quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

FERTILIZANTE NATURAL

Enquanto aguardo as florações de várias espécies, resolvi posta uma receitinha simples , de um adubo natural chamado bokashi, antes vamos conhecer através da EMBRAPA, um pouco sobre ele:


foto capturada na internet (crédito abaixo)
O que é bokashi?
É um produto agrícola de baixo custo, saudável para o produtor e consumidor e não agressivo ao meio ambiente, obtido a partir de uma mistura vegetal fermentada com microorganismos eficazes.
Para que serve?
O principal objetivo de se utilizar o Bokashi é promover o equilíbrio biológico do solo, que, por sua vez irá melhorar suas condições físicas (proporcionando a formação de agregados, aumentando a capacidade do solo armazenar água e drenar o excesso, minimizando os riscos da erosão), químicas (diminuindo as perdas por lixiviação e promovendo maior disponibilização de nutrientes a partir da fermentação da matéria orgânica disponibilizada pela adubação verde) e sanitárias (diminuição das populações de fitopatógenos do solo).
 Para os que se animaram deixo a receitinha e mão na massa.

FERTILIZANTE NATURAL

Ingredientes:
200g de Torta de Mamona
200g de Farinha de Osso
200g Calcio de Ostra ou Calcário de ostra.
200g Esterco de Galinha
10g de Fermento em Pó( de preferencia Dr Otker) usado pra fazer pão.
30g de Ganulado 20/20/20 (NPK) pode ser o biofétil.
Farinha e trigo qsp
Água qsp


PREPARO:
1º PASSO- É melhor peneirar todos os ingredientes separadamente.
2º PASSO- Em uma bacia misture todos os ingredientes menos o trigo adicionando água em pequenas quantidades até formar um mingau ( aproximadamente 3 xícaras).
3º PASSO- Coloque a farinha de trigo aos poucos até a massa ficar bem unida á ponto de sovar igual a massa de pão. ( o trigo não tem medida, vai depender da qtidade de água que colocou e da umidade dos ingredientes). Esta medida gira entorno de mais ou menos 400g. Misture tudo mto bem pra que a massa fique bem homeogenea.
4º PASSO- Faça cordões da massa mais ou menos da largura de dois dedos. Corte do tamanho de um docinho de festa gordinho. Desta forma renderá mais ou menos de 130 a 150 bolinhas.
5º PASSO- Vai fazendo as bolinhas e colocando em uma bandeja forradas com folhas de jornal ou folhar de papel toalha. elas vão soltando água. Leveás ao sol até firarem bem secas. Depois de secas acondicione elas em uma recipiente com tampa de preferencia em um vidro com tampas.

Dicas: Usar uma bolinha em um vaso de tamanho mais ou meno de 15cm ou duas bolinhas em vasos maiores. Elas durarão em torno de mais ou menos dois meses dependendo das regas. Depois de dissolvidas coloque outra bolinha no vaso em outra parte do vaso de preferencia do lado oposto ao lugar em que estava a outra.
O bokashi pode ser colocados proximos da raizes, ele não provoca quimaduras nas raizes e nem as plantas.
Cuidados com os animais domesticos, pois por causa da farinha de osso os animais são atraidos pelo cheiro. E a torta de mamoda é extremamente toxica e pode matar animais e crianças.
CUIDADO.

Boa sorte à todos.


Fontes:
EMBRAPA - http://www.cpafro.embrapa.br/media/arquivos/publicacoes/folder_bokashi_.pdf
Foto capturada em:http://mungoverde.blogspot.com/2008/09/bokashi-caseiro.html
Receita: fornecida por Luciana Figueiredo ao Fórum A Orquídea. http://www.aorquidea.com.br/forum/viewtopic.php?t=6451

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Cattleya labiata tipo


Como todo iniciante busquei adquirir plantas de fácil cultivo e de acordo com meu clima.
Em 2008 li que a Cattleya labiata vegeta bem em clima quente, nível do mar, que gosta de sol, umidade e ventilação, logo adquiri 2 exemplares a da foto, tamanho adulto com espata (vazia) e uma amesiana (que não resistiu aos meus cuidados).
No entanto, não mencionaram nas entrelinhas que a "Rainha do Nordeste" é temperamental.
Nestes  3 anos obtive sucesso com  outras de cultivo considerado difícil e justamente a C. labiata foi quem me levou a exaustão, por mais que eu fornecesse todas as condições, pelo menos pensava que fazia, mais me exigia. Nada de floração.
Não nego que já estava desanimando, quando resolvi no inicio de Janeiro retirar o cachepô onde ela vegeta e enterrá-lo num balde de plástico cheio de brita "0" (zero) de cara para o sol.
Ao mesmo tempo que as folhas  amarelavam suas raízes enormes começaram a buscar a umidade nas britas, com brotação nunca  visto antes..
Meu desânimo transformou-se em esperança, quando numa de minhas fiscalizações noturnas avistei uma espata saindo da folha nova, mais ainda, quando notei que dentro dela estava começando a se formar botões.
Os botões se formaram, saíram da espata (vibrei) e agora apresento as flores, o resultado do exercício diário de muita paciência e teimosia.
Valeu a pena perseverar.



