Autor: Prof. João Sebastião de Paula Araujo
(UFRRJ/IA) - Manejo de Thrips e Ácaros em Cultivo de Orquídeas. A maior parte das espécies de insetos é benéfica aos vegetais. Contudo, quando população de insetos exaure energia de plantas, passam a constituir praga, acarretando perdas econômicas. Geralmente, as pragas estão associadas a desequilíbrios, sejam de ordem química ou biológica. Thrips: existem diversas espécies, são insetos de tamanho reduzido (de 0.5 a 15 mm ), que na fase de pupa apresentam coloração amarela e quando adultos são negros. São muito móveis, vivendo em colônias em partes da planta capazes de protegê-los da luminosidade.
Possuem grande capacidade reprodutiva e fácil dispersão pelo vento alcançando facilmente novas áreas de cultivo. O fato de serem polífagos agrava a infestação, pois as várias plantas presentes ao redor do orquidário podem servir de hospedeiras desses insetos. Condições favoráveis a infestação por Thrips: altas temperaturas e maior oferta de pólen. Afetam a capacidade fotossintética da planta e qualidade das folhas e da floração. Além do dano direto, algumas espécies são transmissoras de vírus. Diagnóstico prático: quando jovens apresentam coloração amarela, tornando-se negros ao atingir a fase adulta. As plantas apresentam lesões simétricas e deformações provocadas por raspagem nas partes mais tenras. Usam o aparelho bucal para roer as folhas e as folhas podem apresentar manchas vermelhas. Essas lesões são simétricas e são provocadas quando as folhas ainda estão dobradas ou dentro das bainhas. São assim, sintomas reflexos de ataques que aconteceram há semanas. Adianta pulverizar a planta nesse momento? Não! Como os sintomas são reflexos de ataque já ocorrido, o mais indicado é pulverização numa fase anterior a abertura dos botões, pois eles se abrigam no tubo da coluna. Ácaros: coloniza a face inferior da planta, causando manchas amareladas na face superior da folha. Atacam preferencialmente folhas jovens e fechadas, com colônias bem estabelecidas. Folhas velhas podem se tornar altamente infestadas. Na ocasião de grandes infestações o topo da planta fica coberto de fios finos, do tipo de seda. A infecção por ácaros podem ocorrer em qualquer época do ano. Diagnóstico prático: Tetranychus urticae é vermelho com manchas escuras no dorso e Brevipalpus californicus – é vermelho e achatado, com ovos avermelhados. Ambas espécies tecem teias e causam o aparecimento de áreas cloróticas na face superior das folhas e pontuação esbranquiçada na face inferior da folha. Controle físico – Quarentenário. O orquidário deve ter uma área pequena protegida por telado para confinar por um mês, as plantas recém adquiridas, de maneira que se possa observar a presença de insetos ou eventuais doenças. O controle das duas pragas pode ser feito por armadilhas adesivas coloridas, visando o monitoramento e a redução populacional. Esta fita reduz o número de pulverizações, pois estas serão feitas só quando o número de insetos atingir um nível de dano. Controle químico – são empregados inseticidas de contato ou sistêmicos, também óleo mineral ou vegetal, em concentração máxima de 0,5%. Resultados satisfatórios podem ser obtidos com calda
sulfocálcica. Vale destacar que os defensivos devem ser direcionados em jatos sobre botões e folhas novas. Controle biológico – vem sendo experimentado cepas do fungo Metarhizium anisopliae, o qual coloniza as vias digestivas do inseto que morre de inanição. Outro fungo empregado é Beauveria bassiana, que coloniza as articulações do inseto afetando a sua locomoção. Para fazer aquisição e uso correto dessas substâncias é necessário consultar um engenheiro agrônomo. (resumo revisado pelo palestrante)
publicação autorizada pela diretoria da OrquidaRio (divulgação por terceiros depederá de autorizaçao prévia).
Um comentário:
Oi amiga!!!
Que coincidência!!!Estava tendo problemas aqui com Thrips em um pé de Bouganville.Coloquei aquelas plaquinhas com cola e vc acredita que funcionou????
O que vc acha???
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