sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Cultivo de Cattleya walkeriana e Cattleya nobilior

 CATTLEYA WALKERIANA x CATTLEYA NOBILIOR


 Cattleya walkeriana orq. Recreio

CATTLEYA NOBILIOR
FOTO ORQ. STA CLARA


            Conhecidas como difíceis de serem cultivadas, as orquídeas cattleya walkeriana e cattleya nobilior estão sendo cultivadas em pedaços de madeira para aproximar-se ao modo encontrado na natureza, facilitando assim o seu cultivo.
         Sabendo-se algumas peculiaridades, e possível obter resultado no cultivo, mesmo sem as características de seu ambiente tropical, tornando possível o cultivo domestico.
         Para se conseguir uma boa qualidade de planta e flor, será necessário um ambiente melhor do que na natureza, isto é, por muitas vezes a planta fica dias sem água e os devidos nutrientes que necessitam para um bom crescimento na região do seu habitat.
         No Brasil, existe a época de seca e de chuva bem definidos e também uma grande diferença de 
temperatura, podendo chegar ao clima de verão durante o dia e clima de inverno durante a noite.
         As orquídeas absorvem grande quantidade de umidade nas épocas de chuva e faz florescer em épocas de seca.
         As estufas com temperaturas de 30 graus e incidências direta de luz através de telado de 50% ou com 
telado de 40% sobre à planta haverá ainda um acréscimo de temperatura de 5 – 10 graus.
         Observou-se que as plantas com temperaturas de 5 graus acima de temperatura ambiente são propícias 
para um bom crescimento. Mesmo sendo plantas que gostam de muita luz, a temperatura acima de 40 graus na 
planta por um longo período acaba danificando as folhas.
A rega é o ponto chave do cultivo. Definindo-se que a época de chuva seja de junho a setembro, o volume de água devera ser aumentado gradativamente a partir de junho e diminuindo em setembro. 
De outubro em diante a rega se torna idêntica a outras variedades de cattleya, mas não se esquecendo que o importante é o ajuste da rega com a intensidade do clima daquele ano.  Existe um ponto importante que é a diferença na rega de uma cattleya nobilior  e de uma cattleya walqueriana: as cattleyas nobilior gostam de regas tipo “chuveiro” e as cattleyas walkerianas regas do tipo “imersão”.
         As raízes da cattleya nobilior tem facilidade para apodrecer, quando comparadas com a  cattleya walkeriana, mas não se notando em mudas de vaso até tamanho 2, mas desta fase até o tamanho adulto não gosta que o composto fique úmido  por muito tempo, necessitando assim, que após a rega de “chuveiro”, a umidade seque rapidamente através de uma boa ventilação para que as raízes não venha a apodrecer. Para evitar o apodrecimento, recomenda-se o plantio em placas de madeiras o mais rápido possível.
Caso queira plantar em vaso, será necessário estudar o que utilizar e a maneira de se plantar.
         Plantas em placas apresentam raízes que se fixam nas mesmas e outras que são soltas. Será que existem raízes com funções definidas? Raízes para fixação e raízes para capitar nutrientes?

      As cattleya walkerianas gostam que o composto esteja úmido, tendo as raízes mais fortes, não sendo necessário replantar em placas com tanta antecedência, podendo até ser cultivada em vasos de barro.
  Plantas em placas devem ter regas  “chuveiro” em abundancia no centro das raízes. Quando apresentar flores, devemos tomar cuidado para não molha-las. Se perguntarmos qual a melhor hora de rega, podemos dizer que o ideal é quando o sol começar a se pôr. Como essas duas variedades são vegetais do tipo CAM, apresentam durante a noite o seu desenvolvimento e os poros de respiração se abrem, necessitando umidade neste horário.
  De um modo geral, na seca não devemos dar água, mas, se necessário, regamos o mínimo possível. Se pensarmos em seu habitat, a diferença de temperatura do dia e da noite é grande, por isso, será que a umidade desses dias não é maior do que nos dias com pouca chuva? – E essa diferença de temperatura e umidade  decorrente acontece em toda a época de seca. Por isso, concluímos que podemos regar moderadamente mesmo sendo época de seca em seu habitat. É importante que a regra do dia anterior esteja seca: a observação deve ser feita para controle da quantidade e modo de rega. Por outro lado, devemos consultar a previsão do tempo para verificarmos a condição do dia seguinte (sol – nublado – chuva)
O período do orvalho começa após o pôr-do-sol até o raiar do dia, pensando nisto, na época de chuva ou seca, o horário adequado para as regas é ao entardecer.
Durante o ano todo, podemos regar a noite, com isso possibilitamos àquelas pessoas que só tem esse horário para dedicar as orquídeas. O que é convenientes para as plantas também.
Plantas que foram colocadas em placas de madeiras nunca devem ser regadas logo após o plantio, pois as raízes ainda sensíveis podem apodrecer.
Vendo o habitat de cada planta, a cattleya nobilior é de região constantemente seca durante o dia, enquanto que a cattleya walkeriana cresce em região com bastante umidade.
O cultivo dessas plantas diferentes em uma única estufa torna-se muito difícil, mas tentado-se moderar estes ambientes, devemos criar um clima com umidade relativa de ar no mínimo de 70%.  Essa umidade satisfaz a ambas durante o dia. Durante o dia, concluímos que a umidade do ar deve girar em torno de 20 a 40%.   E suma, a planta necessita maior umidade durante a noite.
  No inverno, as noites esfriam, tornando necessário  elevar a temperatura e manter a umidade no mínimo em 70%. Com estes importantes fatores em funcionamento, as plantas enfraquecidas melhoram, apresentando bulbos vistoso.



