quinta-feira, 17 de maio de 2012

Cultivo - entrevistado: Carlos Keller

Publico na íntegra, a entrevista concedida pelo orquidófilo Carlos Keller e publicada no Blog Orquideas no Apê do orquidófilo Sergio Oyama Junior - agradeço a gentileza do autor em disponibilizar a matéria.

 http://orquideasnoape.blogspot.com.br/2012/04/entrevista-com-carlos-keller.html

23 de abril de 2012

Entrevista com Carlos Keller 

Cattleya percivaliana 'Carla Porto'
Cattleya percivaliana 'Carla Porto'

Duas características sempre me chamaram a atenção em relação ao entrevistado de hoje. Primeiro, o vasto conhecimento que ele possui sobre orquídeas e orquidofilia. Foi através de seus artigos, mensagens e tutoriais que aprendi a maior parte das coisas que hoje sei sobre o assunto. A segunda característica, não menos importante, é justamente esta generosidade em ajudar e compartilhar sua experiência com todos. Sempre fui muito bem amparado quando lhe solicitei ajuda e costumo ouvir o mesmo de várias pessoas que o conhecem. Foi com este espírito que Carlos Keller, paisagista e orquidófilo do Rio de Janeiro, concordou em conceder esta entrevista especial ao blog.

O.A. Como está composta a sua coleção? Quantos exemplares você possui?

C.K. A minha coleção possui cerca de mil plantas e está composta tanto por híbridos quanto por espécies. O enfoque principal está nas cattleyas e nos híbridos de cattleya, mas tenho também algumas orquídeas chamadas de “botânicas”. Outra espécie que gosto muito é a Laelia purpurata. A escolha do plantel está focada na qualidade. Tenho um pouco de tudo, mas só entram no orquidário plantas boas, clássicas, ou de beleza ímpar. A seleção é rigorosa e para isso eu costumo comprar apenas orquídeas quando estão floridas, para ter certeza do que estou levando para casa, salvo é claro, quando compro meristemas de fornecedores de confiança.

Tenho umas poucas orquídeas mais comuns, que geralmente têm origem em presentes de amigos. Essas estão na coleção por valor sentimental e não me desfaço delas por nada. Aqui o fator limitante é o clima, que no Rio é quente e com pouca amplitude térmica entre o dia e a noite, o que não é bom para as orquídeas. Tenho quase todas as cattleyas nas suas principais variedades, mas algumas, como as Cattleya trianaei, por exemplo, não estão se desenvolvendo como eu gostaria. Sentem calor à noite. Curiosamente, algumas orquídeas notadamente de clima frio, como a Cattleya percivaliana e o Zygopetalum, estão se dando bem por aqui. Não sei explicar o motivo, mas procuro ir sempre movendo o vaso desse tipo de orquídea para lá e para cá dentro do orquidário, até encontrar um micro-clima em algum canto que satisfaça as necessidades da planta.

Blc. Waianae Leopard 'Melody Point'
Blc. Waianae Leopard 'Melody Point'

Quanto aos híbridos, tenho a maioria dos meristemões clássicos importados e que foram premiados pela AOS. O principal motivo disso é que estou juntando material para fazer um site e quero postar no site para consulta os principais híbridos à venda no mercado brasileiro e internacional. Nesse caso, só podem entrar ali os híbridos registrados. Quanto às cattleyas espécie, procuro ter na coleção também as antigas, as clássicas, pois essas têm um passado muito interessante para ser contado, o mesmo se dando com as Laelia purpurata. Preciso ter a planta na coleção, para poder fotografá-la no momento em que estiver florida.

O.A. Em linhas gerais, como é feito o cultivo?

C.K. A chave para o bom cultivo das orquídeas está na rega. A maioria das espécies de orquídea tem as raízes ao ar livre e não enterradas na terra como as demais plantas, então essas raízes têm que secar entre as regas, senão elas apodrecem. Todo o resto do cultivo, como o substrato, o vaso, as instalações, etc., estão pendurados nessa premissa. Se a umidade está correta tudo vai bem. Orquídea gosta de umidade no ar e não no pé. Prefiro como construção os orquidários técnicos, com estufas agrícolas cobertas. Plástico leitoso no teto e sombrite ou aluminette logo abaixo, telas essas que tanto podem ser abertas ou fechadas, dependendo da época do ano. O orquidário deve ter pelo menos 4 metros de altura para um bom arejamento e se possível deve ser fechado dos lados com uma tela bem leve e clara. O orquidário coberto propicia um melhor controle das regas, pois não é afetado pelos períodos chuvosos.

