segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Rodriguezia venusta



Essa espécie é uma daquelas que eu não tenho a menor idéia de como cultiva, então, amarrei na árvore (com meia calça) que fica dentro da jardineira  (na varanda), acho que ela gostou e me presenteou com duas hastes floridas.
Floração iniciada em 3 de Janeiro de 2011, com duas hastes a da esquerda com 5 flores e a da frente  com 8 flores.

Rodriguezia venusta.Espécie que vive nas matas do litoral brasileiro, de Pernambuco ao Rio Grande do Sul. Pseudobulbos compridos sustentando duas a três folhas estreitas e coriáceas de 15 cm de comprimento a de cor verde-claro. Flores muito perfumadas que formam graciosos racimos recurvados. Pétalas e sépalas de cor branco-leitosa, labelo bem encrespado dotado de mácula amarela. É altamente decorativa. Floresce em outubro e Novembro.
Rodriguezia: gênero classificado por Ruiz e Pavón, em 1794. Nome dado em homenagem a Manoel Rodrigues, botânico espanhol e contemporâneo dos exploradores Ruiz e Pavón. Encontra-se na subfamília Yonopsideae. Gênero de pequenas plantas que vegetam da Costa Rica até o Brasil e o Peru. Tem 30 espécies e são epífitas.

Pelo que pesquisei e observei elas gostam de sombra e água fresca.
A minha fica no galho fino da árvore recebe luminosidade em torno de 30%, local bastante úmido em função da terra do vaso onde a árvore está plantada.
A adubação segue a mesma das outras, fish fértil quinzenal, superthrive (1 gota em 4 litros de água) 1 vez por mês.
Como mencionei antes, estamos nos conhecendo.
Floração seria entre Outubro e Novembro, pelo visto a minha  atrasou.

Fontes:

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Laelia lobata - espécie em extinção

Foto capturada no Orq. 4 Estações

Quando iniciei meio cultivo, tive necessidade, como ainda tenho, de pesquisar a respeito de seus hábitos, para tentar oferecer um cultivo um pouco semelhante daquele onde à espécie vive.
À medida que ia pesquisando, descobri que muitas se encontram extinta, em extinção ou vulnerável, por acaso descobri que a espécie genuinamente CARIOCA (Laelia lobata)  é uma das catalogadas como em severa extinção.
 “A Laelia lobata  é uma orquídea típica da Mata Atlântica, mas vive no meio de uma cidade com mais de 6 milhões de habitantes. Como o Rio de Janeiro abraçou os morros onde se entrincheira, ela resiste ao avanço da selva urbana pendurando-se no granito da Pedra da Gávea, do Morro Dois Irmãos e do Pão de Açúcar. Não existe senão nesses três lugares, de preferência pendurada sobre abismos, agarrando-se em frinchas da rocha nua que só urubus e montanhistas costumam ver de perto. Até a década de 1930, ainda se enxergava lá de baixo sua floração tingir o Pão de Açúcar de manchas rosadas na entrada do verão. E até hoje a Pedra da Gávea guarda lembranças de seu passado de planta epífita, gravado nos troncos das árvores por vestígios de raízes e as marcas dos facões que as arrancaram. Como outros sobreviventes dos morros cariocas, tornando-se rupícola ela conseguiu se virar. O que sobrou na cidade dessa orquídea para lá de endêmica, está ali porque foi até agora “protegido pela própria sorte”.

A BIODIVERSITAS.ORG em seu relatório menciona que:
Sophronitis lobata - (Lindl.) Van den Berg & M.W.Chase
Grupo: Monocotiledôneas
Família: Orchidaceae
Categoria de Ameaça: CR - Criticamente em perigo
Critério IUCN: B2ab(iv,v)
Justificativa: Área de ocupação estimada menor que 10 km², e estimativas que indicam estar severamente fragmentada ou conhecida em uma localidade, declínio contínuo observado, inferido ou projetado em número de localidades ou subpopulações e em número de indivíduos maduros.
Conhecida atualmente só de duas localidades, sendo praticamente extinta em uma delas, e ainda procurada intensamente por coletores, além de seu habitat se encontrar dentro da zona urbana da cidade do Rio de Janeiro. Esta Espécie foi originalmente descrita em 1848. Além disso, provavelmente é a orquídea ameaçada mais bem conhecida do país, as duas localidades exatas aonde esta planta ocorre são conhecidas e estão a poucos quilômetros de distância (Pão de Açúcar e Pedra da Gávea). Na primeira restaram pouquíssimos indivíduos, e ocorrerá extinção local se não for feito um programa de conservação. Estão sendo feitos no momento estudos de variabilidade genética, polinização, reprodução ex-situ, que indicam que o tamanho efetivo populacional é ainda mais reduzido do que o número de indivíduos no campo. Esta planta está praticamente extinta no costão do Pão de Açúcar, restando portanto apenas na pedra da Gávea. Necessita de ação de manejo urgente para evitar passar para o status "extinta na natureza".

