terça-feira, 7 de julho de 2015

Cattleya Walkeriana Dona leda x Pink Smille





Foto e cultivo MGloriaM

Venerada por colecionadores, a Cattleya walkeriana é considerada a orquídea mais perfeita que existe graças ao equilíbrio e simetria de suas formas. Não à toa, um exemplar premiado de Cattleya walkeriana pode ser vendido por mais de R$ 1000 e alguns dos cruzamentos que essa espécie proporciona passam fácil dos R$ 3000, como é o caso da famosa Cattleya walkeriana “Feiticeira”.

Essa espécie foi descoberta por George Gardner, em 1839, vegetando nos galhos de árvores à margem de um riacho afluente do Rio São Francisco, em Minas Gerais. Seu nome homenageia Edward Walker, assistente que acompanhou o botânico durante dois anos nas viagens pelo Brasil. Mundialmente conhecida e apreciada, a Cattleya walkeriana também pode ser encontrada em ambiente selvagem nos estados de Goiás, Mato Grosso e São Paulo, sempre próxima a rios, lagos ou pântanos.

Um dos atrativos mais marcantes dessa espécie é sua fragrância peculiar, que lembra canela. A variedade de cores também chama atenção, rendendo-lhe nomes diferentes, com destaque ao lilás (tipo), branco (alba), branco com labelo lilás (semialba), azulado (designadacaerulea) e lilás com riscos púrpuras (chamada flamea). Suas flores, grandes se comparadas às demais Cattleya, podem enfeitar a casa por vários dias, especialmente nos meses de abril, maio e junho.

Por seu porte pequeno, essa espécie se adapta muito bem ao cultivo em ambiente interno, desde que tenha boas condições de umidade e iluminação – ajeite-a no peitoril de uma janela, por exemplo, protegido por uma cortina translúcida, evitando o sol forte da tarde. O ideal é que a temperatura média fique entre 25ºC e 35ºC durante o dia e entre 20ºC e 30ºC à noite.

Por ser orquídea epífita (que cresce sobre árvores), aCattleya walkeriana prefere substrato bem arejado. Há muitas opções além da mistura básica de casca de pínus, chips de coco e pedacinhos de carvão: isopor picado, casca de arroz carbonizada, caroços de açaí, cavacos de madeira (as espécies Mimosa caesalpiniafolia e Anandenanthera columbrina vêm sendo usada com sucesso como substrato alternativo). A casca de arroz carbonizada, aliás, oferece silício, um nutriente que ajuda a proteger a orquídea de pragas e doenças.

Entre os vasos mais usados estão o de barro (com ou sem furos laterais) e a caixa de madeira. Nos dois casos, há uma perda constante de água para o ambiente, muito saudável para a Cattleya, mas que exige cuidados contra o ressecamento e a desidratação. Para quebrar o ambiente seco dentro de casa, vale a pena colocar o vaso em cima de um prato com água e pedriscos, estrutura que vai ajudar a manter umidade no substrato sem encharcar as raízes.

Como orquídea costuma morrer por falta de regas – e não por excesso, como muitos pensam –, atente para que todo o substrato receba água. Uma forma simples de molhar a Cattleya walkeriana que está em vaso de barro é mergulhá-la num balde com água e deixá-la ali por meia hora, escorrendo em seguida. Se a planta estiver bem enraizada, em clima quente e seco, repita o processo a cada dois ou três dias. Dependendo das circunstâncias, esse intervalo pode se esticar por mais dias. Caso sua orquídea esteja plantada em árvore, borrife-a diariamente.

A adubação deve ser realizada semanalmente com NPK 20-20-20 até que os caules “gordinhos” (pseudobulbos) estejam no tamanho adulto. Assim que eles atingirem a maturidade, suspenda o adubo (não as regas!) e só retome ao final da floração. Isso evita que algumas plantas percam os botões ou simplesmente deixem de florescer.

Fonte:http://www.minhasplantas.com.br/plantas/catleia-walkeriana/

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