Carlos Keller
Carlos Keller

No meu caso, podemos dizer: “casa de ferreiro, espeto de pau”. O meu orquidário é muito velho e ruim. É baixo demais e está apertado para a coleção. Ainda não fiz melhoramentos ali, pois estou eternamente à procura de uma área mais alta, nas montanhas que circundam a cidade, para mudar para lá o meu orquidário. Nessa região o clima é bem mais favorável, para não dizer excelente, mas vocês sabem que as montanhas do Rio estão tomadas por favelas, o que torna os terrenos disponíveis, ou muito caros se forem seguros, ou muito perigosos.

O substrato que sempre usei depois que o xaxim foi proibido é o musgo do Chile, também chamado de sphagnum do Chile. Esse é um ótimo substrato para as orquídeas, desde que nunca entre em contato com matéria orgânica, senão ele se decompõe rapidamente e leva junto as raízes. Devido ao calor da minha área (Guaratiba, no sul da cidade), fui obrigado a descobrir o orquidário para melhorar a ventilação, retirando o teto de plástico e mantendo só o sombrite. Por conta disso, tive que mudar o substrato para algo de secagem super rápida e estou usando no momento cubos de casca de peroba (aprox: 3 x 3 cm ou 4 x 4 cm), tanto dentro de vasos de barro, quanto dentro de cachepots de madeira. As raízes estão se adaptando muito bem a esse substrato e não apodrecem como fariam se estivessem no musgo debaixo de chuva. Esse substrato de rápida secagem também é imune aos funcionários que pensam que orquídea é igual a samambaia e molham demais quando não estamos olhando.

Algumas orquídeas, no entanto, geralmente as “botânicas” como as catasetíneas, por exemplo, quando fora da dormência gostam de ter certa umidade constante nas raízes e para isso eu as mantenho no sphagnum, o qual apesar da umidade interna é muito arejado. Para esse tipo de orquídea mantenho parte do orquidário coberto com plástico como era originalmente. No mais, adubo semanalmente com Peters e a cada mês aplico Superthrive e micronutrientes. Tanto o adubo, quanto os complementos, variam ao longo do ano de acordo com as necessidades de cada planta na época.

O.A. Além de adubos e defensivos, existem aditivos capazes de melhorar a floração?

C.K. Como eu já disse acima, uso o Superthrive, que é uma mistura não detalhada pelo fabricante de vitamina B e hormônios. Uso também o Cal-Mag da Peters, micronutrientes da Vallagro (Brexil) e nos replantes ou dependendo da necessidade, uso o hormônio enraizador AIB, que é o ácido indobutílico. Gosto muito do adubo “Viagra” da AOSP, uma espécie de Bokashi, mas esse eu uso apenas nas poucas orquídeas terrestres que tenho. Nos cubos de peroba ele não se fixa e para o sphagnum ele é a morte, pois é matéria orgânica concentrada. O adubo orgânico que uso nos vasos com cubos de peroba é o Vitan, que é foliar e também possui micronutrientes. Na verdade ele é um adubo organomineral.

O.A. No que o iniciante deve focar, ao começar a sua coleção?

C.K. O iniciante deve antes de tudo estudar. Ele deve ler tudo o que puder sobre as orquídeas, deve fazer buscas na internet e deve visitar o maior número possível de orquidófilos. Só assim ele não fará erros estruturais básicos, difíceis depois de consertar. Ele deve também procurar se inteirar sobre todas as orquídeas que estão à venda no mercado, para poder então dentre todas, fazer a seleção do que vale a pena ser adquirido, evitando as compras de impulso e as compras redundantes. Não estou falando aqui de plantas caras, pois o orquidário de cada um é o reflexo do seu bolso. Não se deve valorizar a orquídea por ser cara e sim pelo seu bom cultivo. Os meristemas possuem no geral a mesma faixa de preço e um meristema belo custa o mesmo que um sem graça. O que vale é a escolha. Uma orquídea sem carisma ocupa o mesmo espaço e recebe a mesma água e adubo que uma espetacular, embora os preços se equiparem. Estou me dirigindo àqueles que desejam ser colecionadores amadores de orquídea. Os que desejam fazer cruzamentos e melhoramentos, esses só terão sucesso depois de muita prática e experiência. Isso não é algo que se aprende da noite para o dia.

