sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Cattleya lueddemanniana var. 'tipo'






 Foto, cultivo e propriedade de MGloriaM
Floração Setembro 2012.
 
Nome correntemente utilizado: Cattleya lueddemanniana
Autor: Reichenbach.f.
Data da publicação: 1858
Sinônimos: Cattleya bassettii, Cattleya dawsoni, Cattleya malouana, Cattleya roezlii, Cattleya speciosissima
Origem: Mata costeira do norte da América do sul
Habitat: epífita em florestas abertas úmidas
Altitude: 50 a 600 metros
 
 
 
Um pouco sobre sua história:
 
Descrita por Reichenbach no ano de 1854, o qual dedicou o nome da espécie ao
grande amigo Sr. Lueddemann, que na época era o jardineiro chefe do orquidário
do Sr. Pescatore, grande orquidófilo francês.
A Cattleya lueddemanniana, exclusividade da Venezuela, pode ser encontrada ao
norte, desde Cabo Codera no estado de Miranda, até Porto Cabello, incluindo o
Distrito Federal e os estados de Aragua, Carabobo e Yaracuy. Também pode ser
encontrada a sudoeste e oeste, chegando aos estados de Lara e Falcon.
Vegeta em duas áreas bastante demarcadas e distintas, onde são divididas pelo
biótipo. O primeiro biótipo, chamado costero, são as plantas que vegetam entre o
nível do mar até os 500 metros acima desse nível, onde as plantas são um pouco
mais baixas e robustas, produzindo flores maiores, com maior substância e
coloração mais clara. Já o segundo biótipo, chamado de larense, vegeta a partir
dos 400 metros acima do nível do mar, atingindo os 700 metros acima desse mesmo
nível e proporciona plantas mais altas, de bulbos mais finos, com flores menores
e mais escuras. Essa segunda região é bem seca, onde muitas vezes as plantas
podem ser encontradas vegetando sobre cactos.
 
Ela é uma planta de rizoma rasteiro, com pseudobulbos cilíndricos, com mais ou menos 20 centímetros de altura, formados por dois ou três internódulos, algumas vezes sulcados, principalmente após a floração. Encimados por apenas uma folha oblongo-lanceolada, coriácea, e bem rígidas ao envelhecer, com mais ou menos 20 centímetros de comprimento e 6 centímetros de largura.
Uma particularidade da espécie, é que a emissão de raízes, em sua maioria, se dá
apenas após a floração, onde a planta floresce em bulbo novo e sem raízes.
Em seu habitat a Cattleya lueddemanniana floresce entre os meses de janeiro e
março, mas quando cultivadas fora dele, principalmente no Brasil, floresce entre
os meses de agosto e outubro.
 Floresce em espata simples e sua haste floral com mais ou menos 10 centímetros
de altura pode portar até 4 flores de mais ou menos 15 centímetros de diâmetro,
geralmente muito bem armadas e com menor substância que as outras espécies de
Cattleyas monofoliadas, produz perfume bem suave e característico da espécie.
 As variedades da Cattleya lueddemanniana podem ser classificadas de acordo com
suas tonalidades e abaixo algumas variedades da Cattleya lueddemanniana:
 
 1) alba: pétalas, sépalas e labelo (lóbulos laterais e mediais) de colorido
totalmente branco puro, apenas com o amarelo do interior do tubo em
intensidade variável.

2)  amoena: muitas vezes chamada de delicata, possui pétalas e sépalas de colorido
branco puro e lóbulo medial com mancha de colorido rosa claro de intensidade e
tamanho variável.
3) coerulea: pétalas, sépalas e labelo (lóbulos laterais e mediais) de colorido
lilás azulado com intensidade variável e mancha na mesma tonalidade com maior
intensidade e tamanho variável em seu lóbulo medial.
4) lilás (típica): pétalas e sépalas com colorido que pode variar entre o rosa
mais claro ao lilás e lóbulo medial com mancha de colorido lilás mais intenso
com tamanho e intensidade variável.

5) rubra: pétalas e sépalas com colorido lilás bem intenso e mancha no lóbulo
medial com tamanho variável e colorido lilás ainda mais intenso que o das
outroas extremidades.

6) semi-alba: pétalas e sépalas com colorido branco puro e mancha de colorido
solferino (lilás avermelhado) com tamanho e intensidade variável em seu lóbulo
medial.

CULTIVO
Planta bem rústica e de fácil cultivo, principalmente se cultivada em locais
quentes e com bastante luminosidade. A Cattleya lueddemanniana tolera bem os
vários tipos de substratos oferecidos, principalmente os que tenham maior
aeração, como é o caso das cascas de pínus e peroba, ou mesmo a fibra de xaxim
bem lavada.
 Autoria: Fernando Terra Manzan
Fonte: http://www.orquideasterra.com.br/?especies,,2

 

 
 
 
 

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