A matéria abaixo foi capturada no site da Sociedade Brasileira de Orquídeas, por ser um maravilhoso trabalho publico aqui para vocês.
disponível em http://sborquidea.wordpress.com/2010/02/11/cultivo-de-algumas-especies-de-dendrobium-2/CULTIVO DE ALGUMAS ESPÉCIES DE DENDROBIUM
Observações pessoais de Siegfried Preiskorn e tradução resumida de um artigo de Jan den Held e Tinus Strick, publicado na revista Journal für den Ochideenfreund, vol. 2, 2º trimestre de 2004
1- Introdução geral
Os Dendrobium são um gênero de orquídeas com muitas espécies originárias de uma extensa região, desde o sul da China, Índia, até a Malásia, Indonésia, Filipinas, Nova Guiné, diversas ilhas do Pacífico e a Austrália.
Só pelo imenso território de onde este gênero vem, dá para perceber que há uma extensa gama de condições ecológicas diferentes para as espécies de Dendrobium que conhecemos.
Os autores do artigo abaixo descrito tentaram agrupar os Dendrobium mais freqüentemente cultivados para nós, colecionadores, termos mais sucesso na sua cultura.
2- Introdução dos autores
De um modo geral, pode-se dividir os Dendrobium em 3 grupos de condições de cultivo:
Grupo 1: Temperaturas frescas/temperadas, geralmente com um período de repouso vegetativo definido.
Grupo 2: Clima quente, sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
Grupo 3: Temperaturas frescas/temperadas, sempre com um alto teor de umidade sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
Para estas descrições gerais serão abordados os seguintes temas:
- Clima no seu local de origem
- Temperaturas e luminosidade
- Água e ventilação
- Tipo de vaso, substrato e adubação.
3- Condições gerais de cultivo
Os autores dividiram os Dendrobium em grupos, de acordo com a sua origem:
A existência de um período de estiagem na região de origem é de extrema importância.
Tabela 2: Tempos chuvosos e de estiagem nas regiões da tabela 1.
Legenda: O: Estiagem - o: Leve estiagem - ///: Período de chuvas
Desta tabela chegamos à conclusão que só o norte do Sudoeste Asiático e as Filipinas possuem uma efetiva estiagem. Em outras regiões esta não é tão evidente. Na Nova Guiné chega-se a dizer que há um período mais chuvoso e outro menos chuvoso.
4- Resumo por grupos
4.1- Grupo 1 – Fresco a temperado, com fase de repouso definida.
Clima: As plantas deste grupo vem de regiões com uma estação chuvosa e uma de estiagem. Na época de chuvas a temperaturas médias oscilam por volta de 25°C, ao nível do mar e nas montanhas us 20°C. O início da estiagem é mais fresco (23°C e 15°C, respectivamente) subindo na metade deste período para 25°C a 28°C. Com a queda da folhagem das árvores, as plantas acabam ficando a pleno sol. Freqüentemente formam-se neblinas noturnas, subindo a umidade a uns 60%. Na época se chuvas sobe a 70 – 80%. Algumas regiões como as montanhosas das Filipinas, parte sul do sudoeste da Ásia e Austrália não são tão quentes como a região N.
Temperatura e luminosidade: Na tabela abaixo estão as temperaturas de crescimento das plantas.
Para algumas espécies, uma temperatura mais baixa na 1ª parte da estiagem está ligada ao período de repouso, essencial para a formação de botões florais; já para outras uma estiagem já é suficiente. Aqui ainda há muita controvérsia. Na dúvida, pode-se optar por uma 1ª fase fresca para o repouso. Algumas espécies (D. nobile, D. aphyllum (pierardii), D. primulinum e eventuais outras) reagem bem a este choque frio. Neste período não devem receber água.
Na fase de crescimento os Dendrobium necessitam bastante luminosidade ou muita luz, para florir. Entende-se por muita luminosidade algo por volta de 20 000 a 35 000 Lux. Isto corresponde à sombra de uma árvore onde apareçam “manchas” de luz solar no solo ou o sol pleno até umas 2 horas depois de nascer. Muita luz corresponde de 35 000 a 50 000 Lux ou um sombreamento de 50 a 0%. Estes valores são relativos; dependem da ventilação, proximidade de paredes de casas, dentro ou fora das cidades, umidade ambiente local e outros mais. Aqui vale a experiência de cada orquidófilo. Um leve vento ou movimentação do ar diminuem o risco de queimar as folhas e favorecem a sua rápida secagem. Espécies como o D. chrysotoxum, D. kingianum, D. nobile, D. speciosum, D. vitoriae-reginae, quando cultivados fora de estufa, são os que melhores resultados mostram. Entretanto, neste caso, recomenda-se plantar em vasos. Sabe-se que espécies australianas necessitam muita luz mas também crescem bem em temperaturas mais baixas. Recomenda-se colocá-las em um lugar claro.
Água e luz: O ideal é, que na fase de crescimento, as plantas recebam bastante água todos os dias mas, que no final da tarde, elas estejam novamente bem secas. As raízes, antes de receber uma nova porção de água, devem estar completamente enxutas. Em caso de dúvidas, é melhor esperar mais um dia. A ventilação e a umidade do ar tem uma enorme influência sobre as regas. A vantagem de manter as plantas fora da estufa é mantê-las mais próximas das suas condições naturais.
Quanto à fase de repouso vegetativo, fazemos distinção entre as espécies com uma nítida fase de repouso (designadas com R) e as que pedem uma pequena fase de repouso (r). Quando se inicia a fase de repouso vegetativo? Observe os pseudobulbos: se eles estiverem desenvolvidos começa a fase de repouso. Isto pode variar por espécie ou mesmo dentro da espécie. Geralmente ela se dá entre o fim do verão e o outono. Molhamos as plantas da região N os primeiros 3 meses do seu repouso, de modo que elas sequem bem em 1 semana. Isto pode ser a cada 2 ou 3 semanas, dependendo da circulação do ar e da umidade ambiente. Também pode-se restringir as regas à uma pulverização. A maioria das plantas nesta fase não tolera raízes molhadas, principalmente em dias frios. Em pleno inverno elas não recebem nenhuma água mas lhes proporcionamos uma boa umidade relativa. Em dias ensolarados pulveriza-se levemente as plantas para que elas não sequem muito. Os pseudobulbos podem murchar um pouco. Plantas de pequeno período de repouso como as do sul da China, Austrália, e das montanhas do sudoeste da Ásia (Z), das Filipinas, Nova Guiné e também algumas espécies da região N, devem ser molhadas ou pulverizadas de modo que elas não sequem totalmente (exceto por alguns dias).
