domingo, 21 de junho de 2015

Dendrochilum cobbianum "mury"






 
Floração 2015.
Foto e cultivo MGloriaM



Dendrochilum (em português: Dendróquilo) é um género botânico pertencente à família das orquídeas (Orchidaceae).
É um género rico em espécies e morfologicamente diferentes, de orquídea epífitas, da tribo Coelogyneae e subtribo Coelogyninae. Estão proximamente relacionadas com o género Pholidota. Neste género incluem-se as espécies antes incluídas nos géneros Acoridium e Platyclinis, distribuindo-se desde Myanmar, à Papua-Nova Guiné, com centros de espécies endémicas nas montanhas de Sumatra, Bornéu e Filipinas.

O nome deste gênero deriva da união de duas palavras gregas: δένδρον (dendron), que significa "árvore", e 'χειλος (Kheilos) que significa "lábio"; referindo-se ao seu labelo e à maneira como vivem as espécies deste gênero, ou seja a sua natureza epífita.

Estima-se que haja 271 espécies, que são epífitas e por vezes litófitas e mais raramente terrestres.
Das estimadas 271 espécies, 81 (87 taxones) estão reconhecidas em Bornéu. Só uma pequena quantidade de espécies, a maioria das Filipinas, são as que se cultivam.

Se bem que são um elemento característico da flora de floresta de baixa montanha, também se encontram em habitats tão diversos como os mangais das costas e nas rochas graníticas expostas ao vento das zonas subalpinas.

O monte Kinabalu é a área mais rica em Dendrochilum de todo o Bornéu, donde foram descritas 32 espécies, representando 39,5% do total de todas as espécies nesta área. Destas, doze espécies e duas variedades são endémicas desta montanha. Uma segunda área de diversidade, foi identificada nas montanhas a leste de Sarawak.
Uma recente subdivisão estabelece quatro subgéneros e 13 secções dentro deste género.

As espécies de Dendrochilum têm rizomas rastreiros, pseudobulbos ovóides a cilíndricos, que estão basalmente envoltos com brácteas delgadas de cor castanha ou verde e que desenvolvem de 1 a 2 folhas apicais, turgescentes e erectas, de lanceoladas a elípticas, com um pecíolo alargado que se vai ampliando.

As inflorescências são racemosas, apicais, com brácteas florais persistentes. Aparecem no centro das folhas, emergindo, delgadas, largas, ascendendo para logo descender abruptamente, com pequena ou grande densidade de odoríferas flores minúsculas ou pequenas, com sépalas laterais sacadas na base então concrescidas por mais da metade do comprimento.
Quando têm sépalas laterais planas na base então sempre são plantas com pseudobulbos monofoliados, com folhas plicadas ou não; inflorescência apresentando poucas ou muitas flores que medem no máximo 3 cm, quando poucas então com sépalas que medem menos de 1 cm de comprimento; com pétalas pouco mais estreitas que as sépalas; de labelo grandemente livre da coluna, sem esporão, não sacado na base, se trilobado então os lobos não se estendem até a base mas iniciam repentinamente longe da base, se inteiro então sem margens eretas, quando há carenas estas são inteiras, glabras e regulares; coluna pouco espatulada na extremidade.


Dendrochilum cobbianum, descrito por Heinrich Gustav Reichenbach em 1880, é uma orquídea epífita ocorrendo nas Filipinas, crescendo em árvores cobertas de musgo. Às vezes pode ocorrer como uma Litófita crescendo nas rochas em altitudes acima de 1200m.
Possui branco a verde-branco, cremoso flores com gargantas amarelas que surgem ao lado de novo crescimento. As flores têm um diâmetro de 1,8 cm, bastante grande para este gênero. Eles são perfumados com o odor de feno cortado de novo. Quando em flor, uma infinidade de flores estão contidos na arqueando as inflorescências, com um comprimento de cerca de 50 cm.
Um único lanceoladas folha com nervura central proeminente de brotos de uma cônica, amarelo pseudobulbo.
Esta espécie é fácil de crescer, dobrando de tamanho todos os anos. Ela prefere temperaturas intermediárias e luz moderada. 

