sábado, 23 de fevereiro de 2013

Cattleya forbesii


 Foto e cultivo MGloriaM
Janeiro/2013



Muito linda a Cattleya forbesii e nada exigente em seu cultivo. A da foto foi fixada num tronco, que fica dentro do orquidário, a menos de 4 meses, não recebe nada de adubo, apenas chuva e o sereno da madrugada.
O cultivo esta sendo em clima de altitude (1.200m), onde a temperatura a durante o dia é em torno de 23ºG e a noite 12ºG, isso no verão.

Para conhecer melhor esta jóia linda leia as informações abaixo.

Orquídea epífita brasileira, nativa de regiões litorâneas próximas de manguezais no sudeste sul brasileiro. Apresenta pseudobulbos finos com média de 20 cm e folhas elípticas de 12 cm de comprimento. A inflorescência ocorre entre primavera e outono, sai do ápice do pseudobulbo protegida por bráctea, portando de uma a seis flores cujas pétalas e sépalas são amarelo esverdeado ou creme, e labelo bem desenhado, branco leitoso externo, e intensa mácula amarela interna, com estrias vermelhas que dão singular beleza à flor.
Existe também a variedade punctata, com máculas nas pétalas e sépalas. Vegeta melhor com boa luminosidade ambiente, sob telado de 50 a 60% de sombreamento e temperatura média anual entre 18º e 28ºC, com boa ventilação e umidade ambiente, típicos de seu habitat natural próximo do mar, sujeitos a boa umidade noturna dos manguezais ou riachos, em altitude média de apenas 100 m do nível do mar. Pode ser plantada em vasos de cerâmica rasos, com substrato misto de lascas ou casca de peroba, casca de pinus e esfagno, ou simplesmente em lascas de madeira sem tanino que deverão estar posicionados num local do orquidário onde seja maior a umidade ambiente, mas sempre com boa ventilação e luminosidade acima descrita.
O sucesso do seu cultivo noutras regiões mais secas, como centro-oeste e nordeste do Brasil, está em propiciar uma umidade maior colocando-se bandejas ou bacias plásticas no orquidário na região onde estiverem seus vasos, assim como borrifar com água filtrada em toda a planta no período noturno. Nesse sentido ideal cultivá-la próxima de Vandas e Rhynchostylis, que também serão beneficiadas por esse procedimento.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Diversas - Paredário em Apartamento




Cultivar em apartamento não é difícil e o resultado é fascinante,
Os vasos da foto são todos de barro e o substrato esfagno para equilibrar e umidade.
O resultado é este da foto, uma boa dica para os cultivadores que possuem pouco espaço.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Phalaenopsis violácea



