terça-feira, 21 de julho de 2015

Paphilopedium limon e leeanun








Nome Técnico:Paphiopedilum

Nomes Populares :sapatinho ou queixuda
Família : Família Orchidaceae 
Origem: Originária da Tailândia 

Descrição: Orquídea de crescimento monopodial, com tamanho até 15cm de folhas estreitas flexíveis, com a nervura central bem marcada. 
As flores de 6x9 cm tem formato exótico, onde o labelo tem o formato de um queixo ou sapato, sendo conhecidas como queixuda ou sapatinho. 
Por isto os colecionadores desta espécie intitulam-se de sapateiros. 
As flores são solitárias em longa haste de 15 cm e permanecem por longo tempo, de até mais de 20 dias. 
Floresce da primavera até o verão, dependendo da região. 
Um grande número de espécies são encontradas e fazem grande sucesso em exposições e nas floriculturas.

Modo de Cultivo :Necessitam de cultivo em ripados com sombreamento em torno de 50% e toleram temperaturas que podem ir de 10 a 30ºC, o que nos dá a possibilidade de cultivar este gênero em todo o país.
O substrato de cultivo deve ser bem poroso. 
Apesar de terrestre, o solo mineral comum não deve ser usado pois tende a compactar e impedir as raízes de crescerem e respirarem.
Coloque no fundo do vaso pedriscos ou brita, depois casca de coco e de pínus que foram deixados dentro d’água para saturar, deixar escorrer antes de colocar no vaso. 
Também colocar sfagno, aquele musgo seco usados pelos floristas. 
Esta orquídea não possui pseudobulbo e caule e portanto não tem como armazenar água, por isto necessita que se mantenha o substrato bem poroso levemente úmido, não encharcado.
Se cultivada dentro de casa e não num ripado, a conveniência de manter o substrato e o ambiente úmido pode ser feito colocando uma esponja úmida no prato sob o vaso. Muitos preferem colocar pedrinhas mantidas com um pouco de água, mas sem que o fundo do vaso fique mergulhado nela.
Um problema em tempos de combate a dengue. Pode também regar mais frequente na estação mais quente e seca. 
Para adubar esta planta não é preciso muita manutenção, pois tem lento crescimento e não necessita de grande quantidade de nutrientes. 
Adubo granulado dissolvido em água (1 colherinha de chá para 2 litros de água), poderá borrifar as folhas e o substrato, a cada 3 meses durante o período vegetativo e 1 vez por semana no mês que antecede a floração. 

Texto da
Eng.Agr.Miriam Stumpf.http://www.fazfacil.com.br/jardim/orquidea_terrestre_paphiopedilum.html capturado em 11.05.2011.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Ascocenda princesa mikasa




Foto e Cultivo MGloria M

Princesa Mikasa

Uma famosa orquídea híbrida quase azul, da família das Vandaceas, a AscocendaPrincess Mikasa Blue homenageia uma representante da Casa Imperial do Japão. Como já dá para imaginar, a Princesa Mikasa é esposa do Príncipe Mikasa, que por sua vez vem a ser tio paterno do Imperador Akihito. Ela acaba de completar 90 anos. Um belíssimo artigo sobre esta orquídea, em inglês (A princess in blue), foi publicado pela orquidófila Karma, da Suécia.
 Nascida Yuriko Takagi, ela é a segunda filha do ex-visconde Masanari Takagi.
Ela graduou-se pela Academia das Mulheres de Gakushuin em 1941. Em 22 de outubro daquele mesmo ano, ela se casou com o Príncipe Mikasa (Takahito), o filho caçula do Imperador Taishō e da Imperatriz Teimei.
O casal teve cinco filhos, dos quais quatro ainda estão vivos. As duas filhas deixaram a Casa Imperial com seus casamentos.
A Princesa Mikasa é presidente e presidente de honra de diversas organizações ligadas à preservação da cultura japonesa. Ela e seu marido são também vice-presidentes de honra da Sociedade da Cruz Vermelha do Japão.
A Princesa Mikasa também costuma acompanhar o Príncipe Mikasa em suas viagens ao exterior e, em 1958, viajou com este ao Brasil, por ocasião do 50.° aniversário do imigração japonesa. Eles foram o primeiro casal imperial que visitou o Paraná, na cidade de Londrina. Lá, plantaram um pinheiro japonês e uma seringueira, simbolizando a união entre as duas nações. Também se iniciou a construção do Colégio Agrícola de Apucarana.1
Depois de apresentar sintomas de anemia, a Princesa Mikasa passou por umacirurgia para a remoção de um câncer glandular no intestino grosso, em julho de 2007. Foram removidos cerca de 30 cm do órgão.
A última cirurgia, para a implantação de um marca-passo, ocorreu em 1999.2
 