Floração 03/06/2011







Origem do Nome:

No Século 19 havia uma verdadeira corrida entre os comerciantes de flores e plantas europeus em busca das novidades do novo mundo com sua flora exótica e de colorido exuberante. Evidentemente as orquídeas eram o centro das atenções. Em 1821 John Lindley descreveu as Cattleyas labiatas, nomeando-as cattleya em homenagem a William Cattley, rico comerciante e colecionador de plantas e labiata ( lábio grande ) devido ao tamanho de seu labelo. Após intenso sucesso, as cattleyas ficaram meio esquecidas até 1889 quando foram redescobertas, ressurgindo o interesse comercial por essas plantas de belíssimas flores.

A Cattleya labiata é uma espécie que floresce ao final do verão e princípio do outono, o perfume exalado por suas flores na parte da manhã é tão característico que podemos chamar de "perfume das Cattleyas" pois esta é uma característica transmitida aos híbridos produzidos com sua participação.  Espécie considerada 'Rainha do Nordeste Brasileiro', para muitos 'Rainha das Orquídeas Brasileiras', pela floração abundante, de grande duração, de perfume inconfundível.
Habitat  
                                    
A labiata ou lirio roxo como muitos a chamam no interior do Nordeste, procede em maior número de habitats dos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Ceará e Sergipe.
 
Ela é planta epífita ou por vezes rupícula, que vegeta sobre  árvores ou sobre rochas e em paredões nas serras, em locais nos quais a umidade provem, como já dito antes, de um mais intenso regime de chuvas (brejos) e da neblina que se forma, noturna e matinal, locais quase sempre protegidos do sol intenso.  Na natureza, vegeta a uma altitude entre 500 e 1000 metros. É, sem dúvida alguma, a mais bela e uma das mais apreciadas orquídeas brasileiras, por ser cultivada fácil e soberbamente, de norte a sul do País. Nenhuma outra Cattleya o faz em tal plenitude!

Planta    
  
Planta extremamente resistente, como boa nordestina que é, com pseudobulbos de 15 a20 centímetrosde altura, comprimidos e sulcados, apresentando uma única folha oblongo-elíptica, raramente duas. Inflorescências compostas de 3 a 5 flores, sempre muito bem dispostas e que surgem de uma espata dupla de mesmo tamanho e vigorosa.

Flor
Flor com 18/20 até 25 centímetros de diâmetro, um tamanho  excepcional, pétalas e sépalas  de colorido típico lilás, em diversas tonalidades. As sépalas são lanceoladas, a maior parte das vezes planas e as pétalas mais largas, ovóides e graciosamente onduladas. O labelo apresenta variações que iremos destacar, as mais comuns, mais adiante.

Época de Floração
Em geral, no Norte e Nordeste brasileiro: Dezembro/Janeiro à Março e no Sudeste e Sul em Fevereiro/Março, mas as fortes variações climáticas recem ocorridas, tornam essas previsões pouco precisas.
Cultura    

Considerada como uma planta de facílima cultura e, por isso, muito recomendada para orquidófilos principiantes.  
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Referência Bibliográfica:
Texto baseado em Wikipédia, a enciclopédia livre, em artigo de Angelo Lo Ré publicado na Revista OrquidaRio, em artigos publicados nos Anais do II Encontro de Orquidófilos e Orquidólogos, de autoria do Dr. Luiz de Araújo Pereira e Lou Christian Menezes, e no Livro de João Paulo Fontes sobre a Cattleya labiata Lindl. Colaboração de meus amigos e companheiros do NOCB – Núcleo Orquidófilo Castello Branco, Guy Cliquet do Amaral e Carlos Alberto Seixas, Diretor Técnico do NOCB e colaboração técnica do Dr. Leonardo Pessoa Felix, da UFPa.