Em minhas pesquisas, descobri que o Rotary Club do Flamengo no Rio de Janeiro esta unindo esforços para a preservação da espécie, pelo visto a situação está cada vez pior, apesar da luta desenvolvida por vários grupos, ainda há muito o que fazer.
Uma lástima perder a beleza desta flor.
Para os que pensam em tentar salvar pelo menos um exemplar, adquirindo de orquidário comercial confiável, deixo aqui  o site do Orquidário onde poderão consultar a forma de cultivo:
http://www.orquidario.org/plantames/nov04/nov04page.htm

DICAS:
1) Vale a pena visitar o site da BIODIVERSITAS para e conhecer a situação real de nossas espécies em extinção e o site ECO onde Marcos Sá Correa escreve a respeito, com o titulo: “Nove orquídeas e um destino”.
2)Para ter uma idéia do habitat da Laelia lobata visite o site abaixo, capturado através de pesquisa:
 http://interata.squarespace.com/jornal-de-viagem/2007/5/13/rio-de-janeiro-o-po-de-acucar-minha-alma-canta.html?lastPage=true#comment11056927

Fonte:


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

CULTIVO - NOÇÕES BÁSICAS

Hibrido de Guarianthe (Cattleya) Aurantiaca


Há cinco fatores que influenciam no crescimento e desenvolvimento das orquídeas: água, luminosidade (artificial ou natural), temperatura, ventilação e adubação. Qualquer alteração de um desses fatores modifica a correlação entre eles e causa modificações no metabolismo da planta. Portanto, requerem cuidado especial, para melhores resultados.
Luz
A exposição direta à luz solar causa queimaduras nas folhas da maioria das orquídeas. A condição de iluminação mais recomendada é a de 50 a 70% de sombra, que é obtida ao cultivar as orquídeas sob árvores, telados ou ripados. Varandas ou áreas de serviço de apartamentos também são bons locais, mas é preciso cuidado, nesses casos, para que as orquídeas recebam o sol da manhã.
Crescimento

Quase todas as orquídeas têm uma fase de crescimento e uma fase de repouso.

A fase inicial de crescimento se caracteriza pela aparição do broto e das raízes.