Quando se reconhece o reinício da fase de crescimento? Geralmente com o aparecimento de novos brotos. Quando isto sucede deve dar à planta uma atmosfera úmida como, por exemplo, colocar o vaso sobre uma cama de seixos molhados ou pulverizá-la um pouco. Quando se nota o início de crescimento das raízes pode-se iniciar cuidadosamente a rega, somente o suficiente para umedecer o substrato, sem encharcá-lo. Quando as raízes estiverem bem desenvolvidas dar bastante água. Certas espécies com o D. betullatum e D. infundibulum só iniciam a formação de raízes quando os brotos novos alcançam de 5 a 10 cm. Por esta razão só regar estas espécies quando os brotos tiverem um bom comprimento e já houver formação de raízes.
Umidade do ar: Deve ser de 70 a 80% na fase de crescimento deste grupo e no inverno a 50 – 60%. Muitas espécies não aceitam, na fase de crescimento, umidades de 50 a 60%.
Circulação de ar: Importante para os Dendrobium. (No caso de estufa) coloque as plantas próximas do ventilador na potência máxima.
Vasos, substrato e adubos: Para os Dendrobium é muito importante que, na fase de crescimento, o substrato seque o mais rápido possível. Além de uma boa circulação de ar recomenda-se usar vasos pequenos. Como referência, para o D. nobile, calculam-se 3 cm de diâmetro para cada haste de planta com folhas. Uma planta com 3 hastes sem e 2 com folhas, deve ser plantada em vasos de 6 cm de diâmetro. A estabilidade destes vasos pequenos pode ser melhorada colocando- os em vasos maiores vazios. Para uma secagem rápida deve se escolher um substrato grosseiro e de rápida drenagem. Exemplos, cascas de árvores com um pequeno acréscimo de material que retenha umidade. Muitos cultivadores usam vasos de barro. Também pode-se usar placas de xaxim ou cascas ou ainda cultivá-los em caixas. A umidade relativa deve ser alta e pode ser necessário mergulhar as plantas ou pulverizá-las freqüentemente. Espécies que se cultivam penduradas (D. pierardii) não devem ser plantadas sobre placas. Deve-se trocar os vasos o menos possível. Se for necessária poupar as raízes o máximo possível. Eliminar todo o substrato velho. Só se aduba durante a fase de crescimento, depois disto pode-se molhar bastante.
Grupo 2: Clima quente, sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
Distribuição e clima: A maioria dos Dendrobium de climas mais quentes vem da Nova Guiné, Filipinas, norte da Austrália e norte do sudoeste da Ásia. O clima das Filipinas e do norte da Austrália se caracteriza por ter uma estiagem enquanto que em outras regiões há umidade e chuva o ano todo.
Assim, na Nova Guiné, estiagens prolongadas raras e quando ocorrem, levam à mortalidade de muitas orquídeas. Isto não quer dizer que as espécies deste grupo não tolerem nenhum período seco. A maioria cresce como epífitas em árvores altas ou são rupestres sobre rochas úmidas onde, uma parte do dia ou mesmo em alguns dias, estão submetidas à seca. Durante todo o ano a temperatura média está acima de 25°C.
Temperatura e luz: A tabela abaixo indica as temperaturas mais adequadas para este grupo
Água e ventilação: Em princípio vale o mesmo que já foi descrito para o grupo 1. Uma grande diferença está na água que permanece nas axilas das folhas novas, que pode levar rapidamente a sua podridão. Se possível não as molhe e melhore a ventilação. A maioria destas espécies não possui um período de repouso definido. (nota do tradutor: os autores querem deixar claro que, em épocas de menor luminosidade e temperatura mais baixas como no inverno europeu, devido à redução do metabolismo da planta, aumenta em muito a sensibilidade ao excesso de água, principalmente sobre as folhas e no substrato. Nós, no sudoeste do Brasil, talvez também tenhamos que levar isto em conta, mesmo que em menor escala!). Uma forma de contornar o problema é reduzir as regas a um mínimo, apenas para garantir o seu desenvolvimento, também mais lento e para evitar que os seus pseudobulbos enruguem demais. Em geral pode ser necessário proporcionar à planta um pequeno período de repouso. Na tabela de espécies que se seguem, muitas, marcadas com *, exigem uma alta umidade o ano todo.
Vasos, substrato e adubos: Vale o mesmo que para o grupo 1.
Grupo 3: Temperaturas frescas/temperadas, sempre com um alto teor de umidade sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
Distribuição e clima: As espécies deste pequeno grupo provem de regiões montanhosas da Indonésia, Malásia, das Filipinas, e Nova Guiné. Só há uma curta ou quase nenhuma estiagem e as plantas desta região crescem sobre uma camada de musgo vivo, sobre as árvores das montanhas. Por esta razão são muito sensíveis à seca.
Temperatura e luz: A tabela abaixo indica as temperaturas mais adequadas para este grupo
Algumas das espécies deste grupo, como o D. cuthbersonii, necessitam muita luminosidade porém condições frescas. Neste caso, quando a temperatura passar dos 22°C, deve-se colocar estas plantas na sombra.
Água e ventilação: Os Dendrobium deste grupo crescem durante o ano todo. Exigem uma umidade constante e elevada de 75% ou mais e necessitam um substrato úmido porém não encharcado. Além disto necessitam muito ar fresco. Um ventilador de alta potência pode resolver este problema. O D. vitoriae-reginae pode, na época quente do ano, ao ser mantido ao ar livre.
