Em minhas pesquisas na Internet em busca de forma de cultivo, encontrei este artigo que havia sido publicado no Boletim CAOB nº 34 (out/nov/dez:1998), fiz o teste com uma muda de Cattleya walkeriana tipo e tenho obtido uma resposta favorável, registro ainda que a planta da foto não é minha, ela ilustra a matéria abaixo:
O nó-de-pinho, ou simplesmente nó, é proveniente do pinheiro-do-paraná ou pinheiro-do-brasil (araucaria
angustifolia) uma planta da família das araucariáceas de grande porte, sendo exclusiva de hemisfério Sul. Esta espécie de conífera é frequente mente encontrada no sul do Brasil, em regiões de altitude elevada e locais onde o clima favoreça o seu crescimento, sendo portanto, a principal referência da formação florestal "Floresta Ombrófila Mista".Encontrado nos pinheiros já mortos há algum tempo, o nó-de-pinho aparece em grande quantidade ao longo do caule já decomposto. Este nó tem em média30 cm de comprimento, podendo variar conforme o tamanho do pinheiro. Possuí uma forma ligeiramente cônica, muitas vezes contendo pequenos sulcos paralelos a sua extensão, proporcionando uma superfície pouco lisa. É de notável resistência, podendo permanecer intacto durante vários anos. A prática do cultivo de orquídeas em nó-de-pinho é, antes de mais nada, um método alternativo, que tem como objetivo aumentar a diversidade de substratos que atualmente prestam-se à orquidofilia. Esta prática apresenta uma série de benefícios às orquídeas e por consequência à natureza, que deixará de fornecer "alguns"exemplares de xaxim (Dicksonia sellowiana) que há muitos anos vêm sendo usados no cultivo de várias espécies de orquídeas. Este cultivo assemelha-se muito com outros métodos já conhecidos, como em cascas de árvore, estacas de xaxim, pedaços de madeira, etc. Entretanto, há algumas particularidades no cultivo em nó-de-pinho que mostram certas vantagens sobre as demais práticas. A maior parte das orquídeas epífitas procuram adaptar-se em substratos que tendem a posição vertical, ou seja, necessitam de algumas condições físicas que se identifiquem com as suas características de crescimento. Portanto, as orquídeas buscam uma melhor adaptação com os fatores físicos do seu substrato, dependendo das caraterísticas angulares do mesmo. A forma aproximadamente cônica do nó-de-pinho auxiliará na fixação da orquídea e fornecerá um maior ângulo em sua evolução vegetativa, proporcionado uma maior ornamentação no conjunto floral e o substrato. Além da possibilidade de um melhor ângulo, o nó-de-pinho possuí grande durabilidade, podendo ser usado durante vários replantios sem perder suas características físicas.
Um método de adubação muito prático para nutrição das plantas fixadas em nó-de-pinho é o de gotejamento, no qual é feita através da confecção de "saquinhos" (pequeno envolto) com a própria tela de sombreamento que usamos em nossos orquidários, servindo como sustentação para um adubo sólido. Este último, deverá ter um padrão granulométrico proporcional ao diâmetro dos furos da tela, pois assim evitará desperdícios. O adubo geralmente é composto por: torta de mamona, casca do ovos, fragmentos de a que a planta só buscará o necessário para se nutrir. O conteúdo do envolto deve ser trocado periodicamente, conforme a situação proposta.
O controle da umidade é essencial para o desenvolvimento das plantas, em especial aquelas que estão fora de suas condições climáticas; portanto, devemos buscar uma maior similaridade no que diz respeito ao habitat da orquídea cultivada. O nó-de-pinho oferece uma melhor regulagem da umidade e no arejamento das raízes para o cultivo destas plantas, porém é preciso maior atenção no cultivo das mesmas, e um controle na periodicidade das regas. Verificou-se também, uma notável redução no surgimento de insetos nocivos às orquídeas, devido à higiene proporcionada pelo nó-de-pinho. Em algumas exposições adota-se o uso do vaso como pré-requisito para o julgamento da planta; nestas condições, o uso de um vaso como base para o nó-de-pinho seria uma solução viável, porém se tornaria dispendioso cultivar a orquídea em ambos. A fixação da orquídea é feita na base do substrato, onde encontramos maior circunferência, de preferência amarrada com algum material biodegradável que não prejudique muito a planta.