A planta da foto de uma Ascocenda, da família das vandáceas, muito florífera. Ela quebrou o tabu de que vandas não se cultivam em clima frio, pois vegeta à 1200 m de altitude, com temperatura que pode chegar a 4ºG.
 
Neste ano de 2013, já floriu 3 vezes e como se observa na foto, existem muitas mudas, aliás, retirei uma muda, do mesmo tamanho da que ganhei do orquidário 4 Estações de brinde (planta adulta da foto).
 
Agora deixo  uma matéria bastante interessante a respeito das Vandaceas:
 
As vandáceas tidas como plantas difíceis de cultivar, o que na é verdade, talvez por que suas raízes fiquem nuas, sem qualquer substrato, o que nos deixa um pouco amendrontado em não conseguir sucesso.
Em minhas pesquisas encontrei um material de excelente qualidade, por isso, resolvi reproduzi-lo no blog, aproveitando para  parabenizando o autor pelo belíssimo trabalho de observação e pesquisa.

Introdução

Iniciei o cultivo de Vandas em casa e, como qualquer iniciante, precisava de informações básicas e técnicas sobre o assunto, visto que são orquídeas bem diferenciadas da maioria, principalmente pelo fato de não precisarem de substrato para sobreviver.

Iniciei uma busca pela internet sobre o tema e para minha surpresa, quase não encontrei material em Língua Portuguesa sobre o assunto! Inicialmente tive a impressão de que brasileiros não gostam muito de Vandas ou simplesmente, não se interessaram em publicar nada a respeito, existindo apenas artigos em português sobre as orquídeas mais comuns, como Phalaenopsis, Dendrobium, Cattleya, etc.
Diante da necessidade de informações, passei a fazer contato pessoal com produtores de Vandas e principalmente, pesquisar em outros idiomas, como inglês, italiano, holandês e alemão, oportunidade em que consegui encontrar algum material e aqui neste texto farei um arrazoado de tudo que encontrei, conversei, estudei e entendi ser a forma mais adequada para o cultivo dessa exuberante orquídea.
Deixo claro aqui que NÃO sou engenheiro agrônomo, biólogo, botânico ou qualquer outro profissional da área, simplesmente sou um hobbista que procurou informações e compilou aqui neste texto para facilitar aos demais brasileiros que têm interesse no cultivo de Vandaceas.

Este texto não esgota o assunto e serve apenas como uma referência e base para aqueles que desejam cultivar a “raínha das orquídeas”, conforme é carinhosamente conhecida.
Definição:

