quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Laelia purpurata schultz x Laelia purpurata São Leopoldo Enio Bloon










Floração dezembro 2014.
 
 
A LaeliaPurpurata, é uma orquídea endêmica do sul e sudeste do Brasil  de hábito comportamento epífita, caule do tipo pseudobulbo, folhas oblongas, atinge cerca de sessenta centímetros de altura. Suas flores de coloração branca e púrpura são muito apreciadas.
 Por suas características ornamentais a espécie é largamente cultivada e comercializada, facilmente encontrada nas floriculturas de todo o país. Geralmente floresce no verão. É considerada por muitos a flor nacional do Brasil por excelência, uma vez que o ipê-amarelo é uma árvore.
 
É  conhecida como a flor do Natal e também a flor símbolo do Estado de Santa Catarina.

Desejo à todos os seguidores Boas Festas!

sábado, 20 de dezembro de 2014

Método de Aclimatização de Mudas de Orquídeas em Garrafas PET



Método de Aclimatização de Mudas de Orquídeas em Garrafas PET
 
Depois da germinação como aclimatizar as mudinhas? este tema foi objeto de pesquisa científica, desenvolvida por vários mestres.
Pela qualidade do trabalho e pela facilidade de ser implementada por nós leigos vou transcrever abaixo um trecho, deixando o link para a continuação da leitura. 
 

As plantas de cultivo in vitro necessitam de aclimatização, o que lhes dará maiores chances de adaptar-se às condições de cultivo em campo. A aclimatização consiste basicamente na retirada das mudas do meio de cultivo e transferência para recipientes contendo substrato. O substrato pode influenciar o crescimento das mudas em função de suas características químicas, físicas e biológicas (GONÇALVES, 1995).

Na fase de aclimatização, Deng e Donnelly (1993) destacam que esse processo tem altos custos e demanda longo tempo para a obtenção das mudas. A Embrapa Agroindústria Tropical vem realizando pesquisas na aclimatização de orquídeas para torná-las acessíveis a pequenos produtores e orquidófilos, testando o uso de recipientes descartáveis, como, por exemplo, garrafas de polietileno tereftalato (PET) em telados. Assim, o estudo foi conduzido objetivando a aclimatização de
plântulas de orquídeas obtidas a partir de germinação de sementes em garrafas PET.

As plântulas de orquídeas, Cattleya labiata e Dendrobium phalaenopsi, foram produzidas a partir da semeadura in vitro. As sementes foram inoculadas em meio de cultura JADS (CORREIA et al., 1995) suplementado com 30 g L-1 de sacarose e 1,7 g L-1 de Gelrite® marca Sigma. O pH do meio de cultura é ajustado para 5,8 antes da sua esterilização em autoclave à temperatura de 121 °C, durante 15 minutos. O meio de cultura é distribuído (30 ml)
em frascos com capacidade de 250 ml e vedados com tampa. As culturas foram mantidas em sala de crescimento à temperatura de 27 ± 2 ºC e foto período de 12 horas de radiação ativa fotossintética de 30 mol/m2/s.
As sementes de Cattleya labiata e Dendrobium phalaenopsi germinaram a partir de 30 e 40 dias, respectivamente. O desenvolvimento das plântulas in vitro deu-se durante 12 meses sendo transferidas para meio novo a cada 3 meses. No momento do transplantio, as plântulas apresentavam as características de crescimento citadas na Tabela 1.

Na montagem do método de aclimatização em garrafas PET, são utilizados, como recipientes, garrafas PET com capacidade de 5 L (Figura 1A), cortadas ao meio, formando uma parte superior (tampa) e inferior (base) (Figura 1B). Na tampa, são realizados cortes longitudinais de aproximadamente 4 cm na parte inferior. Na base, deposita-se uma camada de casca de coco seco cortadas em cubos de aproximadamente 2 cm2 (Figura 1C) e uma camada de substrato. Os cubos, conjuntamente com o substrato, formam uma camada de aproximadamente 7 cm (Figura 1D). Em seguida, as plântulas com as raízes lavadas são transplantadas (Figura 1E).

