sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Cattleya Forbesii x Laelia tenebrosa




Foto cultivo MGloriaM
Floração Primavera/verão 2012
 
A planta da foto é um cruzamento entre a Cattleya forbessi e a laelia tenebrosa, suas folhas ora são unifoliadas, ora bifoliadas, mas a floração ocorre em pseudobulbo unifoliar e com espata.
A primeira floração ocorreu após 4 anos, quando a planta entouceirou, veja aqui: http://orquidariorecreio.blogspot.com.br/2011/11/cattleya-forbesii-x-laelia-grandis.html
 
No início de 2012, fiz vários cortes e transferi o cultivo para a serra. Um corte foi fixado no tronco de um pinheiro (foto) onde floriu com 2 lindas flores, o outro foi fixado num tronco dentro do orquídario e que já apresenta espata, deve florir nos próximos meses.
 
O cultivo deste híbrido não é difícil pode ser em vaso de barro, plástico, madeira ou árvore, mas demora um pouco para aclimatar.
 
Agora um pouco sobre a Cattleya Forbesii, cuja flor se assemelha a floração da foto.
 
Orquídea epífita brasileira, nativa de regiões litorâneas próximas de manguezais no sudeste sul brasileiro. Apresenta pseudobulbos finos com média de 20 cm e folhas elípticas de 12 cm de comprimento. A inflorescência ocorre entre primavera e outono, sai do ápice do pseudobulbo protegida por bráctea, portando de uma a seis flores cujas pétalas e sépalas são amarelo esverdeado ou creme, e labelo bem desenhado, branco leitoso externo, e intensa mácula amarela interna, com estrias vermelhas que dão singular beleza à flor.
Existe também a variedade punctata, com máculas nas pétalas e sépalas. Vegeta melhor com boa luminosidade ambiente, sob telado de 50 a 60% de sombreamento e temperatura média anual entre 18º e 28ºC, com boa ventilação e umidade ambiente, típicos de seu habitat natural próximo do mar, sujeitos a boa umidade noturna dos manguezais ou riachos, em altitude média de apenas 100 m do nível do mar. Pode ser plantada em vasos de cerâmica rasos, com substrato misto de lascas ou casca de peroba, casca de pinus e esfagno, ou simplesmente em lascas de madeira sem tanino que deverão estar posicionados num local do orquidário onde seja maior a umidade ambiente, mas sempre com boa ventilação e luminosidade acima descrita.
O sucesso do seu cultivo noutras regiões mais secas, como centro-oeste e nordeste do Brasil, está em propiciar uma umidade maior colocando-se bandejas ou bacias plásticas no orquidário na região onde estiverem seus vasos, assim como borrifar com água filtrada em toda a planta no período noturno. Nesse sentido ideal cultivá-la próxima de Vandas e Rhynchostylis, que também serão beneficiadas por esse procedimento.
 

sábado, 5 de janeiro de 2013

Cattleya dolosa coerulea - meristema











1ª Floração dezembro 2012.
Foto, cultivo de MGloriam

Em maio de 2009 ganhei esta planta no sorteio do Fórum A Orquidea.
O exemplar do sorteio foi adquirido no Orquidário Oriental, na época adulto, no entanto, nunca floriu.
Nos anos de cultivo aconteceu de tudo, ora pragas atacavam, as espatas vinham mas secavam, fulgo, etc... a planta mingava depois entouceirava.
Em setembro de 2012 levei para vegetar em clima de altitude, parece que gostou e  de primeira floração vieram 06 flores.
Observei que os botões saem direto das folhas bifoliadas (genética da loddigesii), sem espata, semelhante a floração da Cattleya walkeriana.
O perfume suave e marcante pela manhã mais se aproxima da C. loddigesii. 


Cultivo:
vaso de barro, brita, casca de pinus e fibra.
Adubação com osmocote de 3 em 3 meses e viagra da AOESP.
Prevenção: óleo de Nim e Dithane.

A Cattleya dolosa é um hibrido natural da Cattleya walkeriana e a Cattleya loddigesii.
Curiosamente elas dividem o mesmo habitat na divisa de Minas Gerais e São Paulo, resultando a Cattleya x dolosa.

Cattleya loddigesii:
Orquídea epífita de pseudobulbos longos, finos e cilíndricos, bifoliares, com altura média de 30 cm, é nativa do sudeste do Brasil até o Paraguay. A inflorescência surge do ápice do pseudobulbo portando de 2 a 6 flores medindo cerca de 12 cm de diâmetro cada. Pétalas e sépalas podem variar do tom rosa claro até lilás suave e labelo meio curvado sobre a coluna como na Cattleya violácea, apresentando coloração que varia do rosa escuro ao claro, e disco de coloração branca. Floresce entre verão e inverno, pode ser plantada em vasos com substrato preferencialmente de lascas de madeira, drenados e arejados. No período de desenvolvimento e enraizamento colocar junto da base do pseudobulbo pequena porção de esfagno ou coco desfibrado para assegurar maior umidade, principalmente se cultivada em região de clima mais quente. Luminosidade entre 50 a 70%.