segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Laelia xAdrienne






Floração Julho 2014
 
A Laelia Adrienne é considerada um híbrido primário natural, resultante do cruzamento entre Laelia pumila e Laelia jongheana. É primário porque envolve apenas duas espécies. E é natural porque esta miscigenação ocorre de forma espontânea no habitat destas orquídeas, sem a interferência do homem.
Tanto a Laelia jongheana quanto a Laelia pumila são plantas de clima de altitude.
Deixo para leitura o texto abaixo:
Pairando sobre as florestas úmidas de Minas Gerais, entre as brumas de um reino intocado, vivia uma orquídea de rara beleza, a Laelia jongheana. Seus atributos despertaram a cobiça de caçadores, que passaram a capturá-la impiedosamente, a ponto de colocá-la sob risco de extinção. Hoje, a ocorrência desta orquídea na natureza é extremamente rara e restrita. Além disso, esta grande dama das orquídeas é bastante exigente e temperamental quando cultivada 'em cativeiro'.
Na circunvizinhança desta nobre orquídea, vivia a Laelia pumila. Apresentando porte e flores menores, fácil cultivo e ocorrência abrangente, esta mini orquídea não pertencia à l'honorabile società. Talvez graças a isso, não corra hoje o risco de desaparecer do mapa.
Eis que um belo dia, rainha e plebeu encontraram-se. Não houve a interferência do homem, foi algo absolutamente natural, fruto da ação de insetos polinizadores, à guisa de cupidos, que costumavam visitar ambas as orquídeas. Nasceu deste relacionamento a Laelia Adrienne, apropriadamente batizada com nome de princesa. Não que eu conheça alguma com esta alcunha. Por ser um híbrido natural, esta miniatura costuma ser descrita com um 'x' no nome, Laelia x Adrienne. O que não tira o glamour desta bela orquídea, genuína obra de arte produzida pela natureza.
 
Cultivo: Como Cattleya porém em sombrite de 70%, em local com bastante umidade ambiente e boa ventilação.
Publicação original: por Rolfe em 1908. Em 2002 mudou para o nome atual.
Sinônimos: Cattleya x adrienne, Laelia x adrienne, Hadrolaelia x adrienne, Sophronitis x adrienne.
Origem: Mata Atlântica
Habitat: epífita em florestas úmidas e nebulosas
Altitude: até 1.000 metros
Quantidade de espécies neste gênero: 9

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Bulbophyllum lobbii






 
Floração solitária em junho de 2014.
Foto e cultivo MGloriaM
 
 

Bulbophyllum (em português: Bulbófilo) um gênero botânico pertencente à família das orquídeas (Orchidaceæ). Foi proposto por Thouars em Histoire Particulière des Plantes Orchidées Table 3 of the species of orchids, em 1822, ao transferir pare este gênero uma espécie anteriroemente por ele descrita descrever sua espécie tipo, a Phyllorkis nutans hoje Bulbophyllum nutans.
 
É o mais vasto e um dos mais complexos gêneros dentre as orquídeas, com cerca de duas mil espécies bastante diversas, distribuídas pelos trópicos de todos os continentes com predominância no sudeste africano e asiático. Somente na Nova Guiné há mais de quinhentas espécies descritas.
Poucas são as características comuns a todas as espécies deste gênero. Apresentam crescimento simpodial e frequentemente apresentam rizoma bastante longo crescendo de forma desordenada com pseudobulbos bem espaçados, de modo que até que a planta forme uma touceira, seu aspecto é bastante desarrumado, muitas espécies apresentam crescimento cespitoso. Têm uma folha por pseudobulbo, raramente duas. Estas são coriáceas e possuem pecíolo evidente. As folhas variam de poucos centímetros até quase um metro de comprimento.
A inflorescência é produzida a partir de nós do rizoma ou da base do pseudobulbo, e pode conter desde uma flor solitária, até dezenas de flores dispostas de maneiras variadas. Algumas nascem formando uma coroa ou estrela, outras formam uma umbela ou corimbo, ou podem nascer enfileiradas e paralelas. As flores também variam de poucos milímetros até cerca de 30 cm de comprimento.
Normalmente o labelo dessas plantas é bem colorido e imita insetos da região em que vivem. Na maioria das espécies a base do labelo é apenas levemente preso ao resto da flor de modo que podem mover-se com a mais leve brisa atraindo insetos polinizadores. Algumas são perfumadas e outras produzem cheiro bastante repulsivo, que pode assemelhar-se ao de carniça. As sépalas podem ser mais ou menos concrescidas e consideravelmente mais largas que as pétalas e labelo.
Cultivam-se das maneiras mais variadas conforme seu local de origem. De modo geral os Bulbophyllum asiáticos e africanos são plantas fáceis de manter, que gostam de bastante claridade, calor e muita umidade, mas não toleram o sol pleno, em poucos anos formando grandes touceiras. Já algumas das espécies brasileiras podem ser consideradas de cultivo dificílimo. Muitas são rupícolas e gostam de bastante sol, e mesmo sol pleno com pouca umidade do ar. Outras provém de florestas e apreciam mais umidade e menos sol.
 