As garrafas PET com as plântulas transplantadas (Figura 1F) são mantidas em telado, com 50% de intensidade luminosa. Nessa condição, cada recipiente recebe pulverizações de água com o auxílio de pulverizador costal e adubação foliar com Peters® 20-20-20 (1 g L-1) três vezes por semana.
 

 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Laelia purpurata semi alba



 
Floração Dezembro 2015
 
 
A Laelia purpurata Lindley & Paxton é uma espécie típica da Mata Atlântica, das regiões Sudeste e Sul do Brasil. Além disso, é a flor símbolo do Estado de Santa Catarina.
Sabe-se que nos idos de 1846, um francês François Devos, coletou alguns espécimes da Ilha de Santa Catarina (hoje Florianópolis). Daí, ela espalhou-se ràpidamente pelas coleções na Europa.
Foi somente em 1938, com a criação das primeiras sociedades orquidófilas (AJAO – Joinville/SC) que nasceu de fato o interesse pelo cultivo das orquídeas, em especial a Laelia purpurata. Tanto que até os dias de hoje ela é a rainha e o motivo principal da mais tradicional exposição de orquídeas de Santa Catarina – a Festa das Flores de Joinville, realizada sempre no mês de novembro, quando inicia a floradas das purpuratas.
As purpuratas apreciam uma umidade relativa do ar elevada, sendo entre as Laelias, uma das mais exigentes neste quesito. Outro fator importante no cultivo diz respeito às estações. A inexistência de frio, como acontece nos estados do Norte e Nordeste, comprometem muito as floradas. As plantas podem até vegetar bem, mas as floradas, quando ocorrem, apresentam poucas flores e de tamanho reduzido.
Toleram grande variação de temperatura em seus habitats, mas o ideal é cultivá-las em locais onde a temperatura varia de 15 a 32 graus centígrados, com intensa luminosidade, sem sol direto, como no cultivo das Cattleyas em geral.
Aqui em Santa Catarina, como no Rio Grande do Sul, as plantas vão bem em telados com sombreamento de 50% a 60%, em áreas bem ventiladas, recebendo a água da chuva. Nossa experiência de cultivo tem nos demonstrado que mesmo sob plástico, plantadas em vasos plásticos, com boa drenagem e irrigação farta as purpuratas crescem e florescem muito bem.
São plantas vigorosas, que praticamente nunca param de crescer, emitindo raízes novas mesmo nos meses de inverno.
O uso do Bokachi (adubo orgânico) mais adubo inorgânico de boa procedência com micro elementos devem ser utilizados, assim como a aplicação de Nitrocalcio a cada 2 ou 3 meses, dependendo do substrato utilizado, para corrigir aquelas folhas traseiras amareladas, muito comuns nestas orquídeas.
Novos substratos estão sendo testados e em breve daremos notícia dos resultados. Os gaúchos já usam há algum tempo a casca de pinus + carvão + saibro especial do Rio Grande, com sucesso.
 
 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Laelia purpurata antenor









1ª Floração Novembro 014
Foto e cultivo MGLORIAM


A Laelia purpurata da foto, apesar de ter sido adquirida adulta do Orquidário Okabe, floriu pela primeira vez este ano, com 8 flores. Sendo duas hastes longas portando 4 flores em cada uma.
observem que em cada buque as flores possuem  coloração distinta. Num deles existe um sopro rosa nad pétalas e sépalas.

Descrição da planta
A orquidea Laelia purpurata Antenor é uma planta com flores albas, labelo lilas escuro com miolo branco com detalhe amarelo claríssimo. Muda 4 anos. Florada na primavera

Plantio:
       1. Em Vaso : O ideal é usar vaso  específico para orquídea, que tenha com vários furos tanto no fundo quanto na lateral. Para melhorar a drenagem, no fundo do vaso coloque um pouco de argila expandida, pedra ou caco de telha .