 floração janeiro 2013
 foto e cultivo MGloriaM
HISTÓRICO

O gênero Phalaenopsis foi criado por Karl Ludwig von Blume em 1825, batizando a planta com esse nome associando duas palavras gregas “phalaina” (falena, mariposa) e “ópsis,-eos” (visão, ação de ver) para designar as flores. No seu entendimento são parecidas com as asas de mariposas.
Na época a orquídea estudada por ele foi um exemplar da espécie Phalaenopsis amabilis, descrita anos antes (1741 e 1750) pelo botanista holandês Georg Ebehard Rumpf (ou Rumphius), no seu Herbarium amboinense, que descobriu a espécie na Ilha Amboine, localizada ao sul do arquipélago Molucas na Indonésia.
No gênero Phalaenopsis estão catalogadas cerca de 50 espécies, a maioria epífita e ocasionalmente litófitas, distribuídas por toda Ásia triopical, sudeste da Índia e Nepal, Nova Guiné, norte da China, Taiwan e Austrália, mas é nas Filipinas que está concentrada maior riqueza de espécies nativas.
Muitos orquidófilos pouco conhecem das Phalaenopsis enquanto “espécies” nativas, tal a profusão e imposição das espécies híbridas no mercado de flores mundial, inclusive no Brasil. Para resgatarmos a identidade das ESPÉCIES, presto esse tributo às nativas mostrando aqui algumas delas, bem diferentes do que conhecemos nas formas híbridas, mas com isso entendemos o por que de algumas formas diferenciadas destas, guardando traços daquelas nativas envolvidas nos cruzamentos e seus traços genéticos. Clique numa das fotos para vê-la ampliada noutra página
CARACTERISTICAS
As espécies do gênero Phalaenopsis apresentam caule praticamente nulo com avantajada folha larga e suculenta, onde está toda sua reserva nutricional, e sendo monopodial, de crescimento sucessivo, possui raízes longas, grossas e flexíveis, que crescem em profusão dentro de vasos plásticos arejados e bem drenados, com substrato misto de casca de coco, pinus e casca de arroz carbonizada. Na realidade a formulação de um substrato para orquídea epífita e monopodial não deve ser levado à risca como REGRA, mas sim sugestão. Cada orquidófilo deve procurar na região onde vive, aquele de melhor adaptação para a planta - e nesse sentido, quanta criatividade existe no meio!
Só não vale inventar muito, achando que uma orquídea epífita e monopodial irá adaptar-se a substrato com terra e compactado! Em pouco tempo estará atacada por bactérias ou fungos, melando suas raízes e destruindo suas folhas.
REGAS E ADUBAÇÃO
A orquídea Phalaenopsis, como a grande maioria das orchidaceas, aprecia boa umidade ambiente no substrato em vaso ventilado, mas nunca encharcado. Regas uma vez ao dia, preferencialmente no amanhecer ou entardecer, quando os estômatos nas folhas estão abertos e receptivos a nebulização úmida do ar absorve gotículas com nutrientes, o mesmo ocorrendo com os velames microporosos que compoem todo o enraizamento da planta.
Para evitar acúmulo de água na junção de suas folhas, o ideal é cultivar a planta meio inclinada, principalmente nos casos em que a pessoa tenha muitos vasos, regando-os com esguicho ou aspersores.
Recomenda-se na adubação de manutenção e crescimento uso de ADUBO CRISTALIZADO SOLÚVEL EM ÁGUA e que deve envolver além dos micronutrientes já incorporados na fórmula química, os macronutrientes N-P-K na proporção 10-10-10 ou 20-20-20. Para floração essa composição muda para reforço maior em Fósforo (P) e pouca coisa a mais em Potássio (K)– válido para a maioria das orquídeas – na fórmula 10-30-20. Se na região onde você residir não tem a fórmula com esses valores, não é problema, compre o que encontrar desde que tenha proporção parecida ainda que apresente esses números reduzidos (aliás é o que mais encontramos no interior do Brasil nas lojas de jardinagem ou produtos agropecuários).
