Por isso, apesar da resposta positiva que tenho conseguido nos últimos tempos, sempre procuro algo novo para inovar e melhorar o cultivo de minhas orquídeas.
Uma de minhas fontes de pesquisa é o site da OrquidaRio - Orquidófilos Associados e a matéria que estou postando hoje, um bate papo entre experientes cultivadores, vai ajudar a diminuir nossas dúvidas e agregar novos conhecimentos.
Boa leitura.
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MESA REDONDA SOBRE ADUBAÇÃO
Jorge Itaorchid – Eu cultivo orquídeas há 10 anos e nesse período já utilizei uma grande variedade de adubos e complementos como o Supertrieve. Atualmente o único adubo que utilizo é o Bokashi. Só quando as plantas atingem os dois anos de idade eu passo a utilizar o bokashi. Antes disso não, pois não é recomendado. Com este tipo de adubação tenho observado um bom enraizamento e brotação rápida das plantas. Além do mais é muito prático, pois só preciso fazer isso uma vez a cada três meses. Existe um detalhe muito importante para a escolha dessa adubação. Se eu cultivasse minhas orquídeas em xaxim isso não seria possível, pois o adubo orgânico acelera a decomposição do xaxim. Como eu uso casca de pínus previamente decomposta misturada com brita zero o problema deixa de existir já que este substrato é de difícil decomposição. Este substrato eu utilizo em praticamente todas as minhas plantas inclusive nas Vandas, sendo que nelas eu o coloco de maneira que fique um pouco mais flocado. Pode ser que em ambiente mais frio e mais úmido o bokashi não funcione. O nome bokashi é muito conhecido, mas a técnica de sua confecção varia de produtor para produtor. Eu não uso o carvão porque este inicialmente é muito bom por absorver substâncias tóxicas para as plantas, até que atinja o ponto de saturação quando então começa a liberá-las em altas concentrações.
Álvaro Pessoa – Como todos os outros cultivadores das antigas, comecei a utilizar o xaxim. Posteriormente o Alberto Leandro resolveu usar a brita zero. É um substrato muito bom, porém com algumas desvantagens. Em primeiro lugar é pesado, e além do mais, é pobre em nutrientes e seca muito rápido. Meu cultivo é feito em dois níveis. Parte das plantas fica sobre a bancada e as demais, principalmente as vandas, ficam penduradas sobre as plantas que estão na bancada. Todas recebem bastante luminosidade durante o dia. As plantas são regadas com bastante freqüência com água contendo o adubo químico diluído. Gosto de utilizar a técnica dos japoneses que adubam as plantas até a exaustão. Quanto mais adubação mais as plantas crescem. Para a manutenção das minhas plantas eu uso o 20, 20, 20 de qualquer marca uma vez a cada 15 dias na concentração determinada pelo fabricante. Para os seedlings eu uso o 30, 10, 10. Este adubo não deve ser usado em plantas adulas, pois as deixa com as folhas flácidas e flores caídas. Na Europa costumam usar o potássio em abundancia (15, 15, 30) para dar maior resistência a parede celular das orquídeas. Minha opinião é que as plantas precisam estar em equilibro para ficar bem. Em Israel eles utilizam um adubo com a concentração de 0. 52, 68 para acelerar o ciclo das plantas. Este sistema porém é tóxico para as plantas. Nas orquídeas funciona como m coice.
Na mudança das estações, ou seja, quatro vezes por ano coloco um adubo que eu faço e que se constitui de 50% de torta de mamona, 25% de farinha de osso e 25% de cinza. A torta de mamona tem que se molhada antes, pois isso provoca uma transformação química do Nitrogênio que se transforma numa forma mais facilmente absorvível pelas plantas. Quando se coloca a torta de mamona sem ter sido molhada antes ela forma uma crosta impermeável sobe o substrato prejudicando a aeração das raízes. Também deve ser colocado afastado da planta para evitar queimaduras. A planta deve ser bem hidratada para que não se queime. Também deve ser tomado muito cuidado com a procedência da torta de mamona, pois algumas têm vindo com pequenas larvas que comem as raízes das plantas ou também estão vindo rançosas. Com este sistema eu tenho conseguido plantas limpas e sem doença.
Na mudança das estações, ou seja, quatro vezes por ano coloco um adubo que eu faço e que se constitui de 50% de torta de mamona, 25% de farinha de osso e 25% de cinza. A torta de mamona tem que se molhada antes, pois isso provoca uma transformação química do Nitrogênio que se transforma numa forma mais facilmente absorvível pelas plantas. Quando se coloca a torta de mamona sem ter sido molhada antes ela forma uma crosta impermeável sobe o substrato prejudicando a aeração das raízes. Também deve ser colocado afastado da planta para evitar queimaduras. A planta deve ser bem hidratada para que não se queime. Também deve ser tomado muito cuidado com a procedência da torta de mamona, pois algumas têm vindo com pequenas larvas que comem as raízes das plantas ou também estão vindo rançosas. Com este sistema eu tenho conseguido plantas limpas e sem doença.