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Bulbophyllum
 
 
 

sábado, 19 de julho de 2014

BLC BRUNO BRUNO big red meristema






Floração em maio/2014
8 flores sendo 4 em cada haste.
 
Híbrido (C. Chocolate Drop x Blc. George Suzuki 1999)
Dimensão da flor: 10 x 11 cm
Época de floração: inverno-primavera
Sombreamento: 50%
Exemplar adquirido em 2009 do Orquidário Oriental
 
 
A produção de híbridos artificiais de orquídeas vem ocorrendo há mais de um século. Estima-se que sejam hoje mais de cem mil híbridos. A Royal Horticultural Society é responsável pelo registro oficial de híbridos, no entanto, a produção doméstica e por pequenos produtores locais é bastante grande e só pequena parte destes híbridos caseiros é registrada, de modo que o número total de híbridos já produzidos pelo homem permanecerá sempre apenas uma suposição.
De acordo com as regras do Código Internacional de Nomenclatura de Plantas Cultivadas, os híbridos de espécies de um mesmo gênero são sempre classificados com nomes pertencentes ao mesmo gênero, por exemplo o híbrido entre duas Cattleya ainda é uma Cattleya. Quando são dois os gêneros utilizados, cunha-se um nome utilizando-se os nomes originais, por exemplo o híbrido entre uma Laelia e uma Cattleya é uma Laeliocattleya. Quando são três ou mais os gêneros envolvidos, o produtor pode criar um nome novo para o gênero resultante, desde que nenhum tenha sido registrado anteriormente.

Os híbridos naturais de orquídeas são comuns também, no entanto, apesar de serem em sua grande maioria plantas férteis, apenas pequena parcela deles é capaz de reproduzir-se naturalmente. Isto decorre do fato que espécies tão especializadas como as orquídeas necessitam de um polinizador em particular para cada uma. Os híbridos naturais geralmente são plantas que não se ajustam aos agentes polinizadores existentes exatamente por serem mesclas de espécies estabelecidas a milhares de anos e com polinizadores diferentes. Seus tamanhos cores e medidas são diferentes do necessário para obter sucesso reprodutivo natural.
fonte: http://www.sindicatoruralmc.com.br/plantarecolher/cultivo-orquideas.html
 
Meu Cultivo:
 
Todas as minhas plantas são cultivadas na serra e com muita umidade, por isso, uso como substrato pedra brita número zero, bola de argila e casca de pinus. O vaso predileto é o de barro.
 
A adubação é feita com osmocote e bokashi e após a floração, aplico o adubo viagra da AOESP.
Quanto a luminosidade  em regra 60%  para todas.
 
 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Ascocenda princesa mikasa





 
Floração maio 2014
 
A planta da foto de uma Ascocenda, da família das vandáceas, muito florífera. Ela quebrou o tabu de que vandas não se cultivam em clima frio, pois vegeta à 1200 m de altitude, com temperatura que pode chegar a 4ºG.
Deixo a o link a respeito do cultivo:
 
 
 
Princesa Mikasa

Uma famosa orquídea híbrida quase azul, da família das Vandaceas, a Ascocenda Princess Mikasa Blue homenageia uma representante da Casa Imperial do Japão. Como já dá para imaginar, a Princesa Mikasa é esposa do Príncipe Mikasa, que por sua vez vem a ser tio paterno do Imperador Akihito. Ela acaba de completar 90 anos. Um belíssimo artigo sobre esta orquídea, em inglês (A princess in blue), foi publicado pela orquidófila Karma, da Suécia.
 Nascida Yuriko Takagi, ela é a segunda filha do ex-visconde Masanari Takagi.
Ela graduou-se pela Academia das Mulheres de Gakushuin em 1941. Em 22 de outubro daquele mesmo ano, ela se casou com o Príncipe Mikasa (Takahito), o filho caçula do Imperador Taishō e da Imperatriz Teimei.
O casal teve cinco filhos, dos quais quatro ainda estão vivos. As duas filhas deixaram a Casa Imperial com seus casamentos.
A Princesa Mikasa é presidente e presidente de honra de diversas organizações ligadas à preservação da cultura japonesa. Ela e seu marido são também vice-presidentes de honra da Sociedade da Cruz Vermelha do Japão.
A Princesa Mikasa também costuma acompanhar o Príncipe Mikasa em suas viagens ao exterior e, em 1958, viajou com este ao Brasil, por ocasião do 50.° aniversário do imigração japonesa. Eles foram o primeiro casal imperial que visitou o Paraná, na cidade de Londrina. Lá, plantaram um pinheiro japonês e uma seringueira, simbolizando a união entre as duas nações. Também se iniciou a construção do Colégio Agrícola de Apucarana.1
Depois de apresentar sintomas de anemia, a Princesa Mikasa passou por uma cirurgia para a remoção de um câncer glandular no intestino grosso, em julho de 2007. Foram removidos cerca de 30 cm do órgão.
A última cirurgia, para a implantação de um marca-passo, ocorreu em 1999.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Vanda taylor blue