Adubação orgânica composta pela mistura de torta de mamona substituindo o Nitrogênio (uréia) químico (N), a farinha de osso ou de ostras substituindo o Fósforo(P) e cinzas de madeiras diversas no lugar do Potássio (K), são excelente variante de adubação para orquídeas. Apesar de orgânico, esses componentes devem ser usados com a mesma cautela ou cuidado quando usamos adubação química, tendo em consideração que o ideal é usar em quantidade mínimas ou homeopáticas.
Exemplificando: Se no folheto ou modo de usar do frasco diz uma colher de chá para um litro de água, diminua para uma colher de café, ou naquela quantidade maior, aumente em três vezes a quantidade de água, guardando em frasco plástico fechado (garrafa pet por exemplo) e com essa água molhe a planta uma vez ao dia, até que essa solução nutricional acabe. Lembrar apenas de agitar o frasco antes do uso.
Agindo assim a orquídea não terá problema de super dosagem e intoxicação.
FLORAÇÃO E NOVAS MUDAS
Apresentam flores vistosas, coloridas, que variam do branco ao vermelho, passando pelo amarelo, creme-esverdeado, roxo, estriadas e incontáveis nuances de cores, pintalgadas ou não, principalmente nas espécies híbridas, plantas mais usadas para embelezar interiores! São sempre trilobadas e podem apresentar diferenças de forma, considerando a origem de sua origem genética nos cruzamentos. Apesar da exuberância de suas florações seu perfume, se existir é praticamente nulo. Ainda não encontrei durante o dia uma Phalaenopsis híbrida perfumada. Diz-se que ela seria polinizada na madrugada por um tipo de mariposa (falena) que aliás, são insetos de hábitos noturnos, diferentes das borboletas que possuem hábito diurno. Será que ela é perfumada na madrugada? Não sei…nesse horário estou dormindo!
As orquídeas Phalaenopsis têm uma tendência em reflorir numa mesma haste floral onde tenha tido floração anterior, soltando nova inflorescência nos nódulos velhos (ou gemas).
Nalgumas situações pode soltar nesses nódulos velhos, novas mudas.
Alguns orquidófilos após a floração anterior, costumam medir cerca de um palmo (cerca de 22 cm) na haste floral a partir da base da planta, cortando ali. Em seguida cauterizam o ferimento com uma colher quente e/ou passam pasta de canela em pó úmida evitando germes oportunistas como fungos e bactérias.
Nesse pedaço de 22 cm de haste que ficou na planta costuma nascer outra haste floral. Naquela haste cortada pode-se tentar brotação induzida, conforme o tamanho, cortando-a em pedaços de 30 cm (lembrar de cauterizar sempre as pontas cortadas, evitando fazer as divisões muito perto dos nódulos velhos), colocando-as numa bandeja plástica horizontal livre de resíduos e gorduras, com areia grossa lavada e úmida coberta por esfagno e sobre essa “cama” as hastes. Borrifar solução de água filtrada com complexo vitamínico B mais hormônio enraizador (tiamina de boro e ácido giberélico). Em seguida fechar com a tampa ou insufilme transparente, procurando manter esse substrato sempre úmido, mas não encharcado. Com o tempo surgirão novas mudas nos nódulos velhos.. Somente cortar cada pedaço com as novas mudas quando estas estiverem com as folhas duplas crescidas e apresentando enraizamento, replantando-as conforme já explicado acima.
DICAS FINAIS: Muitos orquidófilos usam pulverizar com canela em pó (powder cinnamon on Phal. roots getting healthy plant) colocada na palma da mão e soprando-a sobre as raízes das Phalaenopsis, visando proteção contra fungos e bactérias, e dizem, obtendo melhor floração com a planta mais saudável. Nosso amigo Vitor tem uma forma diferenciada de cuidar da sua, usando adubação líquida orgânica para floração, com farinha de osso .