Vasos, substrato e adubos: Estas espécies sempre devem estar úmidas porém sem excesso de água. Elas devem estar em um vaso com cascas não muito grossas (0,6 a 1,2 cm), misturadas com um pouco de sphagnum. No caso do D. cuthbersonii houve sucesso com um cm de uma camada superficial de sphagnum vivo. Para que o sphagnum não cresça demais, cobrindo a planta, ele é aparado uma vez por ano. Uma outra possibilidade é plantar sobre uma casca ou uma placa de xaxim e colocar um pouco de sphagnum pos debaixo. Um bloco destes deve ser pulverizado o ano todo.
5-Resumo por espécie:
Nas tabelas abaixo estão resumidas as condições ideais por espécie de cada grupo:
Legenda das tabelas abaixo
Obs. do tradutor: Nas tabelas seguintes foram suprimidas algumas informações do original que somente são relevantes para regiões onde o inverno exige uma estufa ou os dados do original se referem ao hemisfério norte.
Grupo 1: Temperaturas frescas/temperadas, geralmente com um período de repouso vegetativo definido.
Grupo 2: Clima quente, sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
Grupo 3: Temperaturas frescas/temperadas, sempre com um alto teor de umidade sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
6- Considerações finais dos autores do artigo
Um artigo como este, sempre está sujeito a críticas. Um orquidófilo pode estar tendo sucesso com um método de cultivo como o acima descrito, já o outro, não.
Pode-se mencionar pelo menos duas razões para isto:
1- Cada orquidófilo tem as suas condições próprias de cultivo; sem mencionar que nem todos cultivam orquídeas na mesma cidade ou região.
2- Nem todas as plantas da mesma espécie são iguais; Podem ser de regiões diferentes, de altitudes diferentes ou de climas diferentes. Com isto uma determinada espécie pode ter exigências diferentes conforme a sua origem.
Então este artigo foi inútil? Naturalmente não, se levarmos em conta estes 2 fatores.
Se o orquidófilo está tendo sucesso com a sua forma de cultivo atual não deve mudá-la, uma vez que, as suas plantas já se adaptaram ao seu modo de cultivo.
Pode-se, sim, fazer experiências com plantas com as quais não se está tendo sucesso esperado. Para este caso use as vantagens das informações deste artigo proporcionou.
Bibliografia dos autores do original:
BAKER, M. L. & C.O BAKER (1996). – Orchid Species Culture-Dendrobium. – Timber Press, Portland, Oregon.
BECHTEL, H., P. CRIBB & E. LAUNERT (1992). – The manual of cultivated orchid species.
Bos, E.S. (2000). – Dendrobium nobile, hoe krijg ik die in bloei? – Orohideeên 1/2000, 8-10.
HAWKES, A.D. (1965). – Encyclopaedia of cultivated orchids.
KENNER, G. (1998). (vertaald en bewerkt door ES. Bos). – Het kweken van Australische Dendrobiums. in: Orchideeën 6/1998, 116—118.
Orchideeën, Tijdsehrift Ned. Orch.Vereniging
SCHELPE, S. & J. STEWART (1990). – Dendrobiums, an introduction to the species in cultivation.
SCHUITEMAN, A. & E.F. de VOGEL (2001). – Orchids of New Guinea.
CD-ROM, Nationaal herbarium Nederland.
Internet
Jay’s Internet Orchid Species Encyclopedia, – www.orchidspecies.com
Phil’s Orchid Page, – www.geocities.com/orchidsnzculture
Andy’s Orchids, – www.andysorchids.com
Autores
Jan den HELD / De Wolzaklaan 6 / NL-7211 AR Eefde / Tinus STRIK / F. Boolstrat 5 / NL-7944 VZ Meppel
Observações do tradutor
Os autores, nas suas conclusões finais, foram bem claros: se um de nós está tendo sucesso com o seu modo de cultivo, deve continuar desta maneira. Lembrem-se do ditado bem conhecido de todos nós: “Em time que está vencendo não se deve mexer”.
Já se a cultura não está tendo o resultado esperado, um artigo como este pode ser de grande ajuda!
Informações sobre as condições do local de origem da planta que queremos cultivar são certamente o primeiro passo. Se esta espécie não se encontra em uma das listas deste artigo teremos que procurar em outra referência ou tentar cultivá-la como outras plantas da mesma região.
Para os orquidófilos que tem espécies de várias regiões fica naturalmente difícil satisfazer as exigências de todas as plantas. Em alguns casos, uma divisão da estufa de cultivo em várias zonas pode ser uma maneira, mas, certamente, não a mais fácil.
Já quem cultiva as plantas ao ar livre terá que procurar áreas onde o microclima seja melhor para esta ou aquela espécie. Aqueles que querem cultivar as plantas de clima quente (grupo 2) talvez tenham que estar mais atentos ao período frio da nossa região. O mesmo pode suceder ao contrário ao cultivar plantas de climas frios (grupo 3). Em dias muito quentes do nosso verão estas plantas poderão sofrer mais. Em alguns casos os autores sugerem intensificar as regas ou melhorar o sombreamento.
Alguns orquidófilos da Alemanha com quem conversei em agosto de 2006, informaram que tiveram um mês de julho totalmente atípico, com temperaturas de até 38°C, por várias semanas e, apesar de todos os cuidados, tiveram perdas em espécies de clima fresco. Algo parecido sucedeu no verão de 2003. Tenho inclusive fotos dos estragos!
Siegfried – 3.10.2006
1- Introdução geral
Os Dendrobium são um gênero de orquídeas com muitas espécies originárias de uma extensa região, desde o sul da China, Índia, até a Malásia, Indonésia, Filipinas, Nova Guiné, diversas ilhas do Pacífico e a Austrália.
Só pelo imenso território de onde este gênero vem, dá para perceber que há uma extensa gama de condições ecológicas diferentes para as espécies de Dendrobium que conhecemos.