É impossível estabelecer uma regra única para o cultivo de todas as orquídeas, mas a luminosidade, a temperatura, rega e adubação são fundamentais para o sucesso.
TEMPERATURA
A maioria das orquídeas toleram variações de temperatura entre 10o a 40o C, mas a temperatura ideal fica em torno de 25 graus, mesmo assim, aqui no Rio de Janeiro no verão e veranicos possuímos lindas plantas.
VENTILAÇÃO E UMIDADE
Por serem plantas epífitas - possuem raízes aéreas, as orquídeas suportam bem uma brisa suave e contínua, mas devem-se evitar ventos fortes e canalizados. Ainda por sua característica epífita, as orquídeas preferem mais a falta, ao excesso de água junto às raízes.
As regas devem ser feitas apenas quando o substrato estiver seco. Ao regar, uma boa medida é deixar a água escorrer pelo fundo do vaso. Outro detalhe: as orquídeas são plantas adaptadas às condições de umidade do ar relativamente elevadas. Em regiões mais secas, recomenda-se borrifá-las com água periodicamente.
Mais uma vez, o que deve prevalecer é sempre o bom senso: para ter sucesso no cultivo de orquídeas, os excessos devem ser evitados. Apesar de gostar de umidade, ventilação e claridade, as orquídeas não suportam ficar expostas diretamente ao vento, sol e chuva. Em jardim elas vão crescer sadias sob as árvores ou até fixadas nos troncos
REGA
Para termos uma idéia do período entre uma rega e outra, vamos fazer de conta que a planta (Orquídea) está em seu habitat natural grudada com suas raízes em cascas de árvores. Assim, após uma chuva torrencial os ventos sopram e as raízes secam. Usando estes princípios, a planta no vaso não pode ficar com as raízes encharcadas, pois apodreceriam, dai um espaço seco entre uma rega e outra. Em regra gerais, a rega deve ser feita pela manhã.
Uma boa maneira de regar sua planta e colocá-la dentro de um balde com água por uns 10 minutos, tempo suficiente para que as raízes fiquem verdinhas, pronto sua orquídea está sem sede.
Lembre-se sempre de colocar o dedo no substrato se estiver seco molhe, se úmido não. Na dúvida ou impulso molhe bem o local onde está a planta.
ADUBAÇÃO
Os três principais minerais para o crescimento das plantas são: Nitrogênio (N)responsável pelo crescimento, Fósforo (P) para um bom enraizamento, e Potássio (K) fortalece a planta contra pragas e auxilia na produção de flores. No mercado existem vários produtos, use a seguinte fórmula: 30-10-10, ou seja, 30% de Nitrogênio, 10% de Fósforo, e 10% de Potássio, usem uma colher de chá para 1 litro de água, e pulverize as plantas a cada 15 dias. Devemos lembrar que o período ideal para adubação e de agosto a abril, pois, a partir de maio com a chegada do frio as plantas entram em repouso vegetativo, e a adubação não se faz necessário.
O repouso vegetativo é uma regra, neste período as plantas dormem para em seguida acordar emitindo raízes novas e brotos, mas atenção, algumas não descansam, reiniciando seu ciclo após a florada.
Não adianta aduba demais ou com excesso, as orquídeas não possuem estômago e sim estômato.

Fonte: http://www.jardimdeflores.com.br/JARDINAGEM/A01jardinagem.html
ACIDENTES COM SUA PLANTA:
Caso uma folha rasgue ou queime você deverá cortá-la com um instrumento previamente esterilizado para evitar que alguma bactéria oportunista penetre na sua planta.
Logo após o corte coloque canela em pó ou pasta de dente para cicatrizar o ferimento. Polvilhe também no substrato.
DICA:
1) Existe no mercado o adubo líquido biofert plus orquídea na proporção 10-10-10 o que consideramos adubo de manutenção, dissolva uma colher de café (a menorzinha) em 1 litro de água e molhe as Raízes e folhas de sua planta de 15 em 15 dias.
2) Sabe aquela planta com uma haste enorme cheia de flores que você ganhou de presente? Pois é, as flores caíram, sendo assim, você pode cortar a haste medindo 20 cm da base da planta e passar canela em pó no corte, ou deixar a haste inteira. Uma coisa é certa nas duas situações  você terá uma nova florada na época certa.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

CATTLEYA HÍBRIDA DE NATAL!!

Esta Cattleya hibrida ganhei neste fim de semana (presente), no entanto, ainda não consegui concluir quais as possíveis espécies utilizadas no cruzamento.
 Ela foi adquirida no Orquidário 4 Estações - SP, seu porte é grande, suas pétalas brancas franjadas, as sépalas são viradas na borda superior, o labelo coeruela, a garganta com estria amarela e um perfume suave.
Com ela enfeitarei o blog no festejo natalino.



Cultivo: A planta foi hidratada com super thrive por 1 hora, plantada em vaso de barro e como substrato usei uma mistura de brita zero, casca de pinus e carvão de churrasco (sem uso).

O que seria uma orquídea híbrida?
Uma orquídea híbrida é a combinação das características de cada um de seus genitores. Assim, os cultivadores primeiro analisam que tipo de flor gostariam de produzir. Eles talvez estejam pensando em determinadas cores, listras ou manchas. Pode ser que queiram combinar essas características numa planta com flores pequenas ou grandes. A fragrância é um outro fator. Com esses pontos em mente, eles escolhem duas orquídeas com as características que desejam passar para a nova planta.
Se a fertilização for bem-sucedida, ocorrerá algo fenomenal na flor da planta receptora de pólen. Tubos afilados se projetam da coluna em direção a uma parte da flor conhecida como ovário. Daí, o ovário incha e forma uma cápsula de sementes. Dentro dela, centenas de milhares de minúsculas sementes estão sendo formadas, cada uma ligada a um tubo polínico. Pode levar meses ou até mais de um ano para que a cápsula de sementes amadureça. Nesse ponto, os cultivadores ajuntam as sementes da cápsula. Eles as colocam num frasco esterilizado com uma solução de ágar e nutrientes. Se as sementes germinarem, orquídeas bem pequenas logo aparecerão como um carpete de grama verde.
Depois de alguns meses, os cultivadores removem as mudas do frasco e as colocam perto umas das outras num vaso comunitário. Eles cuidam bem das mudas, regando-as com frequência para que não sequem. Com o tempo, eles transferem suas novas orquídeas para vasos individuais. A esta altura, a paciência se mostra uma verdadeira virtude. As orquídeas podem levar alguns anos ou até mais de uma década para florir.