Existem vários cultivares disponíveis:
  • Dendrochilum cobbianum 'Sentinela Chartreuse' (grandes flores, folhas suculentas resistentes)
  • Dendrochilum cobbianum 'Folha de gordura' (chartreuse flores com lábio amarelo)
  • Dendrochilum cobbianum "Corrente de ouro" (com brilhantes, ouro, perfumadas flores)
  • Dendrochilum cobbianum "Verde branco" (com longas espigas de flores perfumadas, branco-verde)
  • Dendrochilum cobbianum ' Sentinela 1' (flores amarelas)
  • Dendrochilum cobbianum 'A sentinela Poco' (flores cremoso em miniatura com lábio amarelo)
  • Dendrochilum cobbianum "Amarelo Sentinel" (flor amarela com labelo amarelo mais escuro).

quarta-feira, 17 de junho de 2015

BLC PASTORAL ANIEL CARNIER



 
Segunda Floração em 2015 - foto e cultivo MGloriam


BC pastoral aniel carnier  é um cruzamento da C.Mlle Louise Pauwels x Bc.Déese), este híbrido originalmente resgistrado por Rolf Altenburg em 1961. Esta variedade Aniel Carnier (homenagem ao grande amigo de  Rio Claro) possui pétalas e sépalas brancas com labelo púrpuro com amarelo na fauce. Acho este híbrido é belíssimo.
 
Por isso, aplaudo os comentários do conceituado orquidófilo Eduardo Nogueira Graça quando  descreve sua opinião a respeito dele e do resultando de outros híbridos resultado do cruzamento da BC pastoral ;
 
Bc. Pastoral, híbrido criado em 1.961 a partir de um feliz cruzamento entre a famosíssima matriz Bc. Deesee com C. Mademoiselle Louise Pauwels, é na minha opinião o maior sucesso criado por Rolf Altenburg (Florália). Este híbrido combina o que há de melhor no gênero Brassavola, ou seja o labelo franjado da Brassavola digbyana, com o tamanho e forma impecável das boas Cattleyas albas. Planta de fácil floração que produz quase sempre duas ou três flores grandes com um perfume cítrico muito agradável, herança da Brassavola digbyana.
Existem diversos clones afamados deste cruzamento, como por exemplo podemos citar os seguintes: "White Orb", "Mônica", "Ave Maria", "Innocence", "Aniel Carnier", "Sandra", "Rosee" e "Pink Pearl". Estes dois últimos são de uma tonalidade lavanda suave muito bonita, enquanto os demais são plantas albas ou semi-albas.
Talvez o único "defeito" deste híbrido é ser planta espaçosa, com rizomas um tanto compridos e folhas altas que consomem bastante espaço em nossos orquidários quase sempre apertados. Para aqueles que dispõem, contudo de um pouco mais de folga é uma planta que não deixar de fazer parte da coleção, sendo sempre a sua floração muito gratificante, compensando este pequeno sacrifício de espaço.
Venho acompanhado, nas exposições, sempre com grande interesse os híbridos desta planta e raramente me decepciono com o que vejo, pelo contrário até, pois tenho visto híbrido que apesar de não serem registrados ou premiados formalmente, as suas qualidades são inquestionáveis e tranqüilamente poderiam ser clonados e vendidos como plantas de alta qualidade batendo, inclusive, alguns bem mais conceituados. Com exemplo disso, temos o cruzamento com C. Nerto que produziu uma semi-alba espetacular, cuja a difusão está bastante concentrada na cidade de São Carlos - SP e em toda a exposição da cidade é planta de destaque. A quantidade de seus híbridos registrados vem aumentando continuamente, devido a maior dispersão de seus clones pelo mundo, sendo que grande parte são registrados por produtores japoneses que dão muito valor as suas qualidades. Seu híbrido mais conhecido no Brasil é Bc. Turandot (x C. Bob Betts)
 