CLASSIFICAÇÃO DE COR  PARA O JULGAMENTO DE:

GRUPO III  - CATTLEYA UNIFOLIADA: (Walkeriana, Labiata, Warnerii,  Mossiae. Etc )
01  - alba
02 - semi - alba
03 - rosa
04 - roxa
05 - amarela
06 - concolor
07 - caerulea
08   - outra cor



Fonte:http://orquideas-ago.blogspot.com.br/2012/08/7-exposicao-nacional-de-orquideas-de.html

sábado, 23 de agosto de 2014

Orquideas no Trabalho.


Híbrido
Phalaenopsis rosa


Phalaenopsis semi alba
Cattleya mesquitae "tocantins"
BLC gondezzila floriu com 2 flores enormes.
O vento forte quebrou a segunda haste.

Na empresa em que trabalho a idéia e o gosto pelas orquídeas foi abraçada pelos colegas, que hoje trazem suas orquídeas para que sejam fixadas nas árvores lá existentes.
O resultado começa a aparecer.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Paphiopedilum maudiae






Floração Agosto 2014
com 2 flores.

Este belo híbrido, com as suas características únicas e invulgares, em tons de verde e branco, é um cruzamento entre o Paphiopedilum callosum e o Paphiopedilum lawrenceanum, que chega a florescer duas vezes por ano, com uma única flor por haste. As suas exigências de cultura são idênticas às da maioria das espécies deste gênero.

Cultivo:
Substrato
A maioria dos phaphiopedium são plantas terrestres, no entanto a maioria dos cultivadores sugerem o uso de substrato para orquídeas epífitas. No entanto, como são plantas que não possuem pseudobulbos para armazenamento de reservas de água, seu substrato deve conter pelo menos um elemento que auxilie na manutenção da umidade, como o sphagno.
Tenho cultivado os meus em vaso de plástico, com brita zeros, terra preta misturada com substrato para orquídeas epífitas.

ventilação:
Apreciam ambiente bem arejado, evitando o acumulo de muitos vasos um perto do outro. Os meus ficam pendurados e espaçados no orquidário.

Temperatura:
Como existem  várias espécies deste gênero, dependerá da altitude em que eles originariamente habitam.
Os meus são de clima intermediário a frio.

Regas:
Devem ser regados de forma a manter o substrato sempre úmido, evitando acumulo de água nas folhas.

Luminosidade:
Os phaphiopedilum vegetam melhor com um sombreamento em torno de 60% a 70%. As plantas de folhas rajadas necessitam de menos luz que as de folhas verdes e lisas.

……

DICA: sugiro uma visita ao site abaixo, nele o Professor André apresenta a classificação dos phaph. de acordo com o clima de cada um, além de um belo trabalho de pesquisa.