 Como substrato use a casca de pinus que é um material renovado. Não usar Xaxim, além de proibido por lei esta correndo risco de extinção.Em Supermercados e Garden Center existem substratos prontos específicos para o plantio de orquídeas.

       2. Em Árvore : Para fixar a muda no tronco de uma árvore ,envolva a muda na fibra de coco e amarre com um cordão .Isso protege a muda e mantém a umidade necessária até o orquídea enraizar

Local

Coloque a muda em local arejado livre de corrente de vento  e que receba luz indireta do sol preferencialmente ao amanhecer ou entardecer. Algumas espécies de orquídea não toleram luz solar, queimando as folhas e chegando a matar a muda. Atenção especial é necessária para as mudas plantadas nas árvores. Observe por alguns dias e por períodos alternados se o sol não está sendo excessivo para a planta.Manchas amareladas nas folhas ou ausência de enraizamento, são indícios que a orquídea não está se adaptando. Neste caso outro local deve ser escolhido.

Rega:

O modo mais fácil de matar uma orquídea é molhando-a demais. Umidade em excesso provoca o apodrecimento das raízes e os fungos se proliferam de forma descontrolada. A melhor maneira de checar se  o vaso está úmido,é pressionar com o dedo o substrato. Se ainda estiver úmido, não regue, espere até secar. Regue até que a água comece a escorrer por baixo do vaso. Verifique a umidade á cada 2 dias.

Para as mudas que estão nas árvores a umidade se equilibra naturalmente. Redobrar a atenção apenas nos períodos mais secos do ano. Importante : Para a orquídea é melhor faltar água do que sobrar.

Adubação

  A orquidea como qualquer outra planta precisa de nutrientes para crescer. Mas cuidado , o exagero de adubo é pior do que a falta. Cada tipo de adubo exige dosagens e aplicações diferentes, por isso leia atentamente as instruções contidas nas embalagens dos produtos.  

 Adubação de solo : Pode ser feita ao amanhecer ou entardecer. Dependendo do tipo de fertilizante, você poderá aplicá-lo de duas maneiras :

•     Colocando a quantidade recomendada num canto do vaso :  Desta forma o  adubo irá dissolver-se aos poucos, liberando nutrientes a cada irrigação, neste caso use o osmocote.

•     Diluindo a quantidade recomendada : Aplicando como rega, diretamente no solo.                

 Adubação Foliar : Deverá ser feita somente ao entardecer.Quinze minutos antes da adubação pulverize com água toda a planta. Este procedimento faz com que as células das folhas responsáveis pela absorção dos nutrientes se abrão.  Depois pulverize com adubo nas dosagens recomendadas pelo fabricante , toda a planta , com excessão das flores.  

 Adubos orgânicos : Estes adubos são mais seguros e com riscos muito menores de você matar a planta por excesso de adubação .O mais indicado seria o bokashi. 

sábado, 6 de dezembro de 2014

Produção de Mudas de Cattleya labiata In vitro.



Otimização da Produção de Mudas de Cattleya labiata:
 
Efeito da Sacarose no Crescimento In Vitro e na Aclimatização.

