta seja protegida em dias mais quentes no período da floração.
São plantas que em geral não sofrem com o frio mesmo mais intenso, mas devem, entretanto ser protegidas de possíveis geadas.
Por gostarem de frio, em regiões mais quentes podem apresentar dificuldade de florir. Caso isto ocorra, podemos tentar induzir a floração regando as plantas todas às noites por uma semana seguida no final do Verão ou inicio do outono com água gelada. Pratica semelhante é utilizada por produtores que costumam levar as plantas por alguns dias para regiões de maior altitude e clima mais frio, obtendo com isso uma melhor floração, e podendo com isso inclusive adiantar ou atrasar a época de floração das plantas.
http://www.orquidariooriental.com.br/oorquidario.asp

Outra dica de Cultivo:

Seu plantio pode ser feito em jardins ou em vasos com substrato bem arejado e rico em materiais orgânicos (pinus e fibra de coco). Por ser uma planta de crescimento rápido, é aconselhável replanta-las a cada 2 anos.
O Cymbidium tem necessidade de bastante luz durante o dia, ventilação e temperaturas amenas a noite, por isso o cultivo dentro de casa é meio que inviável.
Por serem plantas de clima frio, elas se adaptam com maior facilidade as regiões sul e sudeste. Mas se você é da região Norte, Nordeste ou Centro- Oeste não fiquei triste, há como cultivas "as belas" por aqui também. Pra isso é necessário oferecer uma diferença climática entre frio e calor.
Para florescer é necessário que durante o dia ela receba bastante luminosidade "indireta" (Se você deixar a planta sob o sol pleno, irá causar queimadura nas suas folhas), e a noite deixa-lá tomando o sereno/garoa da madrugada.
Como na maioria das regiões que citei acima essa combinação é meio complicada, fica a dica de várias pessoas com que conversei.
Nas regiões que essas condições são quase ou totalmente nulas, torna-se necessário simular essa diferença climática. O sol nos temos de sobra. Então a dica é pra noite, onde você pode estar borrifando água gelada, além de coloca-lá em um ambiente mais úmido. Há quem diga também que colocar pedras de gelo na borda dos vasos sob o substrato também funcione, só tome cuidado para que as pedras de gelo não toque os bulbos da planta.

Essa odisseia só deve começar uns 3 a 4 meses antes da época da floração o que no Brasil ocorre entre o outono e o inverno. Que fique claro que tudo isso não dispensa a necessidade de uma adubação rígida com um NPK e um adubo orgânico.
http://orquideas-ago.blogspot.com.br/2010/12/dica-de-cultivo-cymbidium.html

Visite o site da Sociedade America de Cymbidiuns.
http://www.cymbidium.org/cymbidium.html

Ps.: Tão logo fotografe a florada com máquina adequada substituirei as fotos atuais. Peço desculpas pela qualidade das fotos postadas.

sábado, 21 de julho de 2012

Denphal exótico




foto e planta - propriedade de MGloriaM
Mais um ano de bela florada, desta vez 2 grandes hastes. A foto não ficou muito boa, por isso, deixo o link da floração de 2011 e as dicas da forma de cultivo.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Cattleya Eldorado





 Este exemplar adquiri no Orquidário Bom Senhor, pretendo acompanhar seu desenvolvimento em clima de altitude, mesmo sabendo que é de clima quente. Como tenho obtido algum sucesso com as vandas, quem sabe consigo também coma C. eldorado. Vou tentar.
Abaixo posto algumas informações a respeito desta espécie. 
O verdadeiro ouro da Amazônia: Cattleya eldorado Linden!!!



Não é a toa que as primeiras plantas da referida espécie (Cattleya eldorado) comprovadamente apareceram na Europa, em 1866, precisamente na firma Linden, na Bélgica. Fato este, cabível aos “barões do período áureo da borracha”, quando apenas nobrezas tinham o privilégio de possuir plantas exclusivas distintas das demais, por possuírem a cor contrastante do labelo ‘amarelo ouro’ e a lendária história que circundava por traz de seu nome ‘eldorado’.


