Método de Aclimatização de Mudas de Orquídeas em Garrafas PET
Depois da germinação como aclimatizar as mudinhas? este tema foi objeto de pesquisa científica, desenvolvida por vários mestres.
Pela qualidade do trabalho e pela facilidade de ser implementada por nós leigos vou transcrever abaixo um trecho, deixando o link para a continuação da leitura.
Na fase de aclimatização, Deng e Donnelly (1993) destacam que esse processo tem altos custos e demanda longo tempo para a obtenção das mudas. A Embrapa Agroindústria Tropical vem realizando pesquisas na aclimatização de orquídeas para torná-las acessíveis a pequenos produtores e orquidófilos, testando o uso de recipientes descartáveis, como, por exemplo, garrafas de polietileno tereftalato (PET) em telados. Assim, o estudo foi conduzido objetivando a aclimatização de
plântulas de orquídeas obtidas a partir de germinação de sementes em garrafas PET.
As plântulas de orquídeas, Cattleya labiata e Dendrobium phalaenopsi, foram produzidas a partir da semeadura in vitro. As sementes foram inoculadas em meio de cultura JADS (CORREIA et al., 1995) suplementado com 30 g L-1 de sacarose e 1,7 g L-1 de Gelrite® marca Sigma. O pH do meio de cultura é ajustado para 5,8 antes da sua esterilização em autoclave à temperatura de 121 °C, durante 15 minutos. O meio de cultura é distribuído (30 ml)
em frascos com capacidade de 250 ml e vedados com tampa. As culturas foram mantidas em sala de crescimento à temperatura de 27 ± 2 ºC e foto período de 12 horas de radiação ativa fotossintética de 30 mol/m2/s.
As sementes de Cattleya labiata e Dendrobium phalaenopsi germinaram a partir de 30 e 40 dias, respectivamente. O desenvolvimento das plântulas in vitro deu-se durante 12 meses sendo transferidas para meio novo a cada 3 meses. No momento do transplantio, as plântulas apresentavam as características de crescimento citadas na Tabela 1.
Na montagem do método de aclimatização em garrafas PET, são utilizados, como recipientes, garrafas PET com capacidade de 5 L (Figura 1A), cortadas ao meio, formando uma parte superior (tampa) e inferior (base) (Figura 1B). Na tampa, são realizados cortes longitudinais de aproximadamente 4 cm na parte inferior. Na base, deposita-se uma camada de casca de coco seco cortadas em cubos de aproximadamente 2 cm2 (Figura 1C) e uma camada de substrato. Os cubos, conjuntamente com o substrato, formam uma camada de aproximadamente 7 cm (Figura 1D). Em seguida, as plântulas com as raízes lavadas são transplantadas (Figura 1E).
As garrafas PET com as plântulas transplantadas (Figura 1F) são mantidas em telado, com 50% de intensidade luminosa. Nessa condição, cada recipiente recebe pulverizações de água com o auxílio de pulverizador costal e adubação foliar com Peters® 20-20-20 (1 g L-1) três vezes por semana.
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