Os autores do artigo abaixo descrito tentaram agrupar os Dendrobium mais freqüentemente cultivados para nós, colecionadores, termos mais sucesso na sua cultura.
2- Introdução dos autores
De um modo geral, pode-se dividir os Dendrobium em 3 grupos de condições de cultivo:
Grupo 1: Temperaturas frescas/temperadas, geralmente com um período de repouso vegetativo definido.
Grupo 2: Clima quente, sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
Grupo 3: Temperaturas frescas/temperadas, sempre com um alto teor de umidade sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
Para estas descrições gerais serão abordados os seguintes temas:
- Clima no seu local de origem
- Temperaturas e luminosidade
- Água e ventilação
- Tipo de vaso, substrato e adubação.
3- Condições gerais de cultivo
Os autores dividiram os Dendrobium em grupos, de acordo com a sua origem:
Tabela 1 | Regiões de origem das espécies de Dendrobium |
Letra | Região |
N | Parte norte do sudoeste asiático: Índia, Sri Lanka, Nepal, Burma, Tailandia, Laos, Cambodja, sul da China |
Z | Parte sul do sudoeste asiático: Malásia, Indonésia (Java, Borneo, Sumatra, Bali) |
P | Filipinas |
G | Nova Guiné e ilhas do Pacífico |
A | Austrália |
Tabela 2: Tempos chuvosos e de estiagem nas regiões da tabela 1.
mês | jan | fev | mar | abr | mai | jun | jul | ago | set | out | nov | dez |
N | 0 | 0 | 0 | 0 | /// | /// | /// | /// | /// | /// | 0 | 0 |
N, sul da China | o | o | /// | /// | /// | /// | /// | /// | /// | /// | /// | o |
P | 0 | 0 | 0 | 0 | /// | /// | /// | /// | /// | /// | /// | /// |
Z | /// | /// | o | o | /// | o | o | o | o | /// | /// | /// |
G | /// | /// | /// | /// | /// | /// | /// | /// | /// | /// | /// | /// |
A, norte | /// | /// | /// | /// | /// | /// | o | o | o | o | /// | /// |
A, sul | o | o | /// | /// | /// | /// | /// | /// | /// | o | o | o |
Desta tabela chegamos à conclusão que só o norte do Sudoeste Asiático e as Filipinas possuem uma efetiva estiagem. Em outras regiões esta não é tão evidente. Na Nova Guiné chega-se a dizer que há um período mais chuvoso e outro menos chuvoso.
4- Resumo por grupos
4.1- Grupo 1 – Fresco a temperado, com fase de repouso definida.
Clima: As plantas deste grupo vem de regiões com uma estação chuvosa e uma de estiagem. Na época de chuvas a temperaturas médias oscilam por volta de 25°C, ao nível do mar e nas montanhas us 20°C. O início da estiagem é mais fresco (23°C e 15°C, respectivamente) subindo na metade deste período para 25°C a 28°C. Com a queda da folhagem das árvores, as plantas acabam ficando a pleno sol. Freqüentemente formam-se neblinas noturnas, subindo a umidade a uns 60%. Na época se chuvas sobe a 70 – 80%. Algumas regiões como as montanhosas das Filipinas, parte sul do sudoeste da Ásia e Austrália não são tão quentes como a região N.
Temperatura e luminosidade: Na tabela abaixo estão as temperaturas de crescimento das plantas.
Temperatura em °C | Março a setembro Dia Noite | Outubro a fevereiro Dia Noite | ||
Clima fresco | 16 – 35 | 10 – 15 | 10 – 20 | 10 – 13 |
Clima + temperado | 22 – 35 | 15 – 18 | 13 – 20 | 13 – 15 |
Na fase de crescimento os Dendrobium necessitam bastante luminosidade ou muita luz, para florir. Entende-se por muita luminosidade algo por volta de 20 000 a 35 000 Lux. Isto corresponde à sombra de uma árvore onde apareçam “manchas” de luz solar no solo ou o sol pleno até umas 2 horas depois de nascer. Muita luz corresponde de 35 000 a 50 000 Lux ou um sombreamento de 50 a 0%. Estes valores são relativos; dependem da ventilação, proximidade de paredes de casas, dentro ou fora das cidades, umidade ambiente local e outros mais. Aqui vale a experiência de cada orquidófilo. Um leve vento ou movimentação do ar diminuem o risco de queimar as folhas e favorecem a sua rápida secagem. Espécies como o D. chrysotoxum, D. kingianum, D. nobile, D. speciosum, D. vitoriae-reginae, quando cultivados fora de estufa, são os que melhores resultados mostram. Entretanto, neste caso, recomenda-se plantar em vasos. Sabe-se que espécies australianas necessitam muita luz mas também crescem bem em temperaturas mais baixas. Recomenda-se colocá-las em um lugar claro.
Água e luz: O ideal é, que na fase de crescimento, as plantas recebam bastante água todos os dias mas, que no final da tarde, elas estejam novamente bem secas. As raízes, antes de receber uma nova porção de água, devem estar completamente enxutas. Em caso de dúvidas, é melhor esperar mais um dia. A ventilação e a umidade do ar tem uma enorme influência sobre as regas. A vantagem de manter as plantas fora da estufa é mantê-las mais próximas das suas condições naturais.
Quanto à fase de repouso vegetativo, fazemos distinção entre as espécies com uma nítida fase de repouso (designadas com R) e as que pedem uma pequena fase de repouso (r). Quando se inicia a fase de repouso vegetativo? Observe os pseudobulbos: se eles estiverem desenvolvidos começa a fase de repouso. Isto pode variar por espécie ou mesmo dentro da espécie. Geralmente ela se dá entre o fim do verão e o outono. Molhamos as plantas da região N os primeiros 3 meses do seu repouso, de modo que elas sequem bem em 1 semana. Isto pode ser a cada 2 ou 3 semanas, dependendo da circulação do ar e da umidade ambiente. Também pode-se restringir as regas à uma pulverização. A maioria das plantas nesta fase não tolera raízes molhadas, principalmente em dias frios. Em pleno inverno elas não recebem nenhuma água mas lhes proporcionamos uma boa umidade relativa. Em dias ensolarados pulveriza-se levemente as plantas para que elas não sequem muito. Os pseudobulbos podem murchar um pouco. Plantas de pequeno período de repouso como as do sul da China, Austrália, e das montanhas do sudoeste da Ásia (Z), das Filipinas, Nova Guiné e também algumas espécies da região N, devem ser molhadas ou pulverizadas de modo que elas não sequem totalmente (exceto por alguns dias).