Aproveito para desejar Boas Festas à todos os seguidores e visitantes do blog.


sábado, 18 de dezembro de 2010

A FORMA IDEAL DAS ORQUÍDEAS.



Cattleya walkeriana "karina"

  Uma orquídea de boa qualidade, mas mal cultivada, ou seja, atacada por pragas e/ou doenças, sem condições adequadas de adubação, água, iluminação, pode dar flores tão medíocres que se tornam irreconhecíveis em relação ao seu potencial.
De modo geral, a orquídea deve se aproximar o mais possível de uma forma arredondada e plana, sem espaços entre seus segmentos, além de se distinguir pela cor, tamanho, textura, substância e número de flores, de acordo com sua espécie.
Uma orquídea é constituída de 3 sépalas e 3 pétalas, uma das quais formando o labelo que é, portanto, uma pétala diferenciada para ajudar na reprodução da flor.
A orquídea de forma ideal deve ter as 3 sépalas formando um triângulo equilátero, o mesmo ocorrendo com as pétalas, de forma invertida, ou seja, no vértice inferior está a 3a pétala, o labelo.
Dependendo da categoria da flor, não deve haver vãos entre as pétalas e as sépalas. Elas devem estar planas, nem encurvadas para trás nem para frente. Em outras palavras, espalmadas. O labelo deve estar ligeiramente encurvado para frente, mas não em ângulo reto com as sépalas.
Entretanto, existem espécies, como a C. araguaiense, cuja natureza é a existência inevitável de vãos entre pétalas e sépalas, pois é a característica natural delas. Já em espécies, como a C. labiata, walkeriana, nobilior e outras, existem clones em que as sépalas e pétalas são largas, espalmadas, sem vãos entre elas, arredondadas e muitas atingindo um diâmetro superior a 15 cm.
A substância corresponde à rigidez ou dureza das pétalas, isto é, não são flácidas e, se você tentar dobrá-las, elas se quebram.
Já a textura, corresponde ao brilho que se percebe nas pétalas. Elas podem ser cristalinas, aveludadas ou cerosas.

CAPTURADO EM: http://www.profcupido.hpg.ig.com.br/cuidados_com_as_orquideas.htm


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

BC Maikai Mayumi x Cattleya Pao da Acucar

Esta lindeza foi adquirida na Exposição do Jardim Botânico do RJ em maio de 2008.
Naquele dia eu e minha amiga Selma, já tínhamos comprado muitas plantas, quando avistamos um exemplar enorme com duas frentes, depois de muita conversa resolvemos levar, com a condição de que cada uma ficaria com uma frente após a florada.
Trato feito, naquele ano Selminha viu de perto a florada e após, fez os cortes.
O meu exemplar recebi em dezembro de 2009, vindo a florir pela primeira vez este ano (2010).

Meu exemplar florido em 10.12.2010
dorso
 

Meu exemplar na bancada 

AGORA o exemplar da Selma.
 
  Gêmeas e lindas
Um pouco sobre o exemplar:

BC maikai mayumi  (cruzamento de C. Bowringiana x B. nodosa) x Cattleya Pao da Acucar e não Pão de Açúcar (híbrido entre C. kerchoveana x Brabantiae e foi registrada com o nome de "C. Pao da Acucar"  pela Florália em 1992. Ela é 25% aclandiae, 25% granulosa, 25% loddigesii e 25% schilleriana.
Espero que gostem).