A Vanda pertence à família das VANDACEAS as quais fazem parte, juntamente a Ascocentrum e Ascocenda (que é um híbrido de Vanda X Ascocentrum), são originárias da Ásia, encontradas desde o leste indiano até a Austrália, de norte a sul da China, Tailândia, Coréia e demais países asiáticos.
São plantas de crescimento monopodial, e em sua maioria, epífitas, sendo encontradas na natureza em troncos de árvores ou galhos. Suas inflorescências saem das axilas das folhas, através das hastes florais. Em condições favoráveis, as Vandaceas podem apresentar múltiplas hastes florais ao mesmo tempo, saindo cada uma de uma folha diferente, porém, o mais comum, é ver apenas uma haste floral, contendo aproximadamente oito flores por haste.
As Vandaceas são subdivididas em três grupos basicamente, de acordo com sua forma:
1 – Strap-leaf: Suas folhas são largas, extensas, achatadas e com textura parecida com couro. Devido a superfície da folha ser grande, são orquídeas que não suportam a exposição direta a sol pleno, podemos citar como exemplo desse grupo, a Sanderiana, Merrillii, Coerulea, Ascocentrum, Dearei, Tricolor, etc. Caso esta orquídea esteja pendurada em uma árvore poderá ficar exposta ao sol direto até às 10h00 e após às 15h00. Em orquidários, ou Vandários, recomenda-se a incidência solar de 65% a 75%.
2 – Terete ou Cilíndrica: Apresentam folhas cilíndricas, como exemplo, Vanda Teres e Vanda Hookeriana. São orquídeas adaptadas a sol pleno o ano todo.
3 – Semi-Terete: São os híbridos resultantes do cruzamento das duas anteriores, suas folhas são parcialmente cilíndricas e largas, também são adaptadas ao sol pleno.
Sobre o Cultivo:
Temperatura
Para um cultivo eficiente e eficaz na produção de inflorescências, devemos inicialmente relembrar que as Vandaceas são provenientes de um clima semelhante ao amazônico: extremamente quente e úmido.
O ideal de cultivo seria em ambiente com temperatura próxima dos 30ºC, e com umidade em torno de 80% durante todo o tempo, e ainda, respeitando a quantidade luminosa descrita anteriormente de acordo com cada espécie. Existem algumas espécies que suportam até 4ºC por cerca de 2 a 3 horas, porém, esse curto espaço de tempo já é suficiente para ocorrerem danos nas raízes e nos botões florais, caso existam. Exposições por tempo superior a este a baixas temperaturas já passam a causar danos à estrutura da planta em si.
Para locais que não dispõe de temperatura alta todos os dias, o dia todo, recomenda-se que caso a temperatura caia para menos 15ºC, guardar a Vandaceas dentro de casa, para que as mesmas fiquem protegidas, bem como, é importante agir proativamente e não esperar chegar nos 15ºC para removê-las do ambiente (evitando assim, choques térmicos), antes deste índice, coloque-as dentro de casa. Uma dica aqui é guardá-las no banheiro após o banho, a temperatura costuma ficar perto dos 22ºC e com umidade do ar mínima de 80%, assim, conseguimos unir dois importantes fatores em um ambiente só.
Por outro lado, em regiões que fazem calor excessivo (acima dos 35ºC) por longos períodos, e as Vandaceas estão em ambiente fechado, como orquidário ou vandário por exemplo, recomenda-se que tenha corrente de ar, mesmo que seja através de um ventilador, para que as folhas não sofram danos em função do calor elevado e a ventilação faça o resfriamento da superfície das folhas. O contrário também é verdadeiro, em locais frios, é importante preservar a orquídea dos ventos para que não tenham sua temperatura ainda mais diminuída.
Umidade