Quando se reconhece o reinício da fase de crescimento? Geralmente com o aparecimento de novos brotos. Quando isto sucede deve dar à planta uma atmosfera úmida como, por exemplo, colocar o vaso sobre uma cama de seixos molhados ou pulverizá-la um pouco. Quando se nota o início de crescimento das raízes pode-se iniciar cuidadosamente a rega, somente o suficiente para umedecer o substrato, sem encharcá-lo. Quando as raízes estiverem bem desenvolvidas dar bastante água. Certas espécies com o D. betullatum e D. infundibulum só iniciam a formação de raízes quando os brotos novos alcançam de 5 a 10 cm. Por esta razão só regar estas espécies quando os brotos tiverem um bom comprimento e já houver formação de raízes.
Umidade do ar: Deve ser de 70 a 80% na fase de crescimento deste grupo e no inverno a 50 – 60%. Muitas espécies não aceitam, na fase de crescimento, umidades de 50 a 60%.
Circulação de ar: Importante para os Dendrobium. (No caso de estufa) coloque as plantas próximas do ventilador na potência máxima.
Vasos, substrato e adubos: Para os Dendrobium é muito importante que, na fase de crescimento, o substrato seque o mais rápido possível. Além de uma boa circulação de ar recomenda-se usar vasos pequenos. Como referência, para o D. nobile, calculam-se 3 cm de diâmetro para cada haste de planta com folhas. Uma planta com 3 hastes sem e 2 com folhas, deve ser plantada em vasos de 6 cm de diâmetro. A estabilidade destes vasos pequenos pode ser melhorada colocando- os em vasos maiores vazios. Para uma secagem rápida deve se escolher um substrato grosseiro e de rápida drenagem. Exemplos, cascas de árvores com um pequeno acréscimo de material que retenha umidade. Muitos cultivadores usam vasos de barro. Também pode-se usar placas de xaxim ou cascas ou ainda cultivá-los em caixas. A umidade relativa deve ser alta e pode ser necessário mergulhar as plantas ou pulverizá-las freqüentemente. Espécies que se cultivam penduradas (D. pierardii) não devem ser plantadas sobre placas. Deve-se trocar os vasos o menos possível. Se for necessária poupar as raízes o máximo possível. Eliminar todo o substrato velho. Só se aduba durante a fase de crescimento, depois disto pode-se molhar bastante.
Grupo 2: Clima quente, sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
Distribuição e clima: A maioria dos Dendrobium de climas mais quentes vem da Nova Guiné, Filipinas, norte da Austrália e norte do sudoeste da Ásia. O clima das Filipinas e do norte da Austrália se caracteriza por ter uma estiagem enquanto que em outras regiões há umidade e chuva o ano todo.
Assim, na Nova Guiné, estiagens prolongadas raras e quando ocorrem, levam à mortalidade de muitas orquídeas. Isto não quer dizer que as espécies deste grupo não tolerem nenhum período seco. A maioria cresce como epífitas em árvores altas ou são rupestres sobre rochas úmidas onde, uma parte do dia ou mesmo em alguns dias, estão submetidas à seca. Durante todo o ano a temperatura média está acima de 25°C.
Temperatura e luz: A tabela abaixo indica as temperaturas mais adequadas para este grupo
Temperatura, em °C | Período de crescimento | Período de repouso | ||
Dia | Noite | Dia | Noite | |
Clima quente | 25 – 35 | 18 – 20 | 18 – 25 | 18 – 20 |
Vasos, substrato e adubos: Vale o mesmo que para o grupo 1.
Grupo 3: Temperaturas frescas/temperadas, sempre com um alto teor de umidade sem ou com um pequeno período de repouso vegetativo.
Distribuição e clima: As espécies deste pequeno grupo provem de regiões montanhosas da Indonésia, Malásia, das Filipinas, e Nova Guiné. Só há uma curta ou quase nenhuma estiagem e as plantas desta região crescem sobre uma camada de musgo vivo, sobre as árvores das montanhas. Por esta razão são muito sensíveis à seca.
Temperatura e luz: A tabela abaixo indica as temperaturas mais adequadas para este grupo
Temperatura, em °C | Período de crescimento | Período de repouso | ||
Dia | Noite | Dia | Noite | |
Clima fresco | 16 – 20 | 10 – 15 | 10 – 20 | 10 – 13 |
Clima + temperado | 22 – 27 | 15 – 18 | 13 – 20 | 13 – 15 |
Água e ventilação: Os Dendrobium deste grupo crescem durante o ano todo. Exigem uma umidade constante e elevada de 75% ou mais e necessitam um substrato úmido porém não encharcado. Além disto necessitam muito ar fresco. Um ventilador de alta potência pode resolver este problema. O D. vitoriae-reginae pode, na época quente do ano, ao ser mantido ao ar livre.
Vasos, substrato e adubos: Estas espécies sempre devem estar úmidas porém sem excesso de água. Elas devem estar em um vaso com cascas não muito grossas (0,6 a 1,2 cm), misturadas com um pouco de sphagnum. No caso do D. cuthbersonii houve sucesso com um cm de uma camada superficial de sphagnum vivo. Para que o sphagnum não cresça demais, cobrindo a planta, ele é aparado uma vez por ano. Uma outra possibilidade é plantar sobre uma casca ou uma placa de xaxim e colocar um pouco de sphagnum pos debaixo. Um bloco destes deve ser pulverizado o ano todo.