Cultivo:
1) A  minha é cultivada em vaso de barro, dreno de bolas de argila espandida, substrato mix (casca de peroba, carvão vegetal e fibra de coco) na varanda do apartamento com luminosidade em torno de 60%, adubação quinzenal com fish fértil endure, osmocote manutenção trimestralmente, super thrive mensalmente e regas todas as vezes que o substrato seca, em média 2 vezes por semana, não deixando de borrifar diariamente pela manhã (cuidado  muita água mata a planta).

2) A da Selma está em  vaso de barro, com casca de brita, no orquidario, pegando 50% de luz ou mais, a adubação acredito seja com fish fértil e peter (me corrija amiga se estiver errada).

3) As duas  vegetam em clima semelhante, ambas ao nível do mar, mas o trato diário não é igual, cada pessoa têm seu modo de cultivo.

Enfim, as gêmeas são idênticas.

CURIOSIDADE: Este híbrido vegeta muito bem em Portugal, veja aqui: http://www.opensubscriber.com/message/orquidea@yahoogrupos.com.mx/6095419.html



Agradeço a Selma, minha grande amiga e irmã,  por permitir a publicação da imagem de sua planta.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ALGUNS CUIDADOS AO COMPRAR UMA PLANTA

Enquanto aguardo pela abertura das flores da BC maikai mayumi, deixo algumas dicas de alguns cuidados ao adquirir uma planta. Vamos lá:

