terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Cattleya labiata tipo


Como todo iniciante busquei adquirir plantas de fácil cultivo e de acordo com meu clima.
Em 2008 li que a Cattleya labiata vegeta bem em clima quente, nível do mar, que gosta de sol, umidade e ventilação, logo adquiri 2 exemplares a da foto, tamanho adulto com espata (vazia) e uma amesiana (que não resistiu aos meus cuidados).
No entanto, não mencionaram nas entrelinhas que a "Rainha do Nordeste" é temperamental.
Nestes  3 anos obtive sucesso com  outras de cultivo considerado difícil e justamente a C. labiata foi quem me levou a exaustão, por mais que eu fornecesse todas as condições, pelo menos pensava que fazia, mais me exigia. Nada de floração.
Não nego que já estava desanimando, quando resolvi no inicio de Janeiro retirar o cachepô onde ela vegeta e enterrá-lo num balde de plástico cheio de brita "0" (zero) de cara para o sol.
Ao mesmo tempo que as folhas  amarelavam suas raízes enormes começaram a buscar a umidade nas britas, com brotação nunca  visto antes..
Meu desânimo transformou-se em esperança, quando numa de minhas fiscalizações noturnas avistei uma espata saindo da folha nova, mais ainda, quando notei que dentro dela estava começando a se formar botões.
Os botões se formaram, saíram da espata (vibrei) e agora apresento as flores, o resultado do exercício diário de muita paciência e teimosia.
Valeu a pena perseverar.



Floração 03/06/2011







Origem do Nome:

No Século 19 havia uma verdadeira corrida entre os comerciantes de flores e plantas europeus em busca das novidades do novo mundo com sua flora exótica e de colorido exuberante. Evidentemente as orquídeas eram o centro das atenções. Em 1821 John Lindley descreveu as Cattleyas labiatas, nomeando-as cattleya em homenagem a William Cattley, rico comerciante e colecionador de plantas e labiata ( lábio grande ) devido ao tamanho de seu labelo. Após intenso sucesso, as cattleyas ficaram meio esquecidas até 1889 quando foram redescobertas, ressurgindo o interesse comercial por essas plantas de belíssimas flores.

A Cattleya labiata é uma espécie que floresce ao final do verão e princípio do outono, o perfume exalado por suas flores na parte da manhã é tão característico que podemos chamar de "perfume das Cattleyas" pois esta é uma característica transmitida aos híbridos produzidos com sua participação.  Espécie considerada 'Rainha do Nordeste Brasileiro', para muitos 'Rainha das Orquídeas Brasileiras', pela floração abundante, de grande duração, de perfume inconfundível.
Habitat  
                                    
A labiata ou lirio roxo como muitos a chamam no interior do Nordeste, procede em maior número de habitats dos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Ceará e Sergipe.
 
Ela é planta epífita ou por vezes rupícula, que vegeta sobre  árvores ou sobre rochas e em paredões nas serras, em locais nos quais a umidade provem, como já dito antes, de um mais intenso regime de chuvas (brejos) e da neblina que se forma, noturna e matinal, locais quase sempre protegidos do sol intenso.  Na natureza, vegeta a uma altitude entre 500 e 1000 metros. É, sem dúvida alguma, a mais bela e uma das mais apreciadas orquídeas brasileiras, por ser cultivada fácil e soberbamente, de norte a sul do País. Nenhuma outra Cattleya o faz em tal plenitude!

Planta    
  
Planta extremamente resistente, como boa nordestina que é, com pseudobulbos de 15 a20 centímetrosde altura, comprimidos e sulcados, apresentando uma única folha oblongo-elíptica, raramente duas. Inflorescências compostas de 3 a 5 flores, sempre muito bem dispostas e que surgem de uma espata dupla de mesmo tamanho e vigorosa.

Flor
Flor com 18/20 até 25 centímetros de diâmetro, um tamanho  excepcional, pétalas e sépalas  de colorido típico lilás, em diversas tonalidades. As sépalas são lanceoladas, a maior parte das vezes planas e as pétalas mais largas, ovóides e graciosamente onduladas. O labelo apresenta variações que iremos destacar, as mais comuns, mais adiante.