O.A. Existe alguma orquídea que você ainda não tenha e que ainda gostaria de adquirir?

C.K. Eu ainda não estou produzindo orquídeas a ponto de poder pagar com as vendas as minhas aquisições. Isso vai demorar a acontecer, pois as minhas instalações são pequenas. As compras são pagas com parte do meu salário, o que não é fácil de se dispor hoje em dia. Por conta disso, ficaram para trás algumas orquídeas mais caras, as quais dentre elas estão uma boa Cattleya walkeriana caerulea e uma boa Cattleya labiata caerulea. Eu tenho alguns bons exemplares das citadas acima, mas uma espetacular de cada ainda está me faltando. Carlos.

O.A. Não tenho palavras para agradecer por tão rica e detalhada entrevista. Com certeza, será uma referência importante para todos aqueles que se dedicam a esta atividade tão cativante. O Carlos permitiu que divulgássemos seu e-mail para contato, uma informação que já me foi bastante útil no passado: carlosgkeller@terra.com.br. Carlos Keller, muito obrigado por tudo

sábado, 12 de maio de 2012

Vandas - Hibridas - cultivo na Região Serrana






As mudinhas da foto fazem parte de uma experiencia que iniciei em setembro de 2011.

Sempre ouvi e li que as vandas são orquídeas de clima quente e que não suportam baixas temperaturas pois entram em dormência.
Em setembro de 2011, iniciei um novo tipo de cultivo, com clima de altitude e temperaturas consideradas baixas para as vandas.
Mesmo assim, resolvi fixar 2 mudinhas que estavam em dormência em seu habitat ao nível do mar e clima quente.
No início elas me pareceram sofridas, na realidade estavam em fase de adaptação. Aos poucos, suas novas raízes, grossas e saudáveis, começaram a nascer e as folhas antigas, um pouco queimadas do frio, deram lugar a novas folhas verdes e fortes, como se observa na foto.
Como relatei,  trata-se de uma experiência, por serem pequenas acredito ter grandes chances de que se adaptem e no futuro venham a florescer.
Por enquanto, posso afirmar que elas já passaram a primavera, o verão e agora vão iniciar o outono.
A adubação é zero, recebem apenas o que a natureza lhes oferece.
Por enquanto, vou observando e postando para voces. 

sábado, 5 de maio de 2012

Arundina bambusifolia - orquídea bambu




foto, cultivo e propriedade MGloriaM
26.04.12

As touceiras da foto estão plantadas diretamente no jardim sem qualquer cuidado especial, com floração constante.

Nome Científico: Arundina bambusifolia
Nome Popular: Orquídea-bambú, arundina, orquídea-de-bambu, orquídea-de-jardim
Origem: Ásia Tropical, Burma, atual União Mianmar ou antiga Birmânia, país do sudeste asiático
Família: Orchidaceae
Ciclo de Vida: Perene

Dica de Cultivo: Pode ser cultivada à meia-sombra ou a sol pleno, mas sempre em solo rico em matéria orgânica. Quando plantada em vaso, a mistura recomendada é: 1 parte de terra comum de jardim, 1 parte de terra vegetal e 2 partes de composto orgânico

As regas devem ser regulares, sem encharcamento, e sempre que o substrato secar na superfície.

Cultivada em condições adequadas, floresce o ano inteiro, mas seu período de florescimento vai da primavera ao início do outono.

Sua floração é mais intensa em regiões de clima tropical e equatorial. Não tolera geadas.

Para fazer novas mudas da arundina, pode-se usar o processo da divisão das touceiras, mantendo de 2 a 3 ramos em cada nova muda.

Observação: as minhas são cultivadas em altitude, com temperaturas mínimas no outono e inverno beirando 6ºC.




sexta-feira, 27 de abril de 2012

Phalaenopsis - cultivo - árvore





Floração iniciada em 14 de abril de 2012.
foto e cultivo MGloriaM


Em maio de 2008 adquiri a planta da foto na exposição do Jardim Botânico - RJ, com apenas 1 flor miúda,  se inciava uma longa batalha para nova floração, que perdurou por 4 anos.
Em novembro de 2011 resolvi transferir seu habitat para clima de altitude, o que ouvi por vezes não ser o mais propício.
O resultado foi este aí  na foto.


Meu Cultivo (experimental):
Clima: 19 a 24ºC durante o dia  e a noite entre 10 a 19ºC.