Carlos Gouveia – Em termos de adubação existem duas correntes. Uma que preconiza o uso de adubos químicos e outras o adubo orgânico. Na verdade, existe o adubo químico e o adubo inorgânico. O que a planta absorve é um substancia química, que pode ser apresentada na forma orgânica ou inorgânica. Então qual é o melhor adubo? Tudo vai depender de seus hábitos e de seu tempo disponível. A adubação orgânica pode ser bom para quem molhas duas vezes por semana e catastrófico para quem molha três vezes por semana, pois a decomposição do adubo é maior com uma maior freqüência de regas. A pessoa de caráter impaciente pode acabar matando a planta com o adubo orgânico, pois pode querer usá-lo com uma freqüência maior que a necessária. Para quem não tem muito tempo a adubação esta é forma recomendada. O adubo inorgânico usado em concentração muito grande mesmo que muito espaçadamente é tóxico para a planta por causar desidratação, pois ele é um sal e a tendência do sal puxar a água do local mais concentrado para o menos concentrado buscando um equilíbrio e isso acaba desidratando a planta. U cultivo plantas na Penha que é um local muito quente e seco e eu tenho um grande n úmero de vandas e seus híbridos e aparentados. As vandas são cultivadas penduradas e a melhor maneira de aplicar adubo nelas é por borrifamento. Nas minhas condições as Vandas precisam ser molhadas diariamente e então só posso cultivar Vandas. As poucas outras plantas que possuo são cultivadas em placas de madeira, pois recebem água diariamente e logo em seguida já estão secas. As Vandas gostam de adubação abundante. Então se eu usar uma concentração muito grande de sal vou desidratar a raiz. A minha regra é diluir o adubo 10 vezes a concentração recomendada pelo fabricante. No inverno diluo um pouco mais, pois a necessidade das plantas diminui um pouco. As Vandas tem um ciclo de crescimento contínuo o ano inteiro e então durante três semanas eu uso o adubo 20, 20, 20 seguido de uma semana com adubo 10, 30, 20. Deve-se utilizar o substrato e o vaso adequado para cada tipo de planta.
Raul Sudré – Eu cultivo plantas em Juiz de Fora que fica a 700m de altura com chuvas regulares e grande variação de temperatura entre o dia e a noite. Em Marica eu cultivo Phalaenopsis comercialmente. Então para fins comerciais temos que ter plantas floridas com três anos. O primeiro desafio foi o substrato. Então começamos com fibra de coco picada da só coco que é picada de maneira diferente. Na Holambra foi feito um estudo das deficiências nutricionais da fibra de coco e descobriu-se que a fibra de coco não possuía cálcio e magnésio para disponibilizar para a planta então a planta retira dos bulbos antigos para disponibilizar para os novos fazendo com que eles se tornem amarelados. É fundamental então aplicar um adubo com cálcio e magnésio para suprir estas necessidades.
Nossos Phalaenopsis são plantados em vasos transparentes pois essas plantas fazem fotossíntese pela raiz. Alem do mais os vasos plásticos nos fazem economizar água reduzindo a freqüência das regras. Por isso é necessário cuidado com a aeração das raízes e para isso acrescentamos pínus e brita número um às fibras de coco.
Os seedlings são adubados com adubo 30, 10, 10 procurando manter a proporção de 0,5g por litro. Todas as vezes que transplantamos uma muda aplicamos Aminon que é o resíduo de produção industrial de aminoácidos. Quando as mudas estão adultas aplico o adubo 20, 20, 20 na proporção de 1g por litro e para floração o 15, 30, 15 na concentração de 2g por litro. Para suprimir a falta de cálcio e magnésio aplico o foliacon nas folhas e uma vez por mês o Valagro. As Phalaenopsis não tem bulbo e entãotomar cuidado com as regas.
Em Juiz de Fora eu planto de tudo e lá eu faço as minhas experiências. Para as minhas Vandas eu pego um pedaço de papel toalha coloco o adubo e levedo de cerveja e faço uns rolinhos que coloco sobre o substrato. Uso vaso de cerâmica e substrato 1 porção de fibra de coco com 2 porções de brita e adubo orgânico
No Norte do Rio de janeiro tem uma grande plantação de abacaxi que é atacada pelo fusarium. Como já se sabe que a urina de vaca tem fito-hormônios com propriedades antibacteriana e antifúngica e uréia. Então, seguindo essa estória e já que tenho algumas vacas, estou aplicando urina de vaca na proporção de 1/100. Esta aplicação tem reduzidoas pintas das folhas. O grande problema é colher a urina da vaca e o cheiro desagradável no dia da aplicação.