 

quarta-feira, 27 de maio de 2015

BLC PASTORAL INOCENCIE




Floração Abril 2015
Foto e Cultivo
MGloriaM

Bc. Pastoral, híbrido criado em 1.961 a partir de um feliz cruzamento entre a famosíssima matriz Bc. Deeseecom C. Mademoiselle Louise Pauwels, é na minha opinião o maior sucesso criado por Rolf Altenburg (Florália).
Este híbrido combina o que há de melhor no gênero Brassavola, ou seja o labelo franjado da Brassavoladigbyana, com o tamanho e forma impecável das boas Cattleyas albas. Planta de fácil floração que produz quase sempre duas ou três flores grandes com um perfume cítrico muito agradável, herança da Brassavoladigbyana.


domingo, 24 de maio de 2015

BLC MAYKAI MAYUME





Floração maio 2015
Foto e cultivo MGloriaM

BC maikai mayumi  (cruzamento de C. Bowringiana x B. nodosa) x Cattleya Pao da Acucar e não Pão de Açúcar (híbrido entre C. kerchoveana x Brabantiae e foi registrada com o nome de "C. Pao da Acucar"  pela Florália em 1992. Ela é 25% aclandiae, 25% granulosa, 25% loddigesii e 25% schilleriana.
Espero que gostem).

Trata-se de uma planta de fácil cultivo, se adapta bem em climas variados.
O meu cultivo é bem simples adubação trimestral com osmocote e bocashi.
As regas ficam por conta da mãe natureza e do sereno.
O que mais me dá trabalho é a prevenção contra insetos, ácaros e doenças fúngicas.
No combate as doenças uso calda bordalesa da marca FOTH, quinzenalmente, revezando com óleo de nim.
Um experiência que compartilho é o aspecto da planta, dificilmente teremos uma planta com  as folhas impecáveis, em razão de umas serem mais novas ou velhas; outras pegam um pouco mais de luminosidade.

Por isso, o mais importante é a vigilância constante na adubação, ventilação, regas, luminosidade e muita, mais muita atenção nas doenças provocadas por cortes realizados com ferramentas sem esterilização, manuseio incorreto e controle de pragas.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Cattleya walkeriana juca neto x (leda x brod) lote 1696







Cattleya walkeriana foi descoberta por Gardner, em 1839, próximo ao rio São Francisco (MG). Seu nome foi dado em homenagem ao seu fiel assistente, Edward Walker, que o acompanhou em sua segunda viagem ao Brasil a serviço do Jardim Botânico do Ceilão, no Sri Lanka.
O brasileiro Barbosa Rodrigues descreveu, em 1877, a Cattleya princeps, hoje considerada uma variedade da Cattleya walkeriana.


A Cattleya walkeriana, hoje mundialmente conhecida e apreciada pelos belíssimos híbridos que tem produzido, é encontrada nas regiões mais diferentes do Brasil, seja crescendo sobre pedras, no Estado de Goiás, ou sobre árvores, nos Estados de São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais, sempre próxima às águas de lagos, rios ou pântanos. São plantas de cultivo extremamente fácil, que os orquidófilos do mundo inteiro já dominam. Deve-se destacar que a maioria das plantas que hoje se encontram nas coleções foram produzidas por semente ou meristema (clonagem).
A planta da foto foi adquirida diretamente do produtor na Exposição do Museu da República no Rio de Janeiro em 2012.

Em sua primeira floração em 2014 já  revelava boa forma e qualidade, o que se confirmou nesta florada de 2015.

veja a floração anterior: http://orquidariorecreio.blogspot.com.br/2014/06/cattleya-walkeriana-juca-neto-x-leda-x.html

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Laelia anceps tipo "selamadoc"







As L. anceps ocorrem principalmente no México.  Localmente são conhecidas como “flor de San Miguel”, “calaveritas” e “huichila”.
 