5-Resumo por espécie:
Nas tabelas abaixo estão resumidas as condições ideais por espécie de cada grupo:
Legenda das tabelas abaixo
Temperatura | K | Fresca (10°C)* |
T | Temperada (13°C)* (Clima mais temperado) | |
W | Quente ( 18°C)* (Clima quente) * Os números entre parênteses são as médias das temperaturas mínimas no inverno e à noite. Na coluna ‘Observações’ aparece novamente a temperatura mínima no inverno que, neste caso, significa a temperatura mais baixa que pode ocorrer de vez em quando. | |
Repouso vegetativo e umidade relativaRepouso vegetativo e umidade relativa (continuação) | R | Repouso vegetativo definido (Pouca água nos primeiros 3 meses, e nenhuma água nos últimos 2 meses) |
r | Repouso vegetativo definido porém curto (Pouca água, deixar secar bem entre as regas, mas não deixar secar completamente) | |
O | Sem repouso vegetativo (dar pouca água durante o período de crescimento e não adubar) | |
* | Umidade alta durante todo o ano (75% ou mais) | |
Luz | ++ | Muita luz (Se cultivada fora de estufa, a pleno sol) |
+ | Bastante luz (Algumas horas da manhã e da tarde a pleno sol. No meio do dia sombreamento parcial) | |
Origem | N | Parte norte do sudoeste asiático (Índia, Indochina, China) |
Z | Parte sul do sudoeste asiático (Malásia, Indonésia) | |
P | Filipinas | |
G | Nova Guiné | |
A | Austrália |
Grupo 1: Temperaturas frescas/temperadas, geralmente com um período de repouso vegetativo definido.
Espécie | Temp | Reps. | Luz | Observações | Origem |
acinaciforme | KT | R | + | Mínima de inverno 2°C, repouso fresco | N |
aduncum | KT | R | + | Mínima de inverno 7°C, repouso fresco | N |
aemulum | KT | R | ++ | Mínima de inverno 7°C, repouso fresco, não deixar muito tempo seca. Bastante ventilação | A |
aggregatum | Ver lindleyi | ||||
amoenum | T | R | + | Mínima de inverno 5°C, repouso fresco, não deixar muito tempo seca. | N |
aphrodite | KT | r | + | Não expor ao sol forte, não deixar muito tempo seca. | N |
aphyllum (pierardii) | KT | R | + | Pendurada; Na fase de crescimento conservar em lugar quente, no final colocar em lugar mais fresco. O período de repouso dura até que os botões estejam bem desenvolvidos e iniciar as regas quando as hastes já tiverem alguns centímetros | N |
bellatulum | KT | R | ++ | Mínima de inverno 2°C, repouso fresco | N |
bensoniae | KT | R | + | Pendurada; Mínima de inverno 2°C, repouso fresco | N |
brymerianum | KT | R | + | Mínima de inverno 2°C, repouso fresco | N |
Cacatua (tetragonum, var.giganteum) | KT | r | + | Pendurada, bastante ventilação, mínima de inverno 10°C | A |
capillipes | T | R | ++ | Bastante ventilação, mínima de inverno 10°C, repouso fresco. Não deixar secar completamente nesta fase. Planta complicada. | N |
christyanum (margaritaceum) | KT | R | ++ | Evitar sol direto, repouso fresco, mínima de inverno 2°C | N |
chrysotoxum | KT | R | + | Repouso fresco com muita luz; Não deixar os bulbos enrugarem muito nesta fase. | N |
crepidatum | KT | R | ++ | Pendurada, bastante ventilação, mínima de inverno 2°C | N |
chrystallinum | KT | r | + | Pendurada, mínima de inverno 2°C | N |
cucumerinum | K | r | + | Mínima de inverno 2°C, exige uma boa ventilação, não deixar, por um tempo prolongado, gotas sobre a planta na fase de repouso. Prender a planta sobre uma casca, com as folhas para baixo e não mexer muito. | A |
Espécie | Temp | Reps. | Luz | Observações | Origem |
delacourii | KT | R | ++ | Ventilação intensa, repouso fresco | N |
densiflorum | KT | R | + | Necessita um tempo de repouso maior; freqüentemente começa a crescer tarde mas depois o faz rapidamente | N |
devonianum | KT | R | + | Pendurada, repouso fresco, muito atacado por ácaros, mínima de inverno 2°C | N |
dichaeoides | KT | r | + | Pendurada | G |
dixanthum | KT | R | ++ | Pendurada, ventilação intensa | N |
draconis | K(T) | R | ++ | Ventilação intensa | N |
eriiflorum | KT | R | + | Mínima de inverno 5°C | N |
exile | KT | R | ++ | Ventilação intensa | N |
fairfaxii (teretifolium var fairfaxii) | K | r | + | Pendurada, ventilação intensa, mínima de inverno 2°C | A |
falconeri | KT | R | ++ | Mínima de inverno 2°C, repouso fresco | N |
falcorostrum | K | r | ++ | Mínima de inverno 2°C, ventilação intensa | A |
farmeri | KT | r | + | Necessita um tempo de repouso maior até a floração. Mínima de inverno 6°C | N |
fimbriatum | KT | r | ++ | Mínima de inverno 6°C | N |
formosum | K | R | ++ | Mínima de inverno 6°C | N |
hasseltii | T | r | + | Não deixar as plantas secarem totalmente na fase de repouso | Z |
hercoglossum | T | r | + | N | |
heterocarpum (aureum) | KT | R | ++ | NZP | |
infundibulum | KT | R | ++ | N | |
jenkinsii | K | R | ++ | Fase de repouso fresca, com muita luz | N |
kingianum | KT | R | ++ | Ventilação intensa; No outono (e inverno), colocar em um local claro, seco e coberto. Pouca ou nenhuma água. Mínima de inverno 2°C | A |
lawesii | T | r | + | Mínima de inverno 10°C; não deixar as plantas secarem totalmente na fase de repouso | |
