terça-feira, 20 de agosto de 2013

Phalaenopsis amarela pintada "exotica"




Floração Junho/2013


Phalaenopsis Blume, Bijdr.: 294 (1825).


As orquídeas do género Phalaenopsis, as orquídeas-mariposa, são talvez as melhores orquídeas para cultivo em casa. Sendo também das favoritas dos produtores de orquídeas, dado que são as que mais se vendem de todas as orquídeas. As plantas bem cultivadas podem florir com frequência, por vezes com algumas flores ao longo do ano, mas a estação principal de floração é no final do inverno e primavera. As temperaturas e condições de interior são geralmente suficientes. As hastes florais de alguns híbridos podem ser forçadas a florir novamente cortando-se-lhes a ponta após a floração inicial, imediatamente acima de uma gema adormecida. Isto deve ser feito apenas a plantas saudáveis e fortes, já que implica maior dispêndio de energia. O cultivo de Doritis, um género próximo de Phalaenopsis, e de Doritaenopsis, um híbrido entre os dois géneros, é idêntico ao das falenopses puras


Fornecer a luz correcta para as falenopses é fácil. Elas crescem bem junto a uma janela com luz clara, com pouco ou nenhum sol directo. No interior, o ideal será uma janela virada a este, mas a sul ou oeste com sombreamento também é aceitável. Nos invernos escuros e sobrecarregados dos climas mais a norte pode ser necessária uma exposição total a sul. A iluminação artificial também é fácil de providenciar: uma armadura de quatro lâmpadas fluorescentes suplementadas com lâmpadas incandescentes colocada 15 a 30 cm acima das plantas das folhas, 12 a 16 horas por dia, seguindo a duração natural do dia. Em estufa, é necessário sombrear: 70% a 85% de sombra, ou entre (10 000 a 15 000 lx): ao colocar uma mão 30 cm acima da planta, não deve ver-se nenhuma sombra projectada nas folhas.

A temperatura de cultivo deve ser, de uma maneira geral, acima dos 15ºC à noite, e situar-se entre os 25 e 30 ºC ou mais durante o dia. Apesar de as temperaturas mais altas forçarem e acelerarem o crescimento vegetativo, devem ser acompanhadas de um aumento da humidade e da circulação do ar, sendo os máximos de 32 a 35ºC. São necessárias temperaturas nocturnas até no mímino 12ºC durante várias semanas no outono para iniciar as hastes florais. As flutuações de temperatura podem levar à queda de botões em plantas com flores a abrir.

A rega é um factor particularmente crítico para as falenopses. Sendo as folhas os maiores órgãos de armazenamento de água que possuem e não sendo este muito volumoso, o substrato nunca deve secar completamente. As plantas devem ser regadas abundantemente e só serem novamente regadas quando quase secas. No calor do verão em climas secos, pode ser necessário fazê-lo de dois em dois dias; de dez em dez dias no caso de uma estufa fresca nos invernos em climas a norte. As regas devem ser feitas apenas de manhã, de forma a que as folhas estejam secas ao cair da noite para evitar infecções e podridões.

A humidade é outro factor importante para as falenopses, recomendando-se que se situe entre os 50% e os 80%. Em climas húmidos, por exemplo em estufas, é imperativo que o ar húmido circule. As folhas devem secar os mais rapidamente possível e estar sempre secas ao anoitecer. No interior, colocar as plantas em tabuleiros com cascalho humedecido, mas de forma a que os vasos não toquem na linha de água.

Adubar regularmente, principalmente se o tempo estiver quente, pois as plantas estarão em crescimento activo. Para substratos à base de casca de pinheiro, recomendam-se aplicações bimensais de adubos ricos em nitrogéneo (tais como 30-10-10), para melhores resultados. Para outros substratos, utilizar um adubo equilibrado (por exemplo: 20-20-20). Para promover a floração, há autores que defendem a utilização de um adubo rico em fósforo (tipo 10-30-20). Alguns cultivadores aplicam o adubo a ¼ da dose recomendada em todas as regas, o que é mais indicado para condições quentes e húmidas. Se o tempo arrefecer ou estiver enevoado, o adubo deve ser aplicado duas vezes por mês em doses fracas.

O novo envasamento ou transplante deve ser feito preferencialmente no final da primavera, imediatamente após a floração. Deve ser utilizado um substrato poroso. A mudança de vaso faz-se geralmente a cada dois ou três anos. As plantas adultas podem crescer no mesmo vaso até que o substrato se comece a degradar, geralmente ao fim de dois anos. Se o substrato estiver sempre ensopado, as raízes apodrecerão. As plantas jovens crescem em geral rapidamente, necessitando por isso de ser reenvasadas anualmente em substratos de grau fino. As plantas adultas necessitam de substratos de grau médio ( 2 cm de no caso da casca de pinheiro). Ao reenvasar, remover todo o substrato velho das raízes, cortando as raízes moles que apodreceram. Espalhar as restantes raízes numa mão-cheia de substrato no fundo de um vaso novo. Encher o resto do vaso com o substrato preenchendo os espaços entre as raízes, de maneira que a junção das raízes e o caule esteja acima do substrato

Fonte: Lusorquídeas.org

2 comentários:

Angel Mar disse...

Linda Phal. Abraços

FErnanda Bicchieri disse...

Acabei de ganhar uma muda da Phal. Amarelo Pintado, o seu texto foi de muita ajuda e a imagem me encheu de alegria porque sei que em breve terei mais uma belezura!!!

Fernand bicchieri