 
Primeira Floração maio 2014

 
De origem asiática, as Vandas são orquídeas monopodiais de crescimento lento. Cultivadas penduradas em arames, em cachepôs ou vasos de plásticos, com ou sem substrato. Uso apenas pedaços de carvão para dar apoio e um pouco de sfagnum para manter a umidade, no caso de lugares mais secos. Não é uma orquídea exigente quanto ao cultivo, necessitando de umidade e luminosidade relativamente alta. Em regiões de temperaturas mais altas, é preciso borrifar duas vezes por dia as raízes, evitando desidratação das folhas. Aconselho manter sempre úmido o piso do orquidário.

Cuidado também para que as mesmas não sejam queimadas pelo Sol. Suportam o frio, desde que protegidas de geadas. Geralmente entram em dormência, desacelerando o crescimento. Por terem raízes aéreas são exigente quanto a adubo foliar e radicular a base de fósforo, na fórmula 15-30-20, desta forma o caule crescerá para uma nova floração. Suas flores são atraentes, grandes, exóticas e de uma beleza peculiar, atingindo altos preços no mercado. As primeira flores surgem normalmente aos seis anos de idade e a partir daí florescem até quatro vezes no ano. Existe uma variedade de híbridos e todos encantadores. Se bem cultivadas, as Vandas terão uma haste longa e com muitas flores, bastando dar-lhes muita luminosidade, regas constantes e não faltar a adubação.

Por serem monopodiais, novas mudas surgem nas laterais da planta mãe, que podem ser retiradas quando atingirem três raízes. Da mesma forma que a Renanthera, as Vandas podem ser cortadas para não crescerem tanto, assim você terá uma nova muda, desde que o corte fique com pelo menos duas raízes. A planta mãe soltará novos brotos e ramificações.
 
Meu Cultivo
 
Minhas vandas são cultivadas na serra, dentro do orquidário, cobertas apenas por sombrite de 60%. A adubação faço através de trouxinhas de meia contendo osmocote. Assim, com o sereno e as chuvas o adubo escorre nas folhas e raízes.
As regas são realizadas com chuva e sereno, tento manter um cultivo mais próximo do natural, apenas intervenho quando existe ataque de pragas.
 
Quando a temperatura fica muito baixa por longo período elas entram em dormência, porém, não vejo prejuízo, considerando que as floradas são constantes.
 
 
 

sexta-feira, 4 de julho de 2014

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Cattleya walkeriana juca neto x (leda x brod) lote 1696








Floração junho/2014

Cattleya walkeriana foi descoberta por Gardner, em 1839, próximo ao rio São Francisco (MG). Seu nome foi dado em homenagem ao seu fiel assistente, Edward Walker, que o acompanhou em sua segunda viagem ao Brasil a serviço do Jardim Botânico do Ceilão, no Sri Lanka.
O brasileiro Barbosa Rodrigues descreveu, em 1877, a Cattleya princeps, hoje considerada uma variedade da Cattleya walkeriana.


A Cattleya walkeriana, hoje mundialmente conhecida e apreciada pelos belíssimos híbridos que tem produzido, é encontrada nas regiões mais diferentes do Brasil, seja crescendo sobre pedras, no Estado de Goiás, ou sobre árvores, nos Estados de São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais, sempre próxima às águas de lagos, rios ou pântanos. São plantas de cultivo extremamente fácil, que os orquidófilos do mundo inteiro já dominam. Deve-se destacar que a maioria das plantas que hoje se encontram nas coleções foram produzidas por semente ou meristema (clonagem).


O exemplar da foto foi produzido por meristemagem, com isso, em sua primeira floração já se revela a boa forma e qualidade.


A planta foi adquirida diretamente do produtor na Exposição do Museu da República no Rio de Janeiro em 2012.de leitura:


Dica  de leitura:


O cultivo das orquidáceas e o interesse por sua propagação têm sido objeto de diversos estudos e teses na Escola de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina.
Com isso, as pesquisas científicas saíram das cadeiras acadêmicas e vieram para as editoras, cujas obras merecem  ser lidas e através delas poderemos aprimorar nossos conhecimentos.