Angraecum sesquipedale
Foto capturada no site www.orchidstockphotos.com
Charles Darwin (1809-1882), naturalista britânico,
geólogo, cientista e autor do livro Origem das Espécies e vários outros
trabalhos científicos sobre a evolução a partir da seleção natural e sexual,
era apaixonado por orquídeas.
A maioria das pessoas fica fascinada pela
exuberante beleza das orquídeas, mas Darwin foi mais longe. Ao observá-las ao
redor de sua casa de campo ou estudando espécies exóticas na sua estufa,
verificou que suas formas não são desse jeito só por estética e sim engenhos
extremamente elaborados para atrair insetos que as polinizem e perpetuem sua
espécie.
Certa vez, ele recebeu de um amigo e colaborador,
uma orquídea que atraiu exclusivamente sua atenção; a Angraecum sesquipedale, de Madagascar. Uma das pétalas dessa pálida
flor branca formava um receptáculo para néctar que media 28 centímetros. Ele
previu que, em algum ponto de Madagascar, ilha que nunca visitou, deveria haver
uma mariposa com uma proboscídea de 28
centímetros, adequada para extrair o néctar da orquídea. Na época foi
ridicularizado por vários pesquisadores.
Muito tempo depois da morte de Charles Darwin, dois entomólogos filmaram a mariposa-esfinge Xanthopan morgani praedicta. A mariposa esvoaçava acima da flor, desenrolando sua língua de 28 centímetros e introduzia no canal de néctar da Angraecum sesquipedale. Enquanto bebia o néctar, a mariposa enterrava sua face na flor, e, ao fazê-lo, sua testa roçava os grãos de pólen. Quando terminava, a mariposa enrolava novamente sua língua e voava com a testa carregada de pólen para outra orquídea atrás de outra dose de néctar e assim, fertilizando outra flor.
Parceiras como esta orquídea e a mariposa evoluíram gradualmente para uma intimidade cada vez maior e continuam a evoluir ainda hoje. Os pesquisadores atualmente chamam coevolução este modo de evolução em que uma espécie impulsiona o desenvolvimento de outra espécie. A coevolução é responsável por grande parte da diversidade da vida abrangendo milhões de novas espécies.
A natureza está repleta de parcerias íntimas e benéficas entre flores e polinizadores. A vida consiste, grande parte, numa maravilhosa teia de espécies interativas, e interdependentes adaptadas umas as outras na qual, não podemos nos esquecer, também fazemos parte.
Muito tempo depois da morte de Charles Darwin, dois entomólogos filmaram a mariposa-esfinge Xanthopan morgani praedicta. A mariposa esvoaçava acima da flor, desenrolando sua língua de 28 centímetros e introduzia no canal de néctar da Angraecum sesquipedale. Enquanto bebia o néctar, a mariposa enterrava sua face na flor, e, ao fazê-lo, sua testa roçava os grãos de pólen. Quando terminava, a mariposa enrolava novamente sua língua e voava com a testa carregada de pólen para outra orquídea atrás de outra dose de néctar e assim, fertilizando outra flor.
Parceiras como esta orquídea e a mariposa evoluíram gradualmente para uma intimidade cada vez maior e continuam a evoluir ainda hoje. Os pesquisadores atualmente chamam coevolução este modo de evolução em que uma espécie impulsiona o desenvolvimento de outra espécie. A coevolução é responsável por grande parte da diversidade da vida abrangendo milhões de novas espécies.
A natureza está repleta de parcerias íntimas e benéficas entre flores e polinizadores. A vida consiste, grande parte, numa maravilhosa teia de espécies interativas, e interdependentes adaptadas umas as outras na qual, não podemos nos esquecer, também fazemos parte.
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