A cor do interior do labelo, da C. eldorado é magnífica e quem a classificou, com certeza ouviu falar muito do mito da ‘lendária cidade de ouro’ que a grande Amazônia escondia. A mesma terra que prometia riquezas fabulosas, enterrou muitos aventureiros em que nela se arriscavam em busca do famoso “Eldorado”. Não é a toa que a espécie levou em seu nome a homenagem de toda essa riqueza, que certamente se traduz no desabrochar de uma flor da espécie. Rudolf Richter, conhecido como “O caçador de orquídeas”, em 1932 desbravou a Hiléia amazônica, considerada por ele o local das orquídeas mais belas (protegidas por cobras, insetos venenosos e espinhos), estava sempre em busca de espécimes raras, coletou e mandou grandes remessas de plantas que iriam embelezar orquidários do Brasil e de meio mundo, incluindo em sua bagagem até então a rara e famosa C. eldorado.


É uma espécie de Cattleya unifoliada, da seção labiatoide, com pseudobulbos semi-achatados oblongos elípticos, com folhas apicais também oblongas elípticas, de rara beleza e delicadeza, porém pouco vista entre colecionadores. Existem muitas diferenças entre as próprias variedades, algumas apresentam dentro do labelo o tom alaranjado, verde oliva (raríssima), e amarelo brilhante que é o normal. As cores das flores variam desde o tom claro ao escuro, sempre com alguma característica diferente tanto nas sépalas, pétalas e labelo, tendo muitas variedades como; Tipo, Alba, Semi-alba, Concolor, Coerulea, Venosa, Orlata, Pincelada, Aquinada, Flamea, Rubra, Aquinii, Albescens, Amoena, Punctata e Amesiana, e ainda há outras variantes em fase de classificação. É uma espécie com um numero enorme de variedades que diferenciam em sua forma de coloração e tamanho. Muitos dizem que “cada planta é uma planta única”.


FLORAÇÃO E HABITAT



Florescem normalmente no final do mês de dezembro, janeiro estendendo-se algumas vezes até fevereiro. O habitat é uma peculiaridade da espécie. Vegeta em áreas restritas, próximas a Manaus, Amazônia, às margens do Rio Negro, tendo como limite o ‘encontro das águas’, e a cidade de Barcelos (alto Rio Negro), sempre vegetando em áreas de campinas e campinaranas, porém não sendo raro, podem ser encontradas em igapós. Os limites de vegetação na ‘terra firme’ vão desde o perímetro territorial de Manaus, Presidente Figueiredo, Novo Airão, estendendo-se até Barcelos. Há necessidade de realizar um estudo aprofundado das áreas de proliferação da espécie, visto que pode ocorrer até na área do Rio Preto da Eva e Manacapuru devido às características do solo ser arenoso. É raro avistar plantas rupícolas, vegetam normalmente de forma epífita, sempre em vegetação baixa e geralmente bem aberta. Campinas e campinaranas possuem solo bastante arenoso onde a característica da vegetação local é baixa e lembra as arvores do cerrado brasileiro, o aspecto dos galhos dessas árvores são retorcidos e bastantes robustos, aqui nesse caso a principal árvore que hospeda a C. eldorado é o ‘macuco’ ( Aldina heterophylla ) e esses focos de vegetação onde ocorre a espécie da arvore, são geralmente encontradas próximas a igarapés de água escura. Existe uma forte correlação entre a ocorrência desse tipo de árvore e a existência de plantas C. eldorado. A vegetação de ocorrência da C. eldorado é aberta e varia entre 40 e 60% de luminosidade não sendo raro encontrar plantas mais baixas próximas do chão recebendo menos luz. Os habitat são sempre bem ventilados tanto na beira de rios (igapós) como no interior das campinas e campinaranas, apresentam precipitação pluviométrica bem distribuída ao longo do ano, observando que as raízes da planta nunca ficam encharcadas, porém pode-se observar o crescimento das raízes sobre musgos, os quais retêm água. A umidade do ar pode oscilar entre 55 e 75 % em dias normais, exceto no período chuvoso (inverno) que vai do mês de dezembro até julho no qual a umidade se mantem acima de 75 %, de agosto a novembro é considerado como período de seca (verão), porém na região amazônica nunca fica sem chuvas temporãs.

Aspecto do principal hospedeiro ("Macuco")



fonte:http://www.orquidariocuiaba.com.br/fichas-de-orquideas/o-verdadeiro-ouro-da-amazonia-cattleya-eldorado-linden/