Luminosidade: muita claridade e sol indireto
Adubação: sem adubo
Substrato: pedaço de xaxim velho fixado num pinheiro vivo.

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Phalaenopsis - Cultivo Tradicional

As orquídeas do gênero Phalaenopsis, ou orquídeas mariposa, são talvez as mais fáceis para cultivo em casa e apartamento, quando bem cultivadas podem florir com frequência, ao longo do ano, mas sua época de floração é no final do inverno e início da primavera.
As hastes florais de alguns híbridos podem ser forçadas a florir novamente, se for cortada (coloque canela em pó depois do corte) na ponta onde floriu a última flor e imediatamente acima da gema adormecida (gema é a dobrinha da haste). Isto só deve ser feito com plantas saudáveis e fortes, considerando que uma nova floração fará a planta dispender muita energia.
Fornecer luz para elas é fácil, crescem bem junto a uma janela com luz clara, com pouco ou nenhum sol direto.

 O clima segundo diversos cultivadores deve ser entre os 25 e 30ºC,  ou mais durante o dia e acima dos 15ºC a noite. Apesar de as temperaturas mais altas forçarem e acelerarem o crescimento vegetativo deve ser acompanhado de um aumento de umidade e da circulação do ar.
Uma boa observação é a de que uma mudança brusca de temperatura pode levar a queda dos botões em plantas com flores.
 A rega é um fator importante, pois, sendo as folhas os maiores órgãos de armazenamento de água que elas possuem e não sendo este muito volumoso, o substrato nunca deve secar completamente.
Uma dica é regar abundantemente, sempre pela manhã, e só voltar a regar quando secar por completo.
No verão, em regiões de clima seco, recomendo a rega de 2 em 2 dias.
Um outro fator importante é a umidade, que deve regular entre 50% e 80%.
A adubação deve ser regular, principalmente se o tempo estiver quente, pois as plantas estarão em crescimento ativo.
Para substrato a base de cascas utilize adubos ricos em nitrogênio, como 30-10-10, para se obter melhores resultados. Para outros substratos utilize adubos balanceados 20-20-20.
As phalaenopsis devem ser reenvasadas para troca de substrato a cada 2  ou 3 anos e no final da primavera. 


sexta-feira, 13 de abril de 2012

EXPOSIÇÃO DE ORQUÍDEAS - RIO DE JANEIRO - 2012


Dia 27/04
- 06:00 às 12:00 montagem dos stands da exposição
- 12:00 às 17:00 julgamento das orquídeas


Dia 28/04
- 08:00 Abertura ao público
-09:00 Visitação monitorada, ( havendo público interessado). Local: em torno da exposição
-10:00 Visitação monitorada, ( havendo público interessado). Local: em torno da exposição
-11:00 Teatrinho infantil. Local: tenda
-12:00 Oficina de cultivo. Local: tenda
-14:00 Oficina de cultivo. Local: tenda
-15:00 Palestra sobre cultivo de Phalaenopsis com Fernando Setembrino. Local: tenda
-16:00 Atividade infantil. Local: tenda
-17:00 Encerramento


Dia 29/04
-08:00 Abertura ao público
-9:00 Visitação monitorada, ( havendo público interessado). Local: em torno da exposição
-10:00 Visitação monitorada, ( havendo público interessado). Local: em torno da exposição
-11:00 Teatrinho infantil. Local: tenda
-12:00 Oficina de cultivo. Local: tenda
-14:00 Oficina de cultivo. Local: tenda
-15:00 Palestra sobre Cultivo de Vandas e afins com Eduardo Cantelli. Local: tenda
-16:00 Atividade infanti. Local: tenda
-17:00 Encerramento


Dia 30/04
- 08:00 Abertura ao público
- 09:00 Visitação monitorada, ( havendo público interessado). Local: em torno da exposição
-10:00 Visitação monitorada, ( havendo público interessado). Local: em torno da exposição
-11:00 Teatrinho infantil. Local: tenda
-12:00 Oficina de cultivo. Local: tenda
-14:00 Oficina de cultivo. Local: tenda
-15:00 Palestra sobre cultivo de Catasetum e afins com Luciano Ramalho
-16:00 Atividade infantil. Local: tenda
-17:00 Encerramento