Sobre o enraizamento das orquídeas fixadas em nó-de-pinho é válido lembrar que seria muito útil o uso de um hormônio para auxiliar no primeiro estágio de enraizamento da orquídea. Há alguns exemplares de nó-de-pinho que possuem um peso elevado (aproximadamente3 kg ), por serem maiores do que o normal deve-se ter mais atenção ao firmá-los no orquidário.Por mais dedicado e minucioso que seja o cultivo das orquídeas, muitas vezes não chegamos ao ideal, por um pequeno motivo ou outro que impos- sibilitam a harmonia em seu crescimento. Para que isto se resolva, ou que se aproxime disto, devemos nos dedicar um pouco mais à cultura destas plantas, buscando novas maneiras para o seu cultivo e procurando representar uma maior realidade do seu habitat de origem.
Este artigo não é provido de dados técnicos e expressões científicas, pois trata-se de um texto meramente orquidófilo, de um cultivador para outro. Uma conversa entre colegas. O principal intuito deste artigo é passar mais uma nova concepção de cultivo alternativo para orquidofilia, afim de diversificar o número de substratos.
Para que esta pesquisa pudesse ser feita, foram observados e registrados os estágios de desenvolvimento das seguintes orquídeas: Cattleya walkeriana (tipo, coerulea, semi-alba e alba), Cattleya schilleriana (tipo e coerulea), Cattleya aclandiae, Cattleya nobilior (tipo e amaliae), Encyclia randii var. rondoniensis, duas espécies de Oncidium e uma espécie de Laelia rupícola. É valido lembrar que a maioria das orquídeas analisadas neste cultivo não são endêmicas do Estado de Santa Catarina.
Artigo publicado no Boletim CAOB número 34
(out/nov/dez:1998).
angustifolia) uma planta da família das araucariáceas de grande porte, sendo exclusiva de hemisfério Sul. Esta espécie de conífera é frequente mente encontrada no sul do Brasil, em regiões de altitude elevada e locais onde o clima favoreça o seu crescimento, sendo portanto, a principal referência da formação florestal "Floresta Ombrófila Mista".Encontrado nos pinheiros já mortos há algum tempo, o nó-de-pinho aparece em grande quantidade ao longo do caule já decomposto. Este nó tem em média
Um método de adubação muito prático para nutrição das plantas fixadas em nó-de-pinho é o de gotejamento, no qual é feita através da confecção de "saquinhos" (pequeno envolto) com a própria tela de sombreamento que usamos em nossos orquidários, servindo como sustentação para um adubo sólido. Este último, deverá ter um padrão granulométrico proporcional ao diâmetro dos furos da tela, pois assim evitará desperdícios. O adubo geralmente é composto por: torta de mamona, casca do ovos, fragmentos de a que a planta só buscará o necessário para se nutrir. O conteúdo do envolto deve ser trocado periodicamente, conforme a situação proposta.
O controle da umidade é essencial para o desenvolvimento das plantas, em especial aquelas que estão fora de suas condições climáticas; portanto, devemos buscar uma maior similaridade no que diz respeito ao habitat da orquídea cultivada. O nó-de-pinho oferece uma melhor regulagem da umidade e no arejamento das raízes para o cultivo destas plantas, porém é preciso maior atenção no cultivo das mesmas, e um controle na periodicidade das regas. Verificou-se também, uma notável redução no surgimento de insetos nocivos às orquídeas, devido à higiene proporcionada pelo nó-de-pinho. Em algumas exposições adota-se o uso do vaso como pré-requisito para o julgamento da planta; nestas condições, o uso de um vaso como base para o nó-de-pinho seria uma solução viável, porém se tornaria dispendioso cultivar a orquídea em ambos. A fixação da orquídea é feita na base do substrato, onde encontramos maior circunferência, de preferência amarrada com algum material biodegradável que não prejudique muito a planta.
Sobre o enraizamento das orquídeas fixadas em nó-de-pinho é válido lembrar que seria muito útil o uso de um hormônio para auxiliar no primeiro estágio de enraizamento da orquídea. Há alguns exemplares de nó-de-pinho que possuem um peso elevado (aproximadamente
Este artigo não é provido de dados técnicos e expressões científicas, pois trata-se de um texto meramente orquidófilo, de um cultivador para outro. Uma conversa entre colegas. O principal intuito deste artigo é passar mais uma nova concepção de cultivo alternativo para orquidofilia, afim de diversificar o número de substratos.
Para que esta pesquisa pudesse ser feita, foram observados e registrados os estágios de desenvolvimento das seguintes orquídeas: Cattleya walkeriana (tipo, coerulea, semi-alba e alba), Cattleya schilleriana (tipo e coerulea), Cattleya aclandiae, Cattleya nobilior (tipo e amaliae), Encyclia randii var. rondoniensis, duas espécies de Oncidium e uma espécie de Laelia rupícola. É valido lembrar que a maioria das orquídeas analisadas neste cultivo não são endêmicas do Estado de Santa Catarina.
Artigo publicado no Boletim CAOB número 34
(out/nov/dez:1998).