http://www.clubedoorquidofilo.com.br/2012/04/paphiopedilum.html


segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Laelia xAdrienne






Floração Julho 2014
 
A Laelia Adrienne é considerada um híbrido primário natural, resultante do cruzamento entre Laelia pumila e Laelia jongheana. É primário porque envolve apenas duas espécies. E é natural porque esta miscigenação ocorre de forma espontânea no habitat destas orquídeas, sem a interferência do homem.
Tanto a Laelia jongheana quanto a Laelia pumila são plantas de clima de altitude.
Deixo para leitura o texto abaixo:
Pairando sobre as florestas úmidas de Minas Gerais, entre as brumas de um reino intocado, vivia uma orquídea de rara beleza, a Laelia jongheana. Seus atributos despertaram a cobiça de caçadores, que passaram a capturá-la impiedosamente, a ponto de colocá-la sob risco de extinção. Hoje, a ocorrência desta orquídea na natureza é extremamente rara e restrita. Além disso, esta grande dama das orquídeas é bastante exigente e temperamental quando cultivada 'em cativeiro'.
Na circunvizinhança desta nobre orquídea, vivia a Laelia pumila. Apresentando porte e flores menores, fácil cultivo e ocorrência abrangente, esta mini orquídea não pertencia à l'honorabile società. Talvez graças a isso, não corra hoje o risco de desaparecer do mapa.
Eis que um belo dia, rainha e plebeu encontraram-se. Não houve a interferência do homem, foi algo absolutamente natural, fruto da ação de insetos polinizadores, à guisa de cupidos, que costumavam visitar ambas as orquídeas. Nasceu deste relacionamento a Laelia Adrienne, apropriadamente batizada com nome de princesa. Não que eu conheça alguma com esta alcunha. Por ser um híbrido natural, esta miniatura costuma ser descrita com um 'x' no nome, Laelia x Adrienne. O que não tira o glamour desta bela orquídea, genuína obra de arte produzida pela natureza.
 
Cultivo: Como Cattleya porém em sombrite de 70%, em local com bastante umidade ambiente e boa ventilação.
Publicação original: por Rolfe em 1908. Em 2002 mudou para o nome atual.
Sinônimos: Cattleya x adrienne, Laelia x adrienne, Hadrolaelia x adrienne, Sophronitis x adrienne.
Origem: Mata Atlântica
Habitat: epífita em florestas úmidas e nebulosas
Altitude: até 1.000 metros
Quantidade de espécies neste gênero: 9

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Bulbophyllum lobbii






 
Floração solitária em junho de 2014.
Foto e cultivo MGloriaM
 
 

Bulbophyllum (em português: Bulbófilo) um gênero botânico pertencente à família das orquídeas (Orchidaceæ). Foi proposto por Thouars em Histoire Particulière des Plantes Orchidées Table 3 of the species of orchids, em 1822, ao transferir pare este gênero uma espécie anteriroemente por ele descrita descrever sua espécie tipo, a Phyllorkis nutans hoje Bulbophyllum nutans.
 
É o mais vasto e um dos mais complexos gêneros dentre as orquídeas, com cerca de duas mil espécies bastante diversas, distribuídas pelos trópicos de todos os continentes com predominância no sudeste africano e asiático. Somente na Nova Guiné há mais de quinhentas espécies descritas.
Poucas são as características comuns a todas as espécies deste gênero. Apresentam crescimento simpodial e frequentemente apresentam rizoma bastante longo crescendo de forma desordenada com pseudobulbos bem espaçados, de modo que até que a planta forme uma touceira, seu aspecto é bastante desarrumado, muitas espécies apresentam crescimento cespitoso. Têm uma folha por pseudobulbo, raramente duas. Estas são coriáceas e possuem pecíolo evidente. As folhas variam de poucos centímetros até quase um metro de comprimento.
A inflorescência é produzida a partir de nós do rizoma ou da base do pseudobulbo, e pode conter desde uma flor solitária, até dezenas de flores dispostas de maneiras variadas. Algumas nascem formando uma coroa ou estrela, outras formam uma umbela ou corimbo, ou podem nascer enfileiradas e paralelas. As flores também variam de poucos milímetros até cerca de 30 cm de comprimento.
Normalmente o labelo dessas plantas é bem colorido e imita insetos da região em que vivem. Na maioria das espécies a base do labelo é apenas levemente preso ao resto da flor de modo que podem mover-se com a mais leve brisa atraindo insetos polinizadores. Algumas são perfumadas e outras produzem cheiro bastante repulsivo, que pode assemelhar-se ao de carniça. As sépalas podem ser mais ou menos concrescidas e consideravelmente mais largas que as pétalas e labelo.
Cultivam-se das maneiras mais variadas conforme seu local de origem. De modo geral os Bulbophyllum asiáticos e africanos são plantas fáceis de manter, que gostam de bastante claridade, calor e muita umidade, mas não toleram o sol pleno, em poucos anos formando grandes touceiras. Já algumas das espécies brasileiras podem ser consideradas de cultivo dificílimo. Muitas são rupícolas e gostam de bastante sol, e mesmo sol pleno com pouca umidade do ar. Outras provém de florestas e apreciam mais umidade e menos sol.
 
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Bulbophyllum
 
 
 

sábado, 19 de julho de 2014

BLC BRUNO BRUNO big red meristema






Floração em maio/2014
8 flores sendo 4 em cada haste.
 