Época de Floração
Em geral, no Norte e Nordeste brasileiro: Dezembro/Janeiro à Março e no Sudeste e Sul em Fevereiro/Março, mas as fortes variações climáticas recem ocorridas, tornam essas previsões pouco precisas.
Cultura    

Considerada como uma planta de facílima cultura e, por isso, muito recomendada para orquidófilos principiantes.  
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Referência Bibliográfica:
Texto baseado em Wikipédia, a enciclopédia livre, em artigo de Angelo Lo Ré publicado na Revista OrquidaRio, em artigos publicados nos Anais do II Encontro de Orquidófilos e Orquidólogos, de autoria do Dr. Luiz de Araújo Pereira e Lou Christian Menezes, e no Livro de João Paulo Fontes sobre a Cattleya labiata Lindl. Colaboração de meus amigos e companheiros do NOCB – Núcleo Orquidófilo Castello Branco, Guy Cliquet do Amaral e Carlos Alberto Seixas, Diretor Técnico do NOCB e colaboração técnica do Dr. Leonardo Pessoa Felix, da UFPa.
                                                                        
                                                                                                                         

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

LAELIA PURPURATA semi alba

LAELIA PURPURATA - FLOR DO NATAL





Floração 18/12/2011


Em dezembro de 2008,  adquiri este exemplar no orquidário 4 Estações como sendo uma Catleya híbrida.

Quando recebi o "hibrido" pude verificar que se tratava de uma Laelia com 2 botões florais.
Naquele ano pude apreciar sua beleza e perfume, no entanto, nunca mais floriu.
Foram exatamente 3 anos de longa espera e desafios, como o verão escaldante no Rio de Janeiro, as cochonilhas, pulgões, manchas e muitos outros.
Em junho de 2010 uma espata, esperei 6 meses e ela secou.
Neste ano, no mesmo mês de junho uma espata enorme e dupla despontou, sem que demonstrasse qualquer botão subindo.
No fim de novembro eles começaram a se formar e rapidamente cresceram.
Agora compartilho a floração da Laelia purpurata semi alba.


Cultivo:

- Caixeta de madeira florada no fundo com uma camada de fibra de coco, bolas de argila e um pouco de esfagno.

- adubada com osmocote 10-10-10 de 3 em 3 meses, viagra da AOESP de 3 em 3 meses. Quando tenho tempo adubo com fish fértil de 15 em 15 dias.

- vegeta com muita luz, sem sol direto, boa ventilação e gotas de chuva (quando chove muito forte).

- regas constante com jato de água  (mangueira).

O gênero Laelia Lindley abrange cerca de 60 espécies conhecidas, endêmicas desde as Índias Ocidentais, passando pelo México, América Central e Brasil. Muitas das espécies do gênero Laelia foram reclassificadas para o gênero Hadrolaelia, como a Laelia purpurata, que tornou-se Hadrolaelia purpurata. As orquídeas do gênero Hadrolaelia possuem pseudobulbos com uma a duas folhas e raramente mais que isso. Todas as espécies do gênero possuem 8 políneas. Vegetam bem em ambientes de baixa umidade, temperaturas frias e alta intensidade de luz no período de dormência que antecede a floração. Nesse período (baixa temperatura, inverno), diminuimos as regas; a umidade excessiva e adubação nas plantas nessa época pode ser desatrosa, eventualmente estressando-a e bloqueando sua floração. No Brasil, crescem e florescem melhor na região sul e parte da região sudeste favorecidas pelo clima na época do inverno, bem mais acentuado que noutras regiões brasileiras. Conforme a origem ou região de onde foram coletadas, florescem em diferentes meses do ano a contar de novembro até julho/agosto...

Para continuar lendo a respeito click aqui: http://www.orquidariocuiaba.com.br/fichas-de-orquideas/hadrolaelia-purpurata-ou-laelia-purpurata/

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Agora olhem quem floriu pela quarta vez este ano:

Laelia Alaorii
Esta menina gosta de aparecer em todas as estações.




Aproveito para desejar Boas Festas e muitas flores à todos os seguidores.


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

DENDROBIUM E DENPHAL






Floração em novembro de 2011
foto e cultivo MGloriaM.

Cultivo Denphal com muita luz e ventilação.
A adubação é simplesmente osmocote 14-14-14, no início de cada estação do ano e de 15 em 15 dias adubação orgânica (Fish fértil) na proporção de 2 ml por litro de água.
Nos últimos 12 meses modifiquei bastante a forma de cultivo e adubação, procuro não fazer experiências químicas com as plantas, ou seja, uso apenas 1 adubo orgânico e 1 adubo químico, ambos de liberação lenta, proporcionando a planta uma forma mais tranquila de absorver os nutrientes.
Dica: Não troque com muita frequência os adubos, escolha um e siga em frente por pelo menos 1 ano e aprenda a observar.

Bom cultivo.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Blc maykai maymi



foto e cultivo MGloriaM

Este híbrido floriu em abril com duas frentes de flores e agora nova floração com a mesma beleza.


Um pouco sobre o exemplar:
BC maikai mayumi (cruzamento de C. Bowringiana x B. nodosa) x Cattleya Pao da Acucar e não Pão de Açúcar (híbrido entre C. kerchoveana x Brabantiae e foi registrada com o nome de "C. Pao da Acucar" pela Florália em 1992. Ela é 25% aclandiae, 25% granulosa, 25% loddigesii e 25% schilleriana.
Cultivo: vaso de barro, dreno de bolas de argila, substrato mix (casca de peroba, carvão vegetal e fibra de coco), vegeta na varanda do apartamento com luminosidade em torno de 60%, adubação quinzenal com fish fértil endure, osmocote manutenção trimestralmente e regas todas as vezes que o substrato seca, em média 2 vezes por semana, não deixando de borrifar diariamente pela manhã (cuidado muita água mata a planta).
Este ano introduzi o viagra da AOESP e obtive bons resultados.


Postagens anteriores:
Como podem observar, ela é uma planta bastante florífera, perfumada e muito fácil de cultiva.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

CATTLEYA FORBESII X LAELIA GRANDIS



Florida em novembro.

Comprei este híbrido em 2008, no orquidário 4 estações.
Desde então, rodo com ela pelos quatro cantos da varanda e nunca havia florido.
Pelo visto, após 3anos de longa espera resolveu florir.
Agora passo as dicas de cultivo:

Substrato: casca de pinus
Vaso: plástico
Cultivo: nível do mar
Luminosidade: alta (sem sol direto).
Adubação: osmocote 20-20-20 ( 3 em 3 meses) e viagra da AOSP (2 em 2 meses)
Regas: quando esta com o substrato seco

Obs.: no meu caso muita paciência.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

PHALAENOPSIS DIVERSAS






Phalaenopsis floridas em outubro.

Ano passado todas as minhas Phal. foram atacadas por acaros, as folhas estavam com aspecto de velhas e sofridas, para combater os ácaros usei óleo de nim na proporção de 1 colher de chá para 1 litro de água semanalmente.
O óleo de neem (Azadirachta india) é um inseticida natural que ficou conhecido nos últimos 30 anos. É biodegradável e pouco tóxico. Ele é acaricida, nematicida, bactericida e fungicida.

FLORAÇÃO DE OUTUBRO




FLORIDAS EM OUTUBRO
Foto, propriedade e cultivo MGLORIAM

Na foto apresento Phalaenopsis, Dendrobium, Denphal e a minha linda BLC maikai mayume que inicia sua florada de 2011, não podendo deixar de mencionar um cruzamento de Cattleya forbesi X laelia grandis que floresceu pela primeira vez, depois de 4 anos de longa espera.
Para iniciar o mês de novembro e meados da primavera apresento as plantas floridas.
No decorrer deste mês postarei a respeito do cultivo individualmente.
Neste mesmo período explicarei e ensinarei como obtive sucesso com o adubo denominado " VIAGRA DA AOESP", adquirido na exposição do Jardim Botânico e introduzido em meu cultivo desde maio de 2011.