Foto Diva Correia

Entre as Angiospermas, a família Orchidaceae é uma das maiores em número de espécies, com aproximadamente 35.000 (SOUZA; LORENZI, 2005). Podem ser reconhecidos de 750 a 850 gêneros, dos quais cerca de 200 ocorrem no Brasil (SOUZA; LORENZI, 2005). Essas plantas são encontradas em todas as regiões do planeta, inclusive nas boreais, e apreciadas mundialmente pela beleza das suas flores quanto às cores, tamanhos e formas (REGO-OLIVEIRA et al., 2003). Entre as orquídeas, o gênero Cattleya tem sido o mais popular, cultivado e comercializado, evidenciando a sua importância econômica (RAPOSO, 1993; DIGNART et al., 2009); possui cerca de 70 espécies, inúmeras variedades e híbridos (COLOMBO et al., 2005). Entre as espécies, destaca-se a Cattleya labiata, nativa do Nordeste brasileiro e uma das mais apreciadas orquídeas do mundo (Figura 1) (RAPOSO, 1993).
Em função do extrativismo, do aumento das áreas destinadas à agricultura e à construção civil, bem como da falta da aplicação de políticas públicas relacionadas à conservação dos recursos genéticos nos diferentes biomas brasileiros, muitas espécies de orquídeas estão ameaçadas de extinção (BRASIL, 2008; FERREIRA; SUZUKI, 2008). Nesse sentido, enfatiza-se a importância do aumento do conhecimento da biologia dessas espécies com ênfase em métodos eficazes de reprodução e de propagação, visando minimizar as perdas desses materiais, manter a variabilidade genética e favorecer o repovoamento.

As técnicas de cultivo in vitro têm sido largamente utilizadas para a produção de mudas (FARIA et al., 2012) como também para estudos relacionados ao crescimento e desenvolvimento de orquídeas (SUZUKI et al., 2010; SCHNEIDER et al., 2012) e sua conservação ex situ (FERREIRA; SUZUKI, 2008).
Como são plantas herbáceas que apresentam crescimento lento, consequentemente, a produção de mudas é demorada (SUZUKI et al., 2010). Adicionalmente, a formação das flores pode levar de 3 a 10 anos dependendo da espécie, o que prolonga a fase de reprodução (FERREIRA; SUZUKI, 2008; SCHNEIDER et al., 2012). A germinação de sementes de orquídeas na natureza ocorre somente na presença de fungos específicos, e estima-se que apenas aproximadamente 5% das sementes dessas plantas possam germinar em condições naturais (ARDITTI, 1979). Tais motivos

reforçam a importância do uso da semeadura in vitro e da aplicação de diferentes técnicas de cultura de tecidos de plantas tanto sob aspecto da multiplicação rápida quanto preservacionista devido à obtenção de mudas em larga escala e de qualidade fitossanitária (FARIA et al., 2012).
No cultivo in vitro, os meios de cultura utilizados são compostos por macro e micronutrientes, vitaminas e açúcares, suplementados quando necessário, de reguladores de crescimento, aminoácidos e agente solidificante em função da etapa do processo e/ou da espécie estudada. Segundo Suzuki et al. (2010), os meios de cultura de Knudson (1946), Vancin e Went (1949) e Murashige e Skoog (1962) são alguns dos mais utilizados no cultivo in vitro. Meios de cultura desenvolvidos para o cultivo in vitro de plantas lenhosas como Wood Plant Medium (LLOYD; McCOWN, 1980) e JADS (CORREIA et al., 1995) são citados na literatura no cultivo de Cattleya loddigesii (ARAÚJO et al., 2007) e C. labiata (CORREIA et al., 2011a; CORREIA et al., 2011b), respectivamente. Alguns estudos indicam que a redução das concentrações dos macronutrientes (REGO-OLIVEIRA et al., 2003; SORACE et al., 2008; PIVETA et al., 2010) favorece o crescimento vegetativo.
Entretanto, as condições de cultivo e o tempo de cultivo podem resultar em alterações morfológicas e fisiológicas sendo responsáveis por grande parte das perdas durante a aclimatização (DIGNART et al., 2009). É justamente na etapa da aclimatização que se viabiliza a metodologia de produção in vitro de plantas, pois é nela que se obtém o número de plantas aptas ao plantio, ou seja, maior sobrevivência de mudas com qualidade. Sendo assim, são necessários pesquisa e desenvolvimento para métodos de aclimatização de plantas.
Nesse sentido, especialmente no cultivo in vitro de orquídeas, alguns estudos ressaltam a importância da avaliação de diferentes concentrações dos carboidratos visando à melhoria do crescimento e desenvolvimento da parte aérea e radicular das culturas (MOREIRA et al., 2007; SORACE et al., 2008; PIVETTA et al., 2010; ARAÚJO et al., 2011). O carboidrato adicionado ao meio de cultivo fornece energia metabólica e estruturas carbônicas para a síntese de compostos orgânicos necessários ao crescimento das células (CALDAS et al., 1998) e também propicia a atividade heterotrófica das plantas enquanto em cultivo in vitro. A redução da concentração da sacarose àquela usual (30 g L-1
),
na fase de enraizamento in vitro, tem apresentado melhoria do sistema radicular e favorecido a sobrevivência das mudas obtidas durante a aclimatização (MOREIRA et al., 2007; ARAÚJO et al., 2011; NASCIMENTO et al., 2011). Essa redução da fonte de açúcar nas etapas finais de cultivo in vitro também pode beneficiar a atividade autotrófica quando as mudas ainda estiverem in vitro, contribuindo para melhor aclimatização delas sob condições de casa de vegetação ou telados (ARAÚJO et al., 2011; NASCIMENTO et al., 2011).
O cultivo de orquídeas in vitro tem sido uma linha de pesquisa da floricultura na Embrapa Agroindústria Tropical. Nove orquídeas tropicais estão sendo cultivadas no Laboratório de Cultura de Tecidos de Plantas, objetivando definições de protocolos de propagação in vitro e a aclimatização de mudas obtidas da germinação de sementes e da micropropagação.
Entre as espécies e híbridos em estudos, cinco pertencem ao gênero Cattleya. Para a espécie Cattleya labiata, as metodologias de crescimento de plântulas in vitro estão sendo otimizadas verificando-se o efeito da redução da sacarose e o seu resultado na aclimatação dessas mudas (ARAÚJO et al., 2011; CORREIA et al., 2011b; NASCIMENTO et al., 2011).
A seguir, são descritas as etapas de obtenção das plântulas in vitro de C. labiata e sua aclimatização em telado:



Etapa 1: Desinfestação da cápsula, inoculação das sementes, germinação de sementes e obtenção de plântulas in vitro


São utilizadas cápsulas de C. labiata totalmente fechadas com tempo médio requerido entre a polinização e a coleta em torno de 10 meses (FARIA et al., 2010). A cápsula é lavada com detergente comum e enxaguada em água corrente. Em câmara de fluxo laminar, a desinfestação da cápsula
ocorre em solução de hipoclorito de sódio (NaOCl) contendo 2% de cloro ativo com acréscimo de três gotas de Tween 20 para cada 100 mL da solução desinfestante, durante 30 minutos, em agitação constante. Em seguida, a cápsula é transferida para recipiente com água destilada autoclavada, onde aquela é lavada, repetindo, sucessivamente, por duas vezes. Em seguida, transfere-se a cápsula para uma placa de Petri previamente autoclavada
e, com auxílio de um bisturi, corta-se a cápsula longitudinalmente ao meio. Com uma espátula, retira-se uma pequena quantidade de sementes e, em seguida, elas são pulverizadas em recipientes (capacidade de 250 mL) contendo 30 mL de meio de cultura JADS (CORREIA et al., 1995) com as soluções salinas reduzidas à metade. O meio é suplementado com 30 g L-1 de sacarose e 1,7 g L-1 de Gelrite® marca Sigma. O pH do meio de cultura é ajustado para 5,8 antes da sua esterilização em autoclave à temperatura de 121 °C, durante 15 minutos.
As culturas são mantidas em sala de crescimento à temperatura de 27 ± 2 ºC e fotoperíodo de 12 horas com radiação ativa fotossintética de 30 μmol m-2 s-1 fornecida por lâmpadas fluorescentes de 40 W.