Híbrido (C. Chocolate Drop x Blc. George Suzuki 1999)
Dimensão da flor: 10 x 11 cm
Época de floração: inverno-primavera
Sombreamento: 50%
Exemplar adquirido em 2009 do Orquidário Oriental
 
 
A produção de híbridos artificiais de orquídeas vem ocorrendo há mais de um século. Estima-se que sejam hoje mais de cem mil híbridos. A Royal Horticultural Society é responsável pelo registro oficial de híbridos, no entanto, a produção doméstica e por pequenos produtores locais é bastante grande e só pequena parte destes híbridos caseiros é registrada, de modo que o número total de híbridos já produzidos pelo homem permanecerá sempre apenas uma suposição.
De acordo com as regras do Código Internacional de Nomenclatura de Plantas Cultivadas, os híbridos de espécies de um mesmo gênero são sempre classificados com nomes pertencentes ao mesmo gênero, por exemplo o híbrido entre duas Cattleya ainda é uma Cattleya. Quando são dois os gêneros utilizados, cunha-se um nome utilizando-se os nomes originais, por exemplo o híbrido entre uma Laelia e uma Cattleya é uma Laeliocattleya. Quando são três ou mais os gêneros envolvidos, o produtor pode criar um nome novo para o gênero resultante, desde que nenhum tenha sido registrado anteriormente.

Os híbridos naturais de orquídeas são comuns também, no entanto, apesar de serem em sua grande maioria plantas férteis, apenas pequena parcela deles é capaz de reproduzir-se naturalmente. Isto decorre do fato que espécies tão especializadas como as orquídeas necessitam de um polinizador em particular para cada uma. Os híbridos naturais geralmente são plantas que não se ajustam aos agentes polinizadores existentes exatamente por serem mesclas de espécies estabelecidas a milhares de anos e com polinizadores diferentes. Seus tamanhos cores e medidas são diferentes do necessário para obter sucesso reprodutivo natural.
fonte: http://www.sindicatoruralmc.com.br/plantarecolher/cultivo-orquideas.html
 
Meu Cultivo:
 
Todas as minhas plantas são cultivadas na serra e com muita umidade, por isso, uso como substrato pedra brita número zero, bola de argila e casca de pinus. O vaso predileto é o de barro.
 
A adubação é feita com osmocote e bokashi e após a floração, aplico o adubo viagra da AOESP.
Quanto a luminosidade  em regra 60%  para todas.
 
 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Ascocenda princesa mikasa





 
Floração maio 2014
 
A planta da foto de uma Ascocenda, da família das vandáceas, muito florífera. Ela quebrou o tabu de que vandas não se cultivam em clima frio, pois vegeta à 1200 m de altitude, com temperatura que pode chegar a 4ºG.
Deixo a o link a respeito do cultivo:
 
 
 
Princesa Mikasa

Uma famosa orquídea híbrida quase azul, da família das Vandaceas, a Ascocenda Princess Mikasa Blue homenageia uma representante da Casa Imperial do Japão. Como já dá para imaginar, a Princesa Mikasa é esposa do Príncipe Mikasa, que por sua vez vem a ser tio paterno do Imperador Akihito. Ela acaba de completar 90 anos. Um belíssimo artigo sobre esta orquídea, em inglês (A princess in blue), foi publicado pela orquidófila Karma, da Suécia.
 Nascida Yuriko Takagi, ela é a segunda filha do ex-visconde Masanari Takagi.
Ela graduou-se pela Academia das Mulheres de Gakushuin em 1941. Em 22 de outubro daquele mesmo ano, ela se casou com o Príncipe Mikasa (Takahito), o filho caçula do Imperador Taishō e da Imperatriz Teimei.
O casal teve cinco filhos, dos quais quatro ainda estão vivos. As duas filhas deixaram a Casa Imperial com seus casamentos.
A Princesa Mikasa é presidente e presidente de honra de diversas organizações ligadas à preservação da cultura japonesa. Ela e seu marido são também vice-presidentes de honra da Sociedade da Cruz Vermelha do Japão.
A Princesa Mikasa também costuma acompanhar o Príncipe Mikasa em suas viagens ao exterior e, em 1958, viajou com este ao Brasil, por ocasião do 50.° aniversário do imigração japonesa. Eles foram o primeiro casal imperial que visitou o Paraná, na cidade de Londrina. Lá, plantaram um pinheiro japonês e uma seringueira, simbolizando a união entre as duas nações. Também se iniciou a construção do Colégio Agrícola de Apucarana.1
Depois de apresentar sintomas de anemia, a Princesa Mikasa passou por uma cirurgia para a remoção de um câncer glandular no intestino grosso, em julho de 2007. Foram removidos cerca de 30 cm do órgão.
A última cirurgia, para a implantação de um marca-passo, ocorreu em 1999.