lichenastrum | KT | r | ++ | A | |
lindley (aggregatum) | KT | R | ++ | Fase de repouso fresca, com muita luz; Reiniciar as regas quando as hastes florais tiverem 3 cm. | N |
linguifrme | KT | r | ++ | Fase de repouso fresca | A |
loddigesii | KT | r | + | Fase de repouso fresca, com muita umidade | N |
longicornu | KT | r | +/++ | Ventilação intensa; rebrotamento tardio, muita luz no inverno; repouso de inverno fresco. Mínima de inverno 2°C | N |
malvicolor | KT | r | + | Não deixar as plantas secarem totalmente na fase de repouso | Z |
moniliforme | KT | r | ++ | Mínima de inverno 2°C | China, Japão, Koreia |
moschatum | KT | R | ++ | Pendurada; mínima de inverno 6°C | N |
nobile | KT | R | ++ | Ao ar livre, em pleno sol; mínima de inverno 6°C | N |
parishii | KT(W) | R | + | Ventilação intensa; Fase de repouso fresca | N |
pendulum (crassinode) | T | R | ++ | Pendurada; Ventilação intensa | N |
pierardii | Ver aphyllum | ||||
polysema | T(W) | r | + | G | |
primulinum | KT | R | ++ | Pendurada; mínima de inverno 2°C | N |
Espécie | Temp | Reps. | Luz | Observações | Origem |
pugioniforme | KT | r | + | Ventilação intensa; mínima de inverno 2°C | A |
pulchellum | KT | R | ++ | Ventilação intensa | N |
scabrilingue | KT | R | ++ | Repouso fresco | N |
schoeninum | KT | r | ++ | Umidade alta no inverno | A |
senile | T | r | ++ | Ventilação intensa; repouso fresco, com muita luz no inverno; Mínima de inverno 5°C | N |
setifolium | KT | r | ++ | Z | |
speciosumvar. speciosum var. grandiflorum var. hillii | KT | r | ++ | Ventilação intensa; repouso fresco, com muita luz; mínima de inverno 2°C; reiniciar as regas quando os brotos novos tiverem 10 cm. | A |
striolatum | KT | r | ++ | Mínima de inverno 2°C | A |
teretifolium, v. tb. fairfaxii | KT | r | + | Pendurada; ventilação intensa; mínima de inverno 2°C | A |
tetragonum | KT | r | + | Pendurada; cuidado com podridão de raízes ao usar cascas que se encharcam facilmente | A |
thyrsiflorum | KT | R | ++ | Ventilação intensa; | N |
toressae | KT | r | + | A | |
transparens | KT | r | ++ | Pendurada | N |
unicum (arachnites) | KT | R | ++ | Manter em lugar quente no verão, no inverno fresco | N |
wardianum | KT | R | ++ | Mínima de inverno 2°C | N |
williamsonii | KT | r | ++ | Mínima de inverno 6°C | N |
Espécie | Temp | Reps. | Luz | Observações | Origem |
Anosmum (superbum) | (T)W | r | + | Pendurada; mínimo de inverno 2°C | P,G,Z,N |
antennatum | W | 0 | + | Com um tempo de repouso de algumas semanas, pode-se favorecer a produção de flores; Mínimo de inverno 6°C | G |
atroviolaeum | TW | r | + | G | |
biggibum | (T)W | R | ++ | Ventilação intensa; durante o inverno por 2 a 3 meses completamente seca; quando os brotos tiverem de 5 a 8 cm voltar a regar; mínimo de inverno 13°C | A,G |
canaliculatum | W | R | ++ | Durante o inverno por 3 a 4 meses bem seca; necessita muita luz para florir; as raízes necessitam muito ar, por isto colocar em placa; mínimo de inverno 15°C | A,G |
cruentum | TW | r | + | Mínima de inverno 15°C | N |
crumenatum | T(W) | 0 | ++ | Floresce depois de frio intenso (colocar algumas horas em água fria ou uma noite na geladeira); mínima de inverno 13°C a 15°C | N, Z, P |
dearei | W | 0* | ++ | Mínima de inverno 15°C | P |
discolor | W | r | ++ | Ventilação intensa. Mínima de inverno 15°C | A, G |
distichum | TW | r | + | Pendurada | P |
epidendropsis | TW | r | + | Ventilação intensa | Z,P, Japão |
eximium | TW | R* | + | Brotos novos apodrecem facilmente pela presença de água nas folhas; por esta razão, não pulverizar | G |
formosum, var. grandiflorum | W | R | ++ | Mínima de inverno 16°C | N |
gouldii | W | 0* | ++ | G | |
insigne | W | 0* | ++ | Floresce no inverno depois de brusca queda de temperatura de uns 5°C | G |
Espécie | Temp | Reps. | Luz | Observações | Origem |
johannis | W | R | ++ | Ventilação intensa; repouso seco prolongado. Mínima de inverno 15°C | A,G |
johnsoniae | W | r* | ++ | G | |
lamellatum | (T)W | r | + | Período de repouso curto de 1 a 2 meses | N,Z,P |
lasianthera | W | 0* | + | G | |
leonis | W | O* | + | Mínima de inverno 15°C | N,Z,P |
leporinum | W | 0* | + | G | |
lineale | w | 0* | ++ | G | |
lowii | T | 0* | ++ | Z | |
macrophyllum | W | 0* | ++ | G | |
mirbellianum | W | 0* | ++ | Eventualmente um curto repouso durante o inverno | G,A |
miyakei | (T)W | 0* | + | P | |
mutabile | W | r | + | Z | |
pachyglossum | TW | r | + | N | |
pachyphyllum | TW | r | ++ | N,Z | |
pedunculatum var. speciosumvar. pedunculatum | W | R | ++ | Tempo de repouso prolongado (6 a 9 meses); nesse tempo conservar sob muita luz e completamente seca. | A |
phalaenopsis | W | 0 | ++ | Ventilação intensa | A |
planibulbe | W | r | ++ | Floresce depois de curto resfriamento de 5°C | Z,P |
rigidum | W | r | ++ | Ventilação intensa | A,G |
sanguinolentum | W | r | ++ | Curto e leve repouso no inverno | Z,P |
secundum | KTW | 0* | ++ | N,Z,P | |
smilliae | (T)W | 0/r* | ++ | Mínima de inverno 15°C | G,A |