Continuação do trabalho click aqui:
http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/951937/1/CATTLEYALABIATA.pdf

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Cattleya Labiata alba







Floração Novembro 2014
Foto - cultivo e propriedade MGloriaM 


Origem do Nome:

No Século 19 havia uma verdadeira corrida entre os comerciantes de flores e plantas europeus em busca das novidades do novo mundo com sua flora exótica e de colorido exuberante. Evidentemente as orquídeas eram o centro das atenções. Em 1821 John Lindley descreveu as Cattleyas labiatas, nomeando-as cattleya em homenagem a William Cattley, rico comerciante e colecionador de plantas e labiata ( lábio grande ) devido ao tamanho de seu labelo. Após intenso sucesso, as cattleyas ficaram meio esquecidas até 1889 quando foram redescobertas, ressurgindo o interesse comercial por essas plantas de belíssimas flores.

A Cattleya labiata é uma espécie que floresce ao final do verão e princípio do outono, o perfume exalado por suas flores na parte da manhã é tão característico que podemos chamar de "perfume das Cattleyas" pois esta é uma característica transmitida aos híbridos produzidos com sua participação.  Espécie considerada 'Rainha do Nordeste Brasileiro', para muitos 'Rainha das Orquídeas Brasileiras', pela floração abundante, de grande duração, de perfume inconfundível.
 
Habitat  
                                    
A labiata ou lirio roxo como muitos a chamam no interior do Nordeste, procede em maior número de habitats dos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Ceará e Sergipe.
 
Ela é planta epífita ou por vezes rupícula, que vegeta sobre  árvores ou sobre rochas e em paredões nas serras, em locais nos quais a umidade provem, como já dito antes, de um mais intenso regime de chuvas (brejos) e da neblina que se forma, noturna e matinal, locais quase sempre protegidos do sol intenso.  Na natureza, vegeta a uma altitude entre 500 e 1000 metros. É, sem dúvida alguma, a mais bela e uma das mais apreciadas orquídeas brasileiras, por ser cultivada fácil e soberbamente, de norte a sul do País. Nenhuma outra Cattleya o faz em tal plenitude!

Planta    
  
Planta extremamente resistente, como boa nordestina que é, com pseudobulbos de 15 a20 centímetrosde altura, comprimidos e sulcados, apresentando uma única folha oblongo-elíptica, raramente duas. Inflorescências compostas de 3 a 5 flores, sempre muito bem dispostas e que surgem de uma espata dupla de mesmo tamanho e vigorosa.

Flor
Flor com 18/20 até 25 centímetros de diâmetro, um tamanho  excepcional, pétalas e sépalas  de colorido típico lilás, em diversas tonalidades. As sépalas são lanceoladas, a maior parte das vezes planas e as pétalas mais largas, ovóides e graciosamente onduladas.

Época de Floração
Em geral, no Norte e Nordeste brasileiro: Dezembro/Janeiro à Março e no Sudeste e Sul em Fevereiro/Março, mas as fortes variações climáticas recem ocorridas, tornam essas previsões pouco precisas.
Cultura    

Considerada como uma planta de facílima cultura e, por isso, muito recomendada para orquidófilos principiantes.  
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Referência Bibliográfica:
Texto baseado em Wikipédia, a enciclopédia livre, em artigo de Angelo Lo Ré publicado na Revista OrquidaRio, em artigos publicados nos Anais do II Encontro de Orquidófilos e Orquidólogos, de autoria do Dr. Luiz de Araújo Pereira e Lou Christian Menezes, e no Livro de João Paulo Fontes sobre a Cattleya labiata Lindl. Colaboração de meus amigos e companheiros do NOCB – Núcleo Orquidófilo Castello Branco, Guy Cliquet do Amaral e Carlos Alberto Seixas, Diretor Técnico do NOCB e colaboração técnica do Dr. Leonardo Pessoa Felix, da UFPa.
 
 
 
 

DICA DE LEITURA:

Otimização da Produção de Mudas de Cattleya labiata: Efeito da Sacarose no Crescimento In Vitro e na Aclimatização.