 Quando você comprar uma orquídea, já plantada há algum tempo, muitas vezes coberta de musgo, pode estar levando para casa, como brinde, as seguintes dores de cabeça:
Lesmas, caracóis, tatuzinhos;Nematóides;Cochonilhas em raízes, folhas e pseudobulbos; Fungos e/ou bactérias.
Os cuidados abaixo poderão livrar você desses hóspedes indesejáveis.
Se puder desenvasar, lesmas, caracóis e tatuzinhos podem ser eliminados por catação manual, não esquecendo os ovos, caso existam. Ovos de lesmas são esferas transparentes que chegam a atingir 3 mm de diâmetro.
Se o desenvasamento for difícil, outro meio é imergir o vaso, por cerca de duas horas, num recipiente com água suficiente para atingir a borda do vaso. Como os bichos terão que subir para respirar, poderão facilmente ser eliminado.
Atenção para não encostar o fundo do vaso no fundo do recipiente, pois, muitas vezes, assim como o furo do fundo do vaso é o caminho de entrada, é também o caminho de saída dos bichos. Como podem ainda existir ovos, é preciso repetir o processo algumas vezes a cada semana.
As cochonilhas podem se hospedar nas raízes, sugando-lhes a seiva, ou no verso das folhas ou ficarem escondidas entre as palhas secas que cobrem o pseudobulbo. Parece um pó branco, mas, na verdade, são bichinhos de alguns milímetros que vão sugando a seiva da planta, deixando a região toda amarelada. Se não for combatida a tempo, esta parte da planta estará perdida.
Detectado o problema, faça uma limpeza manual, retire as partes secas e faça uma desinfecção, como está explicado no final do capítulo.
Nematóides causam estragos que, a curto ou longo prazo, leva a planta à morte. A reação contra os nematóides varia de planta para planta. Ela pode até não morrer, se as condições lhe forem favoráveis, mas ficará raquítica e não dará flores.
Segundo os especialistas, existem cerca de 5.000 espécies de nematóides parasitos de plantas. O mais comum em orquídeas tem aspecto de lombriga, cor branca e tamanho da ordem de décimos de mm e, quando colocados sobre uma lâmina de um microscópio de baixo aumento com uma gota d’água, serpenteiam como minhocas. Outros têm anéis e se movem se esticando e se encolhendo, como lagartas.
Eles atacam qualquer parte da planta, mas, em geral, iniciam seu ataque pelas raízes que começam a apodrecer.
Se as condições forem favoráveis para os nematóides (muita umidade), todas as raízes irão apodrecer em curto espaço de tempo. Do contrário, têm a capacidade de entrar em dormência por meses ou até anos.
Esta podridão é distinguível da podridão negra (causada pelo fungo Pythium), porque o ataque do nematóide pára quando atinge o cerne duro, enquanto que o Pythium avança pelo rizoma até o pseudobulbo em questão de dias. Mais ainda, o broto atacado por nematóide fica mole e aquoso, enquanto que o atacado pelo fungo Pythium não perde a consistência.
Se você notar mancha negra ou marrom, começando em geral pelo rizoma ou pseudobulbo, é podridão negra. Corte imediatamente a parte afetada e tente salvar o resto.
Um nematóide fêmea parasita de plantas tem uma postura de cerca de 2.000 ovos, de modo que a proliferação é intensa. Através de respingos de água, eles se espalham pela vizinhança. Se atingirem um broto, este apodrece. Não é incomum o cálice entre as folhas tenras superiores de uma Vanda apodrecer infectados por nematóides
É importante não esquecer jamais de desinfetar o instrumento cortante. O meio mais prático é flambar com uma chama que pode ser até de um isqueiro. Para ter certeza de que a chama atingiu 100 graus centígrados, o instrumento deve chiar ao ser imerso na água. Outro meio prático de flambar é adquirir um maçarico portátil com magiclick que é vendido em lojas de ferragens. Há vírus que suportam temperatura de 92 graus durante vários minutos.
Voltando aos nematóides, se uma raiz tiver uma parte escura e outra branca, os nematóides podem estar ativados neste ponto de transição. Espremendo este ponto e examinando num microscópio de baixo aumento podem-se detectar nematóides no caldo.
Uma outra maneira bem mais prática é fazer uma desinfecção preventiva da seguinte maneira: Em 1 litro de água, com PH entre 5 e 6, dilua um inseticida nematicida de amplo espectro com qualquer fungicida e borrife toda a planta, jorrando no substrato até escorrer pelo fundo. Este processo elimina caramujo, caracol, tatuzinho, nematóide, cochonilha de raízes, alguns fungos, como a Rhyzoctonia Solani que também é responsável pela podridão das raízes (quando a podridão avança pelo rizoma a causa é este fungo e não nematóide).
Obs.: PH é o grau de alcalinidade ou acidez da água. O melhor é ter uma água com um grau de acidez menor que 7. Há defensivos agrícolas que, se diluídos em água de torneira, têm a vida média de 10 minutos, enquanto que, se forem diluídos em água com PH entre 5 e 6, permanecem ativos durante 30 horas. Por isso é importante saber qual o PH de sua água. Mais abaixo, mostramos como chegar ao PH ideal.
Nunca use agrotóxico em temperatura acima de 25 graus, sob pena de perder suas plantas. Dê preferência a temperaturas abaixo de 20 graus.
Cuidado com agrotóxicos com grau de toxidez 1, também identificado com uma tarja vermelha no rótulo, pois são produtos de alta toxidez para nós e outros seres vivos. Atualmente está sendo lançado na praça um óleo extraído da semente de uma árvore chamada Nim que tem a vantagem de ser um produto biológico pouco tóxico. Quem tiver acesso a esta árvore, pode usar 15g de suas folhas, batidas num liquidificador com 1 litro de água e usar como:
a)       inseticida contra as principais pragas de orquídeas, como pulgões, cochonilhas, nematóides, ácaros, trips, lagartos, besouros,
b)       como fungicida, na rhizoctonia solani (podridão das raízes), fusarium oxysporum (debilidade geral da planta, amarelecimento, podridão das raízes), sclerotium rolfsii (podridão negra)
c)       bactericida.
Nas soluções de agrotóxicos, o PH da água deve estar em torno de 5 a 6. Para conseguir a máxima eficiência dos produtos utilizados, deve-se acrescentar um espalhante adesivo, facilmente encontrável em casas de produtos agrícolas. Quem usar água de rua pode acrescentar de 8 a 10 gotas de vinagre por litro e o PH irá se reduzir entre 5 a 6. Nas casas de produtos agrícolas, existe uma substância própria (em geral em embalagem de 1 litro) cuja finalidade é controlar o PH da água. Quimicamente, é fosfato de cálcio (super fosfato)
Ca2 (H2 PO4 )2. H2 O, de modo que também é um adubo. Água da chuva ou de poço, em geral, tem PH entre 5 e 6.
Em plantas muito detonadas por fungos (manchas, pintas, etc.), faça um coquetel, usando o dobro da dosagem indicada na bula. Em uma semana ou até antes, conforme a gravidade da doença, aplique outro coquetel com produtos diferentes e assim por diante. Se, com tudo isso, surgir uma nova folha com os mesmos sintomas, esteja atento para uma possível virose
Fonte :   Denitiro  Watanabe.
Capturado em: http://www.profcupido.hpg.ig.com.br/cuidados_com_as_orquideas.htm