 

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

ascocenda hibrido



 floração janeiro de 2013
Vandas e ascocendas híbrido
Muitos apreciadores de orquídeas iniciantes perguntam qual a principal diferença entre uma Vanda e uma Ascocenda. Vanda é o nome de um gênero de orquídeas composto por aproximadamente 77 espécies. Ascocenda é um “gênero híbrido” proveniente do cruzamento de planta do gênero Vanda com outra do gênero Ascocentrum, gênero este composto por cerca de 13 espécies naturais. Não existe nenhuma Ascocenda espécie. Segundo recentes trabalhos de taxonomia, o gênero Vanda foi divido em 7 gêneros, mas para simplificar, continuaremos a nos referir aqui a todas as plantas como Vanda.
A Vanda, tanto as nativas quanto os híbridos, sempre exerceram grande fascínio sobre a maioria dos colecionadores. Ostentando quase sempre vistosos cachos de grandes flores coloridas e muito duráveis enchem os olhos de qualquer pessoa que goste de Orquídeas. Uma planta de Vanda ou Ascocenda bem cultivada pode florir duas, três, ou mesmo mais vezes em um só ano, sendo que suas flores podem permanecer abertas por até sessenta dias a cada floração.
A maioria dos híbridos que apresentam flores grandes, redondas e coloridas é obtido com a utilização como matriz da Vanda sanderiana, ou de algum descendente seu. Das 77 espécies de Vanda existentes, praticamente todos os híbridos existentes em nosso mercado não utilizam mais do que 8 espécies. Do gênero Ascocentrum também não são utilizadas mais do que três das treze espécies existentes.
Até poucos anos atrás era bem difícil se conseguir no Brasil mudas de Vanda. Com a facilidade de importação criada na última década, grande quantidades de mudas foram importadas e hoje já estão sendo colocadas à venda floridas em nosso mercado.
Por se tratarem de crescimento monopodial, e em geral bastante lento, a obtenção de mudas por crescimento vegetativo não é tão simples quanto as plantas de crescimento simpodial, ficando na dependência de que alguma gema dormente existente no caule principal da planta desperte e gere um novo broto, que só poderá ser separado da planta mãe após cerca de seis a oito anos. A reprodução por semente ou meristema também é bastante lenta, sendo que uma planta produzida em laboratório costuma levar para florir pela primeira vez um período de tempo que chega a ser superior a dez anos.
A necessidade de se reduzir este tempo levou os hibridistas a cruzarem Vanda com Ascocentrum, de florescimento precoce, mas que possui o inconveniente de ter flores muito pequenas. Nasceu assim um híbrido intergenérico que recebeu o nome de Ascocenda.
Uma Ascocenda de primeira geração chega a florescer em cerca de cinco anos, mas suas flores em geral não ultrapassam cerca de 3cm de diâmetro. Quando se cruza uma Ascocenda de primeira geração com uma Vanda, o novo híbrido mantém a precocidade da floração, e as flores já ultrapassam os 5cm de diâmetro. Em três ou quatro gerações, as Ascocendas já apresentam flores tão grandes que nada ficam devendo aos híbridos de Vanda puros, e são facilmente confundidas com estes.
Cultivo:
Procuraremos passar algumas orientações básicas que, se seguidas com cuidado, permitem que qualquer pessoa possa obter sucesso no cultivo da maioria das Vandas ou Ascocenda híbridas. Visto que as espécies são bem mais delicadas, e conforme sua origem possuem exigências específicas de cultivo. Estas orientações são ainda dirigidas ao cultivo de plantas adultas, que já estão em fase de floração ou próximas desta.
Vandas e Ascocenda podem ser cultivadas da mesma forma. São plantas que requerem alta luminosidade e gostam de calor. Deve-se entretanto evitar colocação das plantas em local que recebam sol direto por muito tempo seguido pois isto pode queimar as folhas.
Precisam também de bastante umidade, principalmente no ar ao seu redor, mas não gostam de ficar com suas raízes molhadas por muito tempo, motivo pelo qual preferimos cultivar Vanda sem nenhum substrato. Na verdade, suas raízes preferem ficar totalmente soltas no ar. Por este motivo, são geralmente cultivadas em pequenos vasos de plásticos ou de barro sem nenhum tipo de substrato ou com pequena quantidade de substrato que não retenha muita unidade. Desenvolvem muito bem quando plantadas em cachepôs de madeira. Podem ainda ser amarradas em árvores sem nenhum problema, desde que em regiões não sujeitas a invernos rigorosos. Quando plantadas com pouco ou mesmo sem nenhum substrato, podem ser regadas diariamente ou mesmo mais de uma vez por dia, visto que com raízes totalmente expostas não existe o risco de se “encharcar” demais a planta.
Por serem plantas que devido ao seu tipo de crescimento não dispõem de muito espaço para reserva de nutrientes, necessitam de adubação freqüente, sendo mais recomendável a aplicação de fertilizantes de uso foliar por meio de pulverização. Em plantas adultas podemos alternar aplicações de fertilizantes de fórmula balanceada com outros de fórmulas indicadas para floração. O intervalo entre as aplicações pode ser semanal ou no máximo quinzenal. Como na maioria das orquídeas de crescimento monopodial, as Vanda não apresentam períodos de dormência e, portanto podem e devem ser adubadas durante todo o ano, mesmo quando estão floridas. Aplique o fertilizante em pequena quantidade em toda a superfície das folhas e também nas raízes. No caso da planta estar florida, evite o contato do fertilizante com as flores, botões e haste floral.
Quando uma Vanda ou Ascocenda começa a perder as folhas na base da planta, é um forte indício de desidratação, o que pode levar a planta à morte em pouco tempo. Se a planta estiver sendo cultivada sem substrato sem substrato, aumente a freqüência das regas ou transfira a planta para um ambiente mais úmido. Se, entretanto a planta estiver sendo cultivada com substrato, verifique primeiro se as raízes no interior do vaso estão em boas condições. Muitas vezes uma Vanda desidrata, pois suas raízes apodreceram por excesso de água. Se for este caso, retire todo o substrato da planta, mantenha a mesma em um ambiente úmido e procure induzir a formação de novas raízes com a utilização de indutores de enraizamento disponíveis no comercio.
Plantas dos gêneros Ascocentrum, Aerides, Arachnis, Neofinetia,Renanthera, Rhynchostylis, entre outros possuem crescimento e comportamento bastante semelhantes aos da Vanda, e portanto podem ser cultivados da mesma forma que estas.
 
