Este exemplar adquiri no Orquidário Bom Senhor, pretendo acompanhar seu desenvolvimento em clima de altitude, mesmo sabendo que é de clima quente. Como tenho obtido algum sucesso com as vandas, quem sabe consigo também coma C. eldorado. Vou tentar.
Abaixo posto algumas informações a respeito desta espécie.
O verdadeiro ouro da Amazônia: Cattleya eldorado Linden!!!
Não é a toa que as primeiras plantas da referida espécie (Cattleya eldorado) comprovadamente apareceram na Europa, em 1866, precisamente na firma Linden, na Bélgica. Fato este, cabível aos “barões do período áureo da borracha”, quando apenas nobrezas tinham o privilégio de possuir plantas exclusivas distintas das demais, por possuírem a cor contrastante do labelo ‘amarelo ouro’ e a lendária história que circundava por traz de seu nome ‘eldorado’.
A cor do interior do labelo, da C. eldorado é magnífica e quem a classificou, com certeza ouviu falar muito do mito da ‘lendária cidade de ouro’ que a grande Amazônia escondia. A mesma terra que prometia riquezas fabulosas, enterrou muitos aventureiros em que nela se arriscavam em busca do famoso “Eldorado”. Não é a toa que a espécie levou em seu nome a homenagem de toda essa riqueza, que certamente se traduz no desabrochar de uma flor da espécie. Rudolf Richter, conhecido como “O caçador de orquídeas”, em 1932 desbravou a Hiléia amazônica, considerada por ele o local das orquídeas mais belas (protegidas por cobras, insetos venenosos e espinhos), estava sempre em busca de espécimes raras, coletou e mandou grandes remessas de plantas que iriam embelezar orquidários do Brasil e de meio mundo, incluindo em sua bagagem até então a rara e famosa C. eldorado.
É uma espécie de Cattleya unifoliada, da seção labiatoide, com pseudobulbos semi-achatados oblongos elípticos, com folhas apicais também oblongas elípticas, de rara beleza e delicadeza, porém pouco vista entre colecionadores. Existem muitas diferenças entre as próprias variedades, algumas apresentam dentro do labelo o tom alaranjado, verde oliva (raríssima), e amarelo brilhante que é o normal. As cores das flores variam desde o tom claro ao escuro, sempre com alguma característica diferente tanto nas sépalas, pétalas e labelo, tendo muitas variedades como; Tipo, Alba, Semi-alba, Concolor, Coerulea, Venosa, Orlata, Pincelada, Aquinada, Flamea, Rubra, Aquinii, Albescens, Amoena, Punctata e Amesiana, e ainda há outras variantes em fase de classificação. É uma espécie com um numero enorme de variedades que diferenciam em sua forma de coloração e tamanho. Muitos dizem que “cada planta é uma planta única”.
FLORAÇÃO E HABITAT
Florescem normalmente no final do mês de dezembro, janeiro estendendo-se algumas vezes até fevereiro. O habitat é uma peculiaridade da espécie. Vegeta em áreas restritas, próximas a Manaus, Amazônia, às margens do Rio Negro, tendo como limite o ‘encontro das águas’, e a cidade de Barcelos (alto Rio Negro), sempre vegetando em áreas de campinas e campinaranas, porém não sendo raro, podem ser encontradas em igapós. Os limites de vegetação na ‘terra firme’ vão desde o perímetro territorial de Manaus, Presidente Figueiredo, Novo Airão, estendendo-se até Barcelos. Há necessidade de realizar um estudo aprofundado das áreas de proliferação da espécie, visto que pode ocorrer até na área do Rio Preto da Eva e Manacapuru devido às características do solo ser arenoso. É raro avistar plantas rupícolas, vegetam normalmente de forma epífita, sempre em vegetação baixa e geralmente bem aberta. Campinas e campinaranas possuem solo bastante arenoso onde a característica da vegetação local é baixa e lembra as arvores do cerrado brasileiro, o aspecto dos galhos dessas árvores são retorcidos e bastantes robustos, aqui nesse caso a principal árvore que hospeda a C. eldorado é o ‘macuco’ ( Aldina heterophylla ) e esses focos de vegetação onde ocorre a espécie da arvore, são geralmente encontradas próximas a igarapés de água escura. Existe uma forte correlação entre a ocorrência desse tipo de árvore e a existência de plantas C. eldorado. A vegetação de ocorrência da C. eldorado é aberta e varia entre 40 e 60% de luminosidade não sendo raro encontrar plantas mais baixas próximas do chão recebendo menos luz. Os habitat são sempre bem ventilados tanto na beira de rios (igapós) como no interior das campinas e campinaranas, apresentam precipitação pluviométrica bem distribuída ao longo do ano, observando que as raízes da planta nunca ficam encharcadas, porém pode-se observar o crescimento das raízes sobre musgos, os quais retêm água. A umidade do ar pode oscilar entre 55 e 75 % em dias normais, exceto no período chuvoso (inverno) que vai do mês de dezembro até julho no qual a umidade se mantem acima de 75 %, de agosto a novembro é considerado como período de seca (verão), porém na região amazônica nunca fica sem chuvas temporãs.
Aspecto do principal hospedeiro ("Macuco")
fonte:http://www.orquidariocuiaba.com.br/fichas-de-orquideas/o-verdadeiro-ouro-da-amazonia-cattleya-eldorado-linden/
E sempre muito bom ter este tipo de informação, pra poder da um cultivar similar ao seu hapita. Amo orquideas.
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