Raul Sudré – Eu cultivo plantas em Juiz de Fora que fica a 700m de altura com chuvas regulares e grande variação de temperatura entre o dia e a noite. Em Marica eu cultivo Phalaenopsis comercialmente. Então para fins comerciais temos que ter plantas floridas com três anos. O primeiro desafio foi o substrato. Então começamos com fibra de coco picada da só coco que é picada de maneira diferente. Na Holambra foi feito um estudo das deficiências nutricionais da fibra de coco e descobriu-se que a fibra de coco não possuía cálcio e magnésio para disponibilizar para a planta então a planta retira dos bulbos antigos para disponibilizar para os novos fazendo com que eles se tornem amarelados. É fundamental então aplicar um adubo com cálcio e magnésio para suprir estas necessidades.
Nossos Phalaenopsis são plantados em vasos transparentes pois essas plantas fazem fotossíntese pela raiz. Alem do mais os vasos plásticos nos fazem economizar água reduzindo a freqüência das regras. Por isso é necessário cuidado com a aeração das raízes e para isso acrescentamos pínus e brita número um às fibras de coco.
Os seedlings são adubados com adubo 30, 10, 10 procurando manter a proporção de 0,5g por litro. Todas as vezes que transplantamos uma muda aplicamos Aminon que é o resíduo de produção industrial de aminoácidos. Quando as mudas estão adultas aplico o adubo 20, 20, 20 na proporção de 1g por litro e para floração o 15, 30, 15 na concentração de 2g por litro. Para suprimir a falta de cálcio e magnésio aplico o foliacon nas folhas e uma vez por mês o Valagro. As Phalaenopsis não tem bulbo e entãotomar cuidado com as regas.
Em Juiz de Fora eu planto de tudo e lá eu faço as minhas experiências. Para as minhas Vandas eu pego um pedaço de papel toalha coloco o adubo e levedo de cerveja e faço uns rolinhos que coloco sobre o substrato. Uso vaso de cerâmica e substrato 1 porção de fibra de coco com 2 porções de brita e adubo orgânico
No Norte do Rio de janeiro tem uma grande plantação de abacaxi que é atacada pelo fusarium. Como já se sabe que a urina de vaca tem fito-hormônios com propriedades antibacteriana e antifúngica e uréia. Então, seguindo essa estória e já que tenho algumas vacas, estou aplicando urina de vaca na proporção de 1/100. Esta aplicação tem reduzidoas pintas das folhas. O grande problema é colher a urina da vaca e o cheiro desagradável no dia da aplicação.
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Ainda sobre adubação :
Adubação no cultivo de orquídeas em interiores:
Para que o cultivador residencial não sofra com o mau odor inerente à decomposição dos adubos orgânicos, recomendo que em varandas e janelas de casas ou apartamentos sejam utilizados os adubos químicos vendidos nas melhores casas do ramo. Por experiência própria, para a água da CEDAE, no Rio de Janeiro, tenho dado preferência os adubos químicos, com a fórmula que contenha mais Fósforo (P) do que Nitrogênio (N) ou Potássio (K).
Em outras palavras: na fórmula conhecida como NPK, prefiro os 10-14-10, por exemplo. Faça a adubação de 15 em 15 dias, seguindo as dosagens constantes do rótulo do produto.
Se o rótulo indicar a dosagem para adubação mensal, reduza a indicação para a metade e adube de 15 em 15 dias.
No dia da mudança das estações (ou seja, 4 vezes por ano) tenho feito uma aplicação de inseticida e fungicida, nas proporções de 1ml./litro o primeiro e 1grama/litro o segundo.
Não é demais lembrar que 1 ml equivale a 20 gotas (gotas normais) de adoçantes, de colírio,etc.
Não confundir gotas com macro-gotas, estas provenientes de conta-gotas muito grandes, de bico largo.
(Contribuição de Fernando Setembrino).
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Parabéns a OrquidaRio pelos seus 25 anos.
A publicação foi gentilmente autorizada pela diretoria da OrquidaRio, na pessoa da Sra. Nilce Carlos.
OrquidaRio
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Há 1 ano, comprei uma Blc Toshie aoki x Blc Chialin roxa e uma Bc Pastoral inocence branca. Ocorre que nunca mais deram flores. Sou iniciante e não sei como cultivá-las. Agradeço se tiverem algum conselho. Cristina
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