Estudos indicam a ocorrência de duas populações ou subespécies:  uma na vertente oriental da Sierra Madre, voltada para o lado do Golfo do México e chamada L. anceps subsp. anceps.  A outra, chamada L. anceps subsp. dawsonii, ocorre na vertente ocidental da Sierra Madre, voltada para o Oceano Pacífico.
 
As plantas da vertente Oriental não são consideradas ameaçadas, entretanto as plantas subsp. dawsonii, da vertente Ocidental da Sierra Madre são bastante raras e em risco de extinção. 
 
A forma chilapensis pode ser considerada extinta na natureza, entretanto é amplamente cultivada em muitos povoados da região de Chilapa, no estado de Guerrero.  São amplamente conhecidas como “L. anceps Guerrero” e possuem belíssimas flores geralmente com as pontas das pétalas apresentando colorido intenso (flameados).
  
As "Guerrero"  são as de maior destaque.
 
As plantas são epífitas e ocasionalmente rupícolas.  Ocorrem em altitudes geralmente entre 1200 e 1600 metros.   Nestas altitudes, as temperaturas podem descer abaixo de zero grau durante à noite.
 
Existem muitas variedades de L. anceps e sua popularidade já foi comparada à da L. purpurata.  No estado da Califórnia, são muito populares devido ao fácil cultivo ao ar livre, principalmente no sul do estado.  No Brasil ainda temos acesso difícil a estas plantas e suas variedades.
 
No habitat, a época de floração ocorre entre Outubro e Janeiro.  No Brasil as plantas florescem entre Maio e Julho.
 
As flores possuem cerca de 10 cm de diâmetro, geralmente formando cachos com 2 ou 3 flores na extremidade da haste.   Quando bem cultivadas formam touceiras e produzem vários cachos de flores.
 
CULTIVO:
 
As plantas toleram uma boa variação climática, mas preferem clima intermediário a frio, com queda de temperatura à noite.
A luminosidade deve ser alta, um pouco maior do que para as Cattleya.
Durante a brotação necessitam de mais regas e adubação.   Durante o inverno, após floração, as regas devem ser reduzidas assim como a adubação até nova brotação.
Gostam de vasos de barro rasos ou cestos de madeira.  Como substrato, utilizo pedaços de madeira resistente e dentro dos vasos pedaços de pau de xaxim (em extinção), proporcionando ampla aeração do sistema radicular.
 
 
fonte:http://awzorchids.com.br/br/artigosCont.php?target=MjY=

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Laelia crispa





Floração Janeiro/2015
Foto e Cultivo MGloriaM
 
Laelia crispa – muito se assemelha com a laelia purpurata e a lobata, seu nome está intimamente ligado ao seu labelo encrespado.
 Habitat:. Brasil Laelia crispa é encontrada na Serra do Mar também conhecida como Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro. Cresce no alto das árvores . 
O habitat principal é a floresta tropical acima de 400 metros de altitude, onde cresce em árvores, penhasco rochoso ou em escarpas voltadas para o oceano.  
Floração: em janeiro, de 4 a 9 flores por haste medindo em torno de 8 cm, na cor branca, com matiz rosa e lilás em sua parte interna e com veios lilás mais escuro e garganta amarelo ouro.
Cultivo: Regas intensas no seu período de crescimento e conservar seca no inverno.
Planta exigente: muita umidade ambiental, não gosta de raiz molhada, muita ventilação e muita luz, nada de sol direto. Melhor cultivada em lugar que não faça muito frio.
Substrato:
Vaso de barro com dreno de brita 2 e fibras.

Origem: adquirida no Orquidário Binot - RJ.

Detalhe da planta: muito perfumada