_________________
...Thalita N. Silva & Eliel S. Silva

 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Cattleya Forbesii x Laelia tenebrosa




Foto cultivo MGloriaM
Floração Primavera/verão 2012
 
A planta da foto é um cruzamento entre a Cattleya forbessi e a laelia tenebrosa, suas folhas ora são unifoliadas, ora bifoliadas, mas a floração ocorre em pseudobulbo unifoliar e com espata.
A primeira floração ocorreu após 4 anos, quando a planta entouceirou, veja aqui: http://orquidariorecreio.blogspot.com.br/2011/11/cattleya-forbesii-x-laelia-grandis.html
 
No início de 2012, fiz vários cortes e transferi o cultivo para a serra. Um corte foi fixado no tronco de um pinheiro (foto) onde floriu com 2 lindas flores, o outro foi fixado num tronco dentro do orquídario e que já apresenta espata, deve florir nos próximos meses.
 
O cultivo deste híbrido não é difícil pode ser em vaso de barro, plástico, madeira ou árvore, mas demora um pouco para aclimatar.
 
Agora um pouco sobre a Cattleya Forbesii, cuja flor se assemelha a floração da foto.
 
Orquídea epífita brasileira, nativa de regiões litorâneas próximas de manguezais no sudeste sul brasileiro. Apresenta pseudobulbos finos com média de 20 cm e folhas elípticas de 12 cm de comprimento. A inflorescência ocorre entre primavera e outono, sai do ápice do pseudobulbo protegida por bráctea, portando de uma a seis flores cujas pétalas e sépalas são amarelo esverdeado ou creme, e labelo bem desenhado, branco leitoso externo, e intensa mácula amarela interna, com estrias vermelhas que dão singular beleza à flor.
Existe também a variedade punctata, com máculas nas pétalas e sépalas. Vegeta melhor com boa luminosidade ambiente, sob telado de 50 a 60% de sombreamento e temperatura média anual entre 18º e 28ºC, com boa ventilação e umidade ambiente, típicos de seu habitat natural próximo do mar, sujeitos a boa umidade noturna dos manguezais ou riachos, em altitude média de apenas 100 m do nível do mar. Pode ser plantada em vasos de cerâmica rasos, com substrato misto de lascas ou casca de peroba, casca de pinus e esfagno, ou simplesmente em lascas de madeira sem tanino que deverão estar posicionados num local do orquidário onde seja maior a umidade ambiente, mas sempre com boa ventilação e luminosidade acima descrita.
O sucesso do seu cultivo noutras regiões mais secas, como centro-oeste e nordeste do Brasil, está em propiciar uma umidade maior colocando-se bandejas ou bacias plásticas no orquidário na região onde estiverem seus vasos, assim como borrifar com água filtrada em toda a planta no período noturno. Nesse sentido ideal cultivá-la próxima de Vandas e Rhynchostylis, que também serão beneficiadas por esse procedimento.
 