spectabile | W | r | ++ | Ventilação intensa. Mínima de inverno 13°C | G |
spurium | W | r | + | Ventilação intensa; floresce depois de um brusco resfriamento de 5°C; Mínima de inverno 15°C | Z,P,G |
stratiodes | W | 0 | ++ | Mínima de inverno 15°C | G |
strebloceras | W | 0 | ++ | Z | |
taurinum | W | R* | ++ | Mínima de inverno 15°C | P |
Espécie | Temp | Reps. | Luz | Observações | Origem |
aberrans | T | r* | + | G | |
amethystoglossum | KT | r* | + | Mínima de inverno 6°C; repouso fresco 4 a 6 meses | P |
bullenianum | K | 0* | + | Só deixar secar pouco entre as regas. | P |
cuthbersonii | K | 0* | + | Cresce melhor sobre sphagnum vivo; ventilação muito intensa. | G |
papilio | KT | r* | + | Floresce o ano todo; Não deixar a planta secar totalmente, mesmo na fase de repouso | P |
rhodostictum | T | r* | + | Mínima de inverno 10°C | G |
sanderae | T | r* | + | P | |
uniflorum | T | r* | + | P,Z | |
victoriae-reginae | KT | r* | + | Umidade elevada e muito ar fresco; fase de crescimento na sombra ao ar livre; na fase de repouso regar menos e não deixar esfriar muito à noite (mínimo de 8°C); No final do inverno fornecer muita luz durante 3 semanas, para estimular a florada. | P |
Um artigo como este, sempre está sujeito a críticas. Um orquidófilo pode estar tendo sucesso com um método de cultivo como o acima descrito, já o outro, não.
Pode-se mencionar pelo menos duas razões para isto:
1- Cada orquidófilo tem as suas condições próprias de cultivo; sem mencionar que nem todos cultivam orquídeas na mesma cidade ou região.
2- Nem todas as plantas da mesma espécie são iguais; Podem ser de regiões diferentes, de altitudes diferentes ou de climas diferentes. Com isto uma determinada espécie pode ter exigências diferentes conforme a sua origem.
Então este artigo foi inútil? Naturalmente não, se levarmos em conta estes 2 fatores.
Se o orquidófilo está tendo sucesso com a sua forma de cultivo atual não deve mudá-la, uma vez que, as suas plantas já se adaptaram ao seu modo de cultivo.
Pode-se, sim, fazer experiências com plantas com as quais não se está tendo sucesso esperado. Para este caso use as vantagens das informações deste artigo proporcionou.
Bibliografia dos autores do original:
BAKER, M. L. & C.O BAKER (1996). – Orchid Species Culture-Dendrobium. – Timber Press, Portland, Oregon.
BECHTEL, H., P. CRIBB & E. LAUNERT (1992). – The manual of cultivated orchid species.
Bos, E.S. (2000). – Dendrobium nobile, hoe krijg ik die in bloei? – Orohideeên 1/2000, 8-10.
HAWKES, A.D. (1965). – Encyclopaedia of cultivated orchids.
KENNER, G. (1998). (vertaald en bewerkt door ES. Bos). – Het kweken van Australische Dendrobiums. in: Orchideeën 6/1998, 116—118.
Orchideeën, Tijdsehrift Ned. Orch.Vereniging
SCHELPE, S. & J. STEWART (1990). – Dendrobiums, an introduction to the species in cultivation.
SCHUITEMAN, A. & E.F. de VOGEL (2001). – Orchids of New Guinea.
CD-ROM, Nationaal herbarium Nederland.
Internet
Jay’s Internet Orchid Species Encyclopedia, – www.orchidspecies.com
Phil’s Orchid Page, – www.geocities.com/orchidsnzculture
Andy’s Orchids, – www.andysorchids.com
Autores
Jan den HELD / De Wolzaklaan 6 / NL-7211 AR Eefde / Tinus STRIK / F. Boolstrat 5 / NL-7944 VZ Meppel
Observações do tradutor
Os autores, nas suas conclusões finais, foram bem claros: se um de nós está tendo sucesso com o seu modo de cultivo, deve continuar desta maneira. Lembrem-se do ditado bem conhecido de todos nós: “Em time que está vencendo não se deve mexer”.
Já se a cultura não está tendo o resultado esperado, um artigo como este pode ser de grande ajuda!
Informações sobre as condições do local de origem da planta que queremos cultivar são certamente o primeiro passo. Se esta espécie não se encontra em uma das listas deste artigo teremos que procurar em outra referência ou tentar cultivá-la como outras plantas da mesma região.
Para os orquidófilos que tem espécies de várias regiões fica naturalmente difícil satisfazer as exigências de todas as plantas. Em alguns casos, uma divisão da estufa de cultivo em várias zonas pode ser uma maneira, mas, certamente, não a mais fácil.
Já quem cultiva as plantas ao ar livre terá que procurar áreas onde o microclima seja melhor para esta ou aquela espécie. Aqueles que querem cultivar as plantas de clima quente (grupo 2) talvez tenham que estar mais atentos ao período frio da nossa região. O mesmo pode suceder ao contrário ao cultivar plantas de climas frios (grupo 3). Em dias muito quentes do nosso verão estas plantas poderão sofrer mais. Em alguns casos os autores sugerem intensificar as regas ou melhorar o sombreamento.
Alguns orquidófilos da Alemanha com quem conversei em agosto de 2006, informaram que tiveram um mês de julho totalmente atípico, com temperaturas de até 38°C, por várias semanas e, apesar de todos os cuidados, tiveram perdas em espécies de clima fresco. Algo parecido sucedeu no verão de 2003. Tenho inclusive fotos dos estragos!
Siegfried – 3.10.2006