Dia 01/05
- 08:00 Abertura ao público
- 09:00 Visitação monitorada, ( havendo público interessado). Local: em torno da exposição
- 09:30 às 12:00 Curso de cultivo - 1ª parte, com Delfina de Araujo. Local: Laboratório Social
-10:00 Visitação monitorada, ( havendo público interessado). Local: em torno da exposição
-11:00 Teatrinho infantil. Local: tenda
-12:00 Oficina de cultivo. Local: tenda
- 13:30 às 16:30 Curso de cultivo - 2ª parte, com Carlos Antonio A. de Gouveia. Local: Laboratório Social
17:00 Encerramento



segunda-feira, 9 de abril de 2012

Coelogyne



A muda da foto foi identificada como sendo Coelogyne cristata, mas prefiro esperar a floração para afirmar. Enquanto isso, posto abaixo algumas informações a respeito dela. Boa leitura.

Cœlogyne é um gênero de plantas com aproximadamente 195 espécies que pertence à família das orquídeas, ou Orchidaceae. São facilmente reconhecidas por sua robustez e abundantes flores, intrigantes e delicadas, frequentemente de cor creme, mas também brancas, verdes ou alaranjadas, muitas das quais perfumadas durante o dia e que geralmente duram semanas.
Originárias de ampla área do Sudeste Asiático, e Sudoeste do Pacífico, a variedade deste gênero é muito grande. Há espécies grandes e pequenas, algumas têm pseudobulbos espaçados em vários centímetros, outras os têm amontoados, sempre com uma ou duas folhas. Suas flores crescem tanto do ápice dos pseudobulbos como de um broto novo e podem ser pendentes ou em inflorescências eretas. Em todas as estações há espécies floridas, porém a maioria floresce durante a primavera.
Algumas espécies são amplamente cultivadas em todo o mundo; entretanto, como a maioria delas cresce rapidamente, logo se transformam em um problema para colecionadores de orquídeas com espaço insuficiente. De modo geral os cultivadores escolhem umas poucas espécies para ter em suas coleções, mas elas estão sempre presentes.
Existem registros da antiga utilização dos pseudobulbos de algumas espécies para fins medicinais na China, entretanto modernamente sua utilidade é exclusivamente ornamental.
Desde as florestas tropicais quentes do litoral até às florestas chuvosas das montanhas frias do Himalaia, do nível do mar até três mil metros de altitude. Há espécies de clima frio, intermediário ou quente, seco ou úmido, sombrio ou luminoso. De modo geral são epífitas, ocasionalmente rupícolas ou terrestres em locais mais frios e abertos.[10]
A diversidade das espécies aumenta com a altitude, através de seus quatro principais habitats:
  • Florestas perenes litorâneas úmidas até 1500m de altitude, onde a chuva e a temperatura são mais uniformes ao longo do ano e esta raramente baixa de 21°C. Nesta área geralmente são epífitas e com folhas largas pois a luminosidade é baixa. Não são comummente encontradas próximas ao solo, a menos que estejam em escarpas ou áreas muito íngremes. A popular Coelogyne mayeriana habita este tipo de floresta.[11]
  • Florestas tropicais de monções, também até 1500 m de altitude. As espécies desta área estão mais acostumadas a certa sazonalidade, enfrentando clima seco durante parte do ano e, conforme a altitude, frio moderado também. Algumas das espécies encontradas aqui estão entre as mais comuns em cultivo, tais como Coelogyne cristata, Coelogyne flaccida e Coelogyne nitida.[12]
  • Florestas tropicais de altitude, entre 900 e 1800 metros, principalmente em três das grandes ilhas do Pacífico, Bornéu, Sumatra e Java.,[12] onde o clima é similar ao das florestas perenes, porém diminui a temperatura com a altitude. A espécie mais comum aqui é a Coelogyne tomentosa, mas é uma das áreas com maior número de espécies.[13]
  • Florestas tropicais de altitude, entre 1500 e 2900m, com temperaturas ainda mais frias, encontram-se espécies vivendo epífitas ou sobre as rochas e amontoados de folhas secas entre a densa camada de arbustos e ervas que cobrem o solo destas matas. Nesta área poucas espécies existem, vale notar a Coelogyne mooreana.
Para saber mais e continuar a leitura click aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Coelogyne

sexta-feira, 30 de março de 2012

Dendrobium agregatum




Foto e cultivo MgloriaM

Após 3 anos sendo cultivado em vaso de plástico, sem florir, resolvi levá-lo para a serra e fixar num tutor de madeira (tora de peroba), o resultado foi esta florada.
Cultivado livre, na natureza, sem qualquer adubação ou cuidados especiais.