sábado, 5 de janeiro de 2013

Cattleya dolosa coerulea - meristema











1ª Floração dezembro 2012.
Foto, cultivo de MGloriam

Em maio de 2009 ganhei esta planta no sorteio do Fórum A Orquidea.
O exemplar do sorteio foi adquirido no Orquidário Oriental, na época adulto, no entanto, nunca floriu.
Nos anos de cultivo aconteceu de tudo, ora pragas atacavam, as espatas vinham mas secavam, fulgo, etc... a planta mingava depois entouceirava.
Em setembro de 2012 levei para vegetar em clima de altitude, parece que gostou e  de primeira floração vieram 06 flores.
Observei que os botões saem direto das folhas bifoliadas (genética da loddigesii), sem espata, semelhante a floração da Cattleya walkeriana.
O perfume suave e marcante pela manhã mais se aproxima da C. loddigesii. 


Cultivo:
vaso de barro, brita, casca de pinus e fibra.
Adubação com osmocote de 3 em 3 meses e viagra da AOESP.
Prevenção: óleo de Nim e Dithane.

A Cattleya dolosa é um hibrido natural da Cattleya walkeriana e a Cattleya loddigesii.
Curiosamente elas dividem o mesmo habitat na divisa de Minas Gerais e São Paulo, resultando a Cattleya x dolosa.

Cattleya loddigesii:
Orquídea epífita de pseudobulbos longos, finos e cilíndricos, bifoliares, com altura média de 30 cm, é nativa do sudeste do Brasil até o Paraguay. A inflorescência surge do ápice do pseudobulbo portando de 2 a 6 flores medindo cerca de 12 cm de diâmetro cada. Pétalas e sépalas podem variar do tom rosa claro até lilás suave e labelo meio curvado sobre a coluna como na Cattleya violácea, apresentando coloração que varia do rosa escuro ao claro, e disco de coloração branca. Floresce entre verão e inverno, pode ser plantada em vasos com substrato preferencialmente de lascas de madeira, drenados e arejados. No período de desenvolvimento e enraizamento colocar junto da base do pseudobulbo pequena porção de esfagno ou coco desfibrado para assegurar maior umidade, principalmente se cultivada em região de clima mais quente. Luminosidade entre 50 a 70%.


sábado, 29 de dezembro de 2012

Laelia fidelensis - Raridade - extinta.







Floração Dezembro/12
Foto, cultivo MGloriaM

O exemplar da foto foi adquirido na  Florália Orchids,  em 01 de maio de 2011, na exposição de orquídeas realizada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Ela veio plantada em vaso de plástico com casca de pinus.
A primeira floração ocorreu em março deste ano e agora a segunda floração em dezembro do mesmo ano.


...........................
Espécie Rara
A laelia Fidelense é uma espécie rara muito atrativa, as orquídeas são de um rosa uniforme.
Segundo o orquidario Binot, essa orquídea é uma planta de porte baixo e ela floresce entre outubro e janeiro.
São cultivadas recebendo muita luz, especialmente na parte da manhã.
Ela pode ser cultivada no mesmo ambiente da Laélia Crispa. A espécie fidelense costuma florir sem espátula, e quando a folha nova abre, o botão já está aparecendo. é preciso cuidado nesta época, para não deixar acumular água na folha, para evitar o apodrecimento do botão.


A história desta espécie merece uma atenção especial, por isso, transcrevo abaixo, com os devidos créditos:

DEPOIS DE CONHECIDA, UMA FLOR À MORTE.