O ambiente ideal para Vandaceas seria próximo aos 80% de umidade relativa do ar, porém, até 50% ainda é uma situação favorável. Níveis inferiores a 50% já se tornam insalubres às Vandaceas. Vandários mais modernos são construídos sobre rios, ou ainda, possuem algum tipo de reservatório de água interno, exatamente para garantir e manter o nível de umidade ideal para as Vandas. Uma dica interessante para o aumento e manutenção da umidade é manter outras espécies de plantas que retém água no mesmo ambiente das Vandaceas, porém, sem que fiquem fisicamente misturas ou muito próximas, visto que esses tipos de planta freqüentemente atraem pragas naturais, sendo necessário seu acompanhamento e controle para evitar que as pragas cheguem até as Vandaceas.
Meu vandário é constituído de grama em toda sua extensão, bem como, existem plantas da espécie IMPATIENS, que retém e precisam de muita água, dessa forma, além de decorativas em complemento às Vandas, elas ajudam na preservação dos níveis aceitáveis de umidade no ambiente dedicado às Vandas. Muitas pessoas usam Bromélias para retenção de água.
Observe até este ponto que as Vandas têm todo um ambiente bastante próprio e específico. Misturar Vandaceas com outros tipos de orquídeas certamente prejudicará uma espécie ou ambas, pelo simples motivo de uma orquídea precisar muito calor e a outra de pouco, uma precisar de muita umidade e outra pode apodrecer devido aos elevados índices de umidade que as Vandas necessitam. Este é o motivo de ser construído um Vandário independente do orquidário. Outro exemplo bastante claro e ilustrativo de diferenças de ambiente, é o caso da Cymbidium, a qual preferencialmente precisa de climas frios para floração, exatamente o oposto da Vanda e algo totalmente incompatível em termos de ambiente. Caso as duas coabitem o mesmo ambiente, certamente uma, ou mesmo as duas, serão prejudicadas.
Um detalhe importante a ser observado a respeito da hidratação das Vandaceas, é o aspecto e a coloração das RAÍZES, quanto mais esbranquiçadas, maior a desidratação, sendo necessária sua rega o mais rápido possível, especialmente se a planta passou por longo período sem regas. Basicamente, raízes bem hidratadas apresentam uma coloração próxima das folhas, e em muitos casos, a mesma coloração, sendo este aspecto visual o principal e mais fácil “termômetro” para saber se é ou não o momento de regá-las.
Caso as Vandaceas estejam junto com outras orquídeas em um mesmo ambiente, é interessante começar a rega pelas Vandaceas, depois as demais orquídeas e por fim, novamente as Vandaceas, para garantir seu alto índice de umidade.
Falando ainda de raízes, observo e saliento aqui que as raízes das Vandaceas têm características um pouco diferenciadas das demais orquídeas. Pelo fato de serem monopodiais, não possuem a mesma estrutura orgânica de boa parte das orquídeas (como pseudobulbos, por exemplo) para armazenar alimento e energia, sendo que as raízes constituem parte essencial e até mesmo vital das Vandaceas, a poda de raízes deve ser feita de forma extremamente criteriosa para que a planta não morra e também não leve tempo excessivo para reconstituir partes básicas e elementares para seu desenvolvimento e sobrevivência e até mesmo floração.
Uma forma de saber se a raiz está viva e ainda ativa, é pressionando levemente com a ponta dos dedos, como um fumante que aperta o filtro do cigarro entre os dedos. Raízes ativas apresentam um aspecto de maciez quando pressionadas, isso se deve ao tecido esponjoso, chamado de VELAME, responsável pela absorção de água e dos sais minerais.
Uma raiz já sem vida, além de ter o aspecto escuro, fica totalmente rígida, não tendo mais utilidade em um primeiro momento. Alguns produtores orientam a fazer a poda dessas raízes para que a planta tenha mais espaço para crescimento e para nascimento de novas raízes, úteis à planta. Particularmente penso que as raízes mortas devem ser removidas sim, porém, não na sua totalidade, uma vez que se parte delas for preservada, servirão para reter água, ajudando a manter a base da planta úmida por mais tempo. Claro, cabe aqui o bom senso e não o radicalismo no sentido de se deixarem todas as raízes mortas e/ou no sentido de remover todas.
Plantio

Não é recomendado em hipótese alguma o plantio das Vandaceas em fibra de côco, xaxim (para aqueles que ainda tem xaxim em estoque, uma vez que sua venda foi proibida no Brasil), ou qualquer outro substrato que retenha água, podendo ser utilizado argila expandida em vaso com muitos orifícios laterais e no fundo para que ocorra a drenagem total da água, sem que fique resquício de água no fundo do vaso ou em seu substrato. O ideal de plantio é em cachepot de plástico (os de madeira podem desenvolver fungos devido à alta umidade e alta temperatura, sendo que esses fungos podem passar para a planta devido à similaridade de tecidos).
Não é necessário fazer o replantio periódico (leia-se aqui “troca de cachepot”) de plantas adultas, a não ser que cachepot tenha se quebrado por algum motivo, ou se o cachepot de madeira tenha apodrecido devido à umidade. Caso seja necessário o replantio, recomenda-se mergulhar a planta em um balde com água limpa e deixar por alguns minutos para que as raízes amoleçam um pouco e facilite a sua troca sem que haja maiores danos às raízes. Não é aconselhável colocar um cachepot dentro de outro maior pelo motivo de prejudicar a ventilação adequada à planta. Caso seja necessário colocar em um cachepot maior, ou mesmo fazer a troca, retire o primeiro e recoloque a planta no novo, sem interferência do anterior.
Fertilizantes

Aqui está uma das partes mais importantes do texto, e para alguns, o grande segredo das Vandas. Não serei taxativo no sentido de prescrever a quantidade certa de fertilizante a ser ministrada a cada aplicação, isso vai depender de cada um de acordo com o número e a freqüência de aplicações que se deseja fazer. Um fator muito importante é que fertilizantes com altos índices de NITROGÊNIO funcionam como inibidor de inflorescências nas Vandaceas! Isso mesmo, evite o uso de fertilizantes com alto percentual de Nitrogênio em Vandaceas adultas se deseja floração. Uma recomendação nesse sentido é o uso de NPK 20-20-20 com maior freqüência até o início da fase adulta, visto que plantas jovens não florescem e não há motivo para se preocupar.
Depois de adultas, recomenda-se continuar com NPK 20-20-20, porém, com dosagem menor e menor freqüência, iniciando o uso de NPK 10-30-20 para floração e de Vitamina B para estimular o enraizamento. Em Vandaceas adultas, com aspecto forte, saudável, porém, sem floração, é indicado suspender provisoriamente o NPK 20-20-20 para redução da carga de Nitrogênio e substituí-lo pelo NPK 10-30-20, uma vez que se a planta está vigorosa, não há grandes necessidades em fazer a “manutenção geral” e sim, direcioná-la quimicamente para floração.
Particularmente, não costumo ministrar adubos naturais, principalmente nas Vandaceas, pelo simples motivo de não saber e de não ter o controle preciso dos componentes químicos que a planta irá receber. Por mais natural e saudável que possam ser, fica muito difícil saber se a dosagem de Nitrogênio está alta e por esse motivo pode ocorrer de se passar anos e anos ministrando esse tipo de adubo sem que se tenha uma única florada sequer. Por esse motivo, não utilizo essa adubagem, porém, deixo claro aqui que não sou contra adubos naturais e aqueles que se sentirem seguros para ministrar esse tipo de adubo, que assim o façam.

Uma dica importante para saber se a orquídea está com potencial para florir, é observar sua coloração, sendo que a cor ideal das folhas é um verde claro, na tonalidade aproximada de uma maçã verde, verde muito escuro, ou folhas amareladas, significa que algo está errado, principalmente com a incidência luminosa, portanto, procure saber se sua Vandacea é de sol pleno ou parcial. Se bem cuidadas e observado esse detalhe, a maioria das Vandas podem florir até duas vezes ao ano e as Ascocendas até SEIS vezes ao ano!


Autoria: Elder Luis Bernardinelli – elder11@gmail.com
Santo André/SP, 29 de Maio de 2009.