Só depois de 36 anos da morte de seu descobridor, está sendo divulgada em São Fidélis, a Laelia Fidelensis, espécie de orquídea rara em todo mundo que tem seu habitat natural nas regiões montanhosas do município.
A espécie passou a despertar maiores atenções depois que a revista americana Orchid Digest, num artigo de três páginas, publicou na sua edição de agosto deste ano ampla reportagem sobre existência dessa flor.
Segundo o artigo da Orchid Digest, assinado por J. A. Fowlie, "em 1940, o Dr. Júlio Sodré, um residente de uma pequena localidade de São Fidélis, às margens do rio paraíba, no Estado do Rio de Janeiro, fez uma descoberta surpreendente, próximo à sua casa. Escalando ostensivamente para dentro da Serra de São Fidélis, ele descobriu a planta que parecia vegetativamente como uma da espécie Lealia Cattleyodes, porém, era muito pequena em sua estatura como uma hodrolaelia. A principio pensou ser uma híbrida natural e várias espécies de laelia são citadas como possíveis parentes, porem, finalmente, a planta floresceu de maneira um tanto espetacular, bem diferente de qualquer outra orquídea selvagem ou híbrida natural que ele jamais encontrou na região".
"As flores - informa ainda a revista - foram enviadas ao expert de orquídeas brasileiras daquela época, que era F. C. Hoehne, o qual declarou que era uma nova espécie. Contudo, nunca publicou oficialmente a respeito da planta. A fama da planta se propalou e cedo recebeu um item entre os colecionadores de orquídeas; parte da planta enriqueceu as coleções particulares em Niterói, Estado do Rio. Uma peça destas foi cedida por Rolf Altenburg, as semeaduras vendidas através do Orquitário Binot, as quais foram etiquetadas por sua uniformidade, sugerindo novamente ser uma nova espécie e não uma híbrida natural. Entretanto, Hoehne faleceu, e Dr. Júlio Sodré levou para o túmulo o segredo cuidadosamente guardado quanto ao habitat natural da planta".
Segundo ainda a Orchid Digest, em 1966, durante um congresso de botânica, a planta foi mostrada pelo botânico Dr. Brieger, que negou a possibilidade como híbrida natural já que não havia possíveis parentescos dos quais pudesse conjecturar. Posteriormente, em 1967, uma revista especializada em Orquídeas publicou a respeito da Laelia Fidelensis, e, mais tarde, a espécie herbário foi encontrada no Jardim Botânico do Rio.
Espécie Rara
A Laelia Fidelensis, é uma espécie muita atrativa, sempre de flores de cor rosa uniforme, de tonalidade desmaiada. A planta original da coleção do Dr. Júlio Sodré foi dividida entre os membros de sua família.
Atualmente só quem as possui em São Fidélis, são os filhos do Dr. Júlio Sodré, o médico Hélio Sodré e seu irmão Bernardino Sodré ? que há coisa de uma semana, despertados pela publicação da revista americana, conseguiram no Orquidário Binot, em Petrópolis, três mudas da planta, que somente deverão florescer neste verão.
Segundo a orientação do Orquidário Binot, essa orquídea é uma planta de porte baixo e, em Petrópolis, ela tem florido entre outubro e janeiro. Os seedlings são cultivados recebendo muita luz, especialmente na parte da manhã. Ela pode ser cultivada no mesmo ambiente que a Laelia Crispa. A espécie fidelense costuma florir sem espátula e quando a folha nova abre, o botão já está aparecendo. é preciso cuidado nesta época para não deixar acumular água na folha nova para evitar o apodrecimento do botão. Também em Petrópolis, o Dr. Dennis Deveen, está cultivando a espécie fidelense, que tem valor altíssimo entre os orquidófilos e apreciadores de orquídeas.
Júlio Sodré, descobridor da espécie, faleceu em 1941. Embora não fosse formado em botânica, sempre se dedicou à pesquisa de flores, nas horas vagas que tinha como funcionário dos Correios e Telégrafos em São Fidélis. A grande particularidade da laelia por ele descoberta, é que ela se apresenta em oito pistilos, diferençando das demais espécies de orquídeas existente no mundo.
Para algumas pessoas, os desmatamentos ocorridos nas regiões serranas de São Fidélis poderão muito em breve contribuir para o desaparecimento dessa planta devido ao desequilíbrio ecológico e a consequente quebra de seu habitat natural.
Jornal O FLUMINENSE
Estado do Rio de Janeiro, sexta-feira, 09/09/1977


Obs.
Encontra-se a Hadrolaelia fidelenses:

Jardim Botânico do Rio de Janeiro;
Orquidário Binot - Petrópolis;
Bernardino Sodré- São Fidélis
Florália - RJ
Orquidário Recreio