Fonte: Blog Minhas Orquídeas.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Cattleya Walkeriana Dona leda x Pink Smille





Foto e cultivo MGloriaM

Venerada por colecionadores, a Cattleya walkeriana é considerada a orquídea mais perfeita que existe graças ao equilíbrio e simetria de suas formas. Não à toa, um exemplar premiado de Cattleya walkeriana pode ser vendido por mais de R$ 1000 e alguns dos cruzamentos que essa espécie proporciona passam fácil dos R$ 3000, como é o caso da famosa Cattleya walkeriana “Feiticeira”.

Essa espécie foi descoberta por George Gardner, em 1839, vegetando nos galhos de árvores à margem de um riacho afluente do Rio São Francisco, em Minas Gerais. Seu nome homenageia Edward Walker, assistente que acompanhou o botânico durante dois anos nas viagens pelo Brasil. Mundialmente conhecida e apreciada, a Cattleya walkeriana também pode ser encontrada em ambiente selvagem nos estados de Goiás, Mato Grosso e São Paulo, sempre próxima a rios, lagos ou pântanos.

Um dos atrativos mais marcantes dessa espécie é sua fragrância peculiar, que lembra canela. A variedade de cores também chama atenção, rendendo-lhe nomes diferentes, com destaque ao lilás (tipo), branco (alba), branco com labelo lilás (semialba), azulado (designadacaerulea) e lilás com riscos púrpuras (chamada flamea). Suas flores, grandes se comparadas às demais Cattleya, podem enfeitar a casa por vários dias, especialmente nos meses de abril, maio e junho.

Por seu porte pequeno, essa espécie se adapta muito bem ao cultivo em ambiente interno, desde que tenha boas condições de umidade e iluminação – ajeite-a no peitoril de uma janela, por exemplo, protegido por uma cortina translúcida, evitando o sol forte da tarde. O ideal é que a temperatura média fique entre 25ºC e 35ºC durante o dia e entre 20ºC e 30ºC à noite.

Por ser orquídea epífita (que cresce sobre árvores), aCattleya walkeriana prefere substrato bem arejado. Há muitas opções além da mistura básica de casca de pínus, chips de coco e pedacinhos de carvão: isopor picado, casca de arroz carbonizada, caroços de açaí, cavacos de madeira (as espécies Mimosa caesalpiniafolia e Anandenanthera columbrina vêm sendo usada com sucesso como substrato alternativo). A casca de arroz carbonizada, aliás, oferece silício, um nutriente que ajuda a proteger a orquídea de pragas e doenças.

Entre os vasos mais usados estão o de barro (com ou sem furos laterais) e a caixa de madeira. Nos dois casos, há uma perda constante de água para o ambiente, muito saudável para a Cattleya, mas que exige cuidados contra o ressecamento e a desidratação. Para quebrar o ambiente seco dentro de casa, vale a pena colocar o vaso em cima de um prato com água e pedriscos, estrutura que vai ajudar a manter umidade no substrato sem encharcar as raízes.

Como orquídea costuma morrer por falta de regas – e não por excesso, como muitos pensam –, atente para que todo o substrato receba água. Uma forma simples de molhar a Cattleya walkeriana que está em vaso de barro é mergulhá-la num balde com água e deixá-la ali por meia hora, escorrendo em seguida. Se a planta estiver bem enraizada, em clima quente e seco, repita o processo a cada dois ou três dias. Dependendo das circunstâncias, esse intervalo pode se esticar por mais dias. Caso sua orquídea esteja plantada em árvore, borrife-a diariamente.

A adubação deve ser realizada semanalmente com NPK 20-20-20 até que os caules “gordinhos” (pseudobulbos) estejam no tamanho adulto. Assim que eles atingirem a maturidade, suspenda o adubo (não as regas!) e só retome ao final da floração. Isso evita que algumas plantas percam os botões ou simplesmente deixem de florescer.

Fonte:http://www.minhasplantas.com